Foi das melhorzinhas dos últimos anos, mas ainda há muita coisa para melhorar.
O Exército teve o cuidado de não meter muita sucata no desfile e encheu aquilo de Pandurs. Mas lá iam em cima os nossos bravos soldados de infantaria com a fardinha dos anos 70, o capacete PASGT (que já ninguém no mundo usa aquilo) e a velhinha G3 com 50 anos.
A Força Aérea meteu a "carne toda no assador" e levou todos os seus HMWWV (2), umas pick-ups Nissan reforçadas com umas chapas de aço e os Condor (abatidos ao serviço pelos alemães no século passado e doados posteriormente ao nosso país). Uma vez um Condor na Somália passou por cima de uma mina e o bocado maior que se aproveitou foi metade de uma jante toda torcida.
No Tejo lá estavam fundeados um navio reabastecedor com 47 anos, adquirido em 2ª mão há 23. Em que o militar relações públicas convidado pela estação de TV para comentar o desfile, contava velhas histórias do navio, ocorridas no século passado na Guiné.
Estava também uma corveta com 40 e tal anos (que milagrosamente ainda navega, sabe-se lá como) e uma fragata com 25 e tecnologia dos anos 80, desenvolvida na década de 70 do século passado.
Mas o desfile teve toda a dignidade, malgrado as graves lacunas de equipamento das nossas FA's.