Não é exactamente uma grande novidade.
Como já referimos noutros posts, o requesito da marinha para novos navios, é de dois navios anti-aéreos.
Na realidade os navios de escolta e patrulha colonial que são as João Belo, não serão substituidos porque já não temos colónias.
Há um novo requisito e uma nova exigência.
As fragatas Holandesas custariam quase o preço de um novo submarino.
Mas o principal problema é que nós não necessitávamos das quatro.
Para nós o unico interesse seriam as fragatas Jacob Van Hemskerk.
Estas fragatas foram construidas para serem fragatas anti aéreas. Para isso foram esuipadas com:
Misseis SM1-MR
Misseis Sea-Sparrow
Além disso têm:
Misseis Harpoon e
CIWS Goalkeeper.
As JVH são navios com 18 anos, e são mais modernas que as Perry. no entanto vejamos:
A principal vantagem em termos de defesa aérea, são os misseis SM1, que têm um alcance de 46Km (enquanto que os Sea-Sparrow que equipam as Vasco da Gama, por exemplo, têm um alcance de no máximo 15 Km.
Ora, as Perry, também têm este missil SM1.
A diferênça principal entre as Perry e as JVH é que a fragata holandesa, além do SM1, também tem Sea-sparrow, o que naturalmente é uma vantagem.
Mas estando a marinha á procura exactamente dessa capacidade de defesa de área, a mais-valía é dada pelo SM1 e não pelo Sea-sparrow.
A grande diferença, do meu ponto de vista, e onde de facto as JVH dão um banho nas Perry, é no radar SIGNAAL LW08, que é claramente superior ao radar das Perry.
A unica GRANDE diferênça acaba por residir aqui.
Por outro lado, não nos podemos esquecer de que as JVH da Holanda não podem utilizar um helicoptero (nem sequer têm lugar para aterragem), o que numa marinha pequena como a nossa é um enorme ponto negativo. Caramba, até os NPO's vão ter pista para aterragem de um helicoptero.
As outras duas fragatas eram modernas, mas são praticamente idênticas ás Vasco da Gama e não faría sentido aumentar os navios desse tipo para cinco.
Teríamos um total de sete fragatas, e sería demasiado, para as nossas possibilidades, podendo mesmo complicar a questão relativamente aos NPO's.
Nunca é demais lembrar que a Espanha (que tem umas cinco vezes mais dinheiro), ficará com um total de 10 escoltadores de esquadra. Nós ficaremos com 5.
Não me parece que seja pouco, considerando as capacidades dos nossos vizinhos.
Além do mais, este apetite por uma profusão de navios sem entender os custos faz-me mais uma vez lembrar as questões dos anos 50 em que os nossos generais, porque não entendiam os custos de manter uma simples divisão, achavam que tinhamos que ter dez, quando na realidade não conseguimos, pôr uma a funcionar.
Cumprimentos