Saudações a todos
Bom, por onde é que eu começo?
Para o Leónidas
Rafale e RB2
Neste momento tanto os Franceses, como os paises do Eurofighter Group desenvolvem radares AESA para os seus respectivos aviões, qual vai ser o melhor?- Só Deus sabe...
Mas estou convencido que vai existir muito mais dinheiro para desenvolver o Typhoon, dai a minha preferência...
Quanto ao MICA ter um preço disparatado, a “Air et Cosmos” aponta um valor cinco vezes superior ao valor das ultimas versões do AIM120, OUCHHH
Misseis Ar/Ar Russos
“Como eu já referi, os russos têm um conceito diferente de desenvolvimento, mas não um conceito/modos operandis ultrapassado. São considerados inferiores em equipamentos eletronicos, mas conseguem ter tão bons ou melhores (atrevo-me a dizer melhores) mísseis que os ocidentais (e estando-me a reportar somente á aviação).”
Tenho grandes dúvidas, os ultimos dois misseis ar-ar Russos a entrar em serviço foram o R73 e o R77, este ultimo, o mais recente, em 1994, ambos tiveram em estudo versões avançadas, que nunca, mas nunca chegaram a ver a luz do dia, e isto explica-se facilmente pelo tamanho do orçamento militar Russo (mais pequeno do que o Britânico ou o Francês, por exemplo), por seu lado a enorme panóplia de armas Ocidentais, nunca pararam de ser melhoradas. Não tenho qualquer dúvida que o AIM 120 C7 do ano passado é uma arma vastamente mais perigosa que o R77 de 1994, quanto às comparações entre o R73 e os AIM132, IRIS T, AIM 9X ou Python V, aproximam-se do massacre. Quanto a coisas como o KS172, ou as versões Ramjet do R77, bom, nunca passaram do estágio de cartão, papelão e plástico numa qualquer feira internacional de armamentos, por seu lado o METEOR já levantou voo num Gripen... Não é que os técnicos Russos sejam piores, de forma alguma, falta é o Carcanhol...
Motores Russos
“São considerados inferiores em tecnologia de motores, mas conseguem ter motores potentíssimos e com uma boa relação potência/consumo tendo em conta as suas colossais dimensões. Só assim se explica os enormes raios de alcance sem precisarem de tanques alares, para um avião bimotor”
Sem dúvida, lá potência não lhes falta, o peso potência é equivalente aos seus concorrentes, o tempo de vida é que é varias vezes inferior aos seus equivalentes Ocidentais...
Preços Russos
“O sistema de produção está muito simplificado. Isso não significa que seja mau. É uma das várias razões que justificam em muito um preço inferior aos seus congéneres ocidentais (e só estamos a falar para aí entre 10 a 15 milões de U$D).”
A diferença até costuma ser maior, é claro que quando vamos contabilizar os gastos totais em aparelhos equivalentes ao longo de todo o seu tempo de vida, subitamente os aparelhos Ocidentais tornam-se muito mais baratos de operar. Se somarmos o valor de compra mais o de operação a 25 anos, um Eagle é mais econômico que um Flanker, nem vale a pena metermos ao barulho algo como um Rafale ou Typhoon
BINGO
“Talvez seja por causa disso que manter uns passarões como aqueles não é brincadeira nenhuma. Só na proxima geração de caças é que se poderá refletir uma melhoria na otimização também da manutenção do avião. A introdução de eletronica mais avançada vem atenuar mais estas questões.”
Não posso concordar mais, é mesmo falta de massa. Tenho grandes dúvidas que o próximo aparelho Russo entre a tempo de mexer o mercado, se o que quer que saia do PAK-FA entrar ao serviço dos esquadrões antes de 2020 eu vou ser um homem surpreendido.
Indonésia e outros operadores
“Só quem o compra é que é de alguma forma aliado da rússia. Será? Então a Indonésia?”
A Indonesia adquiriu 2 SU27 e 2 SU30, porque se chatearam com os Camones, quanto ao Rafale não existe massa para tal avião e sempre é melhor um SU27 novo que um M2000 em segunda mão com vinte anos de idade e utilização intensiva por parte do operador original.
Quanto aos Chineses não tinham outra escolha a não ser comprar Russo e os Indiano quando decidiram por um caça pesado em 1994 também não tinham outra hipótese, tenho cá um feeling que o vencedor do concurso MMRCA para a Força Aerea Indiana NÃO vai ser o Mig 29...
Ironia
“Caro Sintra apreciei a sua ironia”
Muitissimo obrigado, é um traço muito vincado da minha personalidade como a minha esposa me lembra muitas vezes e já me causou uns dissaborzecos... (não se goza com o director da empresa, não se goza com o director da empresa, não se goza com o director da empresa).
Caro Leonidas, nem imagina o gozo que uma discussão com malta informada como você, o Spectral e o resto da malta me dá e isto não é de forma alguma ironia... :shock:
Para o Merlin
“Ao contrario de alguns amigos do forum, acho que o Rafale é um excelente aparelho”
Ui, esta foi para mim

, e dos muito persistentes, talvez seja bom lembrar que ainda antes de se chamar “Eurofighter” e muito, mas muito, mas mesmo muito antes de se chamar Typhoon (estamos a falar de 1989, ainda não tinha sido assinado o contrato final de construção do caça e andava toda a gente à bulha por causa disso) a RAF tornou muito claro que não podia descer o peso do base avião de 9,5 toneladas para 8,5 como queriam os Franceses, porque queriam substituir dois aviões com funções diametralmente opostas por um unico modelo e que para isso achavam que o EFA teria de ter uma massa “razoável”, esses aparelhos eram o F4M Phantom e o Jaguar, isto foi dito publicamente pelo comandante em chefe da RAF, está escrito numa “Air International de 1991 por um senhor chamado Bill Gunston. Desde o momento em que o contrato de desenvolvimento foi assinado em 1994, foram contractualizadas três “tranches” de Typhoon´s, a T1, a T2 e a T3, em que a segunda já teria capacidade de ataque ao solo com PGM e a T3 comportaria tudo quanto fosse armas de ataque ao solo que estivessem nos arsenais dos paises signatários, entretanto a RAF pediu a inclusão de mais uma quantidade enorme de armas na T2. Até ao final da entrega destes brinquedos em 2009, poderão disparar Storm Shadows, Taurus, Brimstones, varias versões de Paweway´s, JDAM´s, Alarm´s, etc, neste preciso momento o pod de designação laser LITENING II está a ser integrado. Por seu lado no RAFALE estão contratulizadas três versões a F1, a F2 e a F3, a primeira consegue utilizar misseis ar-ar MICA, MAGIC e bombas simples, a F2 consegue utilizar PGM´s, a F3 consegue utilizar todo o arsenal táctico Francês, ninguém nota semelhanças?- Mas o pior para a Dassault é que o seu RAFALE entrou ao serviço QUATRO anos antes do concorrente e foi completamente ultrapassado em nº de aviões nos esquadrões pela RAF, nem vamos falar dos outros 3 paises, à velocidade que a coisa vai a FAF ainda se arrisca a ser ultrapassada pela força Aerea Austriaca (ok, estou a exagerar). O mesmo se passa com a integração de armamentos e sistemas electrônicos, o RAFALE que tinha uma vantagem GIGANTESCA está a ser apanhado muito depressa, e com o dinheiro Saudita a fluir... :shock: - Na história da Dassault, graças em parte à intervenção do fundador da empresa, Marcel Bloch e em parte aos politicos Franceses, as especificações da Força Aérea Francesa ficaram sempre atrás das possibilidades de exportar o “bicho” (qualquer que ele fosse na altura). A FAF pediu caças pesados bimotores e acabou sempre com aviões mais pequenos, baratos e exportáveis do que pediu. Ficou com o Mirage III, quando pediu um caça parecido com o Mirage IV só que com radar de interceptação aérea (a Dassault vendeu mais de 800), ficou com o Mirage V quando queria ficar com o Balzac, ficou com o Mirage F1 (mais de 600 vendidos) quando queria o F2, ficou com o Mirage 2000 (mais de 500 vendidos) quando queria o Mirage 4000 (um dos meus favoritos de todos os tempos, lindo, lindo, lindo, um 2000 bimotor do tamanho e com as performances de um F15), já nem vamos falar da série G e do ACF. A principal razão porque a França saiu do consorcio Eurofighter é que a Dassault queria 50% do trabalho do avião e liderar a equipa de desenvolvimento, a história da versão de Porta Aviões é posterior a isto, a MN tinha já afirmado que o F18A Hornet era “um excelente avião”. Lá no fundo a Dassault não queria ter de abrir mão de um muito lucrativo mercado de exportação em que, na altura, os Espanhois, os Alemães e os Italianos não participavam e que os Ingleses eram residuais... Lixou-se
E obrigado a quem quer que tenha tido a paciência para ler isto tudo...
Saludos