Com uma população de 8000 pessoas, um único LPD não chegava. Necessário era ter capacidade de coordenar uma evacuação colectiva com recurso a vários meios em simultâneo. Navios militares e civis, meios aéreos, nomeadamente os Merlin (que podem muito bem fazer a ponte aérea entre as ilhas). Na situação actual, em que os portos estão intactos, até um Ro-Ro fazia o trabalho! Até um AOR aqui dava um jeitaço.
Un Galicia en emergencia y por un máximo de 1 ó 2 días puede transportar a casi 3000 personas, podría evacuar a la totalidad de la población en 3 días a otra isla próxima.
Con la ayuda de aviones ...2 días.
Não duvido. Mas mesmo assim, 2 ou 3 dias para evacuar é muito tempo, e isso é sem contar com o tempo da viagem do continente para as ilhas. Portanto é um cenário mesmo ideal, em que a catástrofe "espera" e que o único navio desse tipo planeado para a Marinha, estaria disponível.
Se temos o azar de ter o navio em doca seca na altura em que acontecia uma catástrofe qualquer, não havia plano B. Na situação actual da MGP, sem AOR, nem fragatas operacionais e com NPOs que transportavam no máximo umas 60 pessoas de cada vez, a situação complicava-se.
Em Espanha têm 1 LHD, 2 LPD, 12 fragatas, 2 AOR, 1 RO-RO, mais uns quantos navios pequenos (e um navio hospital, certo?). É comparar com Portugal...
Por isso é que digo, ter LPD é bom, mas é preciso ver que sendo só 1 (devido ao preço e guarnição elevados deste tipo de navio), a sua disponibilidade será sempre limitada, e quando o navio não estivesse disponível, não havia mais nenhuma alternativa. E aí, se é para gastar 150 a 300 milhões de euros num navio destes (ainda por cima possivelmente em detrimento de uma das fragatas), que vai estar o tempo todo atracado por receio de não estar disponível quando for necessário, existem outras opções.
Mas se querem mesmo LPD, no seu conceito clássico, então que aproveitem o JdW, e ao mesmo tempo garantam a operacionalidade e modernidade do resto da Marinha.