Iraque a ferro e fogo

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« Responder #720 em: Janeiro 14, 2008, 07:17:47 pm »
Juiz assassinado em emboscada em Bagdad

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Um grupo de homens armados assassinou hoje um importante juiz iraquiano, numa emboscada nos subúrbios oeste de Bagdad, segundo a polícia.

Os assassinos dispararam à queima-roupa o magistrado Amer Yaudat, perto da sua residência, no bairro de Mansur, nos arredores de Bagdad, quando o juiz, membro do Tribunal de Apelação iraquiano, a mais alta instância judicial civil do Iraque, se preparava para sair para o seu gabinete.

«O juiz caiu numa emboscada perto do restaurante Ninive e foi vítima de tiros de metralhadora quando se dispunha a ir para o Tribunal», segundo as fontes.

Desconhecem-se os motivos do ataque, apesar de as primeiras investigações apontarem para um acto relacionado com violência confessional entre sunitas e xiitas, no país.

Nos últimos três anos, foram assassinados vários juízes iraquianos, entre os quais alguns que julgavam antigos colaboradores do ex-Presidente Saddam Hussein, executado a 30 de Dezembro de 2006.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #721 em: Janeiro 15, 2008, 02:08:09 pm »
Condoleezza Rice reúne-se com Nuri al-Maliki

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A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, efectuou hoje uma viagem inesperada a Bagdad, onde se reuniu de imediato com o primeiro-ministro Nuri al-Maliki, segundo fonte diplomática dos Estados Unidos.

Condoleezza «Rice chegou hoje de manhã (hora local) a Bagdad, onde está neste momento reunida com o Primeiro-ministro Maliki», afirmou Armand Cuccinello, porta-voz da embaixada norte-americana em Bagdad.

A secretária de Estado deverá também reunir-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros Hoshyar Zebari, com quem dará posteriormente uma conferência de imprensa conjunta, na «zona verde», sector protegido do centro da capital, segundo um comunicado da embaixada.

A inesperada deslocação de Condoleezza Rice ao Iraque foi hoje anunciada na capital saudita na altura em que acompanhava o presidente norte-americano, George W. Bush, nas negociações com as autoridades da Arábia Saudita.

«O presidente Bush e a secretária de Estado Rice decidiram que seria uma boa altura para ela se deslocar a Bagdad para se avistar com os responsáveis iraquianos de modo a informar-se sobre os progressos obtidos e promover novas medidas legislativas e de reconciliação política», referiu o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano, Gordon Johndroe.

A última vez que Rice se deslocou ao Iraque, em meados de Dezembro, foi numa visita a Bagdad e Kirkuk (norte), em plena crise provocada pelas incursões na Turquia de rebeldes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), com bases no Iraque.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #722 em: Janeiro 16, 2008, 06:54:32 pm »
Seis terroristas morrem em operação contra a Al Qaeda

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Seis alegados terroristas morreram e outros quatro ficaram feridos na madrugada de hoje numa operação lançada por soldados norte-americanos e iraquianos contra a Al Qaeda no norte de Bagdad, indicaram as forças de segurança.

A campanha, em que também foram detidos dezenas de suspeitos, decorreu na aldeia de Bichkan, a leste da cidade de Al-Deluiya, 90 quilómetros a norte de Bagdad.

As tropas utilizam uma escola da localidade como base de operações e contam com a ajuda de helicópteros para perseguir os terroristas que tentam fugir da localidade.

As tropas seguem informações dos serviços secretos que indicavam que na área se encontravam combatentes da Al Qaeda, que chegaram à região fugindo de operações na vizinha de Diyala.

Dias antes, os ataques dos terroristas obrigaram dezenas de camponeses a deixar as suas terras e propriedades.

Diário Digital / Lusa  

 

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« Responder #723 em: Janeiro 21, 2008, 02:11:17 pm »
15 militantes da Al Qaeda detidos na província de Diyala

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Uma força conjunta iraquiano-americana deteve hoje 15 alegados militantes da organização terrorista Al Qaeda na conflituosa província de Diyala, a nordeste de Bagdad.

As detenções decorreram ao início da manhã de hoje em Muradiya, três quilómetros ao oeste de Baquba, capital de Diyala, segundo a agência independente Aswat al-Iraq.

Os suspeitos foram detidos no âmbito da operação «Colheita de Heróis», iniciada há duas semanas com o objectivo de eliminar os militantes da Al Qaeda que permanecem na província, onde convivem curdos, sunitas e xiitas.

A operação «Colheita de Heróis» insere-se na campanha militar denominada «Colheita de Ferro», que conta com a participação tanto das forças norte-americanas quanto das iraquianas.

A operação «Colheita de Ferro» começou no início do Janeiro em Diyala, onde existe uma forte presença de terroristas, e noutras três províncias do norte do Iraque, e está dirigida contra os militantes da Al Qaeda no país.

Diário Digital / Lusa

 

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P44

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« Responder #724 em: Janeiro 25, 2008, 10:04:36 pm »
Iraq parliament approves new flag


The new flag (top) ditches the stars and script from Saddam's version
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #725 em: Fevereiro 01, 2008, 09:05:33 pm »
Utilizar deficientes mentais para atentados revela um inimigo "brutal" diz Condolezza Rice

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A utilização de deficientes mentais para cometer atentados no Iraque mostra que os iraquianos enfrentam um inimigo "brutal" e "desorientado", declarou hoje a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice.

"Estes acontecimentos terríveis mostram verdadeiramente "a decadência total e a brutalidade absoluta dos inimigos dos iraquianos que são capazes de tais coisas", declarou a chefe da diplomacia norte-americana à imprensa.

Dois atentados atribuídos à Al-Qaida, cometidos por duas mulheres deficientes que usavam coletes de explosivos que foram detonados à distância, fizeram hoje pelo menos 64 mortes em Bagdad em mercados repletos de gente no dia de descanso semanal.

A utilização destas mulheres privadas das suas capacidades mentais pelos extremistas representa "um desafio muito difícil" para as tropas da coligação, acrescentou Rice, que falava numa conferência de imprensa com o seu homólogo polaco Radoslaw Sikorski.

"Mas é verdade que isso confirma as conclusões dos iraquianos segundo as quais estas pessoas não têm programa político aceitável por uma sociedade civilizada", prosseguiu.

"Isso vai ajudar os iraquianos a decidir", disse.

Por seu lado, a Casa Branca afirmou-se solidária com os iraquianos depois destes dois atentados cometidos um dia depois de o presidente George W. Bush ter traçado um quadro favorável da situação naquele país árabe.

"Estes extremistas não fazem caso nenhum da vida. Continuaremos a estar ao lado dos iraquianos para vencer estes terroristas", disse um porta-voz da Casa Branca Gordon Johndroe.

Foi o dia mais mortífero na capital iraquiana desde 01 de Agosto de 2007, data em que um triplo atentado com um carro armadilhado fez 80 mortos.

Lusa

 

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« Responder #726 em: Fevereiro 05, 2008, 01:45:12 pm »
Citação de: "P44"
Iraq parliament approves new flag


The new flag (top) ditches the stars and script from Saddam's version

Nova bandeira iraquiana hasteada pela primeira vez

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A nova bandeira temporária do Iraque foi hasteada no parlamento do país pela primeira vez esta terça-feira, numa ruptura simbólica com o passado.

O primeiro-ministro, Nuri al-Maliki, presidiu o hastear da bandeira do lado de fora do seu gabinete na fortificada Zona Verde, em Bagdad, durante cerimónia assistida por membros do governo e dignitários.

O parlamento decidiu no mês passado adoptar a nova bandeira, que é muito semelhante à anterior, uma medida pedida pela minoria curda que afirmava que a velha bandeira trazia lembranças do regime de Saddam Hussein.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #727 em: Fevereiro 06, 2008, 11:46:02 pm »
Polícia iraquiana encontra vala comum com 50 cadáveres

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A polícia iraquiana anunciou a descoberta de uma vala comum com cerca de 50 corpos, alguns muito decompostos e outros mortos recentemente, durante uma busca a militantes da Al Qaeda a norte de Bagdad.
 
Polícias e membros de uma milícia de bairro invadiram uma casa supostamente usada por militantes islâmicos da Al Qaeda perto de Samarra, 100 quilómetros a norte de Bagdad. Ali encontram dez pessoas que tinham sido sequestradas numa cidade próxima.

A polícia disse que as informações de alguns dos libertados levaram à descoberta da vala comum, ali perto.

Famílias da região tinham identificado alguns dos mortos na vala, mas poucas outras informações estavam disponíveis, segundo a polícia. Três carros-bomba foram também encontrados na área.

A descoberta da vala comum aconteceu após a nova bandeira provisória do Iraque ter sido hasteada no Parlamento, pela primeira vez.

A cerimónia foi vista pelo governo como uma ruptura com o passado sangrento e um passo no sentido da reconciliação.

SOL

 

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« Responder #728 em: Fevereiro 07, 2008, 05:43:41 pm »
Iraque: um atoleiro de problemas
Marcelo Rech
 


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Actualmente as forças de ocupação dos Estados Unidos no Iraque regista a presença de 162 mil homens. Até Julho de 2008, está prevista a retirada de três brigadas ou cerca de 30 mil soldados. Pelo menos 15 brigadas devem permanecer no atoleiro que se transformou o Iraque para os norte-americanos.

Para este ano, a tendência é que haja uma intensificação dos problemas relacionados com a intervenção dos Estados Unidos naquele país. Um dos problemas mais sérios com os quais os norte-americanos têm dificuldades para lidar é a oposição crescente da população iraquiana quanto à presença das tropas de ocupação. Pesquisas recentes mostram que 72% dos iraquianos têm certeza de que a presença dessas deteriorou a segurança do país. Percentualmente semelhante não tem dúvidas de que há graves falhas na segurança interna, mesmo com mais soldados norte-americanos.

Enquanto isso, o Presidente do Irão Mahmoud Ahamdinejad exigiu que as tropas de ocupação deixem o Iraque o mais rapidamente possível. "A presença de forças de ocupação no Iraque provoca instabilidade neste país", disse Ahmadinejad, numa reunião com Abdul Aziz Al-Khakm, líder do partido político xiita Conselho Supremo para a Revolução Islâmica no Iraque, que visitou Teerão recentemente.

Há um entendimento de que o povo iraquiano, sem qualquer assistência estrangeira, já é capaz de estabelecer a ordem no país e reforçar a sua soberania.

Ao mesmo tempo, o general David Petraeus, comandante-em-chefe das forças norte-americanas no Iraque, culpou o regime iraniano de apoiar os rebeldes iraquianos. Ele disse que "o Irão é responsável pela transferência de armas e pela formação e apoio financeiro dos elementos radicais no país vizinho". De acordo com o militar, não há dúvidas que o Irão está relacionado com os mortíferos ataques aos soldados norte-americanos no Iraque.

Além desses problemas, os Estados Unidos têm de lidar com o elevado número de mortos. Durante dez meses de 2007, 855 homens e funcionários foram mortos no país. É o maior número de baixas em todos os quatro anos e oito meses da campanha militar norte-americana no Iraque. Antes, o recorde era de 2004, quando 849 militares foram mortos. Desde 20 de março de 2003, quando foi iniciada a campanha militar, as forças dos Estados Unidos perderam 3.829 militares. E o número de vítimas tende a aumentar. Para piorar, 60% dos iraquianos considera justificáveis os ataques às tropas dos Estados Unidos, conforme sondagens realizadas pela rede ABC, o canal japonês NHK e a rede britânica BBC.

Enquanto o Comandante David Petraeus afirmava no Congresso dos Estados Unidos que a situação no Iraque era de estabilização, a embaixada norte-americana mantinha 300 postos vagos devido à falta de segurança do pessoal diplomático. O medo de servir no Iraque deve fazer com que o Departamento de Estado obrigue os indicados a assumirem as vagas.

Por outro lado, é preciso esperar algum tempo para saber se a estratégia de segurança para 2007-2010 realmente vai funcionar. A meta é promover a conciliação nacional e restabelecer a estabilidade econômica e a segurança no país. Mais do que isso, a nova estratégia de segurança nacional do Iraque pretende fortalecer e manter estáveis e amigáveis, as relações com os Estados Unidos e com todos os países da região. O documento que trata do assunto ressalta que os principais inimigos à paz e à estabilidade no Iraque são o terrorismo, o crime organizado e os grupos armados ilegais.

Essa estratégia também prevê a criação de forças armadas nacionais e a formação de funcionários qualificados para servir nas estruturas de segurança do país. Na esfera da economia, o documento faz previsões para a criação de condições necessárias para as reformas econômicas radicais, com uma solução para a crise inflacionária, o abastecimento de água potável, e o combate à lavagem de dinheiro.

Atualmente, as autoridades iraquianas exercem o controle pleno de oito das dezoito províncias: Kerbala, Maysan, Muthanna, Dhi-Qar, Najaf, Erbil, Dahuk e Sulaymaniyyah. Dois milhões de iraquianos que estavam refugiados na Síria e Jordânia começaram a retornar.

Apesar das sucessivas negativas dos Estados Unidos, o momento é propício para que as tropas sejam retiradas do Iraque. É hora de dar aos iraquianos, a oportunidade de reconstruírem o seu país.

Jornal de Defesa

 

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« Responder #729 em: Fevereiro 10, 2008, 06:18:29 pm »
Secretário da Defesa norte-americano em visita de surpresa a Bagdad

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O secretário da Defesa norte-americano, Robert Gates, chegou hoje a Bagdad para uma visita surpresa ao Iraque.

Segundo a France Presse, que viaja com o governante norte-americano, Gates terá encontros em Bagdad com o Alto Comandante Militar dos Estados Unidos no Iraque, general David Petraeus, a quem informará sobre a eventual retirada das tropas suplementares que foram enviadas para o país.

Gates, que voou directamente de Munique para Bagdad, terá também encontros com os principais dirigentes iraquianos, nomeadamente com o presidente Jalal Talabani, desconhecendo-se quanto tempo permanecerá na capital iraquiana, que visitou pela última vez em Dezembro último.

A deslocação de Gates a Bagdad ocorre numa altura em que se intensifica o ritmo dos ataques contra as tropas norte-americanas na capital iraquiana.

Desde o início deste ano, os soldados da coligação são, em média, vítimas de um ataque à bomba de três em três dias, indicou um comandante dos Estados Unidos citado pela France Presse, constituindo a principal causa da morte dos soldados no Iraque.

No centro e no norte do país, sobretudo nas províncias de Diyala, Tamim, Salaheddine e Ninive, ocorrem com frequência confrontos entre as tropas norte-americanas, apoiadas pelas forças de segurança iraquianas, e grupos apresentados como tendo ligações à Al Qaida.

Desde o início da invasão dos Estados Unidos, em Março de 2003, já morreram 3.957 militares norte-americanos, segundo um balanço feito a partir de dados do site da Internet www.icasualties.org, de cariz independente.

Antes da partida de Munique, onde participou numa conferência sobre segurança, Gates disse que a sobrevivência da NATO está no centro das discussões entre a Europa e os Estados Unidos, tendo sempre como pano de fundo a partilha de responsabilidades sobre como ambos os blocos devem enfrentar o combate ao extremismo islâmico no Afeganistão.

Nas declarações à imprensa, ainda em Munique, Gates adiantou que os líderes políticos iraquianos estão a mostrar "alguns sinais de progresso" em direcção à reconciliação, sublinhando, porém, que ainda encontram "muita dificuldade em tomar decisões para estabilizar o país".

"Parece que têm estado com maior empenho nestas últimas semanas", afirmou o responsável do Pentágono, acrescentando, todavia, ser necessário tempo para estudar as perspectivas de futuro.

Após chegar a Bagdad, o secretário da Defesa norte-americano seguiu de imediato para um jantar privado com os líderes políticos iraquianos, que inclui, além de Talabani e de Petraeus, o primeiro-ministro Nouri al-Maliki e o embaixador dos Estados Unidos na capital iraquiana, Ryan Crocker.

Lusa

 

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« Responder #730 em: Fevereiro 13, 2008, 06:51:45 pm »
Rice e Gates pedem apoio do Congresso e opinião pública

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A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, e o secretário da Defesa, Robert Gates, pediram hoje ao Congresso e à opinião pública do país que apoiem as negociações diplomáticas e militares com o Governo iraquiano sobre o futuro do país árabe.

Em artigo publicado hoje no jornal The Washington Post, Rice e Gates afirmam que nos próximos meses o conflito no Iraque entrará numa fase crucial, com o início das negociações entre o embaixador norte-americano Ryan Crocker e Bagdad para alcançar um quadro base para a normalização das relações.

Os dois responsáveis consideram estas negociações «essenciais» para o futuro do Iraque e, por inerência, para a segurança dos EUA.

Rice a Gates assinalam que as tropas norte-americanas precisarão de permanecer no Iraque até depois de 2008, para continuar com o processo de estabilização da nação árabe.

Segundo o artigo, nas negociações entre Crocker e o Governo iraquiano, os EUA tentarão estabelecer parâmetros básicos para regular a presença norte-americana no Iraque, o que inclui as autorizações apropriadas e a jurisdição necessária para operar de forma eficaz e poder realizar missões essenciais.

Aquelas missões consistem, lembram Rice e Gates, em ajudar o Governo iraquiano a lutar contra a rede terrorista Al Qaeda, «desenvolver as respectivas forças de segurança e deter o fluxo de armas letais e os treinos proporcionados pelo Irão».

Segundo Rice e Gates, não será negociado qualquer acordo que obrigue os Estados Unidos a continuar com as missões de combate, nem serão fixados limites ao número de tropas estacionadas no Iraque.

«Nada comprometerá os EUA a unir-se ao Iraque numa guerra contra outro país, ou a fazer outras promessas semelhantes, e nada autorizará o estabelecimento de bases permanentes no Iraque, algo que nem eles nem nós queremos», lê-se no artigo.

Os dois responsáveis assinalam que o Governo já começou a tratar o assunto com membros do Congresso, a fim de os manter a par dos progressos, com total transparência.

«Nada que será negociado nos próximos meses atará as mãos do próximo comandante-em-chefe dos EUA, qualquer que seja (o novo líder). Pelo contrário, dará ao presidente a autoridade legal para proteger os nossos interesses nacionais», garantem.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #731 em: Fevereiro 21, 2008, 03:25:02 pm »
Iraque retira indigentes das ruas, evitando recrutamento da Al Qaeda

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O Ministério do Interior iraquiano iniciou uma campanha sem precedentes para recolher os indigentes e deficientes mentais das ruas de Bagdad e evitar, assim, que sejam recrutados pela Al Qaeda, anunciou hoje o Governo.
As forças de segurança recolheram nos dois primeiros dias da campanha cinco pessoas das ruas da capital que foram internadas no hospital psiquiátrico de Rashad.

As autoridades iraquianas adoptaram esta medida semanas depois de duas mulheres suicidas, uma das quais deficiente mental, cometerem um duplo atentado com cintos explosivos contra dois mercados de animais domésticos em Bagdad, matando 98 pessoas e ferindo outras 130.

Depois daquele atentado, o director do hospital Rashad foi detido pelo exército norte-americano pelo seu alegado envolvimento no ataque.

Segundo o Ministério, após o início da campanha, muitos indigentes e deficientes mentais que estavam espalhados pelas ruas de Bagdad desapareceram e ainda não foram localizados.

Para o porta-voz do Ministério do Interior, Andel Karim Khalaf, é «uma campanha sem precedentes na história do Iraque e faz parte das rígidas medidas de segurança adoptadas para abortar qualquer tentativa de utilizar moradores de rua e deficientes mentais para minar a segurança e a estabilidade do país».

Os capturados serão submetidos ao exame de um comité médico, integrado por representantes dos ministérios de Interior e Assuntos Sociais, entre outros, que decidirá sobre a sua saúde mental e sobre o seu internamento num centro especial.

As autoridades pretendem expandir esta campanha a outras cidades iraquianas no futuro.

Os cinco anos de instabilidade no país agravaram os problemas sociais, como o aumento do número de meninos de rua, a maioria órfãos devido à violência sectária que atinge o país.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #732 em: Fevereiro 21, 2008, 03:49:48 pm »
Cessar-fogo de Sadr ainda sem proveitos políticos

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O cessar-fogo de seis meses decretado pelo líder radical xiita Moqtada Sadr foi crucial para estabilizar o Iraque, mas apesar de ter permitido paralisar as milícias os proveitos políticos fazem-se esperar, segundo um responsável do movimento.

O jovem «seyyed» (descendente do Profeta), há muito considerado o «terror» dos norte-americanos, deverá anunciar hoje se o cessar-fogo de seis meses, declarado unilateralmente em Agosto, será renovado.

A decisão de Moqtada Sadr pode significar a continuação de uma calma relativa no Iraque ou o reinício da violência.

«A decisão não será tomada de ânimo leve, ele (Moqtada Sadr) verá o que é melhor para nós», garantiu à Agência France Presse (AFP) Hazem al-Aaraji, um dos homens de confiança de Moqtada Sadr, a partir do bairro xiita de Kadhimiyah, em Bagdad.

«Ele (Moqtada) dispõe de relatórios elaborados por responsáveis religiosos, políticos e deputados. Tudo será estudado», adiantou.

Quarta-feira, Moqtada al-Sadr ameaçou levantar até ao fim da semana o cessar-fogo de seis meses.

Segundo o porta-voz, Salah al-Obeidi, se Moqtada Sadr não emitir uma declaração até sábado, o cessar-fogo fica suspenso.

A milícia de Moqtada Sadr, o Exército de Mehdi, é um dos grupos armados mais poderosos do Iraque.

A mensagem que está a ser difundida na organização é que, na falta de uma comunicação do líder até 23 de Fevereiro, os milicianos são livres de fazer o que quiserem.

O comando militar norte-americano no Iraque saudou o cessar-fogo decretado em Agosto e considerou-o um factor importante para a redução da violência.

Recentemente, responsáveis norte-americanos estimaram essa redução em 60% nos últimos seis meses.

Contudo, as forças norte-americanas e iraquianas continuaram nestes meses a atacar membros da milícia, que classificam como facções dissidentes do Exército de Mehdi apoiadas pelo Irão, ataques que desagradam à hierarquia da milícia por considerar que visam unicamente, em muitos casos, enfraquecer a organização.

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« Responder #733 em: Fevereiro 25, 2008, 08:32:39 pm »
Invasão Iraniana para proteger xiitas está fora de questão

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O Irão nunca faria uma incursão militar para proteger os «irmãos xiitas» no Iraque, onde um bombista suicida matou no domingo 40 peregrinos e feriu 60 em Iskandiriyah, garantiu hoje o encarregado de negócios da embaixada iraniana em Portugal.

Mehdi Mokhtari frisou que o seu país está empenhado na «cooperação com o governo iraquiano, em nome da paz e estabilidade», ao ponto de o Presidente Mahmud Ahmadinejad realizar a 02 de Março a sua primeira visita a Bagdad.

O diplomata justificou a presença internacional em solo iraquiano, que «deve ser separada» da de «outros países», disse, numa alusão aos Estados Unidos.

Sobre a campanha militar turca em curso desde a passada quinta-feira no norte do Iraque, para desmantelar as bases da guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), o encarregado de negócios iraniano classificou os separatistas de «terroristas» e condenou os seus actos, por «vitimarem inocentes».

Mokhtari falava em conferência de imprensa para fazer o rescaldo do relatório sobre o programa nuclear iraniano tornado público na sexta-feira pelo director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), organismo regulador das Nações Unidas (ONU).

Washington continua a insistir na necessidade de ser aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU um terceiro «pacote» de sanções contra o regime dos ayatollahs, por se recusar a acatar as resoluções que impõem o fim do enriquecimento de urânio visando, alegadamente, fabricar a bomba atómica.

«O Conselho de Segurança da ONU deveria evitar infligir mais danos à sua própria credibilidade e à autoridade da AIEA, não persistindo nas acções irracionais e ilegais preconizadas por alguns países», declarou, aludindo uma vez mais à iniciativa norte-americana, apoiada por países aliados.

«A intensa e frutuosa cooperação conjunta entre a AIEA e o Irão tem de ser salvaguardada por todos os estados-membros da ONU», acrescentou.

Mokhtari, num comunicado, assegurou que o seu país deu à AIEA pleno acesso às instalações nucleares, respondeu a todas as questões colocadas e prestou as informações requeridas.

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« Responder #734 em: Março 18, 2008, 02:23:04 pm »
George W. Bush fala ao país, presença sem fim à vista

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O Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fala esta semana - quarta ou quinta-feira - à nação para assinalar o quinto aniversário da invasão do Iraque, que começou a 20 de Março de 2003.
Segundo fontes oficiais da Casa Branca, o discurso enquadra-se numa ofensiva de relações públicas da administração Bush que vai anteceder a apresentação de um relatório ao Congresso em Abril pelo comandante das forças americanas no Iraque, o General David Petraeus, e que se espera venha reacender o debate sobre a presença de tropas americanas no país.

A cobertura da guerra no Iraque caiu desde o Verão passado quando o envio de reforços militares norte-americanos resultou na melhoria da situação militar e diminuição de baixas americanas e entre a população civil iraquiana.

O Centro de Investigação Pew para questões de imprensa disse, por exemplo, que entre 17 e 23 de Fevereiro a guerra no Iraque constituiu apenas um por cento das notícias publicadas ou difundidas nos Estados Unidos.

Na primeira metade de Março deste ano, a guerra no Iraque foi apenas 3% das notícias. Apenas 12% dos norte-americanos afirmam agora estar a seguir a guerra no Iraque com atenção Se na primeira metade do ano passado o Iraque foi a questão mais seguida pelo público norte-americano é agora óbvio que o interesse caiu com a melhoria da situação militar e deixou de ser a principal notícia de interesse. «É obvio que actualmente a economia ultrapassou o Iraque como a questão numero um», comentou Bob Work, vice presidente do Centro de Avaliação e Estratégia Orçamental, um centro de estudos baseado em Washington.

«O público não está interessado porque o Iraque deixou de estar na primeira página», acrescentou Work num encontro com jornalistas.

O facto de as forças armadas norte-americanas serem inteiramente formadas por voluntários faz também com que o impacto da guerra se faça sentir num pequeno segmento da população, consideram analistas locais.

Além do relatório do General Petraeus, que segundo fontes no Pentágono, deverá criticar o trabalho do governo iraquiano e pedir a suspensão «temporária» da retirada dos reforços enviados o ano passado, o facto do numero de mortes de americanos no Iraque estar prestes a atingir os 4.000 poderá também reacender o debate.

Até domingo, tinham morrido no Iraque 3.988 soldados norte-americanos e as estatísticas indicam que quatro mil americanos terão morrido no Iraque até ao final deste mês ou na melhor das hipóteses até ao final das duas primeiras semanas de Abril.

Na semana passada, e como sinal do que poderá voltar a ser comum nas próximas semanas, grandes jornais americanos voltaram a prestar mais atenção ao conflito.

O comentador Eugene Robinson escreveu no Washington Post que, embora seja verdade que houve uma redução de 60 por cento da violência no Iraque desde o envio dos reforços, essa redução é uma comparação com a situação em Junho do ano passado, quando a violência atingiu níveis sem precedentes.

Em Abril, Maio e Junho, 331 soldados americanos e 5.146 civis e soldados iraquianos foram mortos no Iraque.

Para Robinson, os reforços americanos serviram apenas para «reduzir o nível de violência de apocalíptica para agonizante».

Caso a situação no Iraque volte para as parangonas dos jornais deverá também nas próximas semanas trazer de novo o debate sobre o futuro do envolvimento americano para a cada vez mais amarga campanha presidencial do Partido Democrático.

Na semana passada, Bush disse, numa entrevista colectiva a jornalistas de estações de rádio e televisão de carácter religioso, que as eleições e o legado a deixar ao seu sucessor «não vão entrar nos seus cálculos» sobre o que fazer nos próximos meses.

Bush terá de decidir nas próximas semanas se vai reduzir o número de tropas para cerca de 130.000, número que estava no país antes dos reforços terem sido enviados, ou manter um número mais elevado.

Com comandantes militares no Afeganistão a pedirem reforços Bush faz face a uma escolha dificil que, todos concordam, será sem dúvida passada ao seu sucessor.

E embora os dois candidatos do Partido Democrático, Hillary Clinton e Barack Obama, afirmem que é sua intenção retirar as tropas americanas do Iraque, analistas locais concordam que as realidades do poder tornam isso impensável.
 
Clinton tem afirmado que é sua intenção retirar as tropas americanas «no espaço de um ano», enquanto Obama fala de um calendário de 16 meses.

Mas ambos fazem notar que está tudo dependente da situação no terreno, do que dizem os aliados americanos na região e na Europa e da opinião dos dirigentes militares. O General na reforma Barry McCaffrey disse à Rádio Pública Nacional que, não havendo apoio político para a guerra, tanto Obama como Clinton terão que retirar tropas americanas do Iraque, mas acrescentou que, mesmo nesse caso, terá de haver cerca de 40.000 soldados americanos «por uma década».

O Wall Street Journal citou um conselheiro de Obama como tendo dito que se este for presidente «se sentirá confortável» com a presença de cerca de 35.000 soldados no Iraque após os 16 meses para a retirada por ele anunciada na campanha.

Diário Digital / Lusa