Crise Financeira Mundial

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Lusitano89

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #240 em: Julho 30, 2012, 02:08:22 pm »
Tony Blair apela aos alemães para que salvem o euro


O antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair apelou aos alemães, numa coluna de opinião publicada hoje no jornal alemão Bild, para que salvem o euro, mesmo à custa de um compromisso desagradável. A crise que atravessa a zona euro «é uma experiência nova, que se pode, na melhor das hipóteses, comparar com a dos anos 1930. Todas as alternativas são desagradáveis. Mas a melhor alternativa para a Europa, e sobretudo para a Alemanha, é salvar o euro», escreve Tony Blair.

«Abandonar o euro agora seria catastrófico, sobretudo economicamente, não apenas politicamente», adverte.

Tony Blair reconhece que se exige muito aos alemães: «Financiar os mecanismos de resgate, aceitar uma inflação (mais forte) e atestar as dívidas dos países que não fizeram as reformas necessárias».

Mas, para o antigo primeiro-ministro britânico, a Alemanha não tem outra escolha que não a de aceitar «uma forma de agregação da dívida», enquanto os países em crise devem aceitar as reformas e aplicá-las de acordo com um calendário preciso e realista.

A opinião pública alemã é bastante hostil em relação às medidas adoptadas para tentar ajudar os países da zona euro em dificuldades, sobretudo os do Sul: Grécia, Portugal e Espanha.

O jornal Bild é regularmente porta-voz da larga franja de eurocépticos com alguns artigos provocadores.

De acordo com uma sondagem publicada na edição de domingo daquele diário, 51 por cento dos alemães (contra 29 por cento) consideram que o primeiro poder económico europeu estaria melhor sem o euro, e 71 por cento exigem que a Grécia saia da zona euro, caso não cumpra as metas de austeridade.

Lusa
 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #241 em: Agosto 05, 2012, 02:47:23 pm »
FMI aprova crédito de 62.000 milhões de dólares a Marrocos


O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou hoje uma linha de crédito de 62.000 milhões de dólares a Marrocos para apoiar as reformas do país e conter riscos em caso de agravamento da crise de dívida da zona euro. O FMI disse que o seu conselho de administração deu luz verde a um primeiro pagamento de 3.550 milhões de dólares, ao qual se somará o restante no segundo ano do empréstimo que Marrocos terá à disposição mas que só utilizará em caso de emergência decorrente de problemas na balança de pagamentos.

De acordo com o Fundo, esta ajuda «vai permitir às autoridades continuarem com a sua agenda de reformas internas, que têm como objectivo alcançar crescimento rápido e abrangente, garantindo uma protecção contra choques externos».

A directora do FMI, Christine Lagarde, disse hoje que Rabat «tem mantido uma trajectória de políticas firmes e um vasto leque de reformas, que contribuíram para os fundamentos macroeconómicos e institucionais sólidos» do país.

Lusa
 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #242 em: Agosto 06, 2012, 11:47:34 pm »
Bruxelas quer que Grécia mostre vontade em ficar no euro


A Comissão Europeia espera que a Grécia torne públicas o quanto antes as medidas do plano que prevê poupar 11.500 milhões de euros para demonstrar o seu compromisso e afastar o fantasma da saída do euro. «Há um grande esforço dos líderes europeus para encontrar medidas que ajudem a Grécia e evitem uma ruptura da zona do euro. Mas agora a responsabilidade está nas mãos da Grécia», disse à agência de notícias Efe uma fonte da Comissão Europeia em Atenas, que pediu anonimato.

Segundo esta fonte, o governo grego liderado pelo conservador Antonis Samaras abandonou a sua intenção de solicitar uma extensão de prazo no cumprimento dos programas de reformas impostos à Grécia pelos seus credores em troca dos resgates.

Esta decisão foi tomada pelo primeiro-ministro na semana passada depois de ter recebido um telefonema do Presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, em que este alertou que, se não o fizesse, haveria Estados-Membros a exigir a saída do país da zona euro.

«Uma extensão do programa implicaria mais financiamento, que teria de ser aprovado pelos parlamentos nacionais, e isso parece difícil», acrescentou a fonte.

Para evitar uma saída forçada da Grécia na zona euro, a fonte consultada pela Efe disse que a Comissão Europeia espera que Samaras «além de promessas, tem de começar a levar à prática» as medidas anunciadas, uma vez que «as coisas estão a ser feitas, mas muito lentamente».

Hoje houve mais uma reunião entre o primeiro-ministro e seus parceiros de governo, Evangelos Venizelos, dos socialistas gregos (Pasok), e Fotis Kuvelis, líder do pequeno partido de centro-esquerda Dimar, num encontro em que não foram abordados os cortes, com o debate a centrar-se sobre o processo de privatização e reforma da administração pública.

«Devemos romper o círculo vicioso da imagem negativa do nosso país», disse Venizelos no fim da reunião, enquanto Kuvelis explicou que houve um acordo sobre a criação «investimentos que proporcionem empregos».

Segundo o jornal Kathimerini, os pensionistas serão dos grupos mais afectados pelas novas medidas de austeridade, podendo as pensões ser reduzidas entre cinco e seis por cento, depois de já terem perdido cerca de um quarto do seu valor em cortes anteriores.

A ‘troika’ (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), que supervisiona as reformas gregas, deu por terminada no domingo mais uma visita ao país, depois de constatar «avanços» nas negociações com o Governo.

Os membros da ‘troika’ vão apresentar o seu relatório em Setembro ao Fundo Monetário Internacional e ao Eurogrupo para que estes possam decidir se dão ‘luz verde’ à parcela de 31 mil milhões de euros de empréstimo à Grécia.

No entanto, a oposição grega, liderada pelo Syriza (esquerda radical), ameaçou novos protestos se aprovados mais cortes em salários e pensões.

«O problema é que o governo optou por medidas simples como cortes salariais e de pensões, mas as reformas estruturais que deveriam ter sido implementadas há 30 anos ainda não foram realizadas porque são mais difíceis», concluiu fonte comunitária.

Lusa
 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #243 em: Agosto 11, 2012, 03:20:42 pm »
Berlusconi diz que a saída de um ou vários países da zona euro seria um desastre


O ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, afirmou hoje que seria «um desastre» se um ou vários países abandonassem a moeda única, provocando a desintegração da zona euro. Silvio Berlusconi, numa entrevista publicada hoje no diário francês Libération, adiantou que ainda não decidiu se irá concorrer às eleições legislativas de 2013, e negou que tenha dito que não teria importância se alguns países saíssem do euro.

«Nunca utilizei essa expressão. Pelo contrário, sempre afirmei que a saída da moeda única de um ou vários países provocaria a desintegração da zona euro», sublinhou.

Reconheceu que o tema do possível abandono da moeda única foi utilizado por alguns membros do seu partido, o Povo da Liberdade (PdL), mas apenas por questões «táticas para mudar a posição da Alemanha».

Silvio Berlusconi afirmou que, «perante a intransigência sobre a disciplina orçamental e o rigor, que são importantes, são também insuficientes caso não se tomem medidas para o crescimento», acrescentando que estas políticas podem colocar «inevitavelmente um problema de saída do euro, ao menos para salvar a força produtiva de Itália».

O antigo chefe do Governo italiano lamentou que a «união política» que deveria ter sido necessária não tenha acontecido e criticou a oposição da Alemanha e da França a algumas das suas propostas, como a criação de uma força militar comum ou a nomeação do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair como presidente do Conselho Europeu.

«Sempre sonhei com os 'Estados Unidos de Europa' e estou pessoalmente a favor de uma eleição direta de um presidente da União Europeia e do reforço dos poderes do Parlamento Europeu», adiantou.

Questionado se houve uma ação concertada do eixo Paris-Berlim para o afastar do poder, respondeu que não sabia, acrescentando que não acreditava que tal tivesse ocorrido.

Berlusconi não foi claro sobre as suas intenções de voltar à política ativa, mas assinalou que o seu partido, «começando pelos deputados», lhe pede que volte para «relançar a popularidade do partido na campanha eleitoral».

«Ainda não decidi, mas uma coia é certa: estive sempre ao serviço do meu país», adiantou.

A sua saída do cargo de primeiro-ministro foi interpretada por Silvio Berlusconi como um sacrifício pelo bem do país: «Deu um passo atrás devido ao meu sentido de responsabilidade. Fui o único primeiro-ministro da história que se demitiu com uma maioria no parlamento e sem ter sofrido uma moção de censura».

Lusa
 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #244 em: Agosto 12, 2012, 06:32:43 pm »
Alemanha ameaça bloquear nova ajuda à Grécia em caso de incumprimento


A Alemanha adverte que vai vetar uma nova ajuda à Grécia se Atenas não cumprir na íntegra os termos acordados com a 'troika' no âmbito do pacote de resgate financeiro, mesmo que outros países decidam fazê-lo. O aviso foi dado pelo vice-presidente da coligação do governo alemão, Michael Fuchs, em declarações ao jornal diário Handelsblatt, numa entrevista que será publicada na segunda-feira.

De acordo com o responsável, a Alemanha está preparada para recorrer ao seu poder de veto, caso entenda que a Grécia não está a cumprir o acordado com os credores internacionais (União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu).

«Podem citar-me: mesmo que o copo esteja meio cheio, isso não é suficiente para que haja um novo pacote de ajuda», afirmou o membro do governo de Angela Merkel, acrescentando que «a Alemanha não pode nem deve concordar com essa possibilidade».

Na mesma entrevista, Fuchs referiu ainda que mesmo que outros países da zona euro decidam libertar mais fundos, depois de conhecida a avaliação da ‘troika’, «a Alemanha vai usar o seu poder de veto» no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), caso conclua que a Grécia «não cumpriu os requisitos exigidos».

O veredicto da ‘troika', que deverá ser conhecido em setembro, irá determinar se Atenas vai ou não receber a próxima tranche de ajuda financeira, no valor de 31,5 mil milhões de euros. Fuchs advertiu ainda que a Alemanha «atingiu os limites daquilo que considera aceitável».

Reconhecendo que é impossível forçar um país a abandonar a zona euro, o responsável político sublinhou que «o governo grego sabe o que tem de fazer caso não esteja em posição de cumprir as reformas impostas».

Nas suas declarações, o responsável não poupou críticas e declarou-se também contra a possibilidade de o Banco Central Europeu (BCE) poder ajudar os países em dificuldades através da compra de títulos de dívida soberana, conforme anunciou na semana passada o presidente da instituição, Mario Draghi.

Lusa
 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #245 em: Agosto 16, 2012, 09:03:44 pm »
Áustria quer mecanismo para expulsar da Zona Euro países que não cumpram compromissos


O ministro dos Negócios Estrangeiros austríaco, Michael Spindelegger, pediu que a zona euro crie um mecanismo legal que permita excluir os países membros que não respeitem os critérios e os compromissos europeus.
 
"Temos necessidade de encontrar os meios que nos permitam expulsar qualquer um da zona euro", declarou Michael Spindelegger, que é também vice-chanceler, numa entrevista ao jornal Kurier, a publicar na sexta-feira, mas que foi divulgada hoje no site na internet do jornal.
 
Esse mecanismo será destinado aos países que "não respeitem os seus compromissos", precisou, acrescentando ser necessária uma mudança dos tratados da União Europeia, um processo que poderá durar cinco anos.
 
"Se nós tivéssemos já um tal mecanismo, teríamos então tirado as consequências", sublinhou o ministro, numa referência, segundo o jornal, à Grécia, que já teve dois planos de resgate e que poderá ter necessidade de mais.
 
A criação de um tal mecanismo de saída reforçaria a confiança dos mercados no euro, declarou o ministro, de centro-direita, para quem uma tal ideia é apoiada por países da zona euro como a Alemanha, o Luxemburgo, a Finlândia e a Holanda.
 
Hoje, a chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou, no Canadá, que está comprometida em fazer todos os possíveis para salvar o euro e sublinhou que a Europa tem de aprender a utilizar de forma “mais eficiente” o dinheiro dos fundos estruturais.
 
A chanceler alemã também defendeu a ideia de “maiores direitos de intervenção” nos países que não cumprem os critérios de estabilidade, porque a Europa tem um problema de credibilidade perante os investidores estrangeiros.

Lusa
 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #246 em: Agosto 25, 2012, 02:22:07 pm »
General Motors Is Headed For Bankruptcy -- Again  :roll:

 :arrow: http://www.forbes.com/sites/louiswoodhi ... tcy-again/
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #247 em: Setembro 09, 2012, 02:48:13 am »
Merkel decidida a evitar a «todo o custo» saída da Grécia do Euro


A chanceler alemã, Angela Merkel, está decidida a evitar a "todo o custo" a saída da Grécia da zona euro, com receios de contágio a outros Estados-membros, diz a revista semanal alemã Der Spiegel.

A edição desta semana, que será publicada esta segunda-feira, cita palavras de Merkel a "colaboradores próximos", tendo a chanceler garantido que "tem de ser encontrada uma solução" para a Grécia e a manutenção do país na moeda única.
 
A Der Spiegel assinala que Merkel está consciente de que um abandono da Grécia da moeda única representaria perdas alemãs de 62 mil milhões de euros em ajudas, para lá de todo o impacto político que poderia advir da situação.
 
Nesse sentido, o Governo alemão, escreve a revista, "não descarta" um cenário de coletivização da dívida da zona euro para "estabilizar" Itália e Espanha, uma novidade na posição de Berlim.
 
Angela Merkel tem rejeitado insistentemente, por exemplo, a emissão de “eurobonds", títulos conjuntos da dívida pública entre países da moeda única, considerando-os “o caminho errado" para resolver a crise atual.
 
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou na quinta-feira um programa de “Transações Monetárias Diretas” para a aquisição de obrigações de países da zona euro no mercado secundário de dívida soberana, num montante “sem limites”.
 
O presidente do BCE, Mario Draghi, disse que este programa de “Transações Monetárias Diretas” (“Outright Monetary Transactions”, na expressão em inglês) se destinará a obrigações entre um e três anos, ou de maturidades mais longas mas que vençam num prazo até três anos.
 
Estas aquisições, acrescentou Draghi, estarão sujeitas a “condicionamentos rigorosos”.
 
O BCE só irá adquirir dívida de países que estejam sob “um programa de ajustamento macroeconómico total [como sucede na Grécia e também em Portugal] ou de um programa preventivo, desde que este inclua a possibilidade de aquisições da parte” dos mecanismos europeus de estabilidade.

Lusa
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #248 em: Outubro 06, 2012, 03:23:47 pm »
Ex-vice da Moody's apela a revolução na zona euro


O tempo para uma discussão "educada" terminou. O que está em causa no "Sul" da Europa é a diferença entre um futuro de prosperidade ou depressão. Palavras duras de Christopher T. Mahoney, ex-vice presidente da agência Moody's.
Jorge Nascimento Rodrigues (www.expresso.pt)
11:37 Sexta feira, 5 de outubro de 2012  



"Está na hora de uma revolução na zona euro, o tempo para uma discussão educada terminou. O que está em causa não são um ou dois por cento de crescimento económico no Sul, mas, pelo contrário, a diferença entre um futuro de prosperidade e um de depressão", refere hoje Christopher T. Mahoney, ex-vice presidente da agência de notação Moody's, num artigo intitulado "Southern Europe Must Revolt Against Price Stability ", publicado no "Project Syndicate".

Essa "revolução" deve ser "liderada pela França, Itália e Espanha", com a França à cabeça, e os seus alvos principais são a Alemanha e o Bundesbank. "O tempo é agora, antes que a Espanha e Itália sejam forçadas a capitular à estricnina e ao arsénio da troika", sublinha.

Mahoney é um veterano de Wall Street que saiu de vice-presidente da Moody's em 2007. Considera-se um "libertário do mercado livre".

"Se o Sul continuar a permitir que o Norte administre o remédio envenenado da deflação monetária e da austeridade orçamental, sofrerá, desnecessariamente, anos e anos", adverte Mahoney, para, depois, apelar à "revolução" do Sul.

"A zona euro é uma república multinacional em que cada país, independentemente da sua notação de crédito, pode atuar como um hegemonista. A Alemanha tem apenas dois votos no conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE), não tem controlo e não tem poder de veto. A Alemanha é apenas mais outro membro da união e o Bundesbank apenas mais outra sucursal regional do sistema do euro. O Tratado do BCE não pretendeu ser um pacto de suicídio, e pode ser interpretado de um modo suficientemente aberto para permitir que seja feito o que tem de ser feito. Se o Tribunal Constitucional objetar, então a Alemanha pode sair."

E reforça: "O que advogo é uma rutura pública com o Bundesbank e com os seus satélites ideológicos".

A finalizar, diz: "Talvez seja mais prudente conduzir esta revolta em privado, mas o que acho é que só funciona como ultimato público".



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/ex-vice-da-mood ... z28Wr0bHZa
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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P44

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #249 em: Outubro 11, 2012, 05:11:42 pm »
FMI DESCOBRE A PÓLVORA :!:  :!:  :!:  :!:

Grécia deve ter mais tempo, diz Lagarde
FMI pede travão à austeridade na Europa

11.10.2012 - 11:32 Por PÚBLICO

A directora-geral do FMI, a francesa Christine Lagarde, pediu aos Estados que ponham uma travão às medidas de austeridade, dando sinais de que a sua instituição está ficar cada vez mais preocupada com o impacto dos cortes governamentais sobre o crescimento.

Lagarde advertiu contra a prioridade aos cortes na despesa e aumentos de impostos: “Por vezes é melhor ter um pouco mais de tempo”, disse durante as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, em Tóquio, citada no Financial Times de hoje.

Neste contexto, admitiu também que a Grécia vai precisar de mais dois anos para cumprir o programa de saneamento das finanças públicas e equilibrar o défice, em linha com as exigências dos credores internacionais.

O FMI já dissera antes que havia bons argumentos para dar mais tempo à Grécia, mas esta foi a primeira vez que Lagarde disse concordar com o prolongamento de prazos que tem vindo a ser pedido pelo Governo do primeiro-ministro grego, Antonio Samaras.

No início da semana, o Fundo alertou para que os governos têm subestimado sistematicamente os efeitos recessivos da austeridade. Assim, Lagarde diz agora que, dada a reavaliação do impacto da austeridade no produto, já não é sustentável para os governos europeus agarrarem-se às metas do défice orçamental se o crescimento for decepcionante.

http://economia.publico.pt/Noticia/fmi- ... pa-1566867
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #250 em: Outubro 11, 2012, 07:32:19 pm »
Citação de: "P44"
FMI DESCOBRE A PÓLVORA :!:  :!:  :!:  :!:

Grécia deve ter mais tempo, diz Lagarde
FMI pede travão à austeridade na Europa

11.10.2012 - 11:32 Por PÚBLICO

A directora-geral do FMI, a francesa Christine Lagarde, pediu aos Estados que ponham uma travão às medidas de austeridade, dando sinais de que a sua instituição está ficar cada vez mais preocupada com o impacto dos cortes governamentais sobre o crescimento.

Lagarde advertiu contra a prioridade aos cortes na despesa e aumentos de impostos: “Por vezes é melhor ter um pouco mais de tempo”, disse durante as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, em Tóquio, citada no Financial Times de hoje.

Neste contexto, admitiu também que a Grécia vai precisar de mais dois anos para cumprir o programa de saneamento das finanças públicas e equilibrar o défice, em linha com as exigências dos credores internacionais.

O FMI já dissera antes que havia bons argumentos para dar mais tempo à Grécia, mas esta foi a primeira vez que Lagarde disse concordar com o prolongamento de prazos que tem vindo a ser pedido pelo Governo do primeiro-ministro grego, Antonio Samaras.

No início da semana, o Fundo alertou para que os governos têm subestimado sistematicamente os efeitos recessivos da austeridade. Assim, Lagarde diz agora que, dada a reavaliação do impacto da austeridade no produto, já não é sustentável para os governos europeus agarrarem-se às metas do défice orçamental se o crescimento for decepcionante.

http://economia.publico.pt/Noticia/fmi- ... pa-1566867

Dei por mim a pensar exactamente o mesmo caro P44. Está mais que visto que para a maior parte dos economistas a ecónomia é uma ciência oculta, um genero que magia negra que eles não conseguem compreender.

E o FMI que estava a tentar chupar ao máximo os paises endividados do sul da Europa deu-se agora conta que se a vaca morrer não há mais leitinho para ninguém. É que nem no acto que extorquir e escravizar eles sabem fazer as coisas como deve de ser.
 

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P44

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #251 em: Outubro 16, 2012, 05:59:06 pm »
Crise
Suíça prepara exército para colapso do euro

A Suíça, país conhecido pela sua neutralidade, está a tomar precauções pouco convencionais para fazer face aos protestos anti-austeridade que se fazem sentir na Europa.


06:49 - 16 de Outubro de 2012 | Por Eudora Ribeiro
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A Suíça, que não faz parte da zona euro, lançou um exercício militar em Setembro, o ‘Stabilo Due’, para responder à actual instabilidade na Europa e para testar a velocidade a que o seu exército pode ser mobilizado, avança a CNBC.

O jornal Der Sonntag noticiou recentemente que este exercício militar baseou-se num ‘mapa de risco’ de 2010, onde os especialistas do Exército contemplavam a ameaça de conflitos internos, assim como a possibilidade de a Suíça receber refugiados da Grécia, Espanha, Itália, França e Portugal.

O ministério da Defesa suíço adiantou à CNBC que não se pode excluir a necessidade de enviar tropas nos próximos anos para outros países.

“Não está excluída a hipótese de as consequências de uma crise financeira na Suíça poderem provocar protestos e violência”, disse à CNBC um porta-voz do ministério da Defesa, acrescentando que “o exército tem de estar preparado quando a polícia pede ajuda em casos destes”.
PUB

Cerca de dois mil soldados integraram os exercícios militares que decorreram em oito cidades suíças, incluindo soldados de infantaria, a Força Aérea e membros das forças especiais.

O ministro da Defesa Ueli Maurerwarned alertou, citado pela revista Schweizer Soldat, para uma escalada da violência na Europa. “Não posso excluir que possamos precisar do exército nos próximos anos”, disse o governante.
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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #252 em: Outubro 23, 2012, 10:39:07 am »
O EXEMPLO DA ISLANDIA

Islândia mostrou o caminho ao rechaçar a austeridade
por Salim Lamrani
REDE VOLTAIRE | PARIS (FRANÇA) | 20 DE OUTUBRO DE 2012

Quando, em setembro de 2008, a crise econômica e financeira atingiu a Islândia – pequeno arquipélago no norte da Europa, com uma população de 320 mil habitantes –, o impacto foi desastroso, tal como no resto do continente. A especulação financeira levou os três principais bancos à falência, de modo que seus ativos representavam uma soma dez vezes superior ao PIB do país, com uma perda líquida de 85 bilhões de dólares. A taxa de desemprego se multiplicou por nove entre 2008 e 2010, ao passo que, antes, o país gozava de pleno emprego.

A dívida da Islândia representou 900% do PIB e a moeda nacional se desvalorizou 80% em relação ao euro. O país caiu em uma profunda recessão, com uma diminuição do PIB em 11% em dois anos. [1]

Diante da crise

Em 2009, quando o governo quis aplicar as medidas de austeridade exigidas pelo FMI em troca de uma ajuda financeira de 2,1 bilhões de euros, uma forte mobilização popular o obrigou a renunciar. Nas eleições antecipadas, a esquerda ganhou a maioria absoluta no Parlamento. [2]

No entanto, o novo poder adotou a lei Icesave – cujo nombre provém do banco online que quebrou e cujos correntistas eram, na maioria, holandeses e britânicos – com a finalidade de reembolsar os clientes estrangeiros. Essa legislação obrigava os islandeses a reembolsar uma dívida de 3,5 bilhões de euros (40% de seu PIB) – nove mil euros por habitante – em quinze anos e com uma taxa de juros de 5%. Diante dos novos protestos populares, o presidente se recusou a assinar o texto parlamentar e o submeteu a um referendo. Em março de 2010, 93% dos islandeses rechaçaram a lei sobre o reembolso das perdas do Icesave. Quando foi submetida novamente a referendo em abril de 2011, 63% dos cidadãos voltaram a rechaçá-la. [3]

Uma nova Constituição, redigida por uma Assembleia Constituinte de 25 cidadãos eleitos por sufrágio universal entre 522 candidatos, composta por nove capítulos e 114 artigos, foi adotada em 2011. Ela prevê o direito à informação, com acesso público aos documentos oficiais (Artigo 15), a criação de uma Comissão de Controle da Responsabilidade do Governo (Artigo 63), o direito à consulta direta (Artigo 65) – 10% dos eleitores podem pedir um referendo sobre as leis votadas pelo Parlamento –, assim como a nomeação do primeiro-ministro pelo Parlamento. [4]

Assim, ao contrário das outras nações da União Europeia na mesma situação, que aplicaram escrupulosamente as recomendações do FMI que exigiam medidas de austeridade severas, como na Grécia, Irlanda, Itália ou Espanha, a Islândia escolheu uma via alternativa. Quando, em 2008, os três principais bancos do país – Glitnir, Landsbankinn e Kaupthing – desmoronaram, o Estado islandês se negou a injetar neles fundos públicos, tal como havia feito o resto da Europa. Em vez disso, realizou sua nacionalização.

Do mesmo modo, os bancos privados tiveram que cancelar todos os créditos com taxas variáveis que superavam 110% do valor dos bens imobiliários, o que evitou uma crise de subprime, como nos Estados Unidos. Por outro lado, a Corte Suprema declarou ilegais todos os empréstimos ajustados a divisas estrangeiras que foram outorgados a particulares, obrigado assim os bancos a renunciarem a seus créditos em benefício da população. [5]

Quanto aos responsáveis pelo desastre – os banqueiros especuladores que provocaram o desmoronamento do sistema financeiro islandês –, não se beneficiaram da mansidão que se mostrou diante deles no resto da Europa, onde foram sistematicamente absolvidos. Com efeito, Olafur Thor Hauksson, Procurador Especial nomeado pelo Parlamento, os perseguiu e prendeu, inclusive ao ex-primeiro-ministro Geir Haarde. [6]

Uma alternativa à austeridade

Os resultados da política econômica e social islandesa têm sido espetaculares. Enquanto a União Europeia se encontra em plena recessão, a Islândia se beneficiou de uma taxa de crescimento de 2,1% em 2011 e prevê uma taxa de 2,7% para 2012, além de uma taxa de desemprego de 6%. [7] O país até se deu ao luxo de realizar o reembolso antecipado de suas dívidas ao FMI. [8]

O presidente islandês Olafur Grímsson explicou este milagre econômico: “A diferença é que, na Islândia, deixamos os bancos quebrarem. Eram instituições privadas. Não injetamos dinheiro para salvá-las. O Estado não tem por que assumir essa responsabilidade”. [9]

Agindo contra qualquer prognóstico, o FMI saudou a política do governo islandês – o qual aplicou medidas totalmente contrárias às que o Fundo preconiza –, que permitiu preservar “o precioso modelo nórdico de proteção social”. De fato, a Islândia dispõe de um índice de desenvolvimento humano bastante elevado. “O FMI declara que o plano de resgate ao modo islandês oferece lições nos tempos de crise”. A instituição acrescenta que “o fato de que a Islândia tenha conseguido preservar o bem-estar social das unidades familiares e conseguir uma consolidação fiscal de grande envergadura é uma das maiores conquistas do programa e do governo islandês”.

No entanto, o FMI omitiu omitiu a informação de que esses resultados só foram possíveis porque a Islândia rechaçou sua terapia de choque neoliberal e elaborou um programa de estímulo econômico alternativo e eficiente. [10]

O caso da Islândia demonstra que existe uma alternativa crível às políticas de austeridade que são aplicadas na Europa. Estas, além de serem economicamente ineficientes, são politicamente custosas e socialmente insustentáveis. Ao escolher colocar o interesse geral acima do interesse dos mercados, a Islândia mostra o caminho ao resto do continente para escapar do beco sem saída.

Salim Lamrani
Professor. Ensina nas universidades Paris-Descartes e Paris-Est Marne-la-Vallée. Último livro publicado : Cuba. Ce que les médias ne vous diront jamais (Estrella, 2009)
scrupulum aka legionario
 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #253 em: Outubro 23, 2012, 11:28:37 am »
Uma grande lição que mostra que quando se põem os interesses de todo um povo à frente dos interesses da elite as coisas funcionam bem.

Infelizmente na União Europeia dá-se mais importancia à preservação das regalias da elite que do povo, e por isso todos nós sofremos.
Os poderosos estão ainda mais ricos e poderosos enquanto a generalidade da população está cada vez pior.

Caberia a nós saber fazer a diferença.
 

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Re: Crise Financeira Mundial
« Responder #254 em: Outubro 23, 2012, 05:40:32 pm »
a frase mais importante é esta
Citar
o FMI  omitiu a informação de que esses resultados só foram possíveis porque a Islândia rechaçou sua terapia de choque neoliberal e elaborou um programa de estímulo econômico alternativo e eficiente.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas