Os submarinos são relativamente baratos de serem mantidos, e ainda por cima precisam de poucos militares para serem operados, os F-35 são caros a todos os níveis e na minha opinião são incomportáveis de serem adquiridos para a FAP.
Ao que julgo saber, existe um esforço neste momento, por parte da Lockeed e do Governo americano, para que a venda do F-35 não seja um fiasco, pelo que li, o governo americano prepara-se para subsidiar a lockeed para que pelo menos o custo unitário do F-35 na sua versão de exportação não vá para alem dos 75/80 milhões de usd lá para 2020... existe também um esforço constante para que o custo de operação do avião baixe consideravelmente, se isso é ou não suficiente para que a Fap o possa operar, temos que esperar para ver, sei que muitos, militares da força aérea, uns meus amigos pessoais que trabalham na BA5, estão completamente cientes que o futuro é F-35, e nem sequer colocam outra hipótese....
Apesar desta minha opinião, que no fundo traduz aquilo que eu acho que vai ser a realidade, considero pessoalmente que o F-35 não é nem nunca vai ser o avião que no inicio foi projectado, quer a nível técnico, muito menos económico-financeiro, as questões geopolíticas vão ter muita influencia, e a FAP no que toca a aviões de combate está totalmente americanizada, dai considerar que vamos ter F-35 mas apenas numa esquadra e com poucos aviões...
Os submarinos são as únicos activos da marinha que têm reais capacidades de defesa do território nacional, mesmo contra uma oposição com superioridade numérica por via das suas capacidades de interdicção e logo de proteger a soberania nacional.
Quanto aos F-35 da Lockheed os seus principais atributos actuais são a grande publicidade ao número de postos de trabalho supostamente criados, onde é que nós já ouvimos isto, e por inerência a quantidade de congressistas e senadores que alimenta nos EUA. Na Europa também se passa o mesmo na Holanda, Reino Unido, Noruega e Itália por via das ligações industriais.
Pode ser que eventualmente o avião faça uma grande parte daquilo que escreveram na embalagem, mas um pequeno detalhe que me deixa preocupado é a maneira como o software ALIS controla o aparelho.
Este software que teoricamente vai permitir o total controlo do que se passa no avião e reportar todos os problemas encontrados, as missões efectuadas e até quem pilota o avião, tem que se ligar via INTERNET a um centro da Lockheed nos EUA. O avião antes de levantar voo deverá ter o seu software actualizado sob pena de não sair do sitio.
Já sem falar de todos os problemas que isso pode acarretar, será que já alguém pensou que após se ter gasto mais 1000 milhões de euros por uma dúzia de aparelhos, e pagar anualmente o preço que a nova Microsoft dos aviões (a Lockheed) quiser, estamos sujeitos por qualquer motivo técnico ou humano/politico a de repente sermos os felizes possuidores de 12 estátuas para pôr em display à entrada das bases?
E já agora um desabafo:
Será que já não é altura de nas Forças Armadas, se perder o hábito de que só porque uns meninos gastaram X agora é a vez dos outros meninos fazerem o mesmo, e preocuparem-se com as prioridades nacionais. Senão mais vale fazer como os Canadianos e juntar todos os ramos, operacionalmente não foi grande ideia mas pelo menos deu para eles se ficarem a conhecer uns aos outros.