Apetece-me gritar bem alto, FO...

  • 3540 Respostas
  • 617302 Visualizações
*

sergio21699

  • Especialista
  • ****
  • 973
  • Recebeu: 30 vez(es)
  • Enviou: 57 vez(es)
  • +21/-22
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #825 em: Fevereiro 29, 2012, 07:33:50 pm »
Ainda por cima gozam com o povo...

Citar
Governo diz que preços dos combustíveis estão em linha com a Europa
Numa altura em que gasolina e gasóleo nunca foram tão caros, o Governo lembra que "os preços "são livres".

Henrique Gomes, que falava aos jornalistas à margem da conferência do Diário Económico "O mercado das infra-estruturas" em Lisboa, afirmou que "os preços dos combustíveis são livres e supervisionados pela Autoridade da Concorrência", acrescentando que "a variação de preços acompanha as da Europa".

Num momento em que o litro da gasolina já ultrapassou a barreira dos 1,7 euros e o do gasóleo os 1,5 euros, o responsável governamental adiantou que a "pequena diferença [entre Portugal e o resto da Europa] explica-se pelas questões geográficas e capacidade negocial" das empresas.

Henrique Gomes voltou a frisar que, "retirando a fiscalidade, Portugal tem o mesmo preço de Espanha com alguma diferença explicada pela excentricidade geográfica".
O agravamento de preços nos combustíveis é consequência da escalada de aumento do preço do barril de petróleo, que hoje se situa nos 122,53 dólares segundo o índice do Brent do Mar do Norte, o crude de referência para a Europa.

Desde o início do ano, o Brent está a subir 14,1% enquanto que o West Texas Intermediate (WTI), petróleo de referência para os Estados Unidos, já subiu 8,34% , situando-se hoje nos 107 dólares por barril.

Os máximos históricos do petróleo foram atingidos a 11 de Julho de 2008, quando o Brent atingiu os 147,50 dólares e o WTI se fixou nos 147,25 dólares.

http://economico.sapo.pt/noticias/governo-diz-que-precos-dos-combustiveis-estao-em-linha-com-a-europa_139270.html
-Meu General, estamos cercados...
-Óptimo! Isso quer dizer que podemos atacar em qualquer direcção!
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 21370
  • Recebeu: 6898 vez(es)
  • Enviou: 7926 vez(es)
  • +8072/-12638
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #826 em: Março 01, 2012, 05:18:38 pm »
governo PSD-CDS bate mais um recorde!!!!!


Citar
Valores desde Agosto revistos em alta
Desemprego saltou para 14,8% em Janeiro, diz o Eurostat

01.03.2012 - 10:30 Por Paulo Miguel Madeira

   O Eurostat estima em 14,8% a taxa de desemprego em Portugal no mês de Janeiro, o mais novo valor recorde desde que há registos.

Trata-se de uma nova subida mensal face aos 14,6% agora registados para Dezembro, e aos 14,0% de Novembro. Trata-se de uma subida de 0,8 pontos percentuais (e de 5,7%) da taxa de desemprego em apenas dois meses.

Portugal fica assim com a terceira maior taxa de desemprego da zona euro, atrás dos 23,3% da Espanha e dos 19,9% registados para a Grécia em Novembro, e a par da Irlanda, também com 14,8%.

O serviço de estatística da União Europeia reviu agora em alta todos os valores do desemprego em Portugal desde Agosto, depois de ser conhecida taxa de desemprego do INE para o quarto trimestre do ano passado, que foi de 14%.

O INE anunciou este valor a meio do mês passado, que resultou da maior subida do desemprego no país desde que há registo (face a 12,4% no terceiro trimestre), e levou o Eurostat a apresentar agora novos valores para quase toda a segunda metade do ano passado.

Os dados do Eurostat diferem dos do INE, que é quem fornece a informação de base, que é calibrada também com informação do IEFP. Além disso, enquanto o INE calcula apenas taxas trimestrais o Eurostat avança com valores mês a mês – que são por isso frequentemente sujeitos a revisão em função dos dados que o INE depois divulga.

Ainda no final de Janeiro, o Eurostat tinha avançado com taxas de desemprego em Portugal de 12,6% em Agosto, 12,8% em Setembro, 13,0% em Outubro, 13,2% em Novembro e 13,6% em Dezembro, corrigidos dos efeitos de sazonalidade. Estes valores foram agora revistos em alta, para respectivamente 12,7%, 13,0%, 13,6%, 14% e 14,6%, acompanhando o salto registado pelo INE e reflectindo a tendência de subida detectada.

É assim natural que quando, em Maio, for conhecido o valor do INE para a taxa de desemprego no primeiro trimestre deste ano o valor hoje avançado pelo Eurostat seja também revisto.

A subida do desemprego em Portugal está prevista pelo Governo e pelas instituições que fazem previsões e, por isso, é de esperar que vá batendo sucessivos recordes pelo menos durante este ano. O valor hoje avançado pelo Eurostat constitui um novo recorde desde que há valores do desemprego para Portugal – 1983 no caso do INE e 1953 no caso das séries longas do Banco de Portugal.

Notícia actualizada às 11h06

http://economia.publico.pt/Noticia/dese ... at-1535932

-----
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

typhonman

  • Investigador
  • *****
  • 5151
  • Recebeu: 745 vez(es)
  • Enviou: 1653 vez(es)
  • +8548/-4172
 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 23152
  • Recebeu: 4097 vez(es)
  • Enviou: 2870 vez(es)
  • +2682/-4482
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #828 em: Março 02, 2012, 04:09:56 pm »
Citar
O problema não é o despesismo do Estado

Vi, esta semana, um noticiário da televisão generalista. Notícias avulsas. Um carro do Instituto de Conservação da Natureza parado à porta de sede local enquanto a o Parque de Montesinho ardia e os bombeiros se espantavam pela ausência no terreno dos técnicos do ICN. Razão possível avançada pelo jornalista: poupança na gasolina. Milhares perdidos para poupar umas centenas. Alteração no funcionamento dos hospitais de Tomar e Torres Novas faz com que muitos pacientes fiquem a mais de cinquenta quilómetros de urgências diferenciadas. Risco de falta de medicamentos por não pagamento de dívida a uma empresa da indústria farmacêutica. Redução de despesas no transporte de doentes. Encerramento de dezenas de tribunais deixa ainda mais isolados concelhos do interior. Redução do montante do subsídio de desemprego e da duração da prestação só está à espera da luz verde do Presidente da República. O Instituto de Emprego e Formação Profissional vai passar responsabilidades, na colocação de desempregados, para empresas de trabalho temporário, os negreiros da modernidade.

É a imagem de um Estado em esvaziamento e de um País que, pouco a pouco, vai ficando paralisado, como se peças fundamentais para o funcionamento de uma máquina fossem faltando sem que ninguém as subsitua. É por necessidade, dirão muitos. O Estado andou a gastar o que não tinha, repetirão. Como na Grécia, concluirão.

Até à crise financeira global de 2008, Portugal tinha, em 2007, uma dívida pública inferior, em percentagem do PIB, à Alemanha e à zona euro: Portugal com 62,7%; Alemanha com 64,9%; zona euro com 66,2%. Foram os juros e a perda de receitas com a crise económica, e não um súbito despesismo público, que mudaram esta realidade.

Mas vamos aos números atuais de três países em dificuldade. A dívida pública grega corresponde a 42% do total da sua dívida. A metade restante divide-se pelos bancos (17%), empresas não financeiras (23%) e proprietários de casa (17%). Bem diferente da estrutura da dívida espanhola e portuguesa. A dívida pública corresponde a 13% do total da dívida espanhola e a 15% da portuguesa. A dos bancos corresponde a 39% e 30% da dívida espanhola e portuguesa, respetivamente. E as dívidas por compra de casa correspondem a 17% da dívida espanhola e a 23% da dívida portuguesa. Se olharmos apenas para a dívida externa o padrão repete-se. O Estado grego é responsável por 55% da dívida externa do país, o espanhol e o português por 17% e 26%, respectivamente. Mais um dado interessante: 48% da dívida externa portuguesa e espanhola e 41% da grega é a bancos alemães e franceses. Ou seja, são nossos credores, não são nossos amigos.

É com base nestes números, e não na repetição até à náusea de mitos urbanos sobre o despesismo do Estado, que deveríamos discutir a nossa situação e procurar soluções. É estranho que, perante estes factos, a grande prioridade do governo seja continuar a emagrecer o Estado. A nossa prioridade é o crescimento económico e a poupança privada. A outra é aumentar as exportações. Tudo para garantir liquidez na nossa economia. Por fim, garantir um mais eficaz mercado de arrendamento que obrigue menos gente a comprar casa. O governo fez a lei das rendas mas falta a parte do Estado, que tem de ser um agente ativo neste mercado.

O que estamos a fazer é cortar num dos fatores com menor responsabilidade na nossa dívida. O resultado, como se tem visto, é o oposto ao pretendido, porque as contas do Estado não são independentes da economia. E, com isso, estamos a criar condições para piorar a nossa saúde económica, impedindo o crescimento e a poupança e agravando todas as variáveis responsáveis pelo nosso endividamento externo.

Poderá dizer-se que nos sobra muito pouca margem de manobra perante as imposições externas e que sem uma solução em Berlim e em Bruxelas dificilmente poderemos ter uma política expansionista, que é aquilo que realmente precisamos. Não me parece que ser mais troikista que a troika corresponda a aceitar apenas uma limitação imposta por outros. Mas o que não vale mesmo a pena é continuar a insistir numa mentira sobre as origens das nossas dificuldades. Porque quando o fazem percebemos que o problema de quem nos governa não é a dificuldade em lidar com variantes que não controla. É mesmo um preconceito ideológico mais forte do que a clareza dos números.



Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/o-problema-nao ... z1nyF04zry


Há aqui uma clara tentativa de branqueamento do que foi o desgoverno Socrático. No entanto se retirarmos o factor político do esquema, fico com a sensação que perdemos o escudo, perdemos tudo. A perda de soberania só pode dar como resultado tudo o que estamos a viver.

Só poderemos recuperar desta catástrofe se recuperar-mos o que perdemos, nem mais, nem menos! O pior é como é que se consegue fazer isso, se sairmos do Euro os especuladores caiem-nos em cima (ainda mais) e nem com 10 Marqueses de Pombal e 100 Salazares isto voltava ao sitio. Há que encontrar uma solução de compromisso e menos penalizadora para o pobre povo Português.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 21370
  • Recebeu: 6898 vez(es)
  • Enviou: 7926 vez(es)
  • +8072/-12638
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #829 em: Março 03, 2012, 03:45:59 pm »
Citar

Finanças recebem milhares de reclamações por reavaliações de casas


03.03.2012 13:29
Economia

As Finanças estão a receber milhares de reclamações de contribuintes revoltados com a reavaliação das casas. Nalguns casos o aumento do IMI chega aos 700%. Reclamar custa 204 euros e o dinheiro só é devolvido se o proprietário tiver razão.

http://sicnoticias.sapo.pt/economia/article1374456.ece
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 23152
  • Recebeu: 4097 vez(es)
  • Enviou: 2870 vez(es)
  • +2682/-4482
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #830 em: Março 08, 2012, 05:04:27 pm »

 :shock:

A mensagem é clara...
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8827
  • Recebeu: 1858 vez(es)
  • Enviou: 816 vez(es)
  • +1078/-10441
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #831 em: Março 08, 2012, 10:47:25 pm »
A mensagem para mim é claríssima e choca-me, como português, ter que encarar o Brasil como um adversário.
Para mim isso é absolutamente contra-natura e por isso declaro, se fôr para defender este "portugal das europas", anão, mediocre, escravo e que rejeita a sua própria identidade a troco de dinheiro pago à custa da indepêndência, que serei um traidor.
Porque sou Português.
Este filme também para mim revela o porquê do aumento da fricção artificial entre Portugal e Brasil. Aliás, desde que um determinado grupelho que serve os interesses ingleses passou a ocupar o poder no Brasil desde o fim do Império e em Portugal, é que começaram a surgir estas divisões e conflitos, totalmente artificiais mas incentivados nas escolas de ambos os lados e na comunicação social (centros de propaganda)
Como sempre é preciso estar atento para não alimentar inimizades totalmente artificiais por causas menores empoladas pelos senhores da propaganda que servem todos os interesses menos os de Portugal, como aliás se vê agora à descarada.
É preciso tomar consciência do trabalho de subversão que tem vindo a ser feito há décadas com o objectivo de nos destruir como povo. Isso passa pela nossa memória (quem controla o passado controla o futuro).
Afinal, não vale a pena defender ou lutar por aquilo que não se conhece.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

Camuflage

  • Investigador
  • *****
  • 1534
  • Recebeu: 207 vez(es)
  • Enviou: 90 vez(es)
  • +268/-1311
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #832 em: Março 08, 2012, 10:59:24 pm »
Curiosamente não aparece a rússia (sambo) nem a india.
 

*

nelson38899

  • Investigador
  • *****
  • 5587
  • Recebeu: 909 vez(es)
  • Enviou: 870 vez(es)
  • +720/-2701
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #833 em: Março 10, 2012, 02:27:56 pm »
Se alguem algum dia, quiser justificar a existência de um exercito como o nosso, deverá sempre usar este vídeo.

Para colocar um vídeo devem copiar o link longo na opção partilhar e não o endereço url
HSMW
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

*

Smoke Trails

  • Perito
  • **
  • 328
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • +0/-0
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #834 em: Março 12, 2012, 06:45:33 pm »
Um artigo de Jacques Amaury, sociólogo e filósofo francês, professor na Universidade de Estrasburgo, acerca de Portugal, a ler com olhos de ler.

Citar
Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrar crescentes tensões e consequentes convulsões sociais.

Importa em primeiro lugar averiguar as causas. Devem-se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união.

Foi o país onde mais a CE investiu “per capita” e o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou mesmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.

Os dinheiros foram encaminhados para auto-estradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições público-privadas, fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração pública, o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.

A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando-se num enorme peso bruto e parasitário. Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram-se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país.

Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista) e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica, diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista) menosprezado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais.

Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré-fabricada não encontra novos instrumentos.

Contudo, na génese deste beco sem aparente saída, está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país; as Televisões as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comercio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países.

Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o “chefe” recomenda. Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres.

A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e TV oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais-democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem lenta o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes foi notória.

Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso, “non gratas” pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia.

Só uma comunicação não vendida e alienante, pode ajudar a população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios.
 

*

nelson38899

  • Investigador
  • *****
  • 5587
  • Recebeu: 909 vez(es)
  • Enviou: 870 vez(es)
  • +720/-2701
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #835 em: Março 13, 2012, 09:14:56 am »
acertou em tudo!
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

*

Smoke Trails

  • Perito
  • **
  • 328
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • +0/-0
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #836 em: Março 15, 2012, 12:09:16 pm »
Citar
Otelo defende atuação das forças armadas em nome do povo

O coronel Otelo Saraiva de Carvalho afirmou na quarta-feira, em Coimbra, que só as Forças Armadas, em nome do povo, poderão resolver o problema da perda de soberania de Portugal, como a que atualmente se verifica, derrubando o Governo.

Ao proferir uma palestra no Instituto de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC) sobre “As Forças Armadas na Defesa da República e da Democracia Portuguesa”, disse que àqueles que reclamam um novo 25 de Abril responde “sem dúvida que era necessário”.

Para o “Capitão de Abril”, tal como o que se passava com o governo socialista liderado por José Sócrates, com atual executivo “há esta submissão grande em relação à grande potência atual da Europa que é a Alemanha”, com “uma perda de alta soberania” de Portugal.

“Esta perda de soberania é tão marcante que, foi por isso que eu disse, estão a ser atingidos limites. Quando esses limites forem ultrapassados... E aqui, nesta ligação constitucional das Forças Armadas ao povo, com as Forças Armadas ao lado do povo, em defesa do povo português, aí de facto as Forças Armadas terão que atuar”, sustentou.

Para Otelo Saraiva de Carvalho essa atuação das Forças Armadas passaria por “uma operação militar que derrube o Governo que está” em funções.

“Mesmo apesar de eu saber que o Governo foi eleito. Mas foi eleito em que condições? E atualmente há satisfação dos portugueses em relação ao poder que foi eleito? E se houver outras eleições haverá satisfação? Não!”, responde aquele que foi um dos protagonistas da revolução democrática do 25 de Abril, em 1974,

No início de Janeiro, o Ministério Público abriu um inquérito relacionado com declarações de Otelo Saraiva de Carvalho, que, numa entrevista à agência Lusa publicada em Novembro, falou na possibilidade de haver um golpe militar, caso fossem “ultrapassados os limites”.

Na intervenção em Coimbra, Otelo Saraiva de Carvalho considerou também que a “esperança que o 25 de Abril abriu está a morrer e está a ser passada de [certa] forma uma certidão de óbito total” àquilo que representou a revolução.

“Há uma infração permanente às disposições constitucionais por parte dos sucessivos governos e, sobretudo, que vão atingir os direitos sociais dos trabalhadores”, acrescenta.

Para Otelo Saraiva de Carvalho, o que se está a passar é mais uma consequência da falta de audácia do Movimento das Forças Armadas (MFA) no período revolucionário.

“Nós, MFA, tínhamos o poder na mão, de nos afirmarmos como um país soberano, como um exemplo dado ao mundo, notável, que foi a descolonização, sem ponta de neocolonialismo nosso, no estabelecimento de relações fraternas”, acentuou.

Este coronel na reserva considerou a Islândia “um caso notável” de reação popular recente. “O povo prendeu os políticos, prendeu os banqueiros, disse que não pagava dívida nenhuma, que a culpa não era do povo, e com o poder popular emergente elegeram uma comissão para elaborar uma nova Constituição”, concluiu.

@Agência Lusa

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo ... _2919.html

Citar
Otelo lamenta que o papel político das Forças Armadas ainda não esteja definido

O coronel Otelo Saraiva de Carvalho lamentou hoje que os sucessivos governos não tenham conseguido definir o papel político das Forças Armadas, ao fim de nove reestruturações, desde 1974.

“Até hoje, apesar de todas essas reestruturações, das leis orgânicas publicadas, não há da parte dos governos sucessivos uma definição concreta de qual é o papel das Forças Armadas. Politicamente qual é o caminho”, questionou, recordando que a última reestruturação levada a cabo aconteceu em 2009.

O que fazem, quais são as missões, são questões sobre as quais ainda não houve resposta dos governos, observou, à margem de uma conferência realizada no Instituto de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC) sobre “As Forças Armadas na Defesa da República e da Democracia Portuguesa”.

“É tudo a nível do esporádico. É tudo ao acaso”, considerou, citando como exemplos a sua integração em missões internacionais no Afeganistão, ou no Líbano, ou a execução de ações de salvamento em Portugal.

Para Otelo Saraiva de Carvalho, “essas missões são ótimas”, mas não expressam “qual o papel das Forças Armadas atualmente em termos de definição política”, em Portugal.

“Não há uma linha concreta definida. E tudo isto vai contra a Constituição. Hoje, de facto, a profissão do militar é um emprego”, sustentou, acrescentando que com o fim do serviço militar obrigatório “os jovens que vão para as Forças Armadas é para ter um emprego assegurado”.

@Agência Lusa

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo ... _2920.html
 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 23152
  • Recebeu: 4097 vez(es)
  • Enviou: 2870 vez(es)
  • +2682/-4482
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #837 em: Março 15, 2012, 02:06:10 pm »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8827
  • Recebeu: 1858 vez(es)
  • Enviou: 816 vez(es)
  • +1078/-10441
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #838 em: Março 16, 2012, 07:39:32 pm »
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 21370
  • Recebeu: 6898 vez(es)
  • Enviou: 7926 vez(es)
  • +8072/-12638
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #839 em: Março 17, 2012, 03:22:26 pm »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas