Airbus da Air France desaparecido sobre o Atlântico

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Cláudio C.

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Airbus da Air France desaparecido sobre o Atlântico
« em: Junho 01, 2009, 07:23:47 pm »
http://www.areamilitar.net/noticias/not ... ?NrNot=759

in Area Militar (acedido em 01-06-2009 às 19h15)

A FAP não poderia/deveria também ajudar nas buscas do referido avião? EM Face da área em que se presume o possível acidente?
E Pluribus Unum
 

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Lightning

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Re: Airbus da Air France desaparecido sobre o Atlântico
« Responder #1 em: Junho 01, 2009, 07:40:49 pm »
Citação de: "Cláudio C."
A FAP não poderia/deveria também ajudar nas buscas do referido avião?

Poderia, sim, temos bons aviões e helicópteros para missões de busca e salvamento.

Deveria, não, não temos qualquer obrigação neste caso, não foi na nossa área de responsabilidade.



Citar
EM Face da área em que se presume o possível acidente?


O que é que tem a área? É por ser muito grande?
 

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Cláudio C.

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« Responder #2 em: Junho 01, 2009, 07:44:51 pm »
Obrigado pela resposta caro lightning.

Quando me referi à área presumível era pelo facto de essa mesmo ser relativamente próxima do arquipélago da Madeira.
E Pluribus Unum
 

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Gina

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Acidente AirBus
« Responder #3 em: Junho 02, 2009, 10:43:40 am »
"Dois homens de sorte no meio da tragédia

O brasileiro João Marcelo Calaça, um psicanalista de 37 anos, é um homem de sorte: soube em cima da hora que teria de adiar a fatídica viagem a Paris, o que fez com que também um seu amigo, norte-americano, igualmente deixasse de viajar. Ele e o amigo, outro homem cheio de sorte, jamais esquecerão este dia, que para muitos outros foi trágico.

Logo ao acordar, na manhã de ontem, já tinha 25 mensagens no seu telemóvel. Eram amigos que sabiam da intenção inicial dele de embarcar no fatídico voo. "Ao ver a notícia do desastre, pela TV, senti um calafrio", diz Calaça aos jornalistas, no Rio de Janeiro.

Mesmo sem a divulgação oficial da lista de mortos, parentes das supostas vítimas acorreram desde o início da manhã ao aeroporto do Galeão, no Rio. Aos prantos, solicitavam informações sobre os familiares. Com a lista oficial por divulgar, ia-se sabendo por vias indirectas quem tinha perdido parentes ou empresas que haviam ficado sem os seus funcionários.

Da Guatemala, o Presidente Lula da Silva mandou dar prioridade imediata às acções de busca do avião. A Aeronáutica destinou cinco aviões e a Marinha três navios, um deles dotado de um helicóptero.

As rádios e televisões suspenderam a sua programação normal e passaram a dar informações e fazer entrevistas com ex-pilotos, especialistas em aviação, em meteorologia - já que se especula, dede o primeiro instante, com a hipótese de um raio ter precipitado o acidente. Também psicólogos e astrólogos eram escutados. Até especialistas em energia falaram sobre a possibilidade de os raios atingirem aviões. O brigadeiro reformado José Carlos Pereira, ex-presidente da estatal de aeroportos Infraero, afirmou que o provável causador do facto deve ter sido uma anomalia enorme no ar, como uma fortíssima tempestade, um raio ou até o choque com algo imprevisto, como um meteorito ou uma parte de detrito espacial.

O prefeito do Rio de Janeiro (equivalente a presidente da câmara), Eduardo Paes, perdeu o seu chefe de gabinete, Marcelo Parente, de 38 anos, que viajou acompanhado da esposa.

"O nosso grupo assumiu a Prefeitura do Rio em Janeiro último e Parente era um dos meus companheiros queridos, que estava envolvido no projecto de realizarmos um bom trabalho. Perco um grande amigo e colaborador", disse ao DN o autarca, visivelmente comovido, acrescentando: "A morte de tantas pessoas é uma tragédia, que atinge todos os brasileiros e envolve sobretudo os moradores do Rio, os cariocas, pois a sociedade local conhece muitos dos falecidos." À sua volta, dezenas e dezenas de pessoas, tão comovidas como ele."

Fonte DN
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« Responder #4 em: Junho 02, 2009, 10:49:29 am »
É sempre triste ver noticias destas, condolencias a todos os familiares.
Segundo relatos visuais, o governo do Senegal ja informou o Governo Brasileiro que detectaram destroços ao que parecem ser de um aviao ao largo da sua costa, tento Portugal boas relaçoes com Cabo Verde, não poderiamos enviar um P3 para ajudar nas Buscas e Salvamento ou 2 Merlins??? Visto que nao zona não existe nenhum Pais com essas capacidades, nunca nos podemos esquecer que um dia podemos ser nos a precisar de ajuda externa, principalmente nesse ponto sensivel e de tao grande importancia para nos a costa ocidental africana.
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

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Gina

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Pistas acidente Airbus
« Responder #5 em: Junho 02, 2009, 10:57:50 am »
"Pista da tripulação da TAM não revelou destroços

A tripulação da TAM viu "pontos laranjas" que pareciam destroços em chamas, mas as equipas de busca não encontraram destroços. Pistas do Senegal também não revelaram vestígios.

09:09 A Air France divulgou mais informações sobre a tripulação do voo.

A companhia aérea TAM informou as autoridades brasileiras de que tinha avistado o que poderiam ser destroços do Airbus A330 da Air France desaparecido ontem, cerca de 40 minutos depois do último sinal transmitido pela aeronave aos radares.

Os possíveis destroços - "pontos laranjas" que pareciam chamas - estavam a cerca de 1300 quilómetros da ilha de Fernando de Noronha, onde o rasto do Airbus desapareceu dos radares.

Segundo a edição online da Folha de São Paulo, o navio mercante francês Douce France foi atrás da pista dos pilotos da TAM, mas não encontrou destroços do Airbus.

A Força Aérea Brasileira (FAB) passou a noite inteira em buscas, com aviões equipados para o efeito, mas também não encontrou nada.

A notícia tinha sido dada pelo Presidente em exercício do Brasil, José Alencar (que está a substituir Lula da Silva, em visita oficial a países da América Central), que esteve segunda-feira no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, para se solidarizar com os parentes das vítimas do avião desaparecido.

Alencar disse ter notícias "muito vagas" sobre o acidente."Há uma notícia muito vaga de que um avião da TAM teria visto alguma coisa a incendiar-se numa região do Atlântico. Foi um avião que chegou esta madrugada", afirmou Alencar, que está a substituir o Presidente Lula da Silva, em viagem oficial a países da América Central.

Em mensagem divulgada pela Presidência, Lula da Silva disse compartilhar a dor dos familiares e amigos das vítimas" e garantiu que o Governo brasileiro está a fazer "todo o esforço possível para encontrar o avião".

O Airbus A330-200 da Air France desapareceu ontem sobre o oceano Atlântico, quando fazia o voo Rio-Paris. Os problemas terão surgido depois de a aeronave atravessar uma zona de forte turbulência (Leia aqui a notícia relacionada).

Pista do Senegal infrutífera

As autoridades do Senegal disseram que foram encontrados destroços, mas não conseguiram confirmar se são do voo AF 447 da Air France. A notícia foi avançada pela edição online do jornal brasileiro O Globo.

O voo AF-447

A Air France divulgou hoje um novo comunicado em que dá mais algumas informações sobre o voo desaparecido e a sua tripulação:

- Avião Airbus A330-200
- 216 passageiros a bordo, dos quais 126 homens, 82 mulheres, 7 crianças e um bebé
- 12 tripulantes, três dos quais eram pilotos e nove assistentes de bordo
- O comandante do voo era francês, tinha 58 anos e 11 mil horas de voo, 1700 das quais em Airbus A330/A340. Trabalhava na Air France desde 1988
- Os dois co-pilotos eram franceses, tinham 37 e 32 anos. Entraram para a Air France em 1999 e 2004. Um dos co-pilotos tinha 6600 horas de voo, 2600 das quais em Airbus A330/A340; o outro tinha 3000 horas de voo, 800 das quais em Airbus A330/A340
- A tripulação de cabina era constituída por: chefe de cabina, francês, de 49 anos, que tinha entrado para a Air France em 1985; dois subchefes de cabina, franceses, de 54 e 46 anos, que tinham entrado para a companhia em 1981 e 1989; seis assistentes/comissários de bordo, cinco deles franceses e um brasileiro, entre os 24 e os 44 anos, tinham entrado para a Air France entre 1996 e 2007
- O avião, com motores General Electric CF6-80E, tinha voado 18870 horas desde a data em que entrou em circulação (18 de Abril de 2005)
- A última manutenção tinha sido feita a 16 de Abril de 2009"

Por DN
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« Responder #6 em: Junho 02, 2009, 11:03:47 am »
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

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P44

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« Responder #7 em: Junho 02, 2009, 08:53:42 pm »
Citar
Deveria, não, não temos qualquer obrigação neste caso, não foi na nossa área de responsabilidade.


a Espanha está a colaborar...

oxalá não pensem todos assim se algum dia nos calhar a nós a desgraça...
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Lightning

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« Responder #8 em: Junho 02, 2009, 09:23:38 pm »
Citação de: "P44"
Citar
Deveria, não, não temos qualquer obrigação neste caso, não foi na nossa área de responsabilidade.

a Espanha está a colaborar...

Tal como a França e os EUA.

Citar
oxalá não pensem todos assim se algum dia nos calhar a nós a desgraça...


Eu disse que poderia (temos capacidade e é uma maneira de mostrar solidariedade), mas não deveria (não é uma obrigação), senão daqui a pouco sempre que se perdia um avião noutra qualquer parte do mundo eramos "obrigados" a enviar ajuda.
 

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André

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« Responder #9 em: Junho 02, 2009, 10:50:58 pm »
"Não há dúvida" de que os destroços encontrados pertencem ao avião da Air France


O ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou esta terça-feira que "não há dúvida" de que os destroços localizados pela Força Aérea Brasileira flutuando no oceano Atlântico pertencem ao avião da Air France, que desapareceu na madrugada de domingo para segunda-feira, com 228 pessoas a bordo.

Jobim fez este anúncio numa conferência de imprensa, após visitar os familiares das vítimas num hotel carioca, indicando que o Airbus A330 caiu de facto em águas brasileiras.

O ministro disse que os aviões da FAB detectaram na tarde desta terça-feira em alto mar "uma faixa de cinco quilômetros de pedaços de avião", e que isso "confirma que a aeronave caiu naquele local".

À pergunta de um repórter sobre se os destroços encontrados pertenciam ao Airbus A330 da companhia francesa, Jobim respondeu que "são do avião, não há dúvida".

O ministro destacou ainda que "há três navios mercantes na região, e um navio patrulha da Marinha que chegará na manhã de quarta-feira, que começarão os trabalhos para recolher os restos que foram avistados".

Caso sejam encontrados corpos, os barcos transportar-los-ão até um ponto a 250 milhas marítimas do arquipélago de Fernando de Noronha, onde helicópteros concluirão o seu transporte.

O arquipélago pernambucano está a ser utilizado como base pela Força Aérea para as operações de busca, explicou Jobim.

O primeiro anúncio da descoberta de eventuais destroços deu-se a partir de um avião R99 que participava das buscas nocturnas, cuja tripulação comunicou que havia detectado "vestígios e pequenos destroços de aeronave no oceano", a 650 km a nordeste do arquipélago de Fernando de Noronha e a 1.100 km do continente, como anunciou o coronel Jorge Amaral, porta-voz da Aeronáutica, em Brasília.

Um outro avião foi enviado para a área esta terça-feira, ao início do dia, e às 06h49, hora de Brasília, foi confirmada a descoberta dos materiais, espalhados em duas áreas com 59 km de distância entre si.

A indicação do local do acidente foi essencial para definir qual o país que se encarregará das investigações. No caso, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos brasileiro (Cenipa) deverá assumi-las.

As autoridades francesas reconheceram que são escassas as chances de encontrar sobreviventes, mais de 30 horas depois do acidente numa zona marítima de grande profundidade.

SAPO / AFP

 

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« Responder #10 em: Junho 03, 2009, 03:37:35 am »
O nosso ROV Luso não seria um contributo excepcional na difícil tarefa de tentar encontrar as “caixas negras”?

http://forumdefesa.com/forum/viewtopic. ... 66dc03fb1b

Só quando estas forem encontradas é que possivelmente teremos uma resposta para este mistério. Triste e infeliz mistério que interessa desvendar para evitar situações semelhantes no futuro.
Cumprimentos
 

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« Responder #12 em: Junho 03, 2009, 12:24:26 pm »
Esta história está cheia de más explicações...E não me agrada nada ainda nem sequer terem chegado meios ao local da possivel queda e já haver isto a circular...

"O Escritório de Investigação e Análise francês (BEA), responsável pela investigação oficial sobre o desaparecimento do Airbus 330 da Air France, afirmou que nenhum elemento leva a crer que o avião tinha um problema antes da descolagem do Rio de Janeiro.

O BEA acrescenta ainda que França acredita que as caixas pretas do A330 podem não explicar a tragédia e que  não está muito optimista sobre a possibilidade de as encontrar."
 

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André

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« Responder #13 em: Junho 03, 2009, 01:08:46 pm »
Pilotos do Airbus não seguiram altitude de plano de voo

Os pilotos do Air France 447 não cumpriram a altitude prevista no plano de voo quando a aeronave foi registada pela última vez pelo radar de Fernando de Noronha, avança o jornal Folha de São Paulo.

Segundo o jornal, o plano de voo previa que o Airbus deveria subir de 35 mil pés (10,7 km) para 37 mil pés (11,3 km) depois de passar pelo ponto virtual Intol (a 565 km a norte de Natal). No entanto, o avião manteve-se a 35 mil pés à frente do ponto, segundo informou a Força Aérea Brasileira (FAB) no dia do acidente. O motivo ainda é desconhecido.

Depois de deixar a área de controlo de Noronha, o que havia à frente do voo da Air France 447 era uma grande tempestade. A própria FAB havia alertado, na sua rede de meteorologia na internet, que a tempestade era forte e que o seu topo variava entre 37 mil e 38 mil pés (11,6 km), ou seja, acima do nível em que o Airbus estava quando deixou a cobertura de radar brasileira (35 mil pés).

A Folha de São Paulo avança ainda que especialistas acreditam que a companhia aérea Air France sabe mais do que aquilo que divulgou. Segundo especialistas, o avião que desapareceu no Atlântico tem um sistema que transmite por satélite à empresa aérea dados sobre os principais componentes da aeronave no decorrer do voo. Estas informações podem ajudar a entender as causas do acidente.

O jornal Estadão avança também que a tragédia ocorreu em apenas 4 minutos, de acordo com mensagens automáticas recebidas pela sede da Air France, em Paris. Uma sucessão de mensagens indicou uma série de avarias graves nalguns dos principais computadores da aeronave. O último alerta emitido indicou  "cabin vertical speed" (cabine em velocidade vertical).

A informação final, dizem investigadores militares, pode ter duas leituras: queda livre ou uma brusca variação de pressão dentro da cabine, provocada por uma descida mais rápida do que o comum. Como a tripulação do A330 não fez nenhuma tentativa de comunicação via rádio e nem a companhia aérea recebeu outros alertas, é possível que esse seja um "indício técnico" de que o avião caiu no Oceano Atlântico.

Sapo / AFP

 

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André

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« Responder #14 em: Junho 03, 2009, 01:38:52 pm »
Caixas negras podem não ser recuperadas

As caixas negras do Airbus A330-200 da Air France que caiu na madrugada da segunda-feira no Oceano Atlântico podem nunca ser encontradas, disse hoje Paul-Louis Arslanian, chefe da agência francesa de investigações sobre acidentes aéreos.

Arslanian disse não estar «optimista» sobre a possibilidade de as caixas pretas serem recuperadas.

Os primeiros destroços do avião foram localizados na terça-feira pela Força Aérea Brasileira a cerca de 650 quilómetros de Fernando de Noronha. Os primeiros destroços incluíam uma grande quantidade de materiais metálicos, mas nenhum corpo foi encontrado.

Em conferência de imprensa hoje de manhã em Paris, Arslanian disse que as circunstâncias do acidente tornam as investigações mais difíceis, mas afirmou que tudo será feito para esclarecer o que aconteceu ao avião, que desapareceu dos radares sem qualquer sinal a meio da rota entre o Rio de Janeiro e Paris.

Arslanian disse ainda que o primeiro relatório sobre as investigações deve ser publicado até ao fim de Junho.

As caixas negras são dispositivos que guardam informações sobre o vôo e sobre a comunicação entre os pilotos e são usadas para ajudar nas investigações sobre acidentes.

O resgate das duas caixas negras do avião da Air France pode ser dificultado pela profundidade do mar no local da queda, que poderá chegar a 4 mil metros. Mesmo submersas, as caixas negras emitiriam um sinal que ajudaria na sua localização, mas apenas durante um período de 30 dias.

As investigações sobre os motivos do acidente devem ser conduzidas pelo governo francês, com o apoio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), do governo brasileiro.

O vôo AF 447 tinha deixado o aeroporto internacional do Galeão no início da noite de domingo levando a bordo 216 passageiros e 12 tripulantes.

Segundo Arslanian, os dados já analisados sobre os serviços regulares de manutenção realizados no Airbus acidentado não indicam que o avião tivesse qualquer problema antes da descolagem.

O chefe dos investigadores disse que não haverá especulações sobre as causas do acidente e disse que «é essencial que se verifique tudo».

Lusa