Eu, por um lado até entendo que nem tudo tem de ser público, sobretudo nas FA's.
Mas, uma vez que "seletivamente" vão transpirando para o exterior informações, seria bom que houvesse um esclarecimento oficial para não gerar mais ruído e desconfiança.
Já defendi anteriormente e repito, fadiga estrutural não resulta de manutenção.
Manutenção deteta-a mais ou menos rapidamente e eventualmente possibilita a reparação.
Daí as perguntas, mais uma vez.
Confirma-se ou não?
É uma situação crítica ou não?
Reparável/recuperável?
Está generalizada em toda a frota ou limita-se a algumas unidades?
A partir daí vem o resto.
Está em causa a segurança das operações? Quero acreditar que não...
Está em causa operar com limitações no que diz respeito ao número de células afetadas? Porque se está, é grave. Caso contrário é apenas ruído forçado para influenciar as decisões em cima da mesa, e isso também é grave.
No caso de se confirmar um elevado número de casos, pode indicar que enfiamos um barrete quando adquirimos estes equipamentos.
Não se ouve mais ninguém a queixar-se do problema, pelo menos dando a entender que são células irrecuperáveis e onde não se deve investir.
Reactores substituem-se, reparam-se.
Fissuras estruturais resultantes de fadiga já nem sempre se consegue.
Aqui há uns anos estive envolvido num processo de reparação de um avião de passageiros no qual se detectaram fissuras estruturais resultantes de fadiga, nas asas.
Na altura, e seguindo as indicações do fabricante, houve necessidade de alargar toda a furação de suporte das asas de forma a substituir a totalidade dos elementos de fixação por outros sobredimensionados. O trabalho durou meses e o avião apenas foi dado como apto para voar mais de um ano depois. Mas voou...
Ainda recentemente alguém publicou a aquisição de peças para a asa de um C130 da FAP, que também parece indicar estar relacionado com danos estruturais por fadiga.
Ou seja, nem sempre é recuperável, mas às vezes é possível.
Esclareçam sff. É o mínimo que se exige, a bem da credibilidade de tudo o que se venha a decidir a partir de agora sobre a substituição dos F16.
Senão cheira a...