Seria interessante assumir de uma vez por todas quem são os nossos inimigos.
Contra quem precisamos de ter aviões?
Nem mais. E eu acrescentaria, onde? A defender o Atlântico de russos e chineses? O sul de africanos?
A atacar russos a leste?
Penso que a Europa e a própria NATO terão isso estudado. E a cada país caberá determinadas responsabilidades.
Depois há os nossos próprios interesses.
Baralhando, chega-se a uma conclusão.
Por aqui acho que se complica demasiado as coisas.
Estamos demasiado distantes de conflitos a leste para nos preocuparmos em atacar alguém aí.
Para chegarmos a esse ponto, muitos outros, maiores e mais bem preparados, já teriam caído.
Sermos a retaguarda deles, mantermos abertas linhas de reabastecimento por mar assim como o espaço aéreo necessário à existência de um corredor entre os EUA e a Europa, são tatefas mais do que desafiantes para as nossas FA's. E mais úteis do que possam parecer. Não ficamos com um papel menor ou que nos diminui.
Para isso é imprescindível submarinos, defesas aéreas, quantidade de caças que possam ser distribuídos em pelo menos 3 bases (Norte, Sul e Açores), armamento para esses meios em quantidades adequadas, pessoal, infraestruturas...
Em tudo isto estamos longe das necessidades.
E, sobretudo, inovar, desenvolver... meios de vigilância, detecção, defesa. A nossa realidade geográfica não tem paralelismo na Europa. Ninguém tem tanto mar nem fica tão a Sul e Ocidente.
Por um lado é bom, mas ao mesmo tempo tira-nos de realidades como Holanda/Bélgica ou Dinamarca/Suécia, países teoricamente comparáveis ao nosso, mas com características comuns que nós não temos.
Somos únicos, e por isso temos de pensar diferente.