Votação

Escolha o melhor

Super Hornet
4 (2.9%)
F-35
60 (43.8%)
Rafale
21 (15.3%)
Gripen
35 (25.5%)
Eurofighter Typhoon
17 (12.4%)

Votos totais: 137

Substituiçao dos F-16's

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Malagueta

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #5370 em: Hoje às 08:50:48 am »
https://cnnportugal.iol.pt/guerra/ucrania/estes-sao-os-gripen-os-cacas-que-a-suecia-quer-vender-a-portugal-e-que-os-ucranianos-escolheram-para-combater-a-russia/20251028/68fbaa48d34ee0c2fed1a4f4

Estes são os Gripen, os caças que a Suécia quer vender a Portugal e que os ucranianos escolheram para combater a Rússia

A escolha de um caça para defender um país já não se faz apenas em tempo de paz. A Ucrânia, sob o fogo russo, optou pelo Gripen sueco, um avião desenhado para sobreviver ao caos e operar a partir de uma simples autoestrada. Esta decisão pragmática força agora Portugal a questionar as suas próprias certezas para substituir os F-16
Aterram e levantam voo de autoestradas, têm um dos radares mais avançados do mundo e foram concebidos precisamente para combater um adversário como a Rússia. Estas características foram importantes para "seduzir" o governo ucraniano, que assinou uma carta de intenção com a Suécia para a aquisição de até 150 caças JAS Gripen E, a mais recente e poderosa versão do avião de combate da Saab. Mas os motivos que levaram os ucranianos a optar pela escolha desta aeronave vão além disso e enviam uma forte mensagem a países como Portugal, que continuam por avançar com a escolha de um avião para substituir a frota envelhecida dos caças F-16.

"A versatilidade destas aeronaves é muito útil para a Ucrânia. O Gripen é uma aeronave muito robusta e com uma simplicidade de manutenção e operação associada. Para um país em guerra como a Ucrânia, onde vemos a Rússia bombardear qualquer ponto do seu território, esta capacidade de dispersão é fundamental", explica à CNN Portugal o tenente-general Rafael Martins, antigo comandante da Força Aérea.

Durante décadas, a Suécia, um país neutro na fronteira com a União Soviética, desenvolveu as suas Forças Armadas a pensar num único cenário: uma invasão por parte de um inimigo numericamente superior, com radares, satélites e mísseis capazes de destruir os seus aeroportos e aeródromos militares nas primeiras horas do conflito. A resposta sueca foi criar um caça capaz de operar de qualquer lado, em qualquer momento. Um avião que pudesse ser rearmado e reabastecido numa faixa de autoestrada por uma pequena equipa de militares, e voltar ao combate em minutos. O Gripen foi feito para uma guerra assimétrica contra um inimigo muito maior. É precisamente a situação em que Kiev se encontra.

O Gripen E que a Ucrânia pretende comprar tem pouco que ver com a primeira versão da aeronave lançada no final dos anos 80. Esta variante topo de gama, que só este mês chegou às mãos dos pilotos da força aérea sueca, introduz um novo patamar tecnológico na aeronave. Apesar de não ser um avião "invisível" com o foco em guerra eletrónica, o seu novo sistema cria uma "bolha eletrónica de 360 graus" em torno da aeronave, permitindo-lhe detetar, bloquear e enganar os radares inimigos

Ao mesmo tempo, a Saab equipa estes aviões com os avançados radares AESA, que garantem ao piloto uma "consciência situacional" de topo, capaz de detetar aeronaves inimigas a longas distâncias e rastrear vários alvos em simultâneo, seja em terra, no ar ou no mar. Com 10 pontos de fixação nas asas, pode transportar uma vasta gama de armamento, desde o temível míssil Meteor, capaz de atingir alvos aéreos a 200 quilómetros, a bombas guiadas de precisão e mísseis antinavio.

"Isto traduz-se numa grande evolução de poder aéreo para a Ucrânia, que passa a ter uma aeronave de combate que não só faz ataque, mas que também acrescenta capacidades de defesa aérea. Além disso, é uma aeronave predominantemente europeia, apenas o motor é feito nos Estados Unidos", explica o tenente-general Rafael Martins.

Portugal numa encruzilhada

A escolha ucraniana de uma aeronave europeia não é inocente. Numa altura em que a sua força aérea já opera uma frota diversificada que inclui os F-16 americanos e os Mirage-2000 franceses, a aposta nos Gripen envia uma mensagem geopolítica clara. Kiev quer entrar no padrão NATO, mas sem ficar refém de possíveis mudanças geopolíticas da administração americana, que no passado não hesitou em travar a entrega de armamento ou de informações de natureza militar, para não prejudicar o esforço diplomático com Moscovo.

Esta dependência também é questionada em Lisboa, onde a decisão de substituir a frota de F-16 paira sobre o Governo que supervisiona o maior aumento de orçamento de Defesa das últimas décadas. A Força Aérea Portuguesa (FAP) já estudou as possibilidades e escolheu o caça furtivo de 5.ª geração F-35, produzido pelos americanos da Lockheed Martin. Este avião é tecnicamente mais evoluído que o Gripen e é aquele que foi escolhido por grande parte das forças aéreas dos aliados europeus. Mas após sucessivas ameaças de Donald Trump aos aliados da NATO, o ministro da Defesa, Nuno Melo, admite que "o mundo mudou" e agora é preciso "pensar nas melhores opções", incluindo opções "de produção europeia".

A CNN Portugal questionou o Ministério da Defesa acerca do ponto em que se encontra o processo de decisão e se o F-35, escolhido pela FAP, continua a ser a única opção em cima da mesa, mas não obteve qualquer resposta.

A escolha de um novo avião para a força aérea não é binária e Portugal poderá, em teoria, optar por ter uma frota mista. O Canadá, que inicialmente encomendou 88 F-35 para modernizar a sua frota, está a pensar em reduzir o número de aeronaves compradas, depois de o presidente norte-americano sugerir anexar o país. O primeiro-ministro Mark Carney está agora a equacionar a possibilidade de ter uma frota mista, com metade a ser composta por aviões de quinta geração americanos e a outra metade composta por Gripens. Até ao momento, nenhuma decisão importante foi tomada.

A realidade é que este negócio vai muito além da política de defesa. O negócio envolve muitos milhares de milhões de euros e fabricantes e governos sabem disso. Por isso, tanto americanos como suecos apressaram-se em assinar memorandos de entendimento com a indústria aeronáutica portuguesa de forma a aliciar o executivo com postos de trabalho qualificados e com remunerações bem acima da média nacional. Os norte-americanos assinaram um acordo com o AED Cluster, um agrupamento de empresas da indústria da defesa e aeroespacial portuguesas, para envolver o tecido empresarial português no processo de fabrico e manutenção dos F-35. Mas tudo depende da compra dos aviões.

Já os suecos da Saab assinaram dois memorandos de entendimento com empresas nacionais, a OGMA e a Critical Software, para apoiar o aumento da procura dos Gripen um pouco por todo o mundo. Aos jornalistas, Daniel Boestad, vice-presidente do negócio do Gripen, explica que este acordo não está dependente da escolha do Governo português. Questionada pela CNN Portugal, a Saab confirmou que não existiu qualquer contacto entre a empresa e o executivo português desde a assinatura desses acordos.

O ministro Nuno Melo defendeu publicamente a necessidade de uma grande integração entre a política de defesa e a economia. Um exemplo dessa integração aconteceu com a Saab no Brasil, onde a empresa sueca abriu uma linha de produção completa e um centro de desenvolvimento tecnológico, onde engenheiros suecos e brasileiros trabalham não apenas na produção, mas também na criação de novas tecnologias para o caça. Hoje o Brasil não é visto apenas como um cliente, mas sim como uma parte fundamental da cadeia de produção mundial do Gripen. De tal forma que as fábricas brasileiras poderão ter de ser expandidas para fazer frente ao aumento de produção necessário após a enorme encomenda ucraniana.

Um salto quântico
Mas para especialistas com muitas horas de voo em aviões de combate como o tenente-general Rafael Martins, as capacidades técnicas do F-35 são um "salto quântico" para a força aérea que é difícil de ignorar. O avião americano, famoso pela sua furtividade, é sinónimo de supremacia tecnológica. "Quase invisível ao radar", é capaz de atingir o inimigo sem que este alguma vez o tenha visto. Mas o que realmente o diferencia é o software que faz dele um verdadeiro centro de comando e de recolha de informações voador que funde dados de diferentes sensores, dando uma enorme vantagem aos seus pilotos.

"Só o capacete de um piloto de F-35 ronda os 400 mil euros. Porquê? Porque permitem ao piloto, se olhar para baixo, não ver o chão do cockpit, mas sim o terreno por baixo do avião. Para operar uma frota de 5.ª geração, é preciso toda uma cultura e uma infraestrutura que acompanhem o processo. É quase uma metamorfose, um salto quântico para a força aérea que a vai operar", explica Rafael Martins, acrescentando que o "fosso tecnológico" entre o F-35 e o Gripen é grande.

Além disso, a interoperabilidade com os restantes aliados da NATO é um fator importante. A grande maioria dos países que operam o F-16 estão a transitar para o F-35, o que facilitaria a transição portuguesa. Mas a superioridade tecnológica tem um custo elevado. Não só o preço por aeronave é superior, como cada hora de voo e todas as peças sobressalentes representam um encargo financeiro de outra ordem de grandeza, que pode ser demasiado pesado para um país com um orçamento limitado como Portugal.

A escolha final vai além de uma lista de especificações técnicas ou análise de custos de cada projeto e acaba por ser exclusivamente política, com o Executivo a ter de escolher quais os argumentos com mais "peso" e para a visão que tem para o país. "O ponto fundamental é este: qual é a nossa intenção estratégica? Onde é que queremos que a nossa compatibilidade principal resida? Na aliança com os Estados Unidos ou no reforço da União Europeia?", afirma Diana Soller, especialista em Relações Internacionais

Portugal encontra-se numa encruzilhada. A escolha de uma solução como o Gripen, que é a mais económica, promete retorno industrial e reforça a autonomia estratégica da Europa, pode ser uma escolha viável, mas requer "coragem" política. Até porque a decisão de colocar de parte a compra de um F-35 tecnologicamente superior poderia ter "consequências políticas" na relação portuguesa com Washington, com um possível "afastamento ou arrefecimento das relações".

"Eu penso que há uma série de bons argumentos a favor dos Gripen. Agora, vamos ver se Portugal tem a vontade política e, acima de tudo, a coragem política para fazer essa escolha", remata Diana Soller.
 

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Red Baron

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #5371 em: Hoje às 10:10:47 am »
Alguém que diga ao jornalista da CNN Portugal que o Gripen usa motores americanos, logo esta sujeito a boicotes americanos na mesma.

Quando o Brasil comprar Tejas, também os canhotos de cá nos vão tentar vender Tejas?
 
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Cabeça de Martelo

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #5372 em: Hoje às 10:31:02 am »
Alguém que diga ao jornalista da CNN Portugal que o Gripen usa motores americanos, logo esta sujeito a boicotes americanos na mesma.

Quando o Brasil comprar Tejas, também os canhotos de cá nos vão tentar vender Tejas?

Os General Electric F414 são usados em muitos caças por estes mundo fora.

 :arrow: https://en.wikipedia.org/wiki/General_Electric_F414

Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 


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riky95

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #5374 em: Hoje às 11:15:36 am »
A escolha parece ser cada vez mais a de um misto entre F35 e Eurofighters
 

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Red Baron

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #5375 em: Hoje às 11:16:22 am »
Alguém que diga ao jornalista da CNN Portugal que o Gripen usa motores americanos, logo esta sujeito a boicotes americanos na mesma.

Quando o Brasil comprar Tejas, também os canhotos de cá nos vão tentar vender Tejas?

Os General Electric F414 são usados em muitos caças por estes mundo fora.

 :arrow: https://en.wikipedia.org/wiki/General_Electric_F414

O GE F110 também.

https://www.aerotime.aero/articles/turkey-kaan-fighter-engines-us-block
 

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PTWolf

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #5376 em: Hoje às 11:20:52 am »
Há uns tempos os defensores do Gripen apontavam como uma mais-valia ser europeu e poder contribuir para a industria nacional.
Neste campo nenhum concorrente bate ou irá bater nos proximos dez anos a airbus:

Indiretamente, suporta cerca de 4.000 empregos na cadeia de valor, num setor aeroespacial que totaliza 6.000 postos no país.
Em termos de dinheiro movimentado e gerado na economia nacional, a Airbus contribui com cerca de 100 milhões de euros anualmente, através de investimentos, compras a fornecedores e operações locais, impulsionando o PIB e ajudando a reter talento qualificado. Não há dados públicos precisos sobre receitas específicas da subsidiária portuguesa, mas o impacto indireto inclui impostos, salários e efeitos multiplicadores na economia.

Temos ainda a formação de profissionais, promoção de paridade de género (50% na unidade de Santo Tirso), reforço da posição de Portugal como hub aeroespacial europeu, parcerias com clientes como a TAP Air Portugal e a Força Aérea e atração de investimentos estrangeiros. A Airbus tem ajudado a elevar o perfil tecnológico de Portugal, fomentando inovação e sustentabilidade no setor, algo que nenhum dos seus concorrentes diretos se pode orgulhar.

Posto isto: venham de lá os ST (Super Typhoon  :mrgreen:) + F35. Acredito que ficamos bem servidos até a chegada da 6ª geração em meados de 2040.
 
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mafets

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #5377 em: Hoje às 12:05:00 pm »
Se é para pedir também entro no jogo.   :mrgreen: Uma vintena de 346 para treino avançado e pode ser uns R/E99 para AEW e para não dizermos que não somos amigos da empresa do costume.  :mrgreen:

Saudações  :mrgreen:


P.S. Uns Patriot para defender as bases aéreas e uns Grob120tp para treino básico . A seguir vou já tomar a medicação.  :mrgreen:

"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

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dc

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #5378 em: Hoje às 05:26:39 pm »
A escolha parece ser cada vez mais a de um misto entre F35 e Eurofighters

Não. A escolha parece cada vez mais "ou um ou outro".

As propostas da Saab, LM, Airbus e Dassault aparentam ser ofertas a contar com a substituição total dos F-16 por um único modelo. Daí os grandes esforços de assinar parcerias com empresas portuguesas. Estão a contar com um negócio a rondar os 5000-6000M.

Por exemplo, para a Airbus não fazia sentido nenhum assinar parcerias com empresas portuguesas, para a FAP comprar no máximo 20 Typhoon em segunda-mão, que por sua vez a compra destes seria paga às FA que os operam.

A ideia de dois modelos de caça vem apenas e somente da FAP, como uma tentativa de garantir que recebe F-35 e não fica empastelada com caças 4.5G.

A intenção do Governo no máximo recairá para a compra de um único modelo (sai mais barato).
A intenção dos fabricantes é que o seu caça seja o modelo único da FAP.

A minha intenção é que a malta comece a abrir a pestana para os riscos desta fantasia de 2 caças, e que a FAP percebesse que dificilmente o governo vai aceitar gastar mais dinheiro em 2 modelos.
 

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mayo

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #5379 em: Hoje às 05:54:42 pm »
Estão a reinventar a roda ! O melhor e modernizar ou comprar novo e segunda mão F-16Vs , entrar num 6G europeu, para os ter em linha para 2045 !