ESPANHA: a sombra das fraquezas sob a luz do crescimento ?

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JoseMFernandes

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ESPANHA: a sombra das fraquezas sob a luz do crescimento ?
« em: Abril 21, 2006, 07:57:44 pm »
Num artigo a aparecer na sua edição de rua de amanhã (22/4/06), o jornal francês 'LE MONDE' publica um artigo intitulado 'L'Espagne cache ses faiblesses sous son apparente vitalité économique' ou seja 'A Espanha esconde fraquezas debaixo da sua aparente vitalidade económica'.
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Oficialmente tudo vai bem.O Governador do Banco de Espanha, Jaime Caruana, afirmou no passado dia 18 de Abril, que o crescimento económico de Espanha será apenas "ligeiramente inferior" ao registado em 2005, ano em que atingiu um ritmo 'record' de 3,4%, contra 1,3% para o conjunto da 'zona euro'.Os economistas da Fundação das Caixas de Poupança espanholas (FUNCAS) prevêem por seu lado um crescimento de 3,2% este ano.
Numerosos peritos, porém, mostram-se menos optimistas e crêem que a economia espanhola, uma das melhores alunas na classe europeia hà vários anos, poderia conhecer importantes dissabores num prazo relativamente  curto." É uma das economias mais dinâmicas, mas também das mais vulneráveis " declarou  Bruno Cavalier, economista do Crédit Agricole.Vulnerável em particular, através do seu mercado imobiliário, à alta das taxas de juro.
O dinamismo do sector de construção contribuiu largamente para o forte crescimento espanhol."A partir dos anos '90 os 'estaleiros' práticamente quadruplicaram em Espanha, enquanto pouco evoluiram nos outros países" notou Luca Silipo, economista da IXIS CIB.Esta actividade sustentada 'irrigou' o conjunto da economia, especialmente através do mercado de trabalho.Este sector veio a criar inúmeros postos de trabalho, com consequencias directas sobre a procura de alojamentos, aumento dos preços no imobiliário, uma valorização acrescida do património das famílias e reforço do poder de compra.
Mas este 'círculo virtuoso' foi ele mesmo criado e baseado na baixa do custo de crédito " Entre  1992 e 2003 as taxas mínimas do juro hipotecário
baixaram mais de 500%" sublinham os economistas do BNP Paribas.As famílias aproveitaram estas condições para se endividar massiçamente.No fim de 2005 o valor em curso do crédito à habitação, das famílias espanholas atingia 80% do seu rendimento bruto disponível, contra 48% em França e 23% em Itália.
"Contráriamente a outros países europeus, o essencial dos créditos (97,4%  dos novos financiamentos autorizados em Novembro 2005) foi  "contratado a taxa variàvel e o seu custo faz eco à evolução da política monetária europeia", sublinham ainda os  peritos do BNP.Tornando-se esta mais restritiva, toda a estrutura espanhola de crescimento se encontra ameaçada.
Silipo porém tem confiança, e faz notar que 'a situação financeira das familias mantém-se sã' 5% apenas seriam susceptíveis de apresentar problemas de reembolso.Segundo o economista da IXIS CIB, uma alta de 0,5% das taxas directoras do Banco Central Europeu poderia traduzir-se a curto prazo numa baixa de 2,6% do preço da habitação, que por sua vez teria um peso nominal de 0,9% no crescimento do PIB.
Se a baixa no sector imobiliário apresenta um impacto económico limitado, não deverá porém evitar de salientar as fraquezas estruturais da economia espanhola, que comprometem o seu crescimento a longo prazo: insuficiência de pesquisa-desenvolvimento, mão de obra pouco qualificada e pouco produtiva, exportações anémicas " A economia espanhola sofre de um importante problema de competitividade " realçou Cavalier.Como prova o défice da Balança corrente espanhola que se deverá 'aprofundar' em cerca de 9% em 2006, um nível sem par entre os países industrializados e que conduziria o país directo para uma crise financeira... se a Espanha não fizesse parte da 'zona euro', que ela sim apresenta um saldo positivo nas suas contas exteriores, e que permite a Madrid ao mesmo tempo estar ao abrigo de uma tempestade monetária.
"A estratégia económica espanhola é má, não pode ou deve ser copiada, e é totalmente não cooperativa, mesmo se ela apresenta vantagens para a Espanha " resumiu o chefe economista Patrick Artus.

- minha tradução -
 

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fgomes

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« Responder #1 em: Abril 22, 2006, 11:57:51 am »
A Espanha tem outros problemas, como os dos nacionalismos, que já é antigo, e outros menos falados mas que a médio prazo podem ser piores, como a taxa de natalidade, pior que a nossa, que é baixíssima e a imigração muçulmana que poderá conduzir a uma substancial alteração da composição étnica da sua população.
 

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manuel liste

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« Responder #2 em: Abril 27, 2006, 03:42:01 pm »
A ver si este mensaje no se borra de modo accidental.

El crecimiento del Índice de Producción Industrial armonizado de España desde el año 2000 supera al de paises como Reino Unido, Italia o Francia. Ese IPI excluye el sector de construcción.

Cualquier crecimiento de cualquier país esconde flaquezas, cualquiera. Las economías tienen ciclos, y la española está en un ciclo de crecimiento especialmente prolongado.

Ese ciclo no se acabará mañana.

Eurostat
 

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Menacho

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« Responder #3 em: Abril 27, 2006, 05:22:24 pm »
Ese crecimiento ha hecho que en Producto Interior Bruto hayamos superado a Canada, siendo la 8ª economia del mundo hoy, y eso son numeros no opiniones.

Hoy España deberia estar en el G-8, pero las reticencias de EEUU lo impiden al haber 5 paises de esos 8 europeos y eso ellos no lo quieren.
 

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manuel liste

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« Responder #4 em: Abril 27, 2006, 05:27:05 pm »
A España no le sirve para nada entrar en el G-8, salvo para decir que está en el G-8 y para que Zapatero o el presidente de turno se haga la foto. Mejor que no, gracias.
 

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Menacho

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« Responder #5 em: Abril 27, 2006, 05:54:37 pm »
Bueno hay que tener en cuenta que es en las reuniones del G-8 donde se decide el futuro del mundo, donde se corta el bacalao, no estaria de mas sentarse a esa mesa y participar en el menu...........