Paulo Portas assegura que não houve escutas sobre suspeitas no caso dos submarinos
11.07.2007 - 21h15 Lusa
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, revelou hoje ter recebido garantias por parte do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) de que não existiu qualquer escuta telefónica que suporte suspeitas sobre o concurso dos submarinos.
No domingo, o “Jornal de Notícias” noticiou que a Polícia Judiciária (PJ) estaria a investigar o rasto de cerca de 24 milhões de euros que o consórcio alemão Germain Submarine Consortium (GSC), com o qual o Estado português contratualizou a compra de dois submarinos em 2004, transferiu para a Escom UK, empresa do Grupo Espírito Santo (GES) sedeada no Reino Unido.
Segundo o “JN”, a investigação foi desencadeada por conversas telefónicas, alegadamente interceptadas pela PJ, entre o ex-ministro da Defesa Nacional Paulo Portas e o ex-director financeiro do CDS-PP Abel Pinheiro, no âmbito do inquérito-crime Portucale.
“Escrevi segunda-feira à directora do DCIAP a pedir o seguinte: se existe essa escuta que ela seja pública, que a publiquem palavra por palavra”, afirmou Portas, em conferência de imprensa na sede do partido.
Notícia acusada de motivação política
O líder do CDS-PP recebeu hoje a resposta de Maria Cândida Almeida, que citou.
“Esclarece-se que não se confirma a existência de qualquer intercepção telefónica que suporte o teor da notícia publicada”, referiu a magistrada.
“É esta a verdade”, salientou Portas, que sugeriu motivações políticas para esta notícia.
“Acho evidente que a cinco dias das eleições em Lisboa tentar abater o presidente do CDS não é inocente”, concluiu.
Quando vi a primeira notícia no JN que dava conta das supostas escutas não fiquei nada surpreendido.
O Jornal de Notícias, apesar de nele trabalharem grandes profissionais, transformou-se há já algum tempo e na minha opinião, numa espécie de órgão de propaganda do PS.
Basta ler os inacreditáveis editoriais que ultimamente por lá se escrevem. Nem na TVI vi tamanhas barbaridades, embora a “linha editorial” seja a mesma.
Indescritível também a reacção do Miguel Júdice perante uma notícia não confirmada e com nítidos contornos sensacionalistas.
Segundo ele, esta (a notícia) veio confirmar que o concurso dos submarinos “foi um escândalo”
Pudera! não ganhou a proposta que ele representava e que era em tudo inferior ao modelo escolhido.
Mas mais patética foi a reacção de ontem quando confrontado em directo com as declarações do Paulo Portas em que este afirmava que a proposta vencedora foi validada de forma esmagadora, tanto do ponto de vista técnico, como judicial (Tribunal de Contas e Supremo Tribunal Administrativo). Perante isto, só se limitou a dizer que “não comenta decisões e acontecimentos que ocorreram há mais de 4 anos”. Pois, mas para dizer que o concurso “foi um escândalo” perante uma notícia não confirmada, não teve esse cuidado…pois! pois!… :twisted: