« Responder #33 em: Outubro 28, 2007, 01:41:20 pm »
Opensoft desenvolve programa para aumentar produtividadeA empresa tecnológica portuguesa Opensoft desenvolveu um programa de reconhecimento de voz por frases associado às suas aplicações, revelou o presidente executivo, José Vilarinho.
Em entrevista à agência Lusa, o presidente executivo da Opensoft assinalou que o programa de reconhecimento de voz, que tem «rácios muito elevados de reconhecimento efectivo», visa aumentar a produtividade e «permitir que os operadores tenham as duas mãos livres para as tarefas», comunicando por voz com o sistema informático.
Filipe Janela, administrador da Opensoft, salientou que este sistema de reconhecimento de voz «está focado na capacidade operacional, para fazer mais depressa e sem cometer erros», estimando-se que possa aumentar o desempenho em 15 a 20 por cento.
José Vilarinho disse que a Opensoft tem fortes competências em tecnologias para Internet, com desenvolvimento de soluções à medida muito viradas para o Governo electrónico.
Vilarinho deu como exemplo a parte tecnológica da Informação Empresarial Simplificada (IES), no âmbito do programa Simplex, que a Opensoft recentemente concebeu e que permite que as empresas transmitam numa única declaração electrónica informações sobre a sua actividade que antes era enviada a quatro entidades da administração pública.
A solução desenvolvida para o IES baseia-se no formato standard aberto XML e tem como característica inovadora possibilitar às empresas que apresentem a declaração directamente a partir dos seus sistemas contabilísticos, sem necessidade de preencher formulários, precisou.
José Vilarinho adiantou que a Opensoft desenvolveu, em parceria com a Siemens, uma solução para as alfândegas portuguesas que permite uma análise automática de situações de risco, com base nos dados declarados, tornando a fiscalização mais eficaz.
Acrescentou que a Opensoft criou, também, uma aplicação informática para controlo e detecção da evasão fiscal, que «ganhou um prémio de boas práticas pelas melhorias que trouxe aos processos».
A tecnológica portuguesa desenvolveu um sistema que automatiza todo o processo de controlo das contra-ordenações, «o que permitiu aumentar significativamente as receitas fiscais», ao permitir detectar muito mais situações e resolvê-las num tempo muito mais curto, afirmou o responsável.
No âmbito do novo regime de arrendamento urbano, adiantou José Vilarinho, a Opensoft concebeu o sistema que interliga câmaras municipais, Ordem dos Arquitectos, Ordem dos Advogados, Finanças, senhorios e inquilinos e um portal que está acessível a todas aquelas entidades, com troca de informações on-line.
Em Portugal, a Opensoft desenvolveu o site de declarações electrónicas da Direcção-geral dos Impostos (DGCI), que é o site mais visitado da administração pública portuguesa, e o site do Instituto de Meteorologia, segundo José Vilarinho e Filipe Janela.
A Opensoft dispõe de uma solução informática para os notários - o SIMN - que automatiza um conjunto de actividades e permite libertar os notários para actividades de maior valor acrescentado, um programa concebido de raiz para a realidade portuguesa e que está instalado em meia centena de notários nacionais, segundo Filipe Janela.
Aquele administrador revelou que a Opensoft desenvolveu para o SIMN uma tecnologia, que designa por módulo cognitivo, que verifica as escrituras e tem um processo de aprendizagem a partir das correcções introduzidas pelos funcionários notariais.
O módulo cognitivo está preparado para identificar e apreender o estilo de escrita de cada notário, observou
José Vilarinho indicou que a Opensoft está a apostar na área da certificação e assinatura digital e desenvolveu há pouco tempo para a SIBS (gestora do sistema Multibanco) um software que facilita a troca de informação assinada digitalmente e que tem tido «excelentes resultados».
Filipe Janela salientou que a Opensoft está a desenvolver soluções de «supply chain management» (gestão da cadeia de fornecimentos), com base na sua aplicação O2P, que funciona sobre o software de gestão SAP R3 e que permite uma melhoria da gestão operacional de instalações, como armazéns ou lojas, aumentando a eficiência e reduzindo custos.
No grupo de distribuição alimentar Jerónimo Martins, a Opensoft desenvolveu um sistema de gestão operacional de lojas que visa controlar e assegurar a execução eficiente de todas as manipulações de artigos nas lojas.
Filipe Janela indicou que a aplicação da Opensoft faz a gestão operacional das lojas da Jerónimo Martins, desde a gestão de armazéns ao controlo das operações e de tudo o que entra a sai dos hipermercados Feira Nova e dos supermercados Pingo Doce.
Fundada em Setembro de 2001, a Opensoft tem registado lucros e facturou no ano passado 3,4 milhões de euros, prevendo para 2007 um volume de negócios de 3,7 milhões de euros, segundo José Vilarinho.
O presidente executivo salientou que a Opensoft não tem dívidas, emprega 54 trabalhadores em Portugal (48 no fim de 2006) e oito no Brasil, admitindo chegar ao fim de 2007 com 70 a 80 efectivos.
A Opensoft tem quatro sócios, todos trabalhadores, detendo José Vilarinho mais de metade do capital, e tem um capital de 50 mil euros mas já foram feitas dotações para o aumentar para meio milhão de euros, precisaram os responsáveis da empresa.
Diário Digital / Lusa
... E procura parceiro sueco e analisa negócio nos PALOPA tecnológica portuguesa Opensoft, que abriu uma filial no Brasil em 2007, procura um parceiro na Suécia, onde tem um grande cliente, e está a analisar oportunidades de negócio nos PALOP, indicou o presidente executivo.
Em entrevista à agência Lusa, o presidente executivo da Opensoft, José Vilarinho, adiantou que a tecnológica está a analisar algumas oportunidades nos mercados de Cabo Verde, Angola e Moçambique, embora considere que «os mercados dos PALOP [países africanos de língua portuguesa] são complicados e específicos».
Por isso, a Opensoft admite ir para os PALOP em parceria e como fornecedor de tecnologias e soluções.
Além de Portugal, a Opensoft está presente no Brasil, onde tem como cliente a construtora aeronáutica Embraer (40 mil trabalhadores), segunda maior empresa brasileira e terceira no seu sector, a seguir à Boeing e Airbus, na Suécia, onde fornece a maior empresa sueca de congelados, a Dafgard, e na Polónia, com o grupo Jerónimo Martins, adiantou o responsável.
No Brasil, a Opensoft tem oito trabalhadores, dos quais seis na área de desenvolvimento de produtos.
A aplicação O2P, desenvolvida pela tecnológica portuguesa sobre o software de gestão SAP R3, gere toda a logística industrial da Embraer, permitindo a optimização dos processos de produção, segundo Filipe Janela, administrador da empresa.
Filipe Janela adiantou que a equipa brasileira da Opensoft está a desenvolver a monitorização de ciclos de rastreabilidade, o que permite saber, por exemplo, quanto tempo leva uma palete entre a saída da linha de produção e a sua colocação no armazém de expedição ou quanto tempo demora a montagem de um kit, «o que é um conceito inovador».
O administrador revelou que a Opensoft já tem um segundo grande cliente no Brasil, a Eleb, uma empresa de mecânica industrial da área da aeronáutica.
Relativamente à Espanha, José Vilarinho sublinhou que é um mercado de difícil penetração para as empresas portuguesas e, até agora, não surgiram oportunidades para a Opensoft.
José Vilarinho salientou que tanto na área do governo electrónico, como na de «supply chain management» (gestão da cadeia de fornecimentos), onde dispõe da aplicação O2P sobre SAP R3, como noutras áreas tecnológicas, a Opensoft «tem capacidade para exportar para qualquer parte do mundo».
Diário Digital / Lusa