Netos de Noé
Mais
fotos online da "molha" de hoje.
Provavelmente os mais incautos julgariam que Portugal começou com Afonso Henriques ou mesmo que foi o Conde D. Henrique o primeiro soberano de Portugal. Erraram todos. O primeiro soberano de Portugal foi Tubal, neto de Noé, conforme provou Frei Bernardo de Brito, ínclito historiador português, autor (parcialmente, pois a sua morte, em 1617, impediu-o de passar além dos 2 primeiros volumes) da ambiciosa História de Portugal intitulada
Monarchia Lusytana.
O sábio monge cirterciense e Cronista-Mor do Reino dedicou todo o primeiro volume (850 páginas) à história do nosso país até ao nascimento de Jesus Cristo, e o segundo volume (publicado em 1609) até à chegada do Conde D. Henrique.
Frontispício do 1º volume da Monarchia Lusitana dedicada a Filipe II (I de Portugal), então rei de Portugal (1597) Versão
online da Monarchia Lusytana para quem tiver paciência
Entretanto, a Bíblia esclarece:
Tubal era filho de Japhet, que era filho de Noé. Como documenta o Génesis 10:
1
Estas, pois, são as gerações dos filhos de Noé: Sem, Cão e Jafé, aos quais nasceram filhos depois do dilúvio.
2 Os filhos de Jafé: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras.
3 Os filhos de Gomer: Asquenaz, Rifate e Togarma.
4 Os filhos de Javã: Elisá, Társis, Quitim e Dodanim.
5 Por estes foram repartidas as ilhas das nações nas suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas famílias, entre as suas nações.É na página 7 da obra de Fr. Bernardo de Brito que Tubal se achou numa
"fermosa baya, por onde se lança no grande Occeano Occidental hum Rio, mayor em proveitos de pescarias & navegações, que em quantidade de agoas". Tratava-se do estuário do Sado e Tubal estava em vias de lançar os alicerces de Setúbal.
Tubal ficou-se eventualmente pela Ibéria, nas areias de Portugal, à beira mar plantado.
Frei Bernardo de Brito, ansioso por demonstrar a prevalência e as glórias da sua pátria, então sob um soberano estrangeiro, inspirou-se em todo um acervo de informações documentais (guardadas religiosamente no Mosteiro de Alcobaça), histórias imaginárias, fábulas para escrever uma história imponente do ponto de vista literário, mas de um rigor mais que duvidoso do ponto de vista da exegese histórica.
Mas estabeleceu correctamente a raíz genética aquática do futuro país cliente frequente do FMI.