Finlândia vive em pânico com novas ameaças de ataques a escolas
Escolas de pelo menos seis localidades da Finlândia receberam ameaças de ataques desde terça-feira, quando um rapaz de 22 anos abriu fogo na escola que frequentava, matou 10 pessoas e suicidou-se em seguida, na cidade de Kauhajoki.
De acordo com a rede de TV local YLE, houve ameaças em Kajaani, Keuruu, Masku, Raahe, Joroinen, Pyhäjärvi e Porvoo, tendo «várias escolas, em todo o país, sido abandonadas».
O pânico foi agravado pela transmissão de dezenas de mensagens SMS com ameaças para telemoveis de finlandeses que vivem na região do ataque mais recente.
Segundo a televisão, o chefe da polícia da região, Urpo Lintala, não confirmou se as ameaças têm fundamento nem qual é o respectivo conteúdo.
De acordo com a estação, desde o ataque em Kauhajoki, a polícia de Kajaani deteve um rapaz de 18 anos que ameaçou abrir fogo na escola, enquanto a polícia de Keuruu deteve um adolescente de 15 anos que ameaçou detonar uma bomba na escola , a qual foi evacuada.
Mais dois incidentes estão a ser investigados: o de um segundo jovem de 15 anos que estaria a difundir ameaças, e a descoberta de um bilhete com ameaça de tiroteio numa escola de Raahe.
Só na quarta-feira, segundo informações da TV finlandesa, três raparigas ameaçaram abrir fogo na escola, em Porvoo, e um rapaz foi detido suspeito de ameaçar explodir o centro educacional em Joroinen.
Terça-feira, o aluno do segundo ano de hotelaria Matti Juhani Saari, invadiu a escola que frequentava, em Kauhajoki, e abriu fogo numa sala onde colegas realizavam um exame.
O caso ainda está a ser investigado, mas as informações preliminares indicam que, depois de atirar, o rapaz ateou fogo aos corpos das vítimas e atirou contra a própria cabeça.
Este foi o segundo ataque a escolas ocorrido na Finlândia em menos de um ano. Em 2007, o estudante Pekka-Eric Auvinen, 18 anos, invadiu a escola e matou oito pessoas a tiro antes de se matar, em Jokela.
Há suspeitas de que Saari e Auvinen tenham mantido contacto, via Internet, pois ambos compraram as armas usadas nos crimes na mesma loja.
Lusa