Moçambique: País admitido na Francofonia como membro observador 
Maputo, 29 Set (Lusa) - Moçambique foi admitido como membro observador da Organização Internacional da Francofonia (OIF) na última quinta-feira em Bucareste, onde decorreu a 11ª Cimeira da organização. 
      Moçambique, que endereçou o pedido formal de adesão à OIF no início deste ano, passa a fazer parte das principais comunidades linguísticas internacionais: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Comunidade dos Países de Língua Inglesa (Commonwealth) e a Organização da Conferência Islâmica. 
      O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, considerou que este passo "abre uma nova janela de oportunidades para o país aceder a experiências e saberes de grande relevo para acelerar a implementação da agenda nacional de luta contra a pobreza". 
      "Temos plena certeza de que neste eminente fórum encontraremos a solidariedade que necessitamos para enfrentar os obstáculos que ainda se colocam na nossa caminhada rumo ao bem-estar dos moçambicanos", disse. 
      "Reconhecemos igualmente o papel desta organização como um fórum de concertação político-diplomático de busca de uma maior convivência entre nações e de optimização dos benefícios que se podem derivar do processo de globalização", frisou Guebuza. 
      O pedido de Moçambique surgiu na sequência da pretensão da OIF de admitir outros países, principalmente do continente africano e da Europa Central e Oriental, não falantes da língua francesa, dispostos a partilhar os princípios fundamentais da Francofonia. 
      A integração na Commonwealth foi justificada pelo Governo moçambicano com o facto de todos os países vizinhos de Moçambique terem o inglês como língua oficial. 
      No entanto, para a entrada na Organização da Conferência Islâmica terá sido relevante o facto de a religião islâmica ser uma das mais influentes no país, apesar de o governo moçambicano ter defendido a opção com as oportunidades de maior cooperação com os países muçulmanos. 
      A OIF congrega 60 países, entre membros, observadores e assistentes, com objectivos centrados na paz, democracia, boa governação, respeito pelos direitos humanos e desenvolvimento sustentável.