Sobre o Batalhão de Comandos
MISSÃO
Conduz operações de combate convencionais de natureza ofensiva, de forma independente ou em apoio de outras forças, em condições de elevado risco e exigência
POSSIBILIDADES
-Constituir Unidade de Intervenção em qualquer TO;
-Executar operações ofensivas em profundidade na área da rectaguarda do IN;
-Participar na defesa de pontos sensíveis, perante a ameaça a instalações criticas;
-Participar na segurança da área da rectaguarda como Força de Intervenção perante a ameaça do tropas especiais IN, guerrilhas ou terroristas;
-Executar marcha para o contacto, actuando particularmente na modalidade de busca e ataque, num contexto de contra-guerrilha em ambiente de contra-insurreição;
-Executar operações aeromóveis;
-Executar operações em ambientes específicos;
-Reforçar forças cercadas;
-Participar em projectos de cooperação técnico-militar, no âmbito da sua tipologia de força;
-Participar com as suas Companhias em:
-Operações de Resposta a Crises, com prioridade para a de impozição de paz e na evacuação de cidadãos nacionais a viver for a do território nacional, em ambiente incerto e hostil;
-Operações de combate ao terrorismo.
LIMITAÇÕES
-Não dispõe de capacidade da Apoio de Serviços;
-Não dispõe de capacidade orgânica de Apoio de Combate ao nível de escalão Batalhão.
DEFINIÇÃO DA TIPOLOGIA DA FORÇA
Os Comandos são Forças Ligeiras, vocacionadas para operações de natureza eminentemente ofensiva, com capacidade de projecção imediata, elevada capacidade técnica e táctica, grande flexibilidade de emprego e elevado estado de prontidão, capitalizando a surpresa, velocidade, violência e precisão de ataque, como factores decisivos.
Só para relembrar, isto que já tinha posto lá para trás.
Agora em relação às questões do Lightning e do Cabeça de Martelo e indo ao principio da história para um melhor enquadramento e compreensão das mudanças:
Quando foram criados os Cmds, durante a guerra colonial como sabem, a sua missão principal era a contra-guerrilha, desenvolvendo vários tipos de operações com esse fim (ex: nomadização, golpe de mão e emboscada);
As companhias eram independentes e eram formadas uma a uma, ou seja cada curso de Comandos dava origem a uma nova companhia que era enviada para um determinado TO, sendo inclusive várias formadas nos centros de instrução dos próprios TOs.
Quando acabasse a comissão de serviço, a companhia regressava à metrópole e era desmobilizada (ou era-o na colónia); não havia recompletamentos.
A organização da CompCmds era a 5 Grupos de Combate (Pel) e cada grupo a 5 equipas ( 1 graduado e 4 praças), sendo uma das equipas comandada pelo alferes Cmdt de Gr.
Basicamente tínhamos 2 parelhas com 1 chefe – organização mínima e equivalente à esquadra de atiradores, como sabem.
A utilização dos helicópteros Alouette, com capacidade para 5 foi decisiva nesse aspecto, pois era o meio de transporte para infiltração mais utilizado em África, em paralelo com os Unimogs.
Com o final da guerra e a posterior criação do Bat Cmds na Amadora, houve a necessidade de reorganizar o dispositivo, também em função das novas missões que o ultimo quarto de século poderia trazer.
Os novos Cmdts maioritariamente oriundos da AM e com conceitos diferentes em relação aos antigos oficiais da guerra colonial, viam a necessidade (lógica e real) de aumentar a capacidade de combate da força de Cmds, demasiado ligeira para poder actuar num contexto de guerra fria em que ameaça blindada era maioritária no campo de batalha (VBTP, VCI, CC, etc.).
Foi então criada uma CompCmds vocacionada para o Apoio de Combate, com 1 Gr de Milan, 1 Gr de Canhão SR 106mm, 1 Gr Mort Pes 120mm, 1 Gr Met Pes 12,7mm; era uma Comp motorizada obviamente, com formação idêntica às outras, mas com instrução complementar (pós curso de Cmds) nessas armas.
O BatCmds foi organizado a 3 CompCmds – 2 ligeiras e 1 de ApComb, mantendo a organização a 5 GrComb, excepto a Comp ApComb que tinha apenas 4 Gr (não me recordo a quantas equipas).
Na década de 90, o efectivo dos GrComb foi aumentado, passando cada 2 equipas a constituir uma secção ficando o grupo a 3 Secções (6 equipas), numa organização mais próxima da infantaria; o principal objectivo ao aumentar o efectivo do Gr, era aumentar-lhe o potencial de combate.
Quando da reactivação em 2002, decidiu-se optar pela organização ternária, adoptada em grande parte das forças de infantaria ligeira de choque, tipo ranger - não esquecendo que os Cmds, em termos de missões estão dentro da mesma tipologia que o US 75th Ranger Regiment.
A organização ternária é de um modo geral a que permite maior flexibilidade para o cumprimento de vários tipos de missões, pois permite organizar por ex. assalto, apoio e segurança, ou então, ter 2 forças em actividade e uma terceira em reserva - é a organização mais polivalente, daí ser a mais utilizada, salvaguardando as forças de operações especiais, que logicamente pela diferente tipologia de missões tem uma organização distinta.
Dos oficiais encarregues de reorganizar e levantar o futuro BatCmds a duas companhias, alguns estavam habilitados com o curso de US ranger e isso contribuiu decisivamente para a escolha da nova organização.
Actualmente cada CompCmds, tem 3 GrComb, cada um organizado em 3 SubGrupos (composto por 2 equipas de 5 cmds, cada uma de comando de sargento) e o comando do Gr, composto pelo Of Cmdt de Gr e Sarg de Gr; depois há o Cmd da Comp com as funções normais nessa área.
Cumps