ANUNCIO REQUIEM DO CENTENARIO DO REGICIDIO

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Luso

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« Responder #120 em: Fevereiro 08, 2008, 03:49:30 pm »
Citação de: "Rui Monteiro"
Nós Nobres ? Acordem, informem-se !!!  :shock:


Francamente...

Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Subillaumbra

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« Responder #121 em: Fevereiro 08, 2008, 04:52:36 pm »
Caros companheiros de forum,

Em relação ao diferendo republica/monarquia, tenho a dizer que me inclino mais para a republica, pelo facto de não ter muita lógica alguêm ter poder politico por nascer numa dada família. Mas isso é a minha opinião. Até porque se todos recuarmos na nossa árvore genealógica encontramos nobres, padres, servos, ladrões, gente de bem, etc., etc., todos sem exepção, até o pretendente ao trono. Todos somos nobres, clero, servos, burgueses e povão. É uma inevitabilidade estatistica, à qual não podemos fugir. Um dos meus bisavôs, por exemplo, era do clero, o que não deixa de ter a sua piada.

Mas de qualquer maneira não é o regime que faz um pais. Seja monarquia, república, ditadura, democracia ou outro que queiram, o que faz mover e evoluir um país é a sua cultura, educação, acção e vontade populares.

Portugal sempre esteve em crise desde que se fundou até hoje. Quem de interessa por história sabe disso, os periodos em que a crise foi menor foram excepções, não a regra. Nunca foi promovida uma industrialização do pais e por aí fora...

Isto só anda para a frente quando nos convencermos que Portugal é um pequeno país e pouco desenvolvido, mas que tem grandes potencialidades, as quais temos obrigação de desenvolver.

Em relação ao Rei D. Carlos, foi uma pena ter sido morto, porque me parece que era um líder com muita qualidade. E aqui é que mora o cerne da questão, na qualidade... dos lideres e do resto do pessoal. Aqui é que falhamos.

Mas como disse é a minha opinião.

Cumprimentos e um fim-de-semana descansado. O meu não vai ser porque vou para o mato, é que ao contrário de muitos eu com 38 anos ainda lá ando e ninguêm me obriga. Mas o que é a vida sem um pouco de desassossego?
 

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papatango

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« Responder #122 em: Fevereiro 08, 2008, 05:17:14 pm »
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Em relação ao diferendo republica/monarquia, tenho a dizer que me inclino mais para a republica, pelo facto de não ter muita lógica alguêm ter poder politico por nascer numa dada família.
Numa monarquia constitucional, o rei não tem poder político. Limita-se a empossar o governo e a aceitar a demissão do governo.
Não tem, nem pode ter outros poderes, sob pena de se tornar parcial. E quando um rei perde a imparcialidade, perde a legitimidade, porque a legitimidade é-lhe conferida exactamente porque o rei não toma partido.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
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Luso

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« Responder #123 em: Fevereiro 08, 2008, 05:22:01 pm »
Citação de: "papatango"
Citar
Em relação ao diferendo republica/monarquia, tenho a dizer que me inclino mais para a republica, pelo facto de não ter muita lógica alguêm ter poder politico por nascer numa dada família.
Numa monarquia constitucional, o rei não tem poder político. Limita-se a empossar o governo e a aceitar a demissão do governo.
Não tem, nem pode ter outros poderes, sob pena de se tornar parcial. E quando um rei perde a imparcialidade, perde a legitimidade, porque a legitimidade é-lhe conferida exactamente porque o rei não toma partido.


Permita-me discordar.
O Rei terá os poderes que a constituição lhe der.
Lamento, mas o Rei deverá ter poderes para dissolver o Parlamento.
O Rei deve ser um regulador e, para tal, deve ter poder para agir.
Um rei sem poderes é um absurdo.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Subillaumbra

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« Responder #124 em: Fevereiro 08, 2008, 06:00:41 pm »
Numa monarquia contitucional, o rei ou rainha, tem o seu poder regulado e limitado pela constituição. O poder político do rei depende da constituição do respectivo país.

Cumprimentos.
 

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dremanu

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« Responder #125 em: Fevereiro 08, 2008, 06:22:35 pm »
Entre um sistema semi-presidencialista e uma monarquia, parece-me que é mais vantajoso ter um rei do que um presidente.

Entre um sistema presidencialista e uma monarquia com poderes executivos, aí talvez já seja mais dificil de se aceitar uma monarquia dinástica.

Pessoalmente detesto o sistema semi-presidencialista que existe hoje no nosso país, pois acho que é contra-produtivo. Preferia que fosse um sistema presidencialista.

Mas se existe suficiente interesse numa maioria da população Portuguesa em retornar à monarquia, não vejo nada de mal. Seria interessante ter um rei/rainha com a patente militar de chefe supremo das FA de Portugal, mas que não tenha poder executivo de decidir quando e como essas FA devem ser utilizadas. Assim evitava-se a palhaçada que foi quando o Durão queria mandar tropas para o Iraque, e não o pode fazer porque o Jorge Sampaio vetou a decisão. Acho isso inadmissivel.

E também não concordo que um rei/rainha, ou o presidente como é hoje em dia no nosso país,  deva ter a capacidade de disolver o parlamento só porque houve uma mudança na liderança do partido que foi eleito para governar o país. Só o governo executivo deve ter esse poder. Se o povo não está contente, e quer uma mudança, então que saiam à rua em demonstração, senão calem-se porque já votaram.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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papatango

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« Responder #126 em: Fevereiro 08, 2008, 07:00:24 pm »
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Permita-me discordar.
O Rei terá os poderes que a constituição lhe der.
Lamento, mas o Rei deverá ter poderes para dissolver o Parlamento.
O Rei deve ser um regulador e, para tal, deve ter poder para agir.
Um rei sem poderes é um absurdo.

Eu também acho que o rei deve ter os poderes que a constituição lhe der.
E se o rei aceita a demissão do governo, também tem que ter poder para dissolver o parlamento.

Mas se o modelo que nos é apresentado para defender a monarquia é o modelo das monarquias europeias, nomeadamente as do norte da Europa, não deverá ser esse o modelo?

Porque em termos de monarquia, ou temos a monarquia da Dinamarca, da Suécia ou da Holanda como modelo, ou então temos que optar pelas outras monarquias...
As do golfo Pérsico... :mrgreen:

Citação de: "dremanu"
Se o povo não está contente, e quer uma mudança, então que saiam à rua em demonstração, senão calem-se porque já votaram.
Mas isso era a ditadura da rua. O PC, através da Intersindical ficava com poder para dissolver todos os governos e o país ficava ingovernável.

O sistema semi-presidencialista, ou melhor, o sistema parlamentar com alguma intervenção presidencial que nós temos, foi pensado exactamente para evitar o problema que ocorreu aquando da queda da Monarquia. O rei era visto pelas elites republicanas de Lisboa como a origem do problema e o rei não podia ser substituido.

A solução, claro, foi mata-lo
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dremanu

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« Responder #127 em: Fevereiro 08, 2008, 07:14:46 pm »
Citação de: "papatango"
Citação de: "dremanu"
Se o povo não está contente, e quer uma mudança, então que saiam à rua em demonstração, senão calem-se porque já votaram.
Mas isso era a ditadura da rua. O PC, através da Intersindical ficava com poder para dissolver todos os governos e o país ficava ingovernável.

O sistema semi-presidencialista, ou melhor, o sistema parlamentar com alguma intervenção presidencial que nós temos, foi pensado exactamente para evitar o problema que ocorreu aquando da queda da Monarquia. O rei era visto pelas elites republicanas de Lisboa como a origem do problema e o rei não podia ser substituido.

A solução, claro, foi mata-lo


Na verdade eu acho que se um governo é eleito, é eleito para governar até ao fim do mandato.

Puderia elaborar um pouco mais sobre o seu 2o comentário, pois não entendi bem o que quis dizer sobre o rei ser a origem do problema.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Luso

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« Responder #128 em: Fevereiro 08, 2008, 07:19:43 pm »
Citação de: "papatango"
Mas se o modelo que nos é apresentado para defender a monarquia é o modelo das monarquias europeias, nomeadamente as do norte da Europa, não deverá ser esse o modelo?


Eventualmente serão modelos a ponderar, se bem que cada vez sou mais avesso a "copy-paste" de modelos alegadamente superiores. As monarquias do Norte da Europa poderão ser adquadas aos seus povos mas não ao nosso. Nós é que temos que pensar na nossa realidade e naquilo que somos e nas nossas referências e construir o sistema em função disso.
- Não sou nordico, pá! :wink:

Povos diferentes, problemas diferentes, soluções diferentes.
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papatango

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« Responder #129 em: Fevereiro 08, 2008, 07:33:17 pm »
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Puderia elaborar um pouco mais sobre o seu 2o comentário, pois não entendi bem o que quis dizer sobre o rei ser a origem do problema.

Eu estava a referir-me ao facto de a crise no final do século XIX e inicio do século XX ter levado a governos de iniciativa do rei.
Foi mais ou menos como os governos de iniciativa presidencial do tempo do Ramalho Eanes nos anos 70.

Ora se o primeiro ministro era nomeado pelo rei e o rei não era eleito e tinha tomado partido por uma facção, então só matando o rei se poderia solucionar o problema.
No caso do presidente, pode-se esperar que termine o mandato.

O sistema tinha chegado a um ponto em que figuras públicas não só afirmavam mais ou menos indirectamente que o rei deveria ser morto, como mesmo depois de ter ocorrido, houve os que se vangloriaram de ter participado no assassinato.

Eu também acho que os governos devem ser de legislatura, mas no periodo final da monarquia os governos chegavam a ser de semanas quando não dias.
Já na I República, o problema se repetia e um governo com dois anos, já era considerado ditadura.

Só depois de 25 de Abril de 1974 e com o Cavaco Silva, é que tivemos pela primeira vez governos verdadeiramente estáveis.
Antes, só com a ditadura isso era possível.

Cumprimentos
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papatango

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« Responder #130 em: Fevereiro 08, 2008, 07:37:05 pm »
Citar
E o Papatango foi maroto (como sempre). Deixando de lado as monarquias da Tailândia (não perder os comentários do Miguel Castelo Branco do "Combustões" que por lá vive) , Japão, Butão ou Tonga!


Maroto, ... eue ?

Luso: A Tailandia neste momento se não me engano é uma ditadura.
No Japão, acho que o imperador tem ainda menos poder que a rainha em Inglaterra.
Mesmo durante a guerra, Hiroito pode ter apoiado os militares, mas não tinha de facto poder real para coisa nenhuma, ou pelo menos para muito pouco.
Afinal o imperador era Deus, e isso já lhe dava muito trabalho.

A Tonga...
Bom, confesso que nem sei onde fica, se tem governo constitucional, ou se não se afundou já com algum Tsunami :mrgreen:
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Luso

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« Responder #131 em: Fevereiro 08, 2008, 07:55:52 pm »
Citação de: "papatango"
Luso: A Tailandia neste momento se não me engano é uma ditadura.


Há que esclarecer que ocorreram eleições no final de 2007. Houve um golpe de estado porque o Primeiro-Ministro deposto estava a "levantar cabelo", leia-se demasiado práfrentex para ser simplista (para compreender melhor ver http://combustoes.blogspot.com/). Diz-se que o golpe de estado teve o apoio do Rei e a coisa ocorreu pacíficamente.

http://combustoes.blogspot.com/2007/12/ ... go-da.html
http://combustoes.blogspot.com/search?u ... results=50
http://en.wikipedia.org/wiki/Thai_gener ... on%2C_2007

Vale bem uma visita regular a este blogue.
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papatango

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« Responder #132 em: Fevereiro 08, 2008, 08:01:58 pm »
Citação de: "Luso"
Nós é que temos que pensar na nossa realidade e naquilo que somos e nas nossas referências e construir o sistema em função disso.
- Não sou nordico, pá!


E pensando nas nossas referências, na nossa realidade, e nos nossos olhos em bico, vamos analisar a realidade Tailandesa :mrgreen:
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Luso

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« Responder #133 em: Fevereiro 08, 2008, 08:35:49 pm »
Citação de: "papatango"
Citação de: "Luso"
Nós é que temos que pensar na nossa realidade e naquilo que somos e nas nossas referências e construir o sistema em função disso.
- Não sou nordico, pá!

E pensando nas nossas referências, na nossa realidade, e nos nossos olhos em bico, vamos analisar a realidade Tailandesa :mrgreen:


E depois dizes que não és maroto!  :mrgreen:
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P44

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« Responder #134 em: Fevereiro 09, 2008, 10:28:53 am »
Citação de: "Luso"
Citação de: "P44"
Vocês, Nobres, decidam-se :lol:  :mrgreen:


 :Soldado2:

perante tão sólidos argumentos não digo mais nada ufx29
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas