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2008-07-11 20:36

Sondagem TVI/Intercampus

Portugueses não confiam na Justiça

A maioria dos portugueses, mais de 70%, pensa também que a Justiça é influenciada pelos poderes político e económico.

[ Última actualização às 20:36 do dia 11/07/2008 ]

É um retrato sombrio do estado da justiça em Portugal. Na sondagem TVI/Intercampus 63,4% dos portugueses dizem que não confiam na justiça contra 30,1% que depositam a sua confiança no poder judicial, 6,6% não sabem ou não respondem.

A maioria dos inquiridos diz também que a Justiça é muito lenta: 61,9%. A estes juntam-se mais 31,5 que dizem que ela apenas lenta. Só 2,4% afirmam que se julga no tempo adequado. Já 1% reconhece rapidez no julgamento e 0,2% vê mesmo muita rapidez.

A maioria dos portugueses considera ainda que há uma justiça para ricos e outra para pobres: 80,6%. Apenas 13,4% respondem não e 5,9 não sabem, ou não respondem.

Quanto às leis em Portugal, 55,2% dos inquiridos consideram que elas deviam ser mais penalizadoras, 27,4 defendem que são adequadas, 4,8% reclamam leis mais brandas e 12,6% não têm opinião ou não respondem.

A maioria dos entrevistados defende igualmente mais poderes para as forças policiais. São 63,8% contra 29,8 que dizem que as polícias têm os poderes certos. Só 1,9 quer menos poderes para as forças policiais.

Os portugueses não têm dúvidas que tanto o poder político como o económico interfere na Justiça: 73,1% dizem que sim, há interferência do poder político na justiça contra 13,1 que afirmam que não, quase tantos quantos os que não sabem ou não respondem.
Já 75,7% dos inquiridos defendem que também o poder económico interfere na Justiça, 10,6% consideram que não e 13,8 não sabe ou não responde.

Ficha técnica

Sondagem Intercampus para a TVI, realizada entre os dias 04 e 08 de Julho de 2008, com o objectivo de conhecer a opinião da população portuguesa sobre temas da actualidade.

O Universo constituído por indivíduos de ambos os sexos, com mais de 18 anos, residentes em Portugal Continental. Com recolha através de entrevista telefónica, a amostra é constituída por 625 entrevistas: 52,6% dos entrevistados do sexo feminino, 47,4% do sexo Masculino, 30,7% entrevistados com idades entre os 18 e os 34 anos, 35% entre os 35 e os 54 anos e 34,2% em indivíduos com mais de 55 anos.

Por regiões 17,6% dos entrevistados residem no Norte Litoral, 14,2% no Grande Porto, 18,9% no Interior, 18,1% no Centro Litoral, 21,4% na Grande Lisboa e 9,8% no Sul. O erro de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é de mais ou menos 3,92%.

TVI      
http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=971245


 :roll:

[Luso]

Eu não confio na Justiça.
Quando fui a tribunal defender a instituição onde trabalho vi uma desorganização intolerável, já para não falar na falta de preparação dos juízes para apreciar certas matérias.

Mas hoje, o que mais me impressionou foi o tiroteio lá para os lados de "Lesboa".
E mais que o tiroteio foi a quase indiferença dos senhores políticos perante o que considero um escândalo, uma verdadeira vergonha nacional, que resulta da aplicação prática das ideias de esquerda baseadas no mito do bom selvagem (ou melhor na promoção da miséria para promover estruturas de apoio do estado, óbviamente dominadas por aparelhos partidários).

Os sinais da podridão são cada vez mais evidentes.

Estou a ver-me a ir em romaria a Santa Comba para acender uma vela e rezar pelo regresso do velho António.

[komet]

Oh amigo luso, procure informar-se da próxima vez que decorrer uma demonstração de integridade e cidadania como esta, para assim, quem sabe, desenferrujar alguma das preciosidades que colecciona  

[tsumetomo]

Oh amigo luso, procure informar-se da próxima vez que decorrer uma demonstração de integridade e cidadania como esta, para assim, quem sabe, desenferrujar alguma das preciosidades que colecciona  

Cheira-me que o "amigo" komet ainda acredita em milagres... (de fatima ou nao).

[legionario]

O bastonario da Ordem dos advogados pôs e muito bem, o dedo na ferida !
Portugal tem milhares de advogados e de doutores da justiça ; ja so falta mesmo a Justiça !
Em abono da verdade, tenho que dizer que em França, a m... é a mesma ... e ja dura desde o tempo de Dreyfus ...

Os franceses têm uma figura juridica a que chamam : " intima convicçao " , e que fundamenta a prisao de suspeitos com base nessa unica "prova".  Ha dezenas de casos repertoriados de inocentes que foram presos, por vezes varios anos, antes de serem reabilitados ...