« Responder #470 em: Julho 14, 2004, 06:33:07 pm »
DN
Ministro iraquiano pede ajuda urgente à NATO
LUMENA RAPOSO
Hoshyar Zebari, chefe da diplomacia de Bagdad, instou ontem a Aliança Atlântica para que lance «o mais rapidamente possível» a sua promessa de formar o exército iraquiano. O apelo de Zebari foi feito durante a sua visita à sede da NATO, em Bruxelas.
«É preciso que essa formação, que nos foi prometida em Istambul, seja realizada o mais breve possível. Precisamos dela. Estamos, de facto, a correr contra o tempo», disse Zebari, numa conferência de imprensa. E adiantou: «Obviamente, queremos que esta formação se faça no interior do Iraque.» O ministro, que qualificou a sua visita à NATO de «dia histórico» para o Iraque, sublinhou ser ainda bem-vinda toda a «ajuda suplementar».
A promessa a que se referia Zebari foi feita ao Iraque durante a cimeira da NATO, nos finais de Junho, em Istambul. Os dirigentes da Aliança Atlântica deram, então, luz verde para uma ajuda à formação das forças de segurança iraquianas. Mas as modalidades dessa ajuda estão por definir e são actualmente objecto de análise pelos responsáveis militares da Aliança, cujos parceiros políticos ainda não chegaram a acordo sobre a forma de concretizar a promessa feita: os EUA advogam uma presença visível da NATO no Iraque, enquanto a França - que contraria esta posi-ção - defende que a formação e treino dos militares iraquianos devem ser feitos fora do Iraque ou por países, individualmente, e numa base de relações bilaterais.
RETIRADA. Os EUA manifestaram-se ontem decepcionados com a decisão do Governo filipino de retirar as suas tropas do Iraque «logo que possível».
«Estamos decepcionados por ouvir tais declarações num momento em que o Iraque luta pela sua estabilidade e paz», disse o porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher, adiantando: «Esperamos uma clarificação sobre o que significam tais declarações em termos de retirada dos filipinos».
Raphael Seguis, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros filipino, anunciou ontem de manhã que as tropas do seu país deixarão o Iraque «logo que possível». A sua declaração foi, depois, corroborada pelo chefe da diplomacia, Delia Albert, o que fez com que o embaixador dos EUA em Manila se encontrasse com a Presidente Arroyo.