Os acontecimentos atuais no Afeganistão só vêm confirmar o desastre que é a política dos EUA no que diz respeito à actuação em países terceiros. 
A história tem-no demostrado.
A dúvida que ainda pode restar é se o fazem conscientemente ou apenas por incompetência.
Ou irresponsabilidade, como Putin o afirmou não há muito tempo.
No meio disto tudo, fazem-se grandes negócios, lucrativos para alguns. 
E assim vai o nosso mundo...
Os patetas "aliados" vão atrás, sedentos de também tirarem algum proveito, mas na realidade só apanham algumas migalhas, problemas e humilhações. 
Portugal,  infelizmente,  tem alinhado a par com o seu "grande aliado". O que sobram são baixas, gastos e, principalmente, fracassos.
Ficaremos eternamente ligados à "cineira da mentira", onde fomos mordomos na decisão de uma guerra sob pretextos falsos e que apenas serviu os interessees de outros. Certamente os iraquianos estarão eternamente gratos ao nosso país por este papel, até porque agora se vive muito melhor aí...
O Afeganistão.  
Na altura a suposta recusa de entrega de um terrorista treinado pelos EUA justificou a tomada do país, destituição das autoridades, bombardeamentos generalizados,  baixas civis...
Tudo devidamente transmitido pela TV para americanos e aliados verem sentadinhos no seu sofá. 
Agora sim, talibãs exterminados,  Bin Laden morto, um país a ser armado pelos de sempre e os "patos" aliados a fazer as limpezas da casa e a treinar as novas forças armadas do país.  
20 anos nisto para depois, em meia dúzia de dias após a decisão do grande aliado de sair de cena, tudo ruir novamente, sem sequer dar luta 
Afinal onde está a preocupação que nos "venderam" como justificação da nossa intervenção no terreno e que supostamente seria o bem estar das populações e a libertação dos terríveis talibãs? Esquecemo-nos? 
Ridículo todo o processo. Ridiculo o papel de Portugal.
O caso é tão grave que já o Chefe de Estado deveria ter vindo falar ao país. Mas certamente nem saberá o que dizer pelo fracasso e vergonha a que estamos sujeitos.
Quando querermos "ocidentalizar" à força paises sem ter em conta as suas realidades no que diz respeito a tradições,  religiões,  etnias... estamos desde logo a condenar-nos ao fracasso e a condenar-lhes ao desastre. 
Pena é que continuemos a ser cúmplices.