O exército da GNR

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papatango

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« Responder #15 em: Março 21, 2007, 10:53:09 pm »
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Ai sim? Então agora os F-16s eram pilotados pela GNR? E as fragatas passavam a ter marinheiros guardas?
Os F-16, não. Mas no que diz respeito à marinha, poderia tratar-se de criar uma Guarda Costeira, que somasse as funções da marinha na ZEE, mais as funções da Policia Maritima, juntamente com as forças de fiscalização da GNR.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #16 em: Março 21, 2007, 11:06:34 pm »
Citação de: "Artic Fusion"
Mas o regimento de cavalaria não possui Xaimites?

O Regimento de Cavalaria operou, em tempos, as viaturas Shorland Mk III, de origem britânica.

Em 2003, foram adquiridas 20 viaturas blindadas Iveco VM90 com vista à missão no Iraque e reforço do dispositivo de segurança para o Euro 2004. Estas viaturas – derivadas da viatura ligeira VM40 - possuem ar-condicionado, protecção contra elementos NBQ, redes de protecção e como armamento uma metralhadora (MG-42, MG-4 ou FN MAG conforme as missões). A sua tripulação é constituída por dois elementos (condutor e atirador), podendo transportar mais quatro elementos. Mais tarde, foi adquirida uma viatura na versão ambulância:
http://www.gnr.pt/portal/internet/gabin ... 2005n2.asp (cf., "Ambulância Blindada")

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Foi, assim, adquirida uma viatura IVECO M40.12WM/P — Ambulância Blindada — equipada para o efeito e cujas características técnico-tácticas e operacionais estão de acordo com o STANAG 2342, destas salientam-se as seguintes: Ao nível de protecção balística está preparada para absorver impactos de munições 7,62 NATO normal. Está montada sobre chassis Iveco M40.12WM, (EURO 2) e foi concebida para o transporte de 2 (dois) doentes/feridos em macas e 2 (dois) passageiros/assistentes sanitários (mais o condutor).

Mais recentemente, as viaturas integraram a missão da GNR em Timor-Leste.


Duas viaturas blindadas Iveco VM90, do Regimento de Cavalaria da GNR, desfilam na Av. da Liberdade por ocasião do 30º aniversário do 25 de Abril, em 2004.

Cumprimentos,
Pedro Monteiro
« Última modificação: Março 21, 2007, 11:23:41 pm por Pedro Monteiro »
 

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PereiraMarques

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« Responder #17 em: Março 21, 2007, 11:13:24 pm »
Em Timor as Iveco, também estão a operar Lança-Granadas de 40mm, não é?
 

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antoninho

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« Responder #18 em: Março 21, 2007, 11:19:41 pm »
citação: Bom, não foi o governo ou o actual ministro que transformou as F.A. numa estrutura obsoleta.

Pois não....foram todos aqueles que estiveram nos governos desde o pós 25 de Abril até hoje....e isso é mais grave para os repetentes em governos, fossem eles na altura, 1º ou segundos ou o diabo que os carregue.... mas para esta giesta de políticos, as F.A. são um alvo demasiado fácil, que só utilizam pra fraca foto internacional.....quanto a uma GNR musculada é demasiado tentador, para algumas pessoas terem uma guarda pretoriana para as suas tendências nada democratas, ou seja nem o Salazar pensou nisto, ou será que alguém quer repetir as cargas antes do 25, protagonizadas pela velha guarda, pois quando se dá demasiado poder a uma estrutura chamada paramilitar o que  se pode esperar?????
Ora eu não percebo este governo, que dá uma imagem de querer rentabilizar meios e de seguida põe-se a duplicar meios....ou será que vão cortar verbas ao exercito para aplicar na GNR.....pois é ninguém pensou nisso?????
 

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Artic Fusion

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« Responder #19 em: Março 21, 2007, 11:37:57 pm »
Citação de: "Luso"
Citação de: "Artic Fusion"
Citação de: "Lightning"
talvez o melhor seja acabar com as forças militares e por a GNR a fazer tudo... (ironia)... :twisted:

E na abordagem aos navios: "- Carta de condução e os documentos da biatura..."
:toto:
 

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papatango

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« Responder #20 em: Março 21, 2007, 11:46:58 pm »
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Ora eu não percebo este governo, que dá uma imagem de querer rentabilizar meios e de seguida põe-se a duplicar meios....ou será que vão cortar verbas ao exercito para aplicar na GNR.....pois é ninguém pensou nisso?????

Em termos meramente teóricos, não se tratará de duplicar capacidades.
Trata-se é de reduzir a estrutura do exército que ainda vem do periodo pós segunda-guerra mundial, e que não foi alterado durante a guerra em África.

Mais uma vez, em termos apenas teoricos, as unidades territoriais são um peso morto em termos operacionais e um fardo para os custos das forças armadas.

Manter uma estrutura com unidades que existem apenas no papel, e que parecem destinar-se unicamente a garantir postos de chefia e de comando, onde os respectivos comandos choram porque não têm ninguém para comandar não é futuro para nenhuma força armada que se preze.

O país, precisa de racionalizar os seus meios e não pode manter ao mesmo tempo um numero de unidades operacionais e juntamente com eles, unidades ditas "territoriais" que não são rentabilizadas de nenhuma maneira.

Isso pode ser feito com um exército de recrutas do SMO, mas não pode ser feito com um exército profissional.

Basicamente, e fazendo uma aproximação terra-a-terra:

Não podemos ter tropa a coçar alguma parte do corpo e a receber dinheiro todos os meses, se essa tropa não estiver em unidades operacionais.

As unidades operacionais serão cada vez mais, escolas de tecnologia e serão responsáveis por um salto enorme que o exército ainda nem sequer começou a dar.

Nós habituámo-nos a ver o exército como um agrupamento de "feijões verdes" que só sabem dar tiros.
O exército de que o país precisa, e que terá que ter, é um exército muito diferente daquilo a que nós estamos habituados.

Não pode haver um exército "territorial" com militares que são pagos, apenas para estarem alí, à espera que os espanhóis ataquem.

Este possível aumento (e estamos apenas a falar em teorias) dos meios da GNR, só se entende e só faz sentido se os meios do exército se tornarem de facto eficientes, modernos, eficazes, e evidentemente, operacionais.

Cumprimentos
« Última modificação: Março 21, 2007, 11:49:35 pm por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Lightning

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« Responder #21 em: Março 21, 2007, 11:47:24 pm »
Não sou completamente contra a GNR, mas sou contra certas funções que está a desempenhar, cito, os navios da guarda fiscal, sou a favor que unicamente a Armada (com o apoio da FAP em caso de necessidade com P-3, C295, EH101) deva ser responsável pela segurança maritima portuguesa, quer seja oceanica como costeira, já tou a imaginar a Armada a fazer corridas com a GNR para capturar os navios de trafego de droga antes que chegem à area de operação da Guarda Fiscal.

Sou contra o GIPS, isso é função dos bombeiros.

Sou contra o envio de sub-unidades do Batalhão Operacional para missões de imposição/manutenção de paz no estrangeiro, isso é função das forças armadas, o envio de forças estilo GNR para o estrangeiro seria para locais já pacificados pelas forças militares mas que não possuam forças de segurança proprias.

Sou a favor dos mergulhadores, já que como li algures pode haver casos crime que ocorram em rios, lagos, etc.

Sou a favor dos pilotos dos helicopteros do MAI serem GNR (caso seja isso o decidido), já que a FAP diz que não possui capacidade de os operar. Mas tenho uma duvida, há dinheiro para o exército ter pilotos, mecanicos, etc, há o mesmo para o MAI, porque é que esse dinheiro não pode ser aplicado na FAP para que esta tenha essa capacidade? Será que ser piloto da FAP é algo indesejado e não se consegue aumentar o efectivo??? Mas ser piloto no exército ou na GNR já é bom???
 

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Jorge Pereira

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« Responder #22 em: Março 22, 2007, 12:44:19 am »
Bom, vamos lá relembrar umas questões:

Citar
Missão Geral
 

 
 
    A Guarda Nacional Republicana, normalmente designada por Guarda, é uma Força de Segurança, de natureza militar, organizada num corpo especial que, sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, tem por missão geral:

 
 
1 Manter e restabelecer a segurança dos cidadãos e da propriedade pública, privada e cooperativa, prevenindo ou reprimindo os actos ilícitos contra eles cometidos;
 
 
2 Coadjuvar as autoridades judiciárias, realizando as acções que lhe são ordenadas como órgão de policia criminal;
 
 
3 Velar pelo cumprimento das leis e disposições em geral, nomeadamente as relativas à viação terrestre e aos transportes rodoviários;
 
 
4 Combater as infracções fiscais, designadamente as previstas na lei aduaneira;
 
 
5 Colaborar no controlo da entrada e saída de cidadãos nacionais e estrangeiros no território nacional;
 
 
6 Auxiliar e proteger os cidadãos e defender e preservar os bens que se encontrem em situações de perigo, por causas provenientes de acção humana ou da natureza;
 
 
7 Colaborar na prestação de honras de estado;
 
 
8 Colaborar na execução da política de defesa nacional.



Áreas de Responsabilidade
 

 
 
 1. As atribuições da Guarda são prosseguidas em todo o território nacional e na zona marítima de respeito, com exclusão das zonas legalmente cometidas a outras forças ou serviços de segurança, nas quais a sua intervenção depende:

 
    a. Do pedido destas autoridades ou da sua ausência na zona;
    b. De ordem especial;
    c. De imposição legal relativa à fiscalização rodoviária.
2. A área de intervenção de cada um dos escalões subordinados é a seguinte:
 
    a. Brigada Territorial no conjunto das áreas de intervenção  dos           Grupos  Territoriais que o compõem:

      1) Grupo Territorial, na circunscrição do distrito administrativo a que corresponde ou na que lhe for expressamente fixada, quando num mesmo distrito haja mais de um Destacamento Territorial.
      2) Destacamento Territorial, no conjunto das áreas de intervenção dos postos que a integram.
      3) Postos, na circunscrição concelhia ou na que lhe for expressamente fixada.
b. Brigada de Trânsito, no Território Continental;
c. Brigada Fiscal, no Território Nacional e na zona marítima de respeito;
d. Os Regimentos de Infantaria e de Cavalaria constituem Unidades de Reserva, em condições de intervirem em qualquer área da responsabilidade da Guarda.













A situação actualmente como está pode perfeitamente ir ao encontro da proposta do papatango.

Aliás, subscrevo-a. A GNR poderia ser equipada com armamento vocacionado para uma defesa eficaz e dispersa (aproveitando a sua vasta presença territorial) do território nacional.

Nesse sentido, sistemas anti-tanque e antiaéreos menos complexos seriam uma mais valia na hora de “infernizar” a vida a um hipotético invasor, libertando o exército (mas em estreita colaboração com este, não estivessem todas as forças sob o comando do Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas) para outro tipo de missões de maior envergadura.

Para um esquema como este eu sou a favor.

Agora, a questão que se coloca é esta:

Se não há dinheiro suficiente (ou não se quer dar) para se equipar os 3 ramos das Forças Armadas decentemente, ia esse dinheiro aparecer para se equipar os 3 + a GNR?
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Luso

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« Responder #23 em: Março 22, 2007, 09:39:03 am »
Citação de: "Jorge Pereira"
Se não há dinheiro suficiente (ou não se quer dar) para se equipar os 3 ramos das Forças Armadas decentemente, ia esse dinheiro aparecer para se equipar os 3 + a GNR?


Em cheio. Esta é questão-chave.

Se há recursos, então algo de estranho se passa.
Se não, tudo fica mais claro e definido.
A afectação de recursos implica uma vontade para.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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typhonman

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« Responder #24 em: Março 22, 2007, 07:37:55 pm »
Mas vamos la esperar um pouco..Então a conversa oficial não é " que não existem ameaças "que se conheçam" a integridade do território"?
 

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Miguel Sá

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« Responder #25 em: Março 22, 2007, 07:42:58 pm »
Esta proposta de reenquadramento da GNR tem a ver com 2 questões:
1º o condicionalismo imposto pela UE a que forças militares executem funções de policiamento
2º evitar indidposição nas largas centenas de oficiais e muitos oficiais generais que têm de sair da nova GNR, por força da redistribuição de competências para a PSP.

Agora que é importante repensar o enquadramento da GNR, concordo.
Parece-me acertado uma única força policial (PSP) e a GNR a funcionar nas áreas de protecção civil, reforço da PSP e sobretudo nas missões internacionais tipo Timor. Este é um "mercado" importante que ganhou esta importância nos ultimos anos dada a alteração da situação internacional. Esta mais-valia foi sentida em certas missões em que não sendo missões policiais também não eram militares.

Uma força composta por 3/4 brigadas territorias (com unidades para segurança interna, sapadores-florestais, protecção civil, expedicionárias, logistica, etc) + as tradicionais unidades (Reg. Infantaria, Cavalaria). Mas, sendo uma força profissional e operacional tem de ter os seus efectivos a 100% e equipamento em quantidade e qualidade adequada.

Já agora dava à GNR outra missão: Polícia do Exército ou Polícia Militar
 

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PereiraMarques

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« Responder #26 em: Março 22, 2007, 10:10:47 pm »
Citação de: "Miguel Sá"
Já agora dava à GNR outra missão: Polícia do Exército ou Polícia Militar


Penso que é o que ocorre em Itália com os Carabineri :idea:
 

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hellraiser

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« Responder #27 em: Março 22, 2007, 10:12:55 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
Citação de: "Miguel Sá"
Já agora dava à GNR outra missão: Polícia do Exército ou Polícia Militar

Penso que é o que ocorre em Itália com os Carabineri :idea:


E o que fazia com o lanceiros que sempre tiveram a tradição de serem a PE? ?!
"Numa guerra não há Vencedores nem Derrotados. Há apenas, os que perdem mais, e os que perdem menos." Wellington
 

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PereiraMarques

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« Responder #28 em: Março 22, 2007, 10:19:09 pm »
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Os Carabinieri — diminutivo para Arma dei Carabinieri —, constituem uma das quatro Forças Armadas da Itália e uma das tres Policia da Italia (Polizia, Carabinieri e Guardia di Finanza) , cujas atribuições e competências são: a defesa nacional, polícia militar, segurança pública e polícia judiciária. As suas funções e características são, na maioria, compatíveis com as da Guarda Nacional Republicana, de Portugal.


Isso das tradições...tem muito que se diga...Uma das soluções podia passar pela integração da maior parte dos miltares com especialidade PE ("Lanceiros") na arma de Cavalaria da GNR...E porque não da PA e PN :?:
 

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hellraiser

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« Responder #29 em: Março 22, 2007, 10:30:00 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
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Os Carabinieri — diminutivo para Arma dei Carabinieri —, constituem uma das quatro Forças Armadas da Itália e uma das tres Policia da Italia (Polizia, Carabinieri e Guardia di Finanza) , cujas atribuições e competências são: a defesa nacional, polícia militar, segurança pública e polícia judiciária. As suas funções e características são, na maioria, compatíveis com as da Guarda Nacional Republicana, de Portugal.

Isso das tradições...tem muito que se diga...Uma das soluções podia passar pela integração da maior parte dos miltares com especialidade PE ("Lanceiros") na arma de Cavalaria da GNR...E porque não da PA e PN :?:


lol passar uma unidade do exercito para a gnr?! e ja a gora fundir os paras com os comandos outra vez, e meter os fuzileiros na força aérea.
"Numa guerra não há Vencedores nem Derrotados. Há apenas, os que perdem mais, e os que perdem menos." Wellington