Falei em concorrência e disse que temos que respeitar regras. O que é afirmar algo óbvio, porque há regras e tratados que temos que cumprir dado sermos parte da União Europeia.
Há regras que não podemos subverter com leis que violam de forma gritante os compromissos assumidos.
Se as regras nos conduzem à servidão e à miséria, mudem-se as regras. Aliás o conceito de regra não tem como objetivo último o progresso e a civilização?
Diz que há regras que não podemos subverter com leis. E há leis que não se podem subverter com regras. Por exemplo a "livre concorrência" em
monopólios naturais http://pt.wikipedia.org/wiki/Monop%C3%B3lioPorque diabo é que um monopólio natural tem que ser privatizado?
Porque diabo é que um Estado tem que ficar refém de um privado?
Quem se acredita numa democracia como a nossa, de partidos patrocinados pelos mesmos que controlam tais monopólios ou que os desejam controlar?
Os bancos, por exemplo: face à nossa realidade, de partidos patrocinados por especuladores não produtivos, avessos ao risco, devem constituir um universo de livre concorrência, sendo objectivamente pólos de contrapoder e subversão?
Ninguém deveria ser mais poderoso que o povo, o Estado, e muito menos um privado.
Porque é que temos sempre que seguir cegamente cartilhas estranhas, concebidas sabe-se lá com que interesses?
Se as regras são nefastas, que se danem essas regras. Adoptem-se outras.
Os portugueses têm que se unir e a nacionalização dos monopólios naturais em mãos privadas é fundamental.
Isso e a posse de meios e tecnologias base, como uma siderurgia decente.