Menina desaparecida no Algarve

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GinTonic

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« Responder #165 em: Outubro 30, 2007, 09:02:13 pm »
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Mas a imprensa e o público português também não ficam de fora da crónica. O colunista diz que os jornais portugueses transformaram o caso «em entretenimento leve»


Isto vindo de um cidadão de um país cuja imprensa mandou seguir o responsável pela investigação para ver quantas garrafas de vinho é que o homem bebia e quanto tempo demorava a almoçar, não deixa de ter a sua piada... afinal quem é que transformou o caso em "entretenimento leve"?
 

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JoseMFernandes

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« Responder #166 em: Outubro 30, 2007, 10:47:52 pm »
Mas também estamos num país onde o povo fecha os  olhos, ouvidos e consciência ao que se passa no seu dia-a-dia, até ao ponto de  pessoas, algumas com responsabilidades locais, classificarem de 'brincadeira' um (pre)visivel, vergonhoso e bárbaro 'assassínio'...   :oops:
 

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« Responder #167 em: Outubro 31, 2007, 10:23:56 am »
Eu tenho pena é dos otários que contribuiram para este "fundo"  :roll:

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McCanns defend using public fund to pay mortgage

Tue Oct 30, 2007 4:59pm GMT  Email This Article | Print This Article | Digg | Single Page[-] Text

 
1 of 1Full SizeBy Andrew Hough

LONDON (Reuters) - The parents of missing Madeleine McCann repaid two instalments of their mortgage with money from the fund set up to help find her, their spokesman confirmed on Tuesday.

But Kate and Gerry McCann stopped taking money from the one million pound "Find Madeleine" fund after they were made official suspects, Clarence Mitchell said.

He was speaking after media reports on Tuesday that the couple made two 2,000-pound repayments on their 460,000-pound detached house in Rothley, Leicestershire with fund money.

He confirmed the couple made two repayments in July and August, but defended their motives.

The primary objective of the fund, a not-for-profit company, was to help efforts to find Madeleine, but it can also provide financial support for her parents to cope with the stress, he said.

The couple have not worked since the young girl disappeared in Praia da Luz, Portugal, in May, just before her fourth birthday.

Mitchell said once they were made official suspects in the case, they stopped using the fund for mortgage repayments.

It was a mutual decision with the fund, after they conceded they would not be entitled to the money, he said.  Continued...


http://uk.reuters.com/article/domesticN ... 2520071030
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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nelson38899

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« Responder #168 em: Outubro 31, 2007, 12:08:46 pm »
Tony Parsons reagiu a declarações do diplomata sobre o caso Maddie

O embaixador português em Londres, António Santana Carlos, foi alvo de comentários ofensivos e xenófobos, depois de, em entrevista ao The Times, se ter mostrado preocupado com a troca de acusações entre portugueses e ingleses e de ter criticado o casal McCann por ter deixado Madeleine e os gémeos sozinhos enquanto jantavam.

O colunista do tablóide britânico The Mirror, Tony Parsons, viu nas palavras do embaixador um ataque aos McCann e respondeu numa crónica com críticas duras à polícia e à imprensa portuguesas, noticiava ontem o Sol online.

Num artigo intitulado Oh, Up Yours Senor ("Oh, Meta-o no, Senhor"), Parsons afirma que os responsáveis pela deterioração das relações entre Portugal e o Reino Unido são os investigadores da Polícia Judiciária, que o jornalista classifica como "espectacularmente estúpidos e cruéis".

Segundo o cronista britânico, a polícia portuguesa tentou "encobrir a humilhação de não conseguir descobrir quem levou a criança, atacando os pais".

Mas a imprensa e a totalidade do povo português também não ficam de fora da crónica. O colunista refere ainda que os jornais portugueses transformaram o caso "em entretenimento leve" e que os apupos dos populares a Kate McCann "não foram de outro país, foram de outro planeta".

Ao embaixador português, Tony Parsons sugere que "se no futuro não conseguir dizer nada de construtivo sobre o desaparecimento da pequena Madeleine, mais vale manter fechada a sua estúpida boca de comedor de sardinhas".

Ao The Times, o embaixador Santana Carlos fez questão de frisar que "Portugal é um país seguro, mais seguro do que a Grã-Bretanha", onde existe um número muito reduzido de crianças desaparecidas.

O embaixador referiu ainda as diferenças culturais entre ingleses e portugueses para explicar algumas das críticas que têm sido feitas ao casal McCann.

"Normalmente, as crianças [nos países latinos] estão sempre acompanhadas pelos pais, pela família. Este é um padrão diferente", comentou, aludindo ao facto de Maddie e os irmãos terem ficado sozinhos no apartamento do The Ocean Club na noite do seu desaparecimento.

Um comentário adjectivado pelo cronista do The Mirror como "burro e desnecessário". Tony Parsons, que assina a crónica na edição do The Mirror de segunda-feira, é um conhecido jornalista de música, famoso por uma atitude provocadora.

Parsons é também o autor de vários romances de sucesso e de uma biografia autorizada de George Michael. - H.S.

fonte. http://dn.sapo.pt/2007/10/31/sociedade/ ... tugue.html

quero apenas dizes que apesar de nós ser mos comedores de sardinha
the person that made this coments are a peace off aeces, excrement, shit;
jerk;

thanks

cump.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Lancero

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« Responder #169 em: Outubro 31, 2007, 04:11:46 pm »
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Madeleine: Organismo britânico analisa queixas contra ataque de tablóide ao embaixador português    

   Londres, 31 Out (Lusa) - A comissão para as queixas sobre a imprensa  britânica recebeu meia centena de reclamações contra uma crónica publicada  num tablóide onde o embaixador português no país é atacado por declarações  sobre o "caso Madeleine".  

     

   "Chegaram cerca de 50 queixas de todo o mundo, na maioria de [cidadãos]  portugueses, mas também de outras nacionalidades", adiantou à agência Lusa  um porta-voz do organismo estatal [Press Complaints Comission em inglês,  PCC].  

     

   A comissão vai agora analisar o conteúdo das reclamações e a legislação  que é invocada nas queixas para "decidir se se justifica uma investigação  mais profunda", disse a mesma fonte.  

     

   Em causa está uma crónica no diário "Daily Mirror" publicada na segunda-feira  onde o autor qualifica declarações do embaixador português no Reino Unido,  António Santana Carlos, sobre o "caso Madeleine" como "estúpidas e desnecessárias".  

     

   Assinado pelo polémico jornalista Tony Parsons, este cita uma entrevista  do diplomata ao diário "The Times" no passado sábado.  

     

   Nesta, o embaixador afirma que em Portugal "as famílias vivem todas  juntas", razão pela qual, sugere, alguns portugueses terão criticado os  McCann por terem deixado os seus filhos sozinhos a dormir num apartamento  enquanto jantavam num restaurante próximo.  

     

   "Eles erraram, embaixador. As vidas deles foram destruídas. Isso é um  castigo suficiente, sem os seus comentários estúpidos e desnecessários",  escreve o articulista do Mirror, que aconselha que no futuro Santana Carlos  "mantenha fechada a boca estúpida e trituradora de sardinhas".  

     

   O conteúdo da crónica, assim como o provocador título "Oh, up yours,  senor", foi considerado por vários portugueses como uma "ofensa escandalosa",  iniciando uma corrente de correios electrónicos a incitar a apresentação  de uma queixa à PCC.  

     

   Os autores deste apelo invocam uma infracção à lei de ordem pública  de 1986 - a qual proíbe os insultos raciais ou o uso de termos que instiguem  o ódio racial - e que no artigo em causa teria atingido os portugueses.  

     

   O assunto originou também dezenas de comentários na página electrónica  do tablóide, onde pessoas de diferentes nacionalidades, incluindo vários  que se identificam como britânicos, condenam Parsons, enquanto outros concordam.  

     

   A PCC tenciona tomar uma primeira decisão sobre os procedimentos a tomar  neste caso "dentro de duas a três semanas", podendo, se decidir prosseguir,  pedir esclarecimentos ao jornal, disse o porta-voz à agência Lusa.  

     

   Se a publicação for considerada culpada, esta poderá ser obrigada a  retratar-se nas suas páginas.  

     

   A agência Lusa tentou obter um comentário do "Daily Mirror" às queixas  apresentadas, mas até ao momento não obteve resposta.  

     

   Também o embaixador António Santana Carlos recusou reagir à polémica,  estando a ponderar uma tomada de posição mais formal, adiantou fonte da  representação diplomática portuguesa, remetendo para a entrevista ao "Times"  os esclarecimentos sobre o intuito das suas palavras.  

     
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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pedro

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« Responder #170 em: Outubro 31, 2007, 07:19:48 pm »
Agora so falta e um castigo formal a esse idiota.
Cumprimentos
 

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Adamastor

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« Responder #171 em: Outubro 31, 2007, 07:48:23 pm »
Posso estar enganado, mas tenho sérias dúvidas de que ele seja punido por isto.
 

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pedro

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« Responder #172 em: Outubro 31, 2007, 08:05:30 pm »
Pois esse idiota que nao venha a Portugal pois nao é bem-vindo.
E se  ele nao e punido a imprensa portuguesa tem todo o meu apoio para escrever o que quisere sobre os ingleses. :twisted:
Cumprimentos
 

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« Responder #173 em: Novembro 01, 2007, 10:00:18 am »
Revista goza com o caso Maddie
2007/10/31 | 22:19
Foto da menina usada em folheto satírico. McCann magoados e chocados



Uma revista satírica alemã publicou um artigo sobre Madeleine que deixou o casal McCann chocado e «magoado», noticia o jornal britânico Daily Mail. Na última edição da revista Titanic estava um artigo de duas páginas, semelhante a um folheto de supermercado, mas todos os produtos tinham impressa a fotografia de Maddie.

Um dos produtos, um detergente, é anunciado como sendo capaz de tirar todos os vestígios ao ponto de impossibilitar testes de ADN. Outro é a popular marca de sopa que deixou de se chamar Maggi para passar a ser Maddie. E até as embalagens dos chocolates Kinder têm a foto da menina. O folheto indica que um cêntimo de cada venda reverte a favor da Interpol.

O editor da revista, Oliver Nagel, diz que o artigo não tinha como objectivo criticar os McCann e que era destinado apenas ao público alemão. Mas os pais de Madeleine consideraram o artigo doloroso e uma falta de respeito para com Madeleine.

A revista garante que não está a gozar com o desaparecimento da menina, mas com a proporção que a cobertura mediática tomou, sendo Madeleine a cara mais conhecida do mundo e, como tal, o próximo passo seria usa-la para promover produtos.

Como a revista não pediu autorização para usar a imagem da menina, os advogados dos McCann estão a analisar as possibilidades de medidas judiciais.

O editor da Titanic garante que não vai pedir desculpa e uma prova disso é o site da revista. Todos os artigos estão escritos em alemão, excepto um escrito esta quarta-feira e que diz o seguinte: «Os leitores do Daily Mail não compreendem o humor alemão. É natural, são britânicos». A revista sugere depois aos britânicos que comprem uma assinatura da revista, garantindo que «nem um cêntimo será usado para pagar o empréstimo da casa dos McCann».

http://www.portugaldiario.iol.pt/notici ... div_id=291
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« Responder #174 em: Novembro 01, 2007, 10:01:40 am »
Citação de: "Adamastor"
Posso estar enganado, mas tenho sérias dúvidas de que ele seja punido por isto.


Claro que não vai acontecer nada, o Sócrates só bate é nos mais fracos, diante dos Ingleses ajoelha-se, até parece que não têm visto as pressões do Governo Britânico para "abafar" este caso.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Mar Verde

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« Responder #175 em: Novembro 01, 2007, 02:13:59 pm »
Citação de: "P44"
Citação de: "Adamastor"
Posso estar enganado, mas tenho sérias dúvidas de que ele seja punido por isto.

Claro que não vai acontecer nada, o Sócrates só bate é nos mais fracos, diante dos Ingleses ajoelha-se, até parece que não têm visto as pressões do Governo Britânico para "abafar" este caso.


a liberdade de expressão é um pau de 2 bicos ....

qt ao Sócrates, recordo que vai organizar a cimeira UE - África apesar do boicote do Reino Unido
 

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« Responder #176 em: Novembro 02, 2007, 08:12:45 am »
pois é, esqueci-me que o governo tb tem uma predilecção especial por Ditadores Africanos... :wink:
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comanche

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« Responder #177 em: Novembro 03, 2007, 02:23:36 pm »
Desaparecida há 184 dias
Exames provam transporte de cadáver



Os resultados aos vestígios biológicos recolhidos no apartamento e no carro usado pelos McCann já chegaram a Portugal. Foram ontem divulgados pela imprensa inglesa que garantia demonstrarem inequivocamente que Madeleine foi transportada na mala do Renault Megane. A sua “marca” estará espalhada por vários locais da viatura, o que impossibilita a tese de contaminação através da roupa. E tendo o carro sido alugado 22 dias depois do desaparecimento, tal só poderia ter acontecido com o conhecimento dos pais.


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Fontes contactadas pelo CM mostram mais cautelas na análise dos resultados. Não recusam a hipótese de consolidação dos indícios, mas asseguram que os mesmos têm de ser trabalhados. E reafirmam que a prioridade é encontrar o corpo da criança, pois só assim será possível perceber a sua morte e eventualmente imputar o crime de homicídio aos pais da menina inglesa.

Recorde-se, então, que os primeiros exames chegados à Polícia Judiciária já apontavam nesse sentido. Foi nos primeiros dias de Setembro e foi esse o “mote” que levou os investigadores a avançar para a constituição dos pais da criança como arguidos. Aí tinham sido encontrados vestígios cujo ADN se aproximava do de Madeleine, o que indiciava que o seu corpo poderia ter sido ocultado com recurso à viatura.

Nessa altura, porém, as provas eram ténues. E embora os pais tivessem sido confrontados com essa informação asseguraram que os vestígios poderiam resultar de contaminação. Designadamente por ter sido transportada roupa da criança quando os pais mudaram para uma vivenda na praia da Luz.

Os resultados que nos últimos dias terão chegado a Portugal refutam essa tese. E alguns jornais ingleses garantiam ontem que os exames demonstram ter-se tratado do transporte de um cadáver e não de um corpo ainda com vida.

Ainda segundo o CM apurou, as cautelas da PJ têm agora a ver com uma nova estratégia de investigação. Os polícias pretendem consolidar as provas até avançarem para outras diligências, de forma a evitar o ruído à volta da sua actuação.

Paralelamente, o fenómeno em Inglaterra parece ser inverso. As fugas de informação estão a virar a comunidade inglesa e também uma imprensa que durante meses “protegeu” os McCann. O que pode ser explicado pela importância política que este caso assumiu, já que o actual assessor da família foi até à pouco tempo próximo de Gordon Brown e o próprio primeiro-ministro inglês assumiu a causa do casal nos primeiros meses. Recorde-se, por exemplo, que foi por sua intervenção que Gerry e Kate foram recebidos pelo Papa, no Vaticano.

REBELO: O POLÍCIA POETA

Paulo Rebelo entrou no primeiro dia de trabalho em Portimão com um dicionário de inglês na mão e nesse pequeno pormenor estava a ser fiel a si próprio. Dotado de um apurado sentido de humor e de um inglês fluente o novo coordenador da PJ de Portimão não resistiu a um pequeno toque estilístico. A mesma paixão pelo estilo que o leva a florear por vezes a veia discursiva com incursões pela poesia ou a derrotar o bigode depois de anos a fio de uma imagem construída com tal adereço.

Aos 45 anos e ainda com a pronúncia da aldeia onde nasceu (Valado de Frades, na Nazaré), Paulo Rebelo está longe de ser uma figura consensual dentro da PJ mas as qualidades ninguém lhe nega. “É dos que vai sempre a jogo. Umas vezes perde, outras ganha: Mas não é pessoa para ficar a ver”, diz um responsável que com ele trabalhou durante vários anos. A combatividade é um traço forte da sua personalidade e que se vê tanto no trabalho como no lazer, particularmente no futebol, desporto que praticou em clubes de Leiria e, mais tarde, em tertúlias de pontapé-na-bola dentro e fora da PJ.

Começou como agente, licenciou-se em Direito e em 2000 passou a coordenador superior. Para trás ficava uma forte tarimba de investigação, primeiro na área da criminalidade económica e mais tarde no combate ao tráfico de droga, onde passou grande parte dos anos noventa. Aí foi uma pedra basilar na repressão do tráfico de droga. Durante anos era ele a formiguinha que estava nos bastidores da coordenação de alguns dos maiores casos de desmantelamento de redes de tráfico, sempre situado na estrutura intermédia entre as direcções e as brigadas. Paulo Rebelo, já com funções de coordenação, era o elo fundamental entre agentes e hierarquia. Deambulou ainda entre Lisboa e o Porto, onde esteve em duas comissões de serviço e assumiu o primeiro cargo de direcção em 2002. Em 2004, a demissão de Salvado e o pedido de Artur Pereira para regressar ao Porto capultaram--no sem sobressaltos. Assumiu a chefia de Lisboa com Santos Cabral e um ano depois passou a responsável pela área financeira.

Até que, em 2006, uma crise financeira abriu feridas profundas na PJ. Alberto Costa chegava ao Governo e incompatibilizava-se com Santos Cabral, a quem acusava de não conseguir uma gestão “criativa do orçamento”. Os desentendimentos resultaram na demissão do juiz-conselheiro e Paulo Rebelo acompanhou-o. Começou a “travessia no deserto” que agora termina.

PERFIL

Paulo Rebelo, em Portimão, mantendo a informalidade que lhe conseguiu dar grandes resultados no combate ao tráfico de droga, nas muitas operações encobertas que liderou. Nos últimos dias, andou ele próprio a ouvir as personagens centrais da história. A pé e sem temer as câmaras de televisão, foi conhecer o terreno

MAIS UM AVISTAMENTO EM MARROCOS

Houve mais um avistamento da criança em Marrocos. Naoul Malhi, 30 anos, garante que viu uma menina loira com a cara ferida a ser levada por uma mulher. E quando olhou para os olhos da criança, viu a marca na íris idêntica à de Madeleine. Antes de conseguir lançar o alarme, a mulher fechou a criança num táxi e fugiu. «Olhei para os olhos da menina e tive a certeza de que era Madeleine. Não há engano naquela marca do olho», afirmou Naoul ao jornal ‘Daily Mirror’, assegurando que o “cabelo loiro estava mais curto, tinha uma grande ferida na cara e parecia muito infeliz”.

12 PERGUNTAS DE MOITA FLORES

As dúvidas que o criminalista procuraria esclarecer, individualmente, com os pais de Maddie:

1 - Porque é que chamou a Sky News antes da polícia?

2 - A que horas outra pessoa, para além do casal, viu a menina com vida pela última vez?

3 - Deixou as crianças sozinhas porquê?

4 - Como pode afirmar que do local onde jantava via o quarto da sua filha?

5 - Como controlavam a janela do quarto?

6 - Entre a hora que deixaram os miúdos e o momento em que relataram o desaparecimento, quantas vezes foram ao quarto? E em que momento do vosso jantar?

7 - Qual dos vossos amigos saiu mais vezes durante o jantar?

8 - Quando fiscalizaram o vosso quarto, também foram ver os filhos dos vossos amigos?

9 - Como explicam, na hipótese de rapto, que um estranho retirasse a vossa filha sem que ela gritasse? Desapareceu algum dos seus brinquedos favoritos?

10 - Que roupa tinha a menina vestida?

11 - Porque é que alugaram um carro na véspera de partirem para o Vaticano? Quem ficou com a viatura?

12 - Depois de tanto circo, não chegou a hora de contar a verdade? Por onde é que quer começar?

NOTAS

CÃES ENCONTRAM CHEIRO DE CORPO

Os cães ingleses marcaram o Renault Clio usado pelos McCann como sendo um local onde foi transportado um cadáver

ODOR DETECTADO NA ROUPA DE KATE

Umas calças e uma camisola usadas por Kate foram sinalizadas pelos cães que detectaram odor de cadáver

VESTÍGIOS NA MALA DO CARRO

Na mala do carro usado pelos McCann foram inicialmente encontrados vestígios cujo ADN coincidia com o de Maddie

PELUCHE USADO COM SÍMBOLO

O peluche que Kate sempre mostrou para lembrar a filha desaparecida também tinha odor de cadáver

"EU VOU ENCONTRAR A MADDIE"

Francisco Marco, um dos detectives contratados pelos McCann, mostrou-se ontem convicto que vai encontrar Maddie “em cinco meses” e afirmou que até já comprou bonecas para lhe oferecer

CRONOLOGIA

3 MAIO 2007

Madeleiene McCann é dada como desaparecida pouco antes das 22h00. A GNR regista a ocorrência e o caso passa para a Polícia Judiciária. Pais fazem apelo a suposto raptor para que devolva a menina

14 MAIO 2007

O britânico Robert Murat é detido e interrogado por suspeita de envolvimento no caso. O homem que começou por fazer de intérprete do casal McCann é constituído arguido e são feitas buscas à sua casa

16 MAIO 2007

A PJ interroga o russo Sergei Malinka, um técnico de informática que teria como cliente Robert Murat. São feitas buscas em sua casa e apreendidos computadores, mas Malinka sai em liberdade

30 MAIO 2007

O Papa Bento XVI abençoa a foto de Madeleine e cumprimenta o casal McCann no final da audiência semanal na Praça do Vaticano. A viagem a Roma está incluída no périplo europeu do casal McCann

31 JULHO 2007

Dois cães pisteiros ingleses detectam odor a cadáver no apartamento de onde terá desaparecido a menina. É detectada uma minúscula mancha de sangue numa das paredes do quarto onde ela dormia

6 AGOSTO 2007

Os carros usados pelos McCann, Robert Murat e amigos do casal são inspeccionados em Portimão. Os vestígios biológicos encontrados são enviados para o laboratório inglês de Birmingham

7 SETEMBRO 2007

Gerry e Kate McCann são interrogados em separado nas instalações da PJ em Portimão. As sessões prolongam-se durante várias horas. No final, ambos são constituídos arguidos no processo

9 SETEMBRO 2007

O casal regressa a Inglaterra, proclamando a sua inocência. Pouco depois é anunciada a contratação de prestigiados advogados para os McCann se defenderem de eventuais acusações de que sejam alvo

8 OUTUBRO 2007

Paulo Rebelo é anunciado como novo director do Departamento de Investigação Criminal de Portimão, substituindo o demitido Gonçalo Amaral. Rebelo leva uma equipa de especialistas para o Algarve  
Eduardo Dâmaso / Tânia Laranjo

 
 

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« Responder #178 em: Novembro 07, 2007, 09:13:45 pm »
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Amigos dos McCann querem mudar testemunho
2007/11/07 | 12:57
Jornal El Mundo assegura que polícia portuguesa já foi contactada
 


Advogados de dois amigos dos McCann, que jantaram com o casal na noite em que Maddie desapareceu, querem alterar o seu testemunho, segundo noticia o jornal El Mundo.

Essas pessoas já terão contactado a polícia portuguesa para comunicar a sua intenção de «corrigir» algumas das declarações que fizeram nos interrogatórios a que foram submetidos poucos dias depois de 3 de Maio. Não se conhece a identidade destes amigos, uma vez que pediram confidencialidade, precavendo eventuais pressões «por parte da família McCann».
Segundo o jornal espanhol, esta notícia dá credibilidade à suspeita da PJ em relação às contradições nos testemunhos das pessoas que estiveram com os McCann na noite do desaparecimento de Maddie.


http://www.portugaldiario.iol.pt/notici ... div_id=291
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ricardonunes

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« Responder #179 em: Novembro 07, 2007, 09:29:14 pm »
McCann garantem que amigos não mudam depoimento

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O porta-voz dos pais de Madeleine, Clarence Mitchell, desmentiu ao SOL a notícia avançada, esta terça-feira, pelo El Mundo que dava conta da vontade dos amigos dos McCann de alterarem as suas declarações sobre a noite do desaparecimento da menina.

Clarence Mitchell é peremptório: «Isso é absolutamente falso». O relações-públicas de Kate e Gerry desmente, assim, a notícia do diário espanhol El Mundo sobre a possibilidade de os amigos dos McCann mudarem o depoimento feito às autoridades portuguesas sobre o que aconteceu na noite do desaparecimento de Madeleine.

Segundo o El Mundo, os sete amigos que jantavam com os pais de Maddie no restaurante Tapas, no dia 3 de Maio, estariam dispostos a rectificar as primeiras versões contadas à Polícia Judiciária, tendo mesmo os seus advogados entrado já em contacto com a polícia portuguesa nesse sentido.

O diário conta que os advogados dos amigos terão pedido para que a identidade dos seus clientes fosse protegida «para evitar possíveis pressões» por parte dos McCann.

Aliás, o jornal espanhol afirma mesmo que o grupo do Tapas pretenderia «corrigir» as versões contadas à polícia, dando força às suspeitas das autoridades portuguesas sobre as contradições dos seus depoimentos.

Clarence Mitchell garantiu, contudo, ao SOL ter já contactado todos os amigos do casal McCann que «desmentiram a notícia». O porta-voz dos pais de Madeleine assegura que este grupo «mantém um contacto regular com Kate e Gerry» e que «tudo o que diz respeito a este caso tem sido discutido e decido em conjunto por todos».

Mitchell adianta ainda que «há meses que os advogados dos amigos dos McCann não têm qualquer contacto com a polícia portuguesa», mas que o grupo dos sete «está disposto a voltar a depor – não por iniciativa própria – mas caso a polícia entenda que precisa de mais esclarecimentos».

 No entanto, o artigo publicado na edição papel do El Mundo «não refere nunca que se trata de um contacto entre os amigos dos McCann e a polícia portuguesa», como esclareceu ao SOL o jornalista que assina a notícia, Duarte Levy.

O colaborador do El Mundo assegurou ainda ao SOL que mantém tudo o que escreveu no jornal e que «a notícia foi confirmada tanto por fontes em Portugal como no Reino Unido».

Sol


Ganda novela  :roll:
Potius mori quam foedari