Não percebi as cabeçadas na parede. O Medina deu informação aos russos, a administração Biden deu aos Taliban (supostamente). Aprenderam todos uns com os outros, não?
Humilhação militar não houve nenhuma, quanto muito política. Para as FA americanas serem humilhadas, tinham de perder uma guerra, o que não aconteceu.
O Trump e o Biden são como que pólos opostos. Um explosivo, outro implosivo. No fim fazem os dois m*rda, só que de maneiras diferentes. Quando aquele país precisava de algum meio termo entre os dois. Não adianta estar a falar do lixo do Trump, ou do lixo do Putin, ou do lixo Xi Jimping. Já deu para perceber que todas as potências têm liderança de m*rda, de uma forma ou de outra.
Já o Afeganistão, continuo sem saber qual seria a solução real para aquele país. É que treinadores de bancada há sempre muitos, mas uma solução lógica, adequada e capaz de mudar o destino daquela terra, nem vê-la. Vejo muito a ideia de "os Americanos deviam ter adiado a retirada, de forma a que o Exército Afegão pudesse estar preparado", mas ninguém entende que dentro do Exército Afegão, muitos juntaram-se aos Talibans, e por mais que se melhorasse todo o processo, o resultado seria o mesmo!
Reparem na diferença da opinião global entre 2020 e 2021. No início do ano passado os americanos mataram o Soleimani e fizeram um "statement" enorme, que ninguém no mundo era intocável. Consequências: lá vieram as virgens ofendidas todas, a dizer que era abuso do seu poderio militar, que era um acto de guerra e um crime de guerra. Tudo contra. Depois os iranianos atacam uma base no Iraque e como os americanos não retaliam "estão fracos, têm medo do Irão". Se os americanos enviam uma aeronave para perto da fronteira com a Rússia, estão a provocar, se só dialogam é sinal de fraqueza. Se ficam no Afeganistão são colonialistas, se saem são traidores. Até chegou ao ridículo de ver gente a criticar que têm sido brandos no uso de força, e que deviam ser mais impiedosos! Ninguém se entende, é sempre 8 ou 80, e no fim nunca estão contentes com nada. Acrescentar que no Ocidente, muito do que se faz depende dos eleitores/opinião pública, já nas Chinas e Rússias, o "líder supremo" é que manda.
Agora pergunto, afinal o que querem que eles sejam? O bicho papão que usa a força para resolver os "problemas", ou a "potência enfraquecida" que evita fazê-lo, e se reduz ao diálogo? Engane-se quem acha que estão acabados, basta o Bidon sair para dar lugar a um Presidente mais "sério", que borra tudo a cueca. Aliás, não me admirava nada que o Biden saísse da Casa Branca prematuramente, se ele não aguenta a crise actual, imagino se/quando as coisas com a China realmente azedarem.