Bom dia meus senhores.
Li na diagonal o que foi escrito e como cá deixo a minha opinião sobre o assunto.
Antes de falar sobre este assunto em concreto, vou começar pelo inicio dos problemas das Forças Armadas… o recrutamento e retenção do efectivo. Não sei se leram no ”Público” que o governo quer criar creches nas unidades militares de forma a atrair mais mulheres para as Forças Armadas (
https://www.publico.pt/2019/03/27/politica/noticia/governo-promete-creches-quarteis-1866452 ). Ora vamos lá ser francos, a idade média do voluntário/contratado para as Forças Armadas deve rondar os 20 anos. Isso será essencialmente usado por militares do QP e contratados em final de “carreira”. Isto é sintomático do que se passa nas Forças Armadas, medidas que até podem ser positivas mas que na prática não irão atrair os tão necessários Praças. Podia-se falar em contratados de longa duração que este governo já disse que ia avançar, mas que até agora nada ou então com a possibilidade dos Praças também poderem aceder ao QP. Sem recursos humanos podemos até ter F-15X, mas pouco adiantará.
Agora vou falar do que é realmente o orçamento das Forças Armadas. Neste caso estou a falar das retenções e outras falcatruas para contentar o Trump, mas que pouco ou nada se traduzirá em aumento dos recursos financeiros das Forças Armadas. Aprovar “X”, reter “Y”, usar “Z” para outros fins, faz com que haja uma incapacidade para manter o que já se tem (treino, manutenção do material, manutenção das instalações militares, etc). Querem casos reais e palpáveis? A classe “fisga” com a sua modernização feita a passo de caracol que transforma navios combatentes em patrulhões desdentados e cegos. A futura aquisição de helicópteros monomotores para funções táticas. A redução dos números de VBTP 4x4 para caber no orçamento do programa.
Agora vou falar do nosso vizinho Marrocos. Acho bem que eles estejam a modernizar-se, acho bem que adquirem equipamento e armamento e que arranjem novos aliados de peso. Dito isto, são eles que estão mal ou nós?! É que não tenham dúvidas, nisto tudo o que nos safa é que as economias dos vários países deste lado do mundo (Espanha, Portugal e Marrocos) está cada vez mais interligada e que ninguém iria ganhar com uma guerra (muito pelo contrário). Dos três, nós somos os mais fracos, mas também somos os que têm melhor relacionamento uns com os outros, até porque pertencemos à EU juntamente com Espanha e não temos cidades no norte de áfrica.