Luso,
Por, há já muito tempo, saber eu de histórias reais que ultrapassam, em muito, qualquer história de ficção*, o tipo de histórias fictícias que mencionou - de "A Soma de Todos os Medos" - também há muito tempo que me deixou de despertar interesse. E, por isso, não sabia que história era essa de que você falava. Mas já tratei, entretanto, de ver o filme correspondente - e penso que entendo, agora, o paralelo por si traçado.
Li também, com interesse, as páginas que publicou, pois desconhecia a história do Gary Powers. Mas, quanto a investigar sobre este caso, em particular... Tenho já, entre as minhas fontes, muitos bons historiadores que fazem - e muito melhor do que eu alguma vez seria capaz de fazer - esse tipo de trabalhos por mim e que me proporcionam o que mais me interessa sempre nestes casos - que é o "grande quadro" do que se passa, ou passava. E tenho, por isso, antes o hábito de ler simplesmente o resultado das investigações destes muito bons investigadores, como é o caso do Daniel Estulin e do Dr. John Coleman. Sendo o melhor que conheço - neste caso, de vários importantes episódios históricos, em particular - definitivamente, o
Dr. John Coleman.
Quanto a este autor chamado Joseph Farrell, não tenho ainda um julgamento feito e terei de confirmar algumas fontes antes de o fazer. Mas, se a tese dele é - como parece ser dado a entender pelo comentário do Luso - de que são nazis, que estão infiltrados dentro do governo norte-americano, os responsáveis por tudo isto - tal como defende um outro autor, que é mencionado nas páginas fotografadas, chamado Jim Marrs - posso-lhe, desde já, dizer que essa é uma tese sem fundamento. Pois - como explicarei, mais adiante - os nazis nunca constituíram qualquer ameaça real ao Império Anglo-Americano/Britânico(/Veneziano).
Contudo, posso também, desde já, dizer que a essência do que este autor diz - de haver quem, dentro do governo dos EUA, quisesse manter as tensões com a União Soviética - é, no entanto, verdadeira.
E, passando a explicar um pouco do que já sei sobre isto...
A "Guerra Fria" foi, em grande parte, um enorme teatro. Pois, a União Soviética era, desde a sua fundação, economicamente dependente dos EUA - que podiam, quando quisessem, destruí-la pela via económica.
Como pode ser lido nas obras do historiador Antony C. Sutton, não só a
Revolução Bolchevique, em si, foi uma operação ocidental, como uma
grande parte da indústria soviética era constituída por sucursais ocidentais, que eram quem a mantinha economicamente.
Para além disto, tenho até, ouvido repetidamente, ao longo dos anos, diferentes autores dizer que o arsenal militar soviético (incluindo o nuclear) era constantemente exagerado pelo Ocidente - aparentemente, com o objectivo de gerar medo (na verdade, infundado) no seio do mesmo.
Eu ainda não sei muito sobre as componentes passadas (Guerra Fria, Segunda Guerra Mundial e para trás destas) desta conspiração da NOM, que não considere eu serem
essenciais para compreender o Presente - pois, estou propositadamente a acumular os livros e as monografias do Dr. Coleman, e de outros autores, que explicam estas coisas,
sem os ler, na totalidade, para ter com que me entreter
quando não tiver mais Internet 
- mas, do que já sei, e pelo que já pude entender, os objectivos da Guerra Fria eram
(1) o de criar um pretexto para os EUA estabelecerem uma presença militar em todo o Mundo, com a desculpa de que estavam a salvar o Mundo do Comunismo,
(Da mesma maneira que, por exemplo, aquando da "Primeira" Guerra do Golfo, deram a entender ao Saddam que poderia invadir o Koweit, sem problemas, e depois usaram essa mesma invasão para estabelecer uma presença militar na Arábia Saudita - que agora poderá ser de muita utilidade para poderem, eventualmente, atacar o Irão. E da mesma maneira que, por exemplo, o Napoleão foi financiado pelo Império Britânico para, com o pretexto de estarem a libertar a Europa das Invasões Francesas, esse mesmo Império Britânico pudesse ocupar os países invadidos - como foi o caso do nosso, em que, depois da suposta "libertação", não queriam os britânicos ir embora.)
(2) talvez
(como disse, ainda não sei tudo...), o de criar uma (suposta) situação de perigo, para que todos os países ocidentais - perante um tão grande e supostamente poderoso inimigo - sentissem uma necessidade de se unir, em alianças como a OTAN, para enfrentar tal inimigo e, com isto, lançar as bases para uma mais profunda união no futuro(?)
(3) e o de criar um pretexto para a criação de instituições de controlo e vigilância: como a CIA e afins, que começassem a vigiar, e a colher informações sobre, todos os países estrangeiros (para que agora, no Presente, melhor possam atacar e invadir esses mesmos países); assim como, departamentos, dentro do FBI e afins, que tivessem como função vigiar os dissidentes políticos internos (com a desculpa do suposto perigo que era a subversão comunista - que era, também ela, incentivada pelo próprio poder estabelecido, ou "governo sombra", de que se fala nas páginas fotografadas, que o Luso publicou - tal como estava a começar a descobrir o Senador McCarthy, antes de terem acabado com a sua Inquisição) e que são agora usados para impedir e suprimir essa mesma dissidência política.
Por outras palavras: essencialmente, para aumentar o poder e o controlo do Império Anglo-Americano sobre os restantes países do Mundo e também sobre a sua própria população doméstica - coisas que os governos, que fazem parte deste mesmo Império, faziam de modo muito limitado, antes da ocorrência desta suposta Guerra Fria.
(Sendo esta nova suposta
"Guerra contra o Terrorismo" uma repetição da aplicação desta mesma fórmula.)
A propósito disto, há até um interessante filme sobre espiões da Guerra Fria - que aparenta ser
um daqueles em que, a dada altura, são ditas algumas verdades sobre o mundo real - em que, após estar constantemente a mencionar o termo "controlo" durante o filme, a dada altura, uma das personagens se interroga se todo aquele jogo de espionagem não servirá um interesse maior, desconhecido da maior parte dos vários agentes secretos, peões em todo esse mesmo jogo.
(Fiz, há pouco, o carregamento para o YouTube do mencionado trecho, para que o possam ver...)
Sobre os nazis, e o perigo que estes supostamente representam e representavam...
A nova versão destes, é de expressão muito reduzida. E está já a ser combatida através das novas leis que violam a Liberdade de Expressão - como é o caso da europeia, que também já está em vigor em Portugal, que proíbe alguém de exprimir ideias racistas ou de negar aquela que é considerada a "verdade oficial" de um acontecimento histórico, em particular, que é o Holocausto.
Quanto aos originais, foram uma
criação do Império Britânico - com o objectivo de (tal como no mencionado filme "A Soma de Todos os Medos") criar uma grande guerra, em que os inimigos alemão e russo, deste mesmo Império Britânico, se destruíssem um ao outro.
Razão pela qual esse mesmo Império Britânico (ou Anglo-Americano) só iniciou a "libertação" da Europa assim que os russos começaram a avançar em direcção à Alemanha, e
não antes disso.
Isto, para além do facto - de que muitos já sabem, ou poderão deduzir - de que esta Grande Guerra serviu também: de pretexto para estabelecer uma maior presença militar norte-americana no Mundo (vejam, por exemplo, a Base das Lajes, nos Açores) com a desculpa de estarem a salvar esse mesmo Mundo do inimigo por esse mesmo Império Anglo-Americano criado; e de pretexto para a criação da ONU - ela própria, uma segunda tentativa da falhada Sociedade das Nações, que surgiu após a anterior Grande Guerra, também instigada por esta mesma gente -
controlada, em grande parte, por esse mesmo Império Anglo-Americano e que deverá servir, no Futuro, como um embrião para o tão falado
Governo Mundial.
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* (a propósito disto, têm, por exemplo,
aqui, em português, a história daquela que foi a primeira pessoa que, prontamente, se tornou seguidora do meu blogue, ou
aqui, em inglês, uma história que faz lembrar, um pouco, a do mencionado filme "A Soma de Todos os Medos", que gira à volta da recorrente personagem
"Jack Ryan")