O inchaço da TAP, em termos de número de aeronaves, ajudou e de que maneira, ao agravamento da sua situação financeira.
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/retrato-10-numeros-que-ilustram-a-situacao-financeira-da-tap-607769
Abraços
Caro tenente mas esse inchaço deve-se também ao aumento de passageiros ou não? Pelo que sei a TAP em 2019 bateu o recorde tendo transportado mais de 17 milhões de passageiros, traduzindo-se num crescimento de tráfego de 8,2% face ao ano 2018, ora para chegar nesses números precisa de mais aviões.
A taxa de ocupação dos voos da TAP foi de 80,1%, o que a meu ver era muito bom.
Mesmo com uma ocupação média desse valor,
significa que 19,9% dos lugares de cada aeronave estavam vazios, ou seja um mau planeamento dos voos, em especial nos de longo curso.
Em cada cinco voos efectuados, poder-se-ia ter reduzido um deles com os custos associados poupados, o que não aconteceu, em especial nos voos de e para o Brasil.
Com um numero elevado de voos diários, cerca de oito, o que deveria ter sido feito, seria utilizar para pelo menos dois destinos ou origens, a mesma aeronave, o que permitiria terem sido transportados pax de dois destinos/origens em vez de apenas um destino/origem.
É deste modo
que se desperdiçam meios materiais/humanos, largas somas de dinheiro em combustivel, e também mais HV das aeronaves/crews, para fazer o transporte dos pax que poderiam ocupar por voo os tais 19,9% da capacidade das aeronaves.Exemplificando :
num voo com um 330 com 280 lugares quanto vão vazios ??
Apenas 56, num voo, mas, se multiplicares isso pelos oito voos diários quantos lugares não foram ocupados ??8 X 56 = 448 lugares vagos/dia, ou seja são quase dois 330,
com 560 lugares, a voar vazios !
É este inchaço, a tal aquisição de um numero de aeronaves completamente desnecessário, que ajudou que os prejuízos/resultados operacionais anuais negativos a que a TAP chegou chegassem ao que chegaram.
A TAP para transportar os tais 17 milhões de pax/ano nunca precisaria de uma frota de 105, aeronaves, precisaria, isso sim, de ter profissionais devidamente qualificados e credenciados na gestão da frota, coisa que nos últimos dez/quinze anos deixou de ter, e de ter adquirido aeronaves adequadas ás diversas rotas, veja-se o caso da ponte aérea- OPO-LIS-OPO, operada com os ATR, e não de ter efectuado os negócios desastrosos que fez, nos últimos anos,
os resultados operacionais, e não só, estão bem á vista.Abraços