Pareceres de personalidades sustentam casamento homossexual

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hellraiser

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Pareceres de personalidades sustentam casamento homossexual
« em: Outubro 19, 2007, 09:24:49 pm »
Pareceres de 9 personalidades sustentam alegações de recurso entregue no TC

A directora do centro jurídico da presidência do Conselho de Ministros é a autora de um dos nove pareceres hoje entregues no Tribunal Constitucional para sustentar o recurso das duas mulheres que tentaram casar-se mas viram essa pretensão recusada.

«A pretensão de que a Constituição determinaria a preservação da heterossexualidade enquanto decorrência da pretensa natureza institucional do casamento (civil)(...), omite inteiramente o significado normativo da evolução do instituto e o sentido da garantia institucional consagrada na Constituição», defende Susana Brasil de Brito no seu parecer, citado pelo advogado Luís Grave Rodrigues no seu blog pessoal.

As alegações do recurso de Teresa Pires e Helena Paixão, as duas mulheres que em Fevereiro de 2006 tentaram casar-se numa conservatória de Lisboa, foram hoje entregues no Tribunal Constitucional pelo advogado que as representa, Luís Grave Rodrigues.

«O que nos traz aqui hoje é a busca da conformidade dessa lei [constitucional] com um Código Civil que determina, de forma inconstitucional, que o casamento é um contrato celebrado por pessoas de sexo diferente e não pode ser contraído por pessoas do mesmo sexo», disse Luís Grave aos jornalistas.

Juntamente com as alegações do recurso, o advogado entregou nove pareceres favoráveis ao casamento homossexual, concedidos voluntária e gratuitamente por diversas personalidades.

Além da directora do centro jurídico da presidência do Conselho de Ministros, Susana Brasil de Brito, foram entregues no tribunal pareceres dos professores da Faculdade de Direito de Lisboa Carlos Pamplona Côrte-real, Margarida Lima Rego e Pedro Múrias; do professor da Universidade de Lisboa Luís Duarte d'Almeida; da professora Isabel Moreira; do antropólogo Miguel Vale de Almeida e do médico e sexólogo Júlio Machado Vaz. Um outro parecer, da autoria de David Duarte, será mais tarde entregue.

As alegações, que vão ser analisadas pelo juiz conselheiro Pamplona de Oliveira, fundamentam-se, segundo Luís Grave Rodrigues, na Constituição da República Portuguesa, que «proíbe qualquer tipo de discriminação, nomeadamente com base na orientação sexual».

«Foi essencial a colaboração inestimável de muitas pessoas que, logo que souberam da interposição do recurso para o Tribunal Constitucional, quiseram solidarizar-se incondicionalmente com este projecto», explicou.

O antropólogo Miguel Vale de Almeida diz que «o impedimento do acesso ao casamento civil ou a remissão para figuras legais específicas para homossexuais (mesmo que diferenciando-se apenas na designação, algo que constitui uma forma de violência simbólica) constituem uma forma de desigualdade simultaneamente material e simbólica».

Sublinhando a «mudança de um paradigma apoiado no imperativo procriativo» ligado ao casamento, Júlio Machado Vaz diz que esta cerimónia, nos dias de hoje, «é uma relação tentada entre duas pessoas, dois afectos, duas liberdades, dois projectos de vida, muitas vezes ensaiada previamente numa experiência de coabitação, e não a moldura, ainda que emocional, para dois aparelhos reprodutores».

No parecer de Margarida Lima Rego, «dizer que duas mulheres não podem contrair casamento é afirmar que a inadmissibilidade desse casamento se funda na incapacidade de qualquer dessas mulheres nele desempenharem o papel supostamente atribuído ao homem enquanto marido», sublinhando que essa ideia deixou de existir no pós-25 de Abril, com a Constituição de 1976.

Também Luís d'Almeida afirma que «a exclusão de casais que não sejam compostos por duas pessoas de sexo diferente do acesso a esses benefícios constitui a mais evidente consequência da discriminatória noção de casamento.»

Para Luís Grave Rodrigues, os autores destes pareceres «forneceram argumentos absolutamente irrebatíveis e absolutamente estanques a qualquer refutação.»

«É um processo complicado, mas estou convencido que na Primavera do ano que vem, poderemos estar à porta da Conservatória a dar os parabéns à Teresa e à Lena, pelo casamento», comenta.

O facto de o processo ter dado entrada no Tribunal Constitucional é, para Luís Grave, «uma vitória e um óptimo sinal», dado que «só chegam a este tribunal os processos de onde se deduz que há uma questão constitucional.»


fonte: http://www.destak.pt/artigos.php?art=4798
"Numa guerra não há Vencedores nem Derrotados. Há apenas, os que perdem mais, e os que perdem menos." Wellington
 

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Luso

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« Responder #1 em: Outubro 19, 2007, 11:46:40 pm »
Por muito que custe a alguns não há motivos de espanto. Numa sociedade onde tudo é relativo, tudo vale. Até um dia em que se volte a redescobrir o porquê da normalidade.

Nada melhor que deixá-los pousar. Desde que não seja no meu colo.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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hellraiser

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« Responder #2 em: Outubro 20, 2007, 02:38:15 am »
Citação de: "Luso"
Por muito que custe a alguns não há motivos de espanto. Numa sociedade onde tudo é relativo, tudo vale. Até um dia em que se volte a redescobrir o porquê da normalidade.

Nada melhor que deixá-los pousar. Desde que não seja no meu colo.


Queira vossa excelência, elucidar melhor, o seu post que acabei por não perceber muito bem, o que quis dizer.
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hellraiser

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« Responder #3 em: Outubro 20, 2007, 08:16:43 pm »
Então? Não nos digna com uma resposta?
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Luso

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« Responder #4 em: Outubro 22, 2007, 10:01:47 pm »
Nout... Hellraiser, como cultiva os temas "fracturantes" deixo-lhe aqui uma pérola, para se deliciar...
Tem tudo a haver (a ver?) com o espírito do tempo: o vale-tudo.

Zoofilia e bestialidade no Doc Lisboa
 22 de Outubro de 2007 às 6:25 pm por André Azevedo Alves

Recorde-se que o Doc Lisboa é uma co-produção da Culturgest (do grupo CGD) com financiamento do Ministério da Cultura, do ICAM e da Câmara Municipal de Lisboa: Rabos de cavalo. Por Rodrigo Moita de Deus.

Zoo conta a história de homens que gostam de fazer amor com…cavalos. Nem ovelhas, nem cabras, nem cães. Cavalos. E dentro dos equídeos, nem mongóis, nem póneis, nem sequer éguas. Cavalos! Só garanhões. Só puro-sangue árabes. Aqueles bem grandes.

Sou tão pervertido como o vizinho do lado. Talvez um pouco mais, admito. Mas este filme implica cinco diferentes perversões. Cada uma mais feliniana que a outra. A perversão de pensar no acto. A perversão do praticar o acto. A perversão de fazer um documentário sobre o acto. A perversão de alguém pagar para ver o acto (voyerismo) e a perversão de, no fim de tudo, lhe chamar arte.


http://www.oinsurgente.org/2007/10/22/z ... oc-lisboa/

http://www.doclisboa.org/pt_programa_18.htm

Zoo [RE]
de Dan Berger
75´ EUA 2006

Na madrugada do dia 2 de Julho de 2005, um homem moribundo foi deixado nas urgências de um hospital numa zona rural dos Estados Unidos. Tendo identificado a matrícula do carro que o deixou no hospital através de uma câmara de vigilância, a polícia seguiu a pista até uma quinta onde foram descobertas centenas de cassettes de vídeo mostrando homens de todo o mundo fazendo sexo com puros-sangue árabes. A causa da morte do homem foi um cólon perfurado. Alvo de uma cobertura mediática sensacionalista, o caso foi abordado por Robinson Devor de maneira completamente diferente. "Zoo" adopta a perspectiva dos homens que frequentavam a quinta e obriga-nos a reflectir sobre os limites da perversão que estamos dispostos a tolerar nos outros.

 :shock:  :Ups:
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hellraiser

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« Responder #5 em: Outubro 23, 2007, 12:41:56 am »
Citação de: "Luso"
Tem tudo a haver (a ver?) com o espírito do tempo: o vale-tudo.

Face a esta sua duvida de gramática, a qual não pude deixar de notar, decidi  tentar elucidá-lo sobre qual a forma mais correcta. Essa forma é "a ver". Não é complicado, o verbo "haver" pressupõe a existência de algo, geralmente mais empregue em existências, mais físicas que metafisicas, ao concreto em oposição ao abstracto. Se for feita a decomposição da frase e seguindo os significados que lhe queremos dar, observamos, que não faz muito sentido, associar o verbo "haver", existir-há, com um conjunto de ideias dispersas e não concretas. Assim, "tem tudo (haver) com o espírito do tempo...", não soará bem se lhe remover-mos o "haver" e colocarmos por exemplo, "existir". "Tem tudo a "existir com o espírito...", simplesmente não soa bem, nem sequer faz sentido, pelo menos o que lhe quer dar, de sarcástico e caustico, muito menos o de relacionar duas ideias/temas/factos desta forma.
Já "tem tudo (a ver) com..." faz todo o sentido, e é esta, a forma em Português correcto e corrente. Simplesmente porque, ao evocar o sentido da visão, pressupõe uma vista geral do assunto em discussão e consequente dicotomia, analogia, ou "homologia" de ideias/factos/temas.

Espero que tenha sido útil.


Citação de: "Luso"
Nout... Hellraiser, como cultiva os temas "fracturantes" deixo-lhe aqui uma pérola, para se deliciar...
Tem tudo a haver (a ver?) com o espírito do tempo: o vale-tudo.

Zoofilia e bestialidade no Doc Lisboa
 22 de Outubro de 2007 às 6:25 pm por André Azevedo Alves

Recorde-se que o Doc Lisboa é uma co-produção da Culturgest (do grupo CGD) com financiamento do Ministério da Cultura, do ICAM e da Câmara Municipal de Lisboa: Rabos de cavalo. Por Rodrigo Moita de Deus.

Zoo conta a história de homens que gostam de fazer amor com…cavalos. Nem ovelhas, nem cabras, nem cães. Cavalos. E dentro dos equídeos, nem mongóis, nem póneis, nem sequer éguas. Cavalos! Só garanhões. Só puro-sangue árabes. Aqueles bem grandes.

Sou tão pervertido como o vizinho do lado. Talvez um pouco mais, admito. Mas este filme implica cinco diferentes perversões. Cada uma mais feliniana que a outra. A perversão de pensar no acto. A perversão do praticar o acto. A perversão de fazer um documentário sobre o acto. A perversão de alguém pagar para ver o acto (voyerismo) e a perversão de, no fim de tudo, lhe chamar arte.


http://www.oinsurgente.org/2007/10/22/z ... oc-lisboa/

http://www.doclisboa.org/pt_programa_18.htm

Zoo [RE]
de Dan Berger
75´ EUA 2006

Na madrugada do dia 2 de Julho de 2005, um homem moribundo foi deixado nas urgências de um hospital numa zona rural dos Estados Unidos. Tendo identificado a matrícula do carro que o deixou no hospital através de uma câmara de vigilância, a polícia seguiu a pista até uma quinta onde foram descobertas centenas de cassettes de vídeo mostrando homens de todo o mundo fazendo sexo com puros-sangue árabes. A causa da morte do homem foi um cólon perfurado. Alvo de uma cobertura mediática sensacionalista, o caso foi abordado por Robinson Devor de maneira completamente diferente. "Zoo" adopta a perspectiva dos homens que frequentavam a quinta e obriga-nos a reflectir sobre os limites da perversão que estamos dispostos a tolerar nos outros.

 :shock:  :Ups:


Gostava que me pudesse elucidar, sobre os tais temas fracturantes. Em especial, sobre o que toma por tema "fracturante".

Quanto ao resto do seu comentário, so posso dizer que tenho sincera pena em viver no mesmo mundo, com pessoas que consideram o "abuso" de animais e utilização destes nas perversões de certas pessoas, algo sequer semelhante com a homossexualidade. Apenas mais um prova da sua inteligência (ou falta dela?) estreita e unidireccional, até, no meu entender, antiquada! Tomei-o sempre em boa consideração, devido, em especial a certos posts que aparentavam um certo domínio cientifico pela sua parte. Concluo que estava profundamente iludido, e tal conhecimento é mais escasso e reduzido, se for mesmo existente. É de lamentar, no século XXI, haverem pessoas com ideias completamente retrogradas, e dignas da quarta década, deste passado século XX, numa especial zona do centro-norte do continente europeu. Embora não fique a dever muito, às doutrinas vigentes num tal "index".

Não que fique surpreendido, pois já há muito existem tais mentes, mas fiquei sem duvida desiludido com a sua capacidade de argumentação, inexistente, e resultante necessidade de copiar, e futilmente parodiar sobre um assunto sério. Assunto esse, que até me faz lembrar, quer pelo conteúdo, quer pelas posições que vossa excelência revela, quer pela sua forma de parodiar um assunto sério. Uma afamada conversa, entre um tal Samuel Wilberforce e um Thomas Huxley. Não me querendo eu obviamente comparar a Thomas Huxley, muito menos querer compara-lo a Samuel Wilberforce, no entanto não deixa de ser curioso que a sua forma de pensar, parece convergir com a forma de pensar deste ultimo. E o resto, já nos contou a historia.

 :roll:

E já agora, perdoe-me a audácia, mas para onde devo enviar o formulário de adesão ao PNR?

E salve-nos Deus, das cabeças duras, e mentes retrogradas!
Amem!
"Numa guerra não há Vencedores nem Derrotados. Há apenas, os que perdem mais, e os que perdem menos." Wellington
 

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Luso

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« Responder #6 em: Outubro 23, 2007, 11:03:43 am »
Bom e velho Noute... Hellraiser: obrigado pela lição de gramática. Espero que dela não me esqueça. Valeu! :headb:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #7 em: Outubro 23, 2007, 12:34:16 pm »
Lamento, mas sou mais um cabeça dura, e mente retrograda... c34x
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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hellraiser

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« Responder #8 em: Outubro 23, 2007, 12:54:43 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Lamento, mas sou mais um cabeça dura, e mente retrograda... c34x


Caro cabeça de martelo, quanto a ser cabeça dura, so os que o conhecem podem confirmar. esta discussão começou sobre a homossexualidade, não tendo eu nada que me ligue aos adeptos desta pratica, (esclarecidos?), não posso deixar de reconhecer o direito de cada um em fazer o que bem lhe apetecer, desde que para isso não violem a liberdade dos outros. Se 2 homens querem casar, quem somos nos para os impedir? Serão menos humanos por serem homossexuais? Não podem eles, ser membros importantes de uma sociedade, que produzem e pagam impostos? Porque hão de ter menos direitos que os heterossexuais, apenas porque são homossexuais? Será que como o Luso quer fazer parecer, são pervertidos que um dia, quando tinham 13 anos, acordam e decidem ser homossexuais, ou será antes um fenómeno biológico com precedentes noutros estágios evolutivos, e analogias, noutras espécies, e que deve ser aceite como parte da vida, e como parte da condição humana?

Quanto às drogas, penso que é um assunto já debatido, e sobre o qual conhecem as minhas convicções. Convicções essas, que são apoiadas pelas estatísticas que mostram que num certo pais europeu, que legalizou as drogas leves, o consumo de drogas duras decresceu significativamente. Alem de ser uma forma extremamente eficaz, de combater e mesmo extinguir, a criminalidade inerente à produção e trafico de tais produtos. E penso que uma eventual legalização de tais produtos ira, trazer  muitos mais benefícios que malefícios, nomeadamente o fim, da criminalidade associada à droga mais consumida dos dias de hoje.
« Última modificação: Outubro 23, 2007, 04:38:38 pm por hellraiser »
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Mar Verde

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« Responder #9 em: Outubro 23, 2007, 04:28:13 pm »
Citação de: "hellraiser"
Caro cabeça de martelo, quanto a ser cabeça dura, so os que o conhecem podem confirmar. esta discussão começou sobre a homossexualidade, não tendo eu nada que me ligue a aos adeptos desta pratica, (esclarecidos?), não posso deixar de reconhecer o direito de cada um em fazer o que bem lhe apetecer, desde que para isso não violem a liberdade dos outros. Se 2 homens querem casar, quem somos nos para os impedir? Serão menos humanos por serem homossexuais? Não podem eles, ser membros importantes de uma sociedade, que produzem e pagam impostos? Porque hão de ter menos direitos que os heterossexuais, apenas porque são homossexuais? Será que como o Luso quer fazer parecer, são pervertidos que um dia, quando tinham 13 anos, acordam e decidem ser homossexuais, ou será antes um fenómeno biológico com precedentes noutros estágios evolutivos, e analogias, noutras espécies, e que deve ser aceite como parte da vida, e como parte da condição humana?

Quanto às drogas, penso que é um assunto já debatido, e sobre o qual conhecem as minhas convicções. Convicções essas, que são apoiadas pelas estatísticas que mostram que num certo pais europeu, que legalizou as drogas leves, o consumo de drogas duras decresceu significativamente. Alem de ser uma forma extremamente eficaz, de combater e mesmo extinguir, a criminalidade inerente à produção e trafico de tais produtos. E penso que uma eventual legalização de tais produtos ira, trazer  muitos mais benefícios que malefícios, nomeadamente o fim, da criminalidade associada à droga mais consumida dos dias de hoje.


eu tenho a mesma opinião relativamente aos 2 tópicos....trata-se de uma questão de liberdade individual
 

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hellraiser

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« Responder #10 em: Outubro 23, 2007, 04:37:57 pm »
Citação de: "Mar Verde"
Citação de: "hellraiser"
Caro cabeça de martelo, quanto a ser cabeça dura, so os que o conhecem podem confirmar. esta discussão começou sobre a homossexualidade, não tendo eu nada que me ligue a aos adeptos desta pratica, (esclarecidos?), não posso deixar de reconhecer o direito de cada um em fazer o que bem lhe apetecer, desde que para isso não violem a liberdade dos outros. Se 2 homens querem casar, quem somos nos para os impedir? Serão menos humanos por serem homossexuais? Não podem eles, ser membros importantes de uma sociedade, que produzem e pagam impostos? Porque hão de ter menos direitos que os heterossexuais, apenas porque são homossexuais? Será que como o Luso quer fazer parecer, são pervertidos que um dia, quando tinham 13 anos, acordam e decidem ser homossexuais, ou será antes um fenómeno biológico com precedentes noutros estágios evolutivos, e analogias, noutras espécies, e que deve ser aceite como parte da vida, e como parte da condição humana?

Quanto às drogas, penso que é um assunto já debatido, e sobre o qual conhecem as minhas convicções. Convicções essas, que são apoiadas pelas estatísticas que mostram que num certo pais europeu, que legalizou as drogas leves, o consumo de drogas duras decresceu significativamente. Alem de ser uma forma extremamente eficaz, de combater e mesmo extinguir, a criminalidade inerente à produção e trafico de tais produtos. E penso que uma eventual legalização de tais produtos ira, trazer  muitos mais benefícios que malefícios, nomeadamente o fim, da criminalidade associada à droga mais consumida dos dias de hoje.

eu tenho a mesma opinião relativamente aos 2 tópicos....trata-se de uma questão de liberdade individual


Exactamente!  :wink:

Infelizmente ainda há pessoas, cujo ego os faz julgar, detentoras do direito de ditar as liberdades dos outros. A democracia, não pode ser só, a liberdade de expressão e o direito de voto.
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JLRC

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« Responder #11 em: Outubro 23, 2007, 07:34:20 pm »
Citação de: "Mar Verde"
Citação de: "hellraiser"
Caro cabeça de martelo, quanto a ser cabeça dura, so os que o conhecem podem confirmar. esta discussão começou sobre a homossexualidade, não tendo eu nada que me ligue a aos adeptos desta pratica, (esclarecidos?), não posso deixar de reconhecer o direito de cada um em fazer o que bem lhe apetecer, desde que para isso não violem a liberdade dos outros. Se 2 homens querem casar, quem somos nos para os impedir? Serão menos humanos por serem homossexuais? Não podem eles, ser membros importantes de uma sociedade, que produzem e pagam impostos? Porque hão de ter menos direitos que os heterossexuais, apenas porque são homossexuais? Será que como o Luso quer fazer parecer, são pervertidos que um dia, quando tinham 13 anos, acordam e decidem ser homossexuais, ou será antes um fenómeno biológico com precedentes noutros estágios evolutivos, e analogias, noutras espécies, e que deve ser aceite como parte da vida, e como parte da condição humana?

Quanto às drogas, penso que é um assunto já debatido, e sobre o qual conhecem as minhas convicções. Convicções essas, que são apoiadas pelas estatísticas que mostram que num certo pais europeu, que legalizou as drogas leves, o consumo de drogas duras decresceu significativamente. Alem de ser uma forma extremamente eficaz, de combater e mesmo extinguir, a criminalidade inerente à produção e trafico de tais produtos. E penso que uma eventual legalização de tais produtos ira, trazer  muitos mais benefícios que malefícios, nomeadamente o fim, da criminalidade associada à droga mais consumida dos dias de hoje.

eu tenho a mesma opinião relativamente aos 2 tópicos....trata-se de uma questão de liberdade individual


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GinTonic

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« Responder #12 em: Outubro 23, 2007, 08:01:02 pm »
Eu acho que não podemos aceitar um comportamento como normal só porque ele não interfere directamente com a nossa vida. Se são actos contra-natura, não vou aceitá-los como naturais, e muito menos vou pedir o seu reconhecimento legal como legítimos. Casamento na minha opinião só existe entre homem e mulher.

E quanto ás drogas, acho que devem permanecer ilegais. Essa de as legalizar para a acabar com os crimes relacionados com o tráfico, poderia eventualmente resultar, mas acho que é uma ideia errada por princípio (independentemente da sua eficácia). É obrigação do estado por cobro a esses crimes, não passar ele próprio a ser o criminoso.
 

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papatango

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« Responder #13 em: Outubro 23, 2007, 09:26:13 pm »
Teremos antes que definir o que é o casamento...

Na minha interpretação há um casamento que é feito numa cerimonia religiosa, em Portugal normalmente patrocinado pela igreja católica.

Esse casamento é um acto religioso, em que por intermédio da acção e suplica encabeçada por alguém que está autorizado a faze-lo (padre, bispo etc...) se pede a benção Divina para uma união necessáriamente entre um homem e uma mulher.

Aliás só assim se entenderia a frase biblica de "Crescei e multiplicai-vos"

Depois há uma assinatura notarial, numa cerimónia de cariz civil em que duas pessoas assinam perante um representante do Estado Portugues, um compromisso que implica uma quantidade de direitos e deveres.

A principal consequência dessa cerimónia oficial, é que as duas pessoas que entretanto passam a ser conhecidas por casal, passam a ter responsabilidades conjuntas perante o Estado, no que respeita ao pagamento de impostos.

Estarei muito errado ?

Fico também com a impressão de que estamos a misturar as duas cerimónias e achamos a situação muito desconfortável por causa disso.
Tradicionalmente em Portugal, as duas cerimónias, por sermos um país de tradição Judaico-Cristã são vistas como apenas uma e no passado, um casamento na Igreja, tinha força de Lei.

Não era necessária uma cerimónia civil, porque o Estado reconhecia a cerimónia religiosa.

No caso de as pessoas viverem juntas, independentemente dos seus sexos, deverá haver formas de proteger uma dessas pessoas da outra, ou de determinar como é que se coloca um fim nessa relação.

Lembro o caso de duas senhoras de mais de 60 anos, viuvas as duas, que se juntaram na mesma habitação.
Quando uma delas morreu (a que era dona da casa) a outra não teve quaisquer direitos e ficou na rua praticamente sem nada.

Creio que a Lei deve ter estas realidades em consideração, seja com quem forem as relações. Acho que isto deve aplicar-se a casos de pessoas que vivem em economia comum, tenham ou não tenham uma relação adicional de indole sexual.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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Luso

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« Responder #14 em: Outubro 23, 2007, 09:42:00 pm »
Em resumo:

Libertos da pressão moral de séculos de História, de instituições antigas, de deveres comunitários, a Europa surge como a grande libertadora. É feita para consumidores, para os calculadores e economistas de que Burke falava e para ser terreno de cultivo para as alimárias que vão pagar a coisa toda. Se o mundo é para os espertos, a Europa é ainda mais terreno fértil para todo o tipo de demagogos, acenando cenouras francesas às costas dos burros com terrenos com subsídio de incultivo que pagam a viagem. O Povo que quer a TV Cabo com subsídio, que acha que a vida dura se pode adoçar com o afogamento pré-natal da prole, que acha que o direito ao trabalho lhe vai dar alguma coisa para além de palha, não merece mais.
A Europa é para o tipo que vai ao cinema ver um documentário sobre gajos que gostam de fazer sexo com animais e diz que vai dali mais rico por conhecer outras maneiras de pensar. A “Unidade na Diversidade” fez-se para ele e para neste fazer germinar o hábito de acusar toda a pessoa que tenha um critério do certo e do errado, como perigoso juíz e inquisidor.
Até os mitos fundadores assentam ao povo como uma luva. A Revolução Francesa e as suas proclamações de direitos vieram acompanhadas das cabeças empaladas dos seus semelhantes e das máquinas de matar que bem conhecemos. A única esperança é obedecer. Na Europa de hoje há pessoas que se podem discriminar (os que incorrem em crimes), mas não existe uma linha de pensamento que permita distinguir o lícito do ilícito. Está nas mãos da maioria ou dos seus representantes determinar quem é criminoso e quem não é. No meio de tudo isto o “rule of law”, a defesa de leis imparciais e que não sejam passíveis de aproveitamento para oprimir a outra parcela da população, ficam como leis não-santificadas pela populaça. Coisas de fascistas, portanto...


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