Vigilância do Índico pela Armada portuguesa

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Johnnie

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #150 em: Março 27, 2011, 12:29:19 pm »
A phalanx é a ultima linha de defesa do navio...

Antes disso é suposto terem sido utilizados os Sea Sparrow que tambem têm valencia anti-missil, as contramedidas, serem executadas manobras evasivas e só por ultimo se tudo isto falhar actua o phalanx sendo que este actua automáticamente...

Por isso a fragata não estará assim tão indefesa, ainda mais navegando conjuntamente com outros navios que tambem têm os seus sistemas de defesa.

O grande handycap de uma fragata multifunções como as MEKO 200 será a capacidade para suportar ataques de saturação, mas isso já será outra história...

Para os somalis a visão de uma MEKO por perto ou de um destroyer ou de cruzador é a mesma coisa...Não têm hipotese alguma...

Corrijam-me os experts em combate naval se estou errado...
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"
 

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luis filipe silva

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #151 em: Março 27, 2011, 04:18:26 pm »
Johnnie escreveu:
Citar
Para os somalis a visão de uma MEKO por perto ou de um destroyer ou de cruzador é a mesma coisa...Não têm hipotese alguma...
Além de que  serão raras as visões da fragata pelos piratas, pois normalmente o Lynx é quem efectua o primeiro contacto.
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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chaimites

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #152 em: Abril 19, 2011, 11:45:12 am »
A respeito de um ataque pirata   vi este comentario num blog Moçambicano

Citar

Caro umBhalane,
Estou aqui pensando...
Não poderia Portugal, sendo tão bonzinho, generoso a ponto de financiar orgias de Armando Guebuza "et caterve" da Frelimo, com doações anuais, ajudar Moçambique tabém nessa questão de proteção de sua costa contra a pirataria de somalís?

Veja-se:
Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo têm um projeto de construção de navios de patrulhamento oceânico (NPO), para funções de patrulhamento na zona econômica exclusiva de Portugal. Esses navios irão substituir as antigas "corvetas" da classe João Coutinho e Batista de Andrade, que são maiores e menos ágeis, e mesmo por que seu planejamento foi para uso situações de guerra, o que já não mais se justifica o uso dessas.

Pergunto,
Dentro desse espírito de bondade portuguesa, e na suposição de que não dê uma das unidades novas NPO, por que não dar de presente a Moçambique uma daquelas corvetas a sair de uso ?

Se para Portugal não mais servirão, para Moçambique será uma dádiva!
Mesmo por que "a cavalo dado não se olha os dentes"!

Com uma corveta, Moçambique poderia patrulhar sua costa contra esse tipo de ameaça que agora surge!

Imagine-se Guebuza, perfilado, na proa ou no tombadilho de uma corveta, doada pela marinha portuguesa! Á glória!

http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2011/01/navio-sequestrado.html
« Última modificação: Abril 19, 2011, 12:14:54 pm por chaimites »
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #153 em: Abril 19, 2011, 11:54:16 am »
Mete aí o link. :wink:
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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ShadIntel

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #154 em: Abril 19, 2011, 12:02:57 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Mete aí o link. :wink:
Blog  Moçambique para todos
 

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chaimites

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #155 em: Abril 19, 2011, 12:38:44 pm »
ja editei
Do mesmo blog



Citar

Fragatas sul-africanas já patrulham Canal de Moçambique


Recentemente a Marinha de Guerra da África do Sul tornou público que estaria a preparar uma força para patrulhar o Canal de Moçambique como forma de fazer face às ameaças de ataques a navios por piratas somalis.

A referida força vai integrar uma fragata e um navio de apoio à logística e permanecerá no Canal de Moçambique por mais de um mês.

A bordo da fragata estarão membros da força de elite da Marinha de Guerra sul-africana e um helicóptero militar, que sobrevoará a região, numa missão de rotina.

O envio da força, que já se encontra nas águas do Canal de Moçambique, surge em resposta aos ataques por piratas somalis perpetrados ao longo da costa oriental africana.

Informações militares e de peritos em matéria da pirataria da Africa do Sul indicam que dois navios foram atacados há dias no Canal de Moçambique, situação que está a preocupar toda a região da Comunidade de Desenvolvimento da África do Austral (SADC).

Especialistas militares sul-africanos dizem que os piratas olham para o Canal de Moçambique como uma mina de ouro, onde podem lançar as suas operações sem enfrentar resposta.


http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2011/02/fragatas-sul-africanas-j%C3%A1-patrulham-canal-de-mo%C3%A7ambique.html
 

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PereiraMarques

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #156 em: Abril 19, 2011, 12:44:46 pm »
Apenas três questões:
- Moçambique não tem 100 e tal tripulantes minimamente treinados para operar a Corveta;
- Moçambique não tem capacidade de fazer manutenção da Corveta (seja dos sistemas de navegação, seja dos sistemas de armas);
- Moçambique não tem dinheiro para garantir o funcionamento normal da Corveta (combustível, alimentação da tripulação, peças de reposição, munições).

Se for para dar a Corveta, pura e simplesmente, eventualmente treinar os tripulantes moçambicanos, nada a opor...agora para ser Portugal a pagar tudo o resto...vão pedir ao Totta, ou à Commonwealth, ou à comunidade francófona...
 

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chaimites

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #157 em: Abril 19, 2011, 01:35:52 pm »
Ainda nao se falava em NPO`s e ja existiam negociaçoes para o fornecimento de navios patrulha a Moçambique por parte dos ENVC.
As negociaçoes arrastam-se à anos por falta de dinheiro e outras prioridade do governo Moçambicano
a ultimo desenvolvimento visa a criaçao de uma empesa Moçambicana com participaçao dos ENVC



Os contactos datam de Agosto de 1997, altura em que assinamos um protocolo de intenções com a parte moçambicana. A proposta consiste na construção de dois navios patrulha que assegurem a protecção da costa, dispondo para o efeito de meios de salvamento de pessoas e embarcações. Ou seja, dois navios de apoio oceânico, com autonomia de mar para, pelo menos, 15 dias, sem reabastecimento, com 57 metros de comprimento e 19 de boca cada um.


Naturalmente que o projecto integra outras vertentes, até porque construir um navio e fornecê--lo só e apenas é condená-lo à morte logo no início. Há todo um conjunto de operações conexas, que passam pela formação de mecânicos, pilotos e mestragem, entre outros; pela criação de infraestruturas de apoio, pelo apoio logístico integrado (ALI) que é necessário desenvolver logo após a entrega do navio. Este trabalho pode e deve ser feito em Moçambique, com o nosso apoio e acompanhamento. Inclusive com o apoio da marinha portuguesa e com a participação de empresas portuguesas de electrónica, por exemplo.

 É que o custo terá que ser assumido pela parte moçambicana e é ainda bastante elevado. Só que sem essa garantia também não vale a pena construir os navios. Se eles não funcionarem, se não tiverem pessoal treinado, se não dispuserem de infraestruturas de apoio que os mantenham operacionais, mais vale não avançar com a sua construção.

Se o projecto for por diante, a formação inicial será ministrada em Portugal. Está, por isso, prevista a vinda às nossas instalações em Viana do Castelo de uma equipa de técnicos moçambicanos por um período mínimo de três meses. Depois, terá continuidade em Moçambique e abrangerá um número mais alargado de pessoas

Em Outubro de 2010 aquando da vista do ministro da Defesa  Moçambicano aos ENVC este anunciou:

."Gostávamos muito de estabelecer uma parceria com o Governo português, através da Empordef, a ‘holding' que controla os Estaleiros Navais de Viana do Castelo para dinamizar os estaleiros em Moçambique", avança o ministro moçambicano.

O Executivo moçambicano pretende não só dinamizar os estaleiros no país como também aproveitar os conhecimentos dos ENVC ao nível da fiscalização e do controlo da poluição".
 

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Lusitano89

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #158 em: Agosto 15, 2011, 07:55:25 pm »
Fragata portuguesa vai combater pirataria no Corno de África


O combate à pirataria no Corno de África é a missão da fragata D. Francisco Almeida que hoje partiu de Lisboa rumo ao Índico para integrar a Força Naval Permanente da NATO e participar na Operação Ocean Shield 2011. O navio de guerra, entregue à Marinha em 2010, tem uma guarnição de 185 militares, dos quais 14 mulheres, inclui uma equipa do pelotão de abordagem do Corpo de Fuzileiros e ainda o destacamento do Helicóptero Lynx. A operação decorrerá ente 01 de Setembro e 30 de Outubro.

“Esta missão está enquadrada internacionalmente e destina-se ao combate à pirataria e a garantir o livre trânsito de pessoas e bens na zona do Corno de África, que é um eixo fundamental do tráfego marítimo internacional”, explicou o comandante da fragata, Salvado Figueiredo.

Esta não é a primeira fragata portuguesa que integra uma força da NATO no combate à pirataria na zona do Corno de Africa e o objectivo é o mesmo: “proteger o tráfego marítimo que atravessa a costa da Somália, detendo e prevenindo actos de pirataria ou assaltos a navios naquela costa”.

O capitão de mar-e-guerra assegura que os seus militares estão “preparados para cumprir qualquer missão”, em particular “todas as acções que têm a ver com o impedimento de actos de pirataria que ponham em causa a navegação mercante naquela área”.

A missão foi preparada com antecedência e os militares tiveram treino específico estando “todas as tarefas perfeitamente estudadas”.

Uma das vantagens para a concretização da missão é o facto de os 15 fuzileiros que a integram já conhecerem bem o terreno porque já estiveram em ação naquela zona.

“Durante as nossas acções podemos ter que abordar as embarcações de pirataria, mas temos uma equipa de fuzileiros com experiência neste tipo de operações porque já estiveram no teatro de operações e conhecem bem a zona e isso deixa-nos descansados”, acrescentou.

Muitos militares já têm experiência neste tipo de missões, mas a 2ª marinheira Sara Santos, uma açoriana de 22 anos, com três ano e meio de marinha, vai fazer a sua estreia “numa operação real”. Admite estar empolgada e um pouco nervosa, mas confia plenamente na guarnição e no sucesso da operação.

“Apesar de termos algum receio do contacto directo com os piratas vamos para estas missões para as concretizar. Estarmos 3 meses só a fazer patrulha… já que eles lá estão, vamos em busca deles”, disse à agência Lusa.

Até agora, Sara Santos, que está há três anos e meio na Marinha só participou em exercícios ao longo da costa portuguesa e do mediterrâneo.

“Tenho respeito pelo que se está a passar na zona, mas tenho confiança que vamos conseguir cumprir a nossa missão”, assegurou a marinheira que não tinha família a despedir-se por estarem longe.

Uma das imagens mais marcantes da saída do navio da base de Lisboa foi a centena de familiares que, com lágrimas nos olhos, se despediam dos marinheiros, mas confiantes que, daqui a três meses, regressarão "são e salvos e com a garantia de dever cumprido".

A fragata Corte Real foi a primeira a integrar uma força de intervenção rápida da Nato, há cerca de dois anos, e chegou mesmo a receber um louvor.

Lusa
 

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Charlie Jaguar

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #159 em: Agosto 27, 2011, 07:42:39 pm »
E a Vasco da Gama chegou esta manhã.  :arrow: http://www.marinha.pt/PT/noticiaseagend ... lanta.aspx
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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M@rkoz

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #160 em: Agosto 30, 2011, 04:13:32 pm »
A minha opinião é que acho desnecessário enviar para lá fragatas devido ao nível de ameaça. Mas percebo porque são fragatas a ir para lá, pois a maioria (se não todas) têm aeronaves orgânicas e velocidade acima dos 25 nós. O ideal seria patrulhas com capacidades de transportar uma aeronave num hangar (já que qualquer patrulha que seja construído actualmente atinge os 25 nós), pois com isso iria poupar em recursos humanos e financeiros. Mas é o que há (só fragatas)!!!
 

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Get_It

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #161 em: Agosto 30, 2011, 06:55:09 pm »
A nível de custo-benefício fica sempre mais barato as empresas contratarem segurança privada para os navios do que andar a enviar navios de guerra. A única forma de lidar a sério com a pirataria seria resolver a solução em terra (Somália). Relativamente às forças armadas, e embora mostrem alguns resultados (especialmente quando são versáteis, tanto patrulham como fazem SAR), é mais para mostrar bandeira.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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M@rkoz

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #162 em: Agosto 31, 2011, 12:47:13 pm »
Citação de: "Get_It"
A única forma de lidar a sério com a pirataria seria resolver a solução em terra (Somália).

Lá está... não se combate o mal pela raiz. Era uma missão da ONU com tropas no terreno e vigilância costeira. Não era cá preciso fragatas!
 

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HSMW

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #163 em: Agosto 31, 2011, 01:20:42 pm »
O mal é a Somália ser um Estado falhado! Ou acaba ou tem de ser "reciclado".
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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GI Jorge

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #164 em: Agosto 31, 2011, 04:04:58 pm »
Citação de: "HSMW"
O mal é a Somália ser um Estado falhado! Ou acaba ou tem de ser "reciclado".
O mesmo se pode dizer de muitos outros estados africanos. Mas dizer isso é considerado politicamente incorrecto. E se tentar resolver os problemas desses estados no local de origem, lá aparecem os mesmos tipos que protestam porque nada se faz a dizer que é o imperialismo yankee, e não sei quê.
Confunde-se em Portugal tantas vezes a justiça com a violência que é vulgar não haver reacções contra o crime e haver reacções contra a pena.

Oliveira Salazar