Ora eu não percebo este governo, que dá uma imagem de querer rentabilizar meios e de seguida põe-se a duplicar meios....ou será que vão cortar verbas ao exercito para aplicar na GNR.....pois é ninguém pensou nisso??
Em termos meramente teóricos, não se tratará de duplicar capacidades.
Trata-se é de reduzir a estrutura do exército que ainda vem do periodo pós segunda-guerra mundial, e que não foi alterado durante a guerra em África.
Mais uma vez, em termos apenas teoricos, as unidades territoriais são um peso morto em termos operacionais e um fardo para os custos das forças armadas.
Manter uma estrutura com unidades que existem apenas no papel, e que parecem destinar-se unicamente a garantir postos de chefia e de comando, onde os respectivos comandos choram porque não têm ninguém para comandar não é futuro para nenhuma força armada que se preze.
O país, precisa de racionalizar os seus meios e não pode manter ao mesmo tempo um numero de unidades operacionais e juntamente com eles, unidades ditas "territoriais" que não são rentabilizadas de nenhuma maneira.
Isso pode ser feito com um exército de recrutas do SMO, mas não pode ser feito com um exército profissional.
Basicamente, e fazendo uma aproximação terra-a-terra:
Não podemos ter tropa a coçar alguma parte do corpo e a receber dinheiro todos os meses, se essa tropa não estiver em unidades operacionais.
As unidades operacionais serão cada vez mais, escolas de tecnologia e serão responsáveis por um salto enorme que o exército ainda nem sequer começou a dar.
Nós habituámo-nos a ver o exército como um agrupamento de "feijões verdes" que só sabem dar tiros.
O exército de que o país precisa, e que terá que ter, é um exército muito diferente daquilo a que nós estamos habituados.
Não pode haver um exército "territorial" com militares que são pagos, apenas para estarem alí, à espera que os espanhóis ataquem.
Este possível aumento (e estamos apenas a falar em teorias) dos meios da GNR, só se entende e só faz sentido se os meios do exército se tornarem de facto eficientes, modernos, eficazes, e evidentemente, operacionais.
Cumprimentos