Mas concentremo-nos na Marinha que é o tópico em questão:
Realmente. Gostaria de uma oportunidade para discutirmos o Exército. Me sinto mais confortável, pois como eu disse, não “sou um homem do mar”.
Qual será o avião de AEW? À certezas quanto ao desenvolvimento do Gripen Naval? Ou seja, muitos ses. Meu conselho, comprar um NAE Stol/Vtol aos Italianos ou espanhóis, usando os sh-70 e comprando Sh-3AEW e Harrier exedentes dos britânicos. Ficavam com um Porta Aviões operacional no mesmo espaço de tempo da Incognita S. Paulo.
Acerca do avião AEW para o porta-aviões , não saberia respondê-lo. Portanto não custa lembrar que a Embraer tem expertise nesta áera. Pode ser que os S-2 Tracker possa sofrer modificação para tal finalidade, ou a Marinha do Brasil venha adquirir Northrop Grumman E-2 Hawkeye de segunda mão, tudo depende.
Isto porque o Brasil mesmo perante os Su-27,os T-72 e as Fragatas Lupo teria problemas se estes fossem empregues correctamente (acredito que no final venceria, sobretudo pelo maior numero de homens, disponibilidade de material e logistica). E isso não deveria acontecer porque é entrar no campo das variáveis.
Pelo que percebo, as coisas na Venezuela andam tão preocupantes, que no curto prazo o regime bolivariano vai se tornar um protetorado brasileiro enquanto o PT estiver no poder. Portanto, os canhões dos T-72 e os mísseis do SU-27 estarão apontados para outra direção. E no campo da realidade e da geopolítica atual, volto a enfatizar, não existe ameaça ao Brasil na América Latina. Pensar que seremos ameaçados por qualquer uma das 12 repúblicas que nos cercam é bobagem.
A disponibilidade do S. Paulo é baixíssima. O navio só operou na sua plenitude aquando desta foto de resto tem passado o tempo no estaleiro, Não tem ala aérea (os A-4 dos anos 70 estão em modernização, os Trader com mais de 50 anos idem, sobrando os Sh-70 adquiridos novos), e o navio tem tido acidentes com vitimas mortais. Acha portanto viável continuar a moderniza-lo para poder operar até 2039?
Penso que tudo é uma questão de doutrina. A Marinha do Brasil opera porta-aviões desde a década de 60, portanto ela não é principiante nesta complexa área. Se o A-12 São Paulo vai sofrer modernização para ser operado até 2039 o almirantado brasileiro tem lá suas razões que está além de meu alcance, se não eu prazerosamente os informaria os motivos.
Em relação às fragatas e dos demais meios de superfície não vou me alongar pois compartilho da mesma opinião. Mesmo assim, eu tomaria cuidado a tecer certos tipos de comentários, pois até onde sei, mesmo sendo navios velhos e antiquados, eles ainda geram respeitabilidade, pelo menos aqui na América do Sul. Creio que esta situação de quase total inoperância se dá pelos cortes do governo federal para a área de Defesa por conta dos ajustes fiscais. O Brasil não está em crise como muitos erroneamente tem propagado. O que acontece é que há necessidade do governo fazer alguns ajustes fiscais e neste caso, os primeiros sofrerem restrições são as FFAA.
A questão dos submarinos, para mim, não tem a ver com o projecto mas com a altura em que foi lançado. Todos os submarinos Brasileiros são dos anos 90. Quanto muito actualmente faria sentido o projecto, não anteriormente quanto foi lançado. Além disso o Brasil tinha uma estrutura para construir submarinos alemães e agora construiu outra para construir submarinos Scorpene, franceses, sem AIP e os quais tem dado problemas na Malásia e em Espanha (S-80). Além disso não sabe como vai correr o desenvolvimento do submarino nuclear que nada tem a ver com um convencional. E a manutenção? Quanto custa? E valerá a pena ter apenas 1 ?
A Marinha do Brasil possui navios submersíveis em seu inventário desde 1914, o que coloca a força brasileira de submarinos entre as mais antigas e tradicionais do mundo. Atualmente, a armada brasileira opera cinco submarinos convencionais impulsionados por motores diesel-elétricos: Tupi (S-30), Tamoio (S-31), Timbira (S-32), o Tapajó (S-33) e o Tikuna (S-34). Os quatro primeiros são da classe Tupi e o último da classe Tikuna, todos derivados do submarino alemão U-209.
Sobre os Scorpenes, eles serão construídos aqui em solo brasileiro, portanto deduzo que o corpo técnico de engenheiros devem corrigir tais problemas apresentados pelo tipo em serviço em outras Armadas. Pelo menos é o que acho. Um projeto monumental que já consumiu bilhões de reais e que vai consumir mais, há de carecer determinadas atenções. Sobre o SN-BR (submarino nuclear) ele será lançado ao mar depois de 2025, isto é um fato!
Primeiramente deve-se relevar que a Marinha do Brasil vem realizando pesquisas nucleares, inclusive já conseguiu ter grandes avanços na área, desde a década 70. Para vocês terem uma ideia, se o governo brasileiro quisesse desenvolver e fabricar bombas atômicas, já teríamos. (Isso não quer dizer muito, países como Paquistão, Coreia do Norte e até mesmo a África do Sul também fizeram tal feito).
Acho que, o que alimenta a ambição dos almirantes brasileiros em dispor em seu arsenal um submarino nuclear são os desafios impostos pela vastidão do Atlântico Sul à Marinha do Brasil. A magnitude dos interesses nacionais neste mar, empurra a Armada brasileira a ter posse não apenas de submarinos convencionais, sendo necessário dispor submarinos nucleares para ter poder compatível à missão de proteger os mares brasileiros.
Nos submarinos nucleares, a fonte de energia é um reator atômico, cujo calor gerado vaporiza água, possibilitando o emprego desse vapor em turbinas. Nos submersíveis convencionais, a capacidade de ocultação tem que ser periodicamente quebrada, uma vez que necessitam, a intervalos, recarregar as baterias. Nessas horas, em função das partes expostas acima d´água tornam-se vulneráveis, podendo ser detectados por radares de aeronaves ou navios. Isso no contexto da imensidão do Atlântico Sul, faz a maior diferença.
Diferentemente dos submarinos convencionais, os nucleares dispõem de elevada mobilidade. Por possuírem fonte virtualmente inesgotável de energia podem desenvolver velocidades acima de 40 quilômetros por hora — algo inimaginável as tripulações dos submersíveis de motores diesel-elétrico. Em termos práticos, a energia nuclear assegura ao submarino atômico vitalidade para patrulhas ininterruptas de até 180 dias. Como disse o ex-comandante da Marinha do Brasil, almirante Julio Soares de Moura Neto, em artigo assinado em 2009 e publicado no site DefesaNet Agência de Notícias: o submarino nuclear é simplesmente o “senhor dos mares”.
O primeiro dos seis submarinos nucleares a serem incorporados à esquadra já tem nome: SN-10 Álvaro Alberto — uma homenagem ao almirante que foi pioneiro no desenvolvimento de pesquisas nucleares no Brasil. A arma mais poderosa do arsenal de guerra brasileiro será um gigante de aproximadamente 100 metros de comprimento, 10 metros de diâmetro e seis mil toneladas de deslocamento. Um quebra cabeça de 900 mil peças, capaz de disparar torpedos de alto desempenho e dupla letalidade contra alvos de superfícies e submarinos, além de lançar mísseis de emprego tático de curto alcance — que podem atingir alvos localizados a 300 quilômetros de distância.
O Brasil já teria investido R$ 10,3 bilhões no Álvaro Alberto e, sua conclusão significará outros R$ 11 bilhões. O submarino será operado por aproximadamente 100 oficiais e sargentos especialistas, selecionados entre os melhores quadros da Força Naval brasileira, que demonstrarem maior aptidão para suportar longos períodos de confinamento, longe de casa e de suas famílias. A Marinha, inclusive, já estuda a possibilidade destes marinheiros terem um soldo (salário dos militares) maior, seguro e benefícios para familiares.