Mas a capacidade de FA terá de ser superior à da actual EMA pois assim que começar a nova época de incêndios quem perdeu o negócio...
Toca de pegar fogo à floresta.
A FA não tem capacidade suficiente.
Volta-se a criar a EMA....
Nem mais. Bingo, na mouche...
Vamos ser honestos:
Portugal tem condições naturais propícias para os incêndios florestais ( temperaturas altas no verão e pouca humidade no ar, grande área de resinosas, desordenamento dos plantios, desertificação do interior, blá, blá, blá, blá... ), tal como todos os países de características mediterrânicas ( incluindo uma extensa faixa do Canadá e vai daí que a bombardier se aventurou no sucesso que são os aviões canadair ).
À parte disso há uma " industria " que come do fogo e que os telejornais ( agosto, época baixa de notícias políticas... ) tanto gostam, ou seja, também comem.
A choramingueira de quem lhe ardeu o trator lá para os confins do interior é vendida até ao tutano no telejornal das 20 horas, quando se o jornalista fosse sério não explorava essa desgraça mas perguntava o porquê do lesado não ter limpo o mato e as arvores num raio razoável em volta da arrecadação onde estava o trator?
O fogo, as chamas, a desgraça e o carpir das velhinhas é garantia de bom share para o telejornal. Ora se o telejornal tem audiência, os anúncios no intervalo também são vendidos mais caros. Isto é a indústria, todos comem...
Isto é um ciclo fechado em que até os bombeiros comem ( comem pouco, muito pouco mesmo, na maior parte dos casos e ao inverso de outros que comem muito, mesmo glutões, mas todos comem... ) e isto para não falar das empresas que existem pelo fogo.
O melhor exemplo destas são as empresas relacionadas com os meios aéreos.
É o velhor ditado do comércio: se vendes a cêntimos, ganhas euros, se vendes a milhares de euros ( e as horas de voo contratadas são a milhares de euros ), ganhas milhões.
Logo, o que está em causa são milhões de euros de lucro por época ( que parvoice chamar época de incêndios à desgraça de gentes, do ambiente e do país mas o " Diário da República " define temporalmente a
época de incêndios ).
Se eu estivesse do lado de lá, isto é, do lado dos milhões e me tiressem a gamela onde estão tantos euros podem ter a certeza que nas 24 horas do dia outra coisa não faria senão demonstar que " no tempo em que eu comia da gamela é que era bom ".
Isto, na minha opinião, quer dizer o seguinte:
a ) a FAP vai ter a partir de 1 de Janeiro a responsabilidade de combate a incêndios e também num âmbito mais vasto de proteção civil, em substituição da EMA, que será extinta. Ressalvo que esta é a minha opinião e não estou por dentro desta matéria, ou seja, apenas sou um cidadão atento;
b) quando se chegar à fase crítica, do lado de lá estarão interesses muito fortes;
c) Ao aceitar a responsabilidade em a) a FAP, todos, mas mesmo todos ( incluindo o ministro, a GNR via GIPS, a ANPC e o exército e a marinha enquanto forças armadas ), vestem a camisola e vão de caras para os cornos do bicho b) e retraçam-no e saem a sangrar mas vitoriosos ou então são cilindrados pela força dos interesses aglutinados nesse b) e, aí, terão razão aqueles que dizem que as FA's são incompetentes, gulosas,e um peso morto para a nação e cujo único interesse é fazer comissões no Líbano ou cenários semelhantes, com praças a ganhar uns milhares de euros por mês, enquanto que a FAP se destina apenas a dar treino a futuros pilotos da TAP, óbviamente pago com impostos do contribuinte.
Se a EMA, num futuro próximo, por força da incompetência de quem a irá substituir, tiver que ser reactivada, a FAP, tal como a conhecemos hoje, não terá razão para existir.
Uma força aérea com 10 caças, 2 em QRA, e 5 transportadores é mais que suficiente. 500 militares chegam. Asa rotativa para a estrutura futura, naturalmente. Os militares em excesso deverão ter o caminho dos empregados da EMA, isto é, a extinção do vinculo ao estado.
Senão façam uma nova revolução já que a última foi uma mer#%(%da.
Cumprimentos,