Missão militar portuguesa no Afeganistão

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_Gabriel_®™

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« Responder #795 em: Outubro 28, 2008, 12:14:27 pm »
Sobre o pessoal artilheiro fazer missões...

Os exemplos que dão da Bosnia e de Timor são apenas até á extinção do serviço obrigatório em que para algumas vagas eram chamados alguns artilheiros e desempenhavam as mais diversas funções. Neste momento existe 1 problema no seio dos artilheiros, 1 grande parte anseia em fazer missões mas neste momento não conseguem, posso falar do GAC/BAAA da Brigada Mecanizada em q nos ultimos 4 anos de pessoal praça apenas conseguiram fazer missões ñ mais que meia duzia de militares e isto pq recentemente alguns têm ocupado vagas na ENG como condutores de rodas e pintores e canalizadores... então, mas os artilheiros ñ sabem fazer mais nada?!?

De certeza q sabem... afinal o GAC tem sido empenhado para várias tarefas de infantaria, inclusive no ultimo ORION 08 participu a 1 bateria como força de manobra em que montou checkpoint's, realizou diversos ataques de flagelação, etc, etc, etc... neste momento está mesmo a participar no exercicio de apoio á força da ENG que se prepara para fazer uma nova missão a avançar no final do mês de Novembro.

Em relação aos fuzileiros e ao exemplo q é dado de mobilizar em dois dias uma força para ir resgatar portugueses à Guiné (ou outro do género)... as nossas Operações Especiais são bem capazes de executar este tipo de operações, tb têm treino naval e até mesmo de salto...por tudo isso concordo tb dos fuzileiros poderem participar na missão do afeganistão!


Cumprimentos.
"A invencibilidade está na defesa; a possibilidade de vitória, no ataque. Quem se defende mostra que sua força é inadequada; quem ataca, mostra que ela é abundante."

Sun tzu em A Arte da Guerra.
 

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Lightning

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« Responder #796 em: Outubro 28, 2008, 02:39:27 pm »
Citação de: "_Gabriel_®™"
De certeza q sabem... afinal o GAC tem sido empenhado para várias tarefas de infantaria, inclusive no ultimo ORION 08 participu a 1 bateria como força de manobra em que montou checkpoint's, realizou diversos ataques de flagelação, etc, etc, etc... neste momento está mesmo a participar no exercicio de apoio á força da ENG que se prepara para fazer uma nova missão a avançar no final do mês de Novembro.

Mas não acho bem os artilheiros andarem a fazer o trabalho dos infantes, exepto numa situação de emergencia. É assim tão complicado enviarmos uma Bateria/Grupo de artilharia para uma missão? Comparavelmente ao envio de Companhias/Batalhões de Infantaria, Esquadrões de Cavalaria, Companhias de Engenharia, unidadades de transmissões, unidades de Serviços, só as unidades de artilharia é que não são enviadas.

Citar
Em relação aos fuzileiros e ao exemplo q é dado de mobilizar em dois dias uma força para ir resgatar portugueses à Guiné (ou outro do género)... as nossas Operações Especiais são bem capazes de executar este tipo de operações,

Mas as operações especiais não conseguem mobilizar um Batalhão com meios anti-carro, morteiros, etc e futuramente com veiculos anfíbios.

Citar
tb têm treino naval e até mesmo de salto...

O que é que tem os saltos a ver com os Fuzileiros?

Citar
por tudo isso concordo tb dos fuzileiros poderem participar na missão do afeganistão!


A missão já acabou, agora nem Fuzileiros, nem Comandos, nem nada.

Ao que me parece, se a missão de paz também tiver participação da Marinha os Fuzileiros participam (ex: Timor), mas se a missão for praticamente do Exército, os Fuzileiros muito dificilmente participam, (ex: Kosovo, Afeganistão) participaram na Bosnia, possivelmente devido à falta de efectivos para o Exército suportar tantas missões simultaneamente (Kosovo, Bosnia, Timor). Actualmente só há uma missão para infantaria, que é no Kosovo, o Exército chega bem, por isso os Fuzileiros nem lá vão por os pés.
 

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_Gabriel_®™

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« Responder #797 em: Outubro 28, 2008, 05:57:11 pm »
Citação de: "Lightning"
O que é que tem os saltos a ver com os Fuzileiros?


Falei dos saltos mas associando aos OE´s e ñ aos Fuzileiros.

Sobre a Artilharia poder participar numa missão, ñ falo como 1 batalhão, mas, é possivel preencher vagas com militares oriundos de quarteis de artilharia, afinal, qualquer quartel de artilharia e agora falo mais do Grupo de Artilharia de Campanha da Brigada Mecanizada que tb possui militares de transmissões, condutores de rodas, serviço de material, para além de que qualquer outro militar que desempenhe funções numa bateria de bocas de fogo têm treino de infantaria pois tb têm de saber reagir a ataques inimigos, em qualquer deslocamento q seja necessário apear para reagir qualquer ataque... infantaria pura, é essa a base de qualquer soldado!!


Cumprimentos.
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« Responder #798 em: Outubro 30, 2008, 11:47:53 pm »
Penso que a artilharia não tem participado, com uma unidade (GAC) ou subunidade (BBF/BAAA) por dois motivos;
1º - Nos teatros de operações onde estivemos e estamos não se justifica a existência de muitas unidades de artilharia, como exemplo temos a Bósnia, o kosovo, Timor, Libano.
2º - Infelizmente a nossa artilharia não está totalmente preparada para actuar em teatros de operações onde é necessária a sua utilização, exemplo - Afeganistão, fundamento esta opinião num artigo da revista de artilharia que podem ler neste link;

http://www.revista-artilharia.pt/entrada.htm

Para facilitar transcrevo parte das conclusões de este artigo;

6. Conclusões

Depois de apresentados os conceitos de NRF e Battlegroup, descritas as suas possíveis missões e definidos os requisitos específicos exigíveis às unidades de Artilharia orgânicas daquelas forças, tentemos responder à questão inicialmente colocada – está a Artilharia Portuguesa em condições de poder integrar a NRF e os Battlegroups?

 
a. Relativamente à Artilharia de Campanha a situação é a que se descreve

(1) Quanto à participação na NRF

•         Alcance máximo do material abaixo do exigível;

•         Impossibilidade de participação ao escalão GAC (possível apenas se Portugal disponibilizasse um comando de Brigada);

•         Sistema de Comando, Controlo e Coordenação de apoio de fogos dependente da entrada em serviço do rádio PRC 525, previsto para   2011/2015

(2) Relativamente à participação no Battlegroup

•         Dependente do modelo de Battlegroup nacional a disponibilizar à União Europeia (apoio de fogos baseado em Artilharia de Campanha ou em morteiros) ou da participação em Battlegroups constituidos por outros países aliados.  

•         Limitação ao nível do Sistema de Comando, Controlo e Coordenação de apoio de fogos, motivada pelo calendário de entrada em serviço do rádio PRC 525.

b. No que diz respeito à Artilharia Antiaérea

(1) A Participação na NRF é condicionada por

•         Condições de aeromobilidade limitada (apenas MANPAD)

•         Ausência de radares 3D

•         Ausência de sistemas de Comando e Controlo de Defesa Aérea que permitam a ligação a sistemas de defesa antiaérea de média altitude

•         Impossibilidade de participação ao escalão PelArtAA


(2) No que respeita à Participação no Battlegroup

•         Ausência de radares 3D

•         Ausência de sistemas de Comando e Controlo de Defesa Aérea que permitam a ligação a sistemas de defesa antiaérea de média altitude

 

Caracterizada esta situação, podemos concluir que a Artilharia de Campanha está em condições de poder integrar a NRF e o Battlegroup, assim que entrem ao serviço os novos rádios PRC 525. Estando o seu fornecimento previsto para 2011/2015, esta data colocaria no médio-prazo a realização deste anseio. Contudo, teve-se conhecimento de que está a ser estudada a antecipação do fornecimento deste rádio à Artilharia.

A concretizar-se esta informação, é possível afirmar que a participação da Artilharia de Campanha na NRF, ao nível BBF ou PAO, pode ser uma realidade a curto-prazo. Por outro lado, se Portugal decidir disponibilizar um Battlegroup à União Europeia, a Artilharia de Campanha terá capacidade para responder a esse desafio.


Lamentavelmente, a situação da Artilharia Antiaérea é bastante diferente. A insuficiência de meios de defesa antiaérea aerotransportáveis, que permitam a constituição de uma BtrAAA com estas características (existe apenas um PelAAA MANPAD, para apoio da Brigada de Reacção Rápida), a inexistência de radares AA 3D e a ausência de sistemas de Comando e Controlo de Defesa Aérea que assegurem a necessária ligação a sistemas de defesa antiaérea de média altitude, permitem concluir que a participação da Artilharia Antiaérea na NRF e nos Battlegroup não será possível até ser completado o levantamento da BtrAAA (Stinger/Avenger/Sentinel) para a Brigada de Intervenção, que se prevê venha a acontecer apenas após 2015.
 

Este facto poderá condicionar a constituição do Battlegroup Português ou levar a que, na sua estrutura, a componente de Artilharia Antiaérea tenha que ser provida por outra nação, facto que não corresponde, de todo, aos anseios e às expectativas dos Artilheiros Portugueses.
Eis aqui
quase cume da cabeça da Europa toda
O Reino Lusitano
onde a Terra se acaba
e o Mar começa.

Versos de Camões
 

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André

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« Responder #799 em: Novembro 10, 2008, 05:34:39 pm »
Reforço da presença portuguesa «não está sobre a mesa» mas é questão a analisar

O ministro da Defesa português, Nuno Severiano Teixeira, afirmou hoje em Bruxelas que, para já, «não está sobre a mesa» um reforço da presença militar portuguesa no Afeganistão, mas admitiu que é uma questão a analisar.

«Neste momento, não está sobre a mesa a alteração da composição da presença portuguesa até ao final deste ano», afirmou Severiano Teixeira, que participou hoje em Bruxelas numa reunião de ministros da Defesa da União Europeia.

O ministro apontou todavia que «nada exclui» uma alteração da presença portuguesa, insistindo que essa é uma questão «a analisar», no quadro da NATO e também à luz da mudança da administração norte-americana, após a eleição de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos, na semana passada.

«Vamos analisar, vamos esperar o que a nova administração (norte-americana) dirá e vamos naturalmente acompanhando, no quadro da NATO, com os aliados, qual será a evolução da situação. Portugal mantém o seu empenhamento e a sua presença militar, e essa presença militar vai evoluindo de acordo com aquilo que for a análise da situação estratégica», disse.

Escusando-se a comentar a questão de um eventual reforço da presença portuguesa - «não está nem aberta nem fechada», disse -, Severiano Teixeira admitiu que, «de acordo com a evolução da solidariedade da Aliança» Atlântica, Portugal possa vir a ajustar o seu contributo.

«Nada exclui que Portugal nesta evolução possa vir a empenhar outro tipo de meios», concluiu, lembrando que tem havido uma «evolução da tipologia dos meios» empregues por Portugal no Afeganistão.

Em entrevista concedida no passado fim-de-semana ao Diário de Notícias, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, afirmou-se convicto de que com a nova administração norte-americana haverá «uma grande pressão» da parte de Washington «para reforçar a participação das forças ocidentais na missão no Afeganistão».

«É natural que tenhamos de reavaliar ao longo do próximo ano a nossa participação nesse contexto», disse.

O contingente português no Afeganistão é composto actualmente por 50 militares e um avião de transporte Hércules C-130.

Lusa

 

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Lightning

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« Responder #800 em: Novembro 10, 2008, 05:40:28 pm »
Penso que a missão do C-130 acaba no fim do ano, por isso é possivel que, ou continue mais uns meses, ou seja substituido por uma contribuição de outras forças militares portuguesas.
 

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typhonman

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« Responder #801 em: Novembro 11, 2008, 09:18:49 pm »
Talvez F-16MLU.. :wink:
 

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Scarto

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« Responder #802 em: Novembro 11, 2008, 10:59:40 pm »
Caro Typhonman,isso é apenas uma "ideia" ou uma hipotese realmente em cima da mesa?

Se fosse verdade,seria interessante ver como os pilotos portugueses se portariam num cenário,em que de certeza seriam chamados a intervir várias vezes..
 

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HSMW

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« Responder #803 em: Novembro 11, 2008, 11:06:38 pm »
Isso era bom de ver.
2/3 F-16, 1 C-130, 1 C-295 ou EH-101

Mais FOE do Exército. :!:  :roll:  :jok:
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Lightning

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« Responder #804 em: Novembro 11, 2008, 11:19:48 pm »
Citação de: "HSMW"
Isso era bom de ver.
2/3 F-16, 1 C-130, 1 C-295 ou EH-101

Mais FOE do Exército. :!:  :lol: .
 

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Lightning

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« Responder #805 em: Novembro 11, 2008, 11:22:37 pm »
Citação de: "HSMW"
Vão ser só 10 Coronéis, 10 TCOR e 5 MAJ em missão de estado maior...
 :jok:


Se calhar o orçamento para a missão até vai ter que ser aumentado  :lol: .
 

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tyr

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« Responder #806 em: Novembro 12, 2008, 12:23:39 pm »
as missões de estado maior não contam para nada, as missões consideradas são sempre missões no terreno.
 primeiro tivemos uma companhia de comandos e um grupo de controladores aereos, apoiados principalmente por um destacamento de guerra electrónica e um de snipers (tambem se pediu o apoio de tecnicos EOD/IEDD mas devido ao empenhamento que estes ja tinham, não foram fornecidos, ficando os Comandos dependentes nessa area de estrangeiros).
 depois tivemos um C130 e um OMLT (basicamente constituido por oficias capitães e subalternos e sargentos) que tem como função treinar o exercito afegão e aconcelha-lo em combate.

 Se barak apostar tudo no afeganistão (o que eu acredito que ele faça), facilmente convence os restantes aliados de aumentar o contributo dos mesmos nesse cenario.
 no caso portugues acredito que uma força de nivel batalhão constituida por forças de infantaria de elite (comandos, fuzos, paras) apoiados por equipas especializadas (snipers, OE (os snipers são OE, mas são diferentes), pessoal de guerra electrónica, pessoal EOD/IEDD, possivelemete uma companhia de sapadores de engenharia (missão de limpeza de estradas), talvez uma BBF e obviamente o pessoal de apoio logistico). Sendo que essa foça poderia ser reforçada com meios aereos.
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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Stavares

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« Responder #807 em: Novembro 12, 2008, 03:25:07 pm »
Lightning caso haja  um reforço da presença militar portuguesa no Afeganistão duvido muito que seja composto por fuzileiros! Infelizmente para mim e principalmente para o corpo de fuzileiros. Estao a "matar" o nosso glorioso corpo de fuzileiro. É pena mas é a verdade.
 

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Lightning

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« Responder #808 em: Novembro 12, 2008, 04:02:50 pm »
Citação de: "tyr"
no caso portugues acredito que uma força de nivel batalhão constituida por forças de infantaria de elite (comandos, fuzos, paras) apoiados por equipas especializadas (snipers, OE (os snipers são OE, mas são diferentes), pessoal de guerra electrónica, pessoal EOD/IEDD, possivelemete uma companhia de sapadores de engenharia (missão de limpeza de estradas), talvez uma BBF e obviamente o pessoal de apoio logistico). Sendo que essa foça poderia ser reforçada com meios aereos.


Meios da Força Aérea poderia ser (hipoteticamente):
 - 4 F-16 MLU
 - 1 C-130H Hercules
 - Equipa TACP agregada às Forças Terrestres

Os helicopteros EH101 não porque toda a gente sabe dos problemas que existem actualmente com a frota, até foi preciso reactivar os Pumas, talvez no futuro pois penso que se temos 12 helicopteros, temos capacidade de enviar 2 ou 3 para missões externas.

Os helicopteros Alouette III não porque são aeronaves muito limitadas para operar num TO como o Afeganistão.

O Aviocar não porque está em fase terminal (e também é muito limitado) e os C295 ainda não estão operacionais.

Os P-3 não porque actualmente só os 2 P-3P é que fazem missões e os P-3C ainda não estão operacionais.
 

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André

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« Responder #809 em: Novembro 13, 2008, 08:20:18 pm »
Ministro admite eventual aumento de tropas no Afeganistão

O ministro português da Defesa Nacional, Nuno Severiano Teixeira, defendeu hoje, no Parlamento, que as missões militares internacionais são uma «prioridade política»do Governo e admitiu um eventual reforço de tropas no Afeganistão.

Questionado pelos jornalistas, no final da discussão na especialidade para o sector da Defesa, Severiano Teixeira, defendeu que o reforço de 20 por cento no Orçamento de Estado para 2009 em termos de missões externas, traduz «a prioridade política que o Governo atribui às missões internacionais das Forças Armadas».

«Temos de acompanhar com cuidado e com prudência a evolução da situação no terreno, a situação que a Aliança Atlântica vai analisando e, no momento próprio e nos locais institucionais próprios, naturalmente que essa questão será ponderada», acrescentou.

«Portugal vai manter o empenhamento em todos os teatros de operações onde está. Para além disso, vai exercer o comando da força naval da NATO e o comando da EUROFOR (Força Europeia de Reacção Rápida) também para o ano», explicou o governante, após a reunião com a Comissão Parlamentar de Defesa.

Durante o debate parlamentar, o deputado do CDS-PP e vice-presidente da Comissão Parlamentar de Defesa, João Rebelo, e o deputado do PSD, Rui Gomes da Silva, já tinham questionado Nuno Severiano Teixeira sobre o aumento orçamental de 20 por cento para as missões externas e um possível reforço militar a nível nacional na missão da NATO no Afeganistão.

Lusa