Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa

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JLRC

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« Responder #1410 em: Outubro 06, 2008, 04:57:00 pm »
Citação de: "P44"
Citação de: "JLRC"
Dedicado àqueles que querem encher os OPV (no caso português os NPO) de armamento:


eu cá só queria que eles navegasssem.... :cry:
 

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Lancero

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« Responder #1411 em: Outubro 09, 2008, 04:05:20 pm »
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Indústria: Estaleiros Navais de Viana negoceiam construção de navios para empresa estatal da Venezuela    

   Viana do Castelo, 09 Out (Lusa) - Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo  estão a negociar a construção de navios para a empresa estatal "Petróleos  da Venezuela", explorando uma oportunidade de negócio aberta durante a visita,  em Maio, do primeiro-ministro José Sócrates.  

 

   Fonte da empresa disse hoje à Lusa que em causa está a construção de  quatro navios - dois químicos e dois asfalteiros -, num negócio que poderá  rondar os 200 milhões de euros.  

 

   "A concretizar-se a encomenda, será um mercado novo que se abre aos  Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC)", acrescentou a fonte.  

 

   Os primeiros contactos foram efectuados em Maio, no decorrer da visita  de três dias do primeiro-ministro, José Sócrates, à Venezuela.  

 

   Esta semana, a administração dos ENVC deslocou-se novamente … Venezuela,  para uma reunião "técnico-comercial" com o armador, que significou "mais  um passo" no processo "normal" de negociação.  

 

   A Petróleos de Venezuela é uma empresa estatal que se dedica à exploração,  produção, refino, comercialização e transporte de petróleo.  

 

   Se o negócio dos quatro navios se concretizar, assegurará trabalho para  mais de dois anos aos estaleiros vianenses.  

 

   Com 60 anos de existência, os ENVC entregaram quinta-feira, a um armador  alemão, a sua 254ª construção, um navio de transporte de cargas pesadas  e contentores.  

 

   Até Novembro de 2009, a empresa entregará ao mesmo armador mais quatro  navios iguais.  

 

   Da carteira de encomendas dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo  fazem ainda parte três navios com 120 metros cada para um outro armador  alemão, dois ferries (um com 97 metros de comprimento e o outro com 71,3)  para um armador açoreano e dois mega-iates para um armador do Mónaco, cada  um com 97 metros.  

 

  Para a Marinha Portuguesa, os ENVC vão construir dois navios de combate à poluição, oito navios de patrulha oceânicos, cinco lanchas de fiscalização  costeira e um navio polivalente logístico.  

 
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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nelson38899

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« Responder #1412 em: Outubro 09, 2008, 04:23:03 pm »
Citação de: "Lancero"
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  Para a Marinha Portuguesa, os ENVC vão construir dois navios de combate à poluição, oito navios de patrulha oceânicos, cinco lanchas de fiscalização  costeira e um navio polivalente logístico.  
 


 :roll:  :roll:

só nos gozam  blx2x1
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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cromwell

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« Responder #1413 em: Outubro 09, 2008, 04:30:49 pm »
Citação de: "Lancero"
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Indústria: Estaleiros Navais de Viana negoceiam construção de navios para empresa estatal da Venezuela    

   Viana do Castelo, 09 Out (Lusa) - Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo  estão a negociar a construção de navios para a empresa estatal "Petróleos  da Venezuela", explorando uma oportunidade de negócio aberta durante a visita,  em Maio, do primeiro-ministro José Sócrates.  

 

   Fonte da empresa disse hoje à Lusa que em causa está a construção de  quatro navios - dois químicos e dois asfalteiros -, num negócio que poderá  rondar os 200 milhões de euros.  

 

   "A concretizar-se a encomenda, será um mercado novo que se abre aos  Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC)", acrescentou a fonte.  

 

   Os primeiros contactos foram efectuados em Maio, no decorrer da visita  de três dias do primeiro-ministro, José Sócrates, à Venezuela.  

 

   Esta semana, a administração dos ENVC deslocou-se novamente … Venezuela,  para uma reunião "técnico-comercial" com o armador, que significou "mais  um passo" no processo "normal" de negociação.  

 

   A Petróleos de Venezuela é uma empresa estatal que se dedica à exploração,  produção, refino, comercialização e transporte de petróleo.  

 

   Se o negócio dos quatro navios se concretizar, assegurará trabalho para  mais de dois anos aos estaleiros vianenses.  

 

   Com 60 anos de existência, os ENVC entregaram quinta-feira, a um armador  alemão, a sua 254ª construção, um navio de transporte de cargas pesadas  e contentores.  

 

   Até Novembro de 2009, a empresa entregará ao mesmo armador mais quatro  navios iguais.  

 

   Da carteira de encomendas dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo  fazem ainda parte três navios com 120 metros cada para um outro armador  alemão, dois ferries (um com 97 metros de comprimento e o outro com 71,3)  para um armador açoreano e dois mega-iates para um armador do Mónaco, cada  um com 97 metros.  

 

  Para a Marinha Portuguesa, os ENVC vão construir dois navios de combate à poluição, oito navios de patrulha oceânicos, cinco lanchas de fiscalização  costeira e um navio polivalente logístico.  
 


É que é já a seguir... é que é já a seguir! :lol:
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa
 

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Cabecinhas

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« Responder #1414 em: Outubro 09, 2008, 05:37:18 pm »
Não sei porquê mas era tempo de os polítcos com acento na assembleia começarem a olhar para este caso...
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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PereiraMarques

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« Responder #1415 em: Outubro 09, 2008, 05:47:12 pm »
Citação de: "Cabecinhas"
Não sei porquê mas era tempo de os polítcos com acento na assembleia começarem a olhar para este caso...


Exacto, os chamados José, João, António, Luís, etc., etc. :lol:
 

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cromwell

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« Responder #1416 em: Outubro 09, 2008, 06:05:53 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
Citação de: "Cabecinhas"
Não sei porquê mas era tempo de os polítcos com acento na assembleia começarem a olhar para este caso...

Exacto, os chamados José, João, António, Luís, etc., etc. :lol:
Quem viu o primeiro episodio do gato fedorento na sic, está me entender.
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa
 

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abatista

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« Responder #1417 em: Outubro 09, 2008, 07:10:56 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
Citação de: "Cabecinhas"
Não sei porquê mas era tempo de os polítcos com acento na assembleia começarem a olhar para este caso...

Exacto, os chamados José, João, António, Luís, etc., etc. :P
 

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Edu

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« Responder #1418 em: Outubro 09, 2008, 07:40:15 pm »
Em relação a este projecto devo dizer que isto já é mesmo incompetencia, é um completo não querer saber que se passa aqui, como é que um projecto naval tão simples como este custa assim tanto a fazer é que lhes posso dizer mesmo isto eu tenho conheçimento na area da engenheira (sou finalista do curso de Eng. Aeronautica) e embora a eng. naval em particular não seja especialmente a minha area posso dizer que por curiosidade e algumas parecenças com a minha area este projecto é de concepção bastante simples e mesmo bastante versatil, e mesmo que houvesse alterações significativas no casco tenho a opinião (que no entanto admito que possa tar errada) que essas alterações profundas nunca demorariam este tempo todo, axo que qualquer individuo (ou grupo de individuos) com o curso de engenharia naval seria capaz de executar em linhas gerais este projecto sem nenhum problema e como os estaleiros têm mostrado ter a capacisdade de construir e certamente que há bons eng. navais em portugal a culpa deste atrazo parece-me claramente um deixar andar e um incumprimento  escandaloso em todo o projecto, e se a marinha tem culpa no projecto certamente que os estaleiro navais de viana do castelo tambem não estaram a proceder da melhor maneira, pois nem que fosse por uma questão de mostrar capacidade produtiva na area militar já deviam ter exigido um projecto final á Marinha e deitado as mãos á obra certamente que da parte da marinha nem que fosse com contratação de engenheiros estrangeiros iria conseguir fazer um projecto bem viavel e de acordo com as necessidades. Mas sem duvida que concordo que a maior culpa vem do governo pois já que o dinheiro investido no projecto saiu do bolso de todos os Portugueses eles haviam de ser os primeiros a exigir um produto acabado dentro dos prazos e caso isso não acontece alguem devia ser responsabilizado por isso, acima das necessidades da marinha esta a justificação de como são gastos os nossos impostos, pois á partida todos demos o nosso suor para eles serem pagos.
Agora quanto ao barco em si penso que me vou repetir e peço já desculpa por isso, se alguem se sentir ofendido por isso, mas axo que ,ao contrario do que aqui algumas pessoas disseram, o navio mesmo para patrulhamento apenas está sub-armado, varios patrulhas de outras marinhas contam com peças de 76 mm ou 57mm, obviamente associadas a um radar director de tiro, porque mesmo que o navio tenha como principal função a patrulha e deve tambem contribuir com alguma dicuasão militar, e para as funções de patrulha penso que não é preciso nenhum canhão de 40 mm ou 30 mm, na minha opinião para patrulha um canhão de 20 mm ou uma simples metralhadora pesada de 12.7 mm é bem suficiente, e então o NPO podia bem contar com essas duas armas, peço novamente desculpa por repetir algo que foi dito.
Gostaria muito que se aproveitasse algum conhecimento ganho de ambas as partes com este projecto para se produzirem unidades seguintes e um ritmo bem maior, já que é um navio muito simples, mas sinceramente acredito que depois destes dois que estão a enferrujar e de possivelmente mais outros dois de combate á poluição não se vão contruir mais nenhuns...
Gostaria no entanto de perguntar se parece possivel tanto tecnicos como em termos financeiros contruir no futuro uma classe de corvetas baseada neste casco?? (desculpem o testamento)
 

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Cabecinhas

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« Responder #1419 em: Outubro 09, 2008, 11:03:54 pm »
ups   :lol:
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Luso

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« Responder #1420 em: Outubro 09, 2008, 11:18:43 pm »
Citação de: "Edu"
Em relação a este projecto devo dizer que isto já é mesmo incompetencia, é um completo não querer saber que se passa aqui, como é que um projecto naval tão simples como este custa assim tanto a fazer é que lhes posso dizer mesmo isto eu tenho conheçimento na area da engenheira (sou finalista do curso de Eng. Aeronautica) e embora a eng. naval em particular não seja especialmente a minha area posso dizer que por curiosidade e algumas parecenças com a minha area este projecto é de concepção bastante simples e mesmo bastante versatil, e mesmo que houvesse alterações significativas no casco tenho a opinião (que no entanto admito que possa tar errada) que essas alterações profundas nunca demorariam este tempo todo, axo que qualquer individuo (ou grupo de individuos) com o curso de engenharia naval seria capaz de executar em linhas gerais este projecto sem nenhum problema e como os estaleiros têm mostrado ter a capacisdade de construir e certamente que há bons eng. navais em portugal a culpa deste atrazo parece-me claramente um deixar andar e um incumprimento  escandaloso em todo o projecto, e se a marinha tem culpa no projecto certamente que os estaleiro navais de viana do castelo tambem não estaram a proceder da melhor maneira, pois nem que fosse por uma questão de mostrar capacidade produtiva na area militar já deviam ter exigido um projecto final á Marinha e deitado as mãos á obra certamente que da parte da marinha nem que fosse com contratação de engenheiros estrangeiros iria conseguir fazer um projecto bem viavel e de acordo com as necessidades. Mas sem duvida que concordo que a maior culpa vem do governo pois já que o dinheiro investido no projecto saiu do bolso de todos os Portugueses eles haviam de ser os primeiros a exigir um produto acabado dentro dos prazos e caso isso não acontece alguem devia ser responsabilizado por isso, acima das necessidades da marinha esta a justificação de como são gastos os nossos impostos, pois á partida todos demos o nosso suor para eles serem pagos.
Agora quanto ao barco em si penso que me vou repetir e peço já desculpa por isso, se alguem se sentir ofendido por isso, mas axo que ,ao contrario do que aqui algumas pessoas disseram, o navio mesmo para patrulhamento apenas está sub-armado, varios patrulhas de outras marinhas contam com peças de 76 mm ou 57mm, obviamente associadas a um radar director de tiro, porque mesmo que o navio tenha como principal função a patrulha e deve tambem contribuir com alguma dicuasão militar, e para as funções de patrulha penso que não é preciso nenhum canhão de 40 mm ou 30 mm, na minha opinião para patrulha um canhão de 20 mm ou uma simples metralhadora pesada de 12.7 mm é bem suficiente, e então o NPO podia bem contar com essas duas armas, peço novamente desculpa por repetir algo que foi dito.
Gostaria muito que se aproveitasse algum conhecimento ganho de ambas as partes com este projecto para se produzirem unidades seguintes e um ritmo bem maior, já que é um navio muito simples, mas sinceramente acredito que depois destes dois que estão a enferrujar e de possivelmente mais outros dois de combate á poluição não se vão contruir mais nenhuns...
Gostaria no entanto de perguntar se parece possivel tanto tecnicos como em termos financeiros contruir no futuro uma classe de corvetas baseada neste casco?? (desculpem o testamento)


Não.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Leonidas

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« Responder #1421 em: Outubro 10, 2008, 01:23:20 am »
Saudações guerreiras

Citação de: "JQT"
Citação de: "jmg"
No meio de algumas boas decisões acho que o Sr Paulo Portas falhou na aposta com os ENVC.
Alguém por acaso me sabe explicar esta preferência em detrimento do Arsenal do Alfeite ou da Lisnave?


Não é bem assim. Vejamos, o programa tal qual foi idealizado pela Marinha era de:

1. A Marinha projectar os navios e contruir o primeiro (que serviria de protótipo) no AA.
2. Os ENVC e os EN do Mondego construirem os restantes, depois de tudo acertado com a experiência do primeiro navio.

Isto era o correcto e que servia para revitalizar a indústria naval ao mesmo tempo que a Marinha tinha a liderança do projecto e obtinha exactamente o que pretendia. Foi assim que o programa foi lançado ainda no governo Guterres I, e foi assinado o protocolo entre os três estaleiros. Mas eis que, passado algum tempo, saí um despacho do Secretário de Estado da D.N. que altera tudo, excluindo os ENM e o AA e passando os ENVC a comandarem as operações. Obviamente que houve aqui influência dos ENVC, e isto a não foi alheia a intenção desse governo de privatizar os estaleiros (depois de num primeiro momento querê-los pura e simplesmente fechar, tal como queria com as OGMA). Com o programa das construções militares, os ENVC revitalizavam-se e incorporavam alguma tecnologia militar. Simplesmente, a Marinha passou à condição de cliente/parceira menor, ou se quisermos, parceira menor que por acaso é quem vai ficar com os navios.

E aqui é que falhou Paulo Portas, ao ter alinhado nisto provavelmente entusiasmado com a conversa dos ENVC em revitalizar os estaleiros, e de haver interesse no estrangeiro. À boa maneira das empresas portuguesas, por tudo e por nada os ENVC anunciavam a toda a gente que as marinhas de Marrocos, Argélia, Argentina, Tunísia, Indonésia estavam interessadas, como se os contratos já estivessem garantidos. Show off.

Os ENVC passaram a ser responsáveis pelo projecto (que já estava muito adiantado pela Marinha), no qual mandavam mais que o cliente. E depois acontecem coisas como a Marinha querer motores MTU e os ENVC comprarem Wartsila, ou começarem a construir e montar os blocos dos navios sem estarem totalmente apetrechados contrariamente ao previsto, até porque o projecto não estava concluído, de maneira a se terem cascos a flutuar (para a fotografia) o mais depressa possível. E isto com a concordância do Ministério da Defesa, que fez com que as verbas dos dois NPO há muito que já tenham sido transferidas para os ENVC; ou seja os navios já estão pagos apesar de não terem sido aceites pelo cliente. E os ENVC já começaram a gastar a verba dos NCP, comprando os motores, à revelia da Marinha.

Nem vale a pena dizer que construir logo dois protótipos, duplicando os possíveis erros, e não estando o projecto concluído, é um disparate completo.

A Marinha também terá as suas responsabilidades, mas os ENVC não se têm comportado nada bem.

Como já antes disse aqui: os problemas começam no facto de todas as entidades envolvidas pertencerem ao Estado. E assim surgem os interesses das várias burocracias, os interesses políticos e nunca se consegue um relacionamento normal cliente-fornecedor. Em condições racionais, o facto de um estaleiro do estado fornecer a Marinha teria todas as condições para funcionar. Mas estamos a falar do Estado Português: é um caso perdido de incapacidade e de incompetência inerentes.



Há um pormenor que não entendo, como é que pode, numa inauguração, mesmo deixando de fora uma ausência muito significativa como foi a do ministro da defesa, a Armada se representar por uma comitiva de peso na inauguração? Será que só informaram a Armada depois de instalarem os motores ou outros apetrechos? A Armada já não teria sabido da história das modificações antes deste desfecho? Será que a Armada fez o frete ao ministro? Será que se deixariam passar por esse vexame?

Caro JQT, mesmo assim a história continua a ser muito mal contada. Posso aceitar a discordância da Armada em relação aos pormenores técnicos, mas não consigo entender ainda muita coisa, entre os quais o comportamento acima descrito. Vamos ver se foi para se redimirem de alguma borrada da grossa.

Pergunta de pura retórica (pois estamos em Portugal - a Republica das Bananas):
O caso foi ou está a ser investigado por órgãos competentes para ver se há indícios de crime de corrupção?

Quanto a mim, mais uma vez, afirmo que me cheira a pura sabotagem política.

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Caro Edu, quanto á sua ideia de se aproveitar os NPO para os transformar em corvetas, não me parece a melhor. As corvetas já são verdadeiros navios de combate e têm de obedecer a ainda mais rigorosos critérios de construção. Acredito que somos tão capazes quanto os outros. Temos é que o demonstrar. Mas para tal é necessário um lança-chamas, primeiro!    

Cumprimentos
 

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antoninho

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« Responder #1422 em: Outubro 10, 2008, 09:39:33 pm »
Pena tenho eu, que não apareça alguém que os processe da mesma maneira, que eles fizeram ao nosso amigo que tirou aquelas fotos, só que agora se percebe do porquê daquela atitude.......tinham muito que esconder.....já agora, porque raios até agora não teve nenhuma comissão da assembleia da republica  para investigar os dinheiros mal paradas deste negócio???????
Mistério........
 

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Edu

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« Responder #1423 em: Outubro 11, 2008, 01:42:30 pm »
Tenho uma questão a fazer em relação a cascos militares para quem tenha mais conhecimentos nessa area:

Para alem de sistemas redundantes e maior protecção nas areas vitais (coisas que poderiam talvez ser incluidas num casco baseado no casco do NPO), que outras diferenças significativas é que existem entre um casco de uma corveta e de um navio patrulha como os NPO e que impedem a utilização deste tipo de casco na possiel construção de corvetas. Penso que esta questão ainda não foi respondida neste topico mas se já peço desculpa.

Cumprimentos
 

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luis filipe silva

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« Responder #1424 em: Outubro 11, 2008, 09:28:07 pm »
Edu escreveu:
Citar
Tenho uma questão a fazer em relação a cascos militares para quem tenha mais conhecimentos nessa area:

Para alem de sistemas redundantes e maior protecção nas areas vitais (coisas que poderiam talvez ser incluidas num casco baseado no casco do NPO), que outras diferenças significativas é que existem entre um casco de uma corveta e de um navio patrulha como os NPO e que impedem a utilização deste tipo de casco na possiel construção de corvetas. Penso que esta questão ainda não foi respondida neste topico mas se já peço desculpa.

Embora eu também não perceba de estructuras navais, existem diversos factores para o casco dos NPO não se prestar a ser convertido em corveta.

1- O seu conceito é baseado em plataforma civil.

2- Não foi mínimamente pensado para absorver choques resultantes de combate, minas, absorsão do "coice" de armamento mais pesado.
(Quando estive embarcado numa corveta, o disparo da peça de 40 mm. foi o suficiente para fazer abrir uma balsa salva-vidas, e rebentar algumas canalizações no refeitório).

3- Toda a subdivisão interna foi concebida para um meio não combatente:
Paióis, limitação de avarias, sistemas de combate, sistemas de armas, geração de energia, tudo tinha que ser alterado, saindo mais barato projectar um navio de raíz.

4- Outro ponto desfavorável, é que um navio tipo corveta bem armado, não tem actualmente utilidade na Armada devido ao custo/eficácia em relação a uma fragata.
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saudações:
Luis Filipe Silva