“...Pois sí, Fraga foi ministro de Franco, e tamén o foi Adolfo Suarez, e o Rei foi elexido por Franco. Pero Fraga é un dos pais da Constitución... / ... A necesidade da Eurorexión Galicia-Norte de Portugal, ven dada pola nosa condición de rexións ultraperiféricas na UE...”
Eu não ponho em causa que o Sr. Fraga Iribarne, tenha entendido - como outros - que não era possível voltar atrás e que a Democracia era inevítavel. No entanto, o facto de Fraga ter participado na elaboração de uma constituição, a mesma que é hoje abertamente criticada, não muda nada. A superioridade moral da democracia, é que ela (a Democracia) deu a Manuel Fraga, direitos que ele mesmo (e os seus correligionários) negaram aos outros. O facto de Fraga Iribarne ter participado na elaboração da constituição espanhola, abona muito a favor da democracia, mas abona muito pouco em favor do próprio Fraga Iribarne.
... ¿Por eso non entrou na guerra do lado nazi?¿Por eso non deixou invadir Gibraltar por terra?¿Por eso destituiu a Serrano Suñer no ano 1942?...
Não entrou na guerra, porque entendeu, que Espanha correría sérios riscos, ao entrar numa guerra depois de meses do fim da própria guerra civil. Acima de tudo, Franco leu a história de Espanha, e viu na autorização para atravessar Espanha, um paralelismo com a autorização dada por Espanha, para as tropas napoleonicas atravessarem Espanha para atacar Portugal. A História deve ser lida. Se ocorresse qualquer coisa idêntica, com as feridas vivas da guerra civil, isso sería provavelmente o fim da Espanha.
A destituição de Serrano Suñer ocorre, depois de os Estados Unidos terem entrado na guerra, ou seja, quando se tornou evidente que a Alemanha acabaria perdendo a guerra. A costa atlântica e mediterrânica era totalmente indefensável. Espanha cairía facilmente, e os aliados teríam o apoio dos que se opuseram a Franco na guerra civil. Todo o regime caíria.
O que Franco fez, foi algo que é normal na história da Espanha, (mudar de carruagem, a meio da viagem). Não foi feito por falta de ideias comuns com Hitler, foi feito por lóigica calculista.
Nunca neguei que Franco foi um líder esperto. Negar a “esperteza” de Franco, sería contradizer a História. Mas como vê, mais uma vez, os factos históricos vêm comprovar aquilo que escrevi.
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Iberismo.
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Caro Ferrol. Francisco Franco, ascendeu ao generalato com uma tese sobre
como invadir Portugal em 48 horas. Podía ter discorrido sobre mil assuntos, mil guerras, mil temas, mas não, a sua escolha foi “Como ocupar Portugal em 48 horas”. Este singelo facto, é já de si demonstrativo. Depois, obviamente há a Falange e o inenarrável “Serrano Suñer” e o seu anti-portuguesimo genético. Serrano Suñer era visto como perigoso mesmo na altura.
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Pacto Ibérico
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Uma Espanha derrotada e com outra guerra civil sería um problema para Portugal. Quando a segunda guerra mundial, começou a pender para o lado dos aliados (entrada dos Estados Unidos na guerra, primeira derrota alemã em Moscovo, e posteriormente Midway e mais tarde Estalinegrado), tornou-ze evidente que Franco tería problemas, exactamente porque o seu governo era visto como pró-nazi / pró-alemão. Portugal teve o seu papel ao tentar evitar que a Espanha ficasse isolada internacionalmente. A sobrevivência de Franco tornava-se necessária, porque se Franco saisse de cena, Portugal podería ter problemas com a manutenção do regime.
Ou seja, Portugal apoiou Franco, não porque estivesse de acordo com a sua ideología, mas porque o seu fim (do regime de Franco), podería ser negativo para Portugal.
El Pacto Ibérico de posguerra fue una alianza defensiva destinada, en el orden interno, a conservar las dictaduras y, en el externo, a impedir la restauración democrática.
Comentário: Também era melhor que falasse... Você acha que se o objectivo tivesse a ver com a destruição de Portugal, tal ía estar escrito no pacto ?
Remeto-o para as palavras do embaixador Franco Nogueira, (ministro dos negócios estrangeiros de Salazar, mas que se deve analisar considerando o contexto histórico em que se inserem) no seu livro “
Um político confessa-se”, Editora Civilização, 1986, página 270, sobre o seu dialogo com o general Muños-Grandes, um dos homens mais próximos do Generalíssimo Franco:
Muñoz-Grandes, em 9 de Dezembro de 1967, fala com ele, (Franco Nogueira) num encontro de caça, que decorreu em território Espanhol.
-Fernando Nogueira: Há uma obsessão constante de Espanha através dos séculos em anexar Portugal, e que persinto hoje, tão viva como sempre.
Muños-Grandes reconhece que é assim e comenta com toda a sua franqueza: “Eu lhe digo. Há, em relação a Portugal, duas classes de espanhóis. Há os que querem a integração, a anexação, o desaparecimento político de Portugal, e isso quase imediatamente, e por quaisquer meios que forem necessários. E há os que desejam o mesmo objectivo, mas a conseguir gradualmente, em cinquenta ou setenta anos. Os primeiros são cerca de 90%, os segundos formam os restantes 10%. Isto faz parte da alma espanhola, não vejo como modifica-lo”Caro Ferrol, um dos homens mais próximos de Franco, diz isto. Olhe que estas palavras não foram proferidas em Aljubarrota; durante o domínio Filipino; durante a guerra contra os Filipes; durante a ocupação de Olivença e da guerra das laranjas; durante o reinado de Afonso XIII, ou depois da guerra civil. Estas palavras foram proferídas ainda não há trinta e sete anos. E foram proferidas, por um dos militares mais próximos de Franco.
A questão é saber se Fraga está no grupo dos 90% ou no grupo dos 10%. Eu acho que Fraga está no grupo dos que acham que se deve anexar Portugal em 50 a 70 anos. Uma das formas de o conseguir pacificamente, é para já, destruir a sua (nossa de Portugueses) unidade nacional. Para isso está aí a a euro-região “Galiza-Norte de Portugal”.
En este sentido, hay que recordar que, aunque en un principio no existía una ideología concreta y uniforme entre las fuerzas que se sublevan contra la República, las relaciones amistosas con Italia y Alemania, además de con Portugal, inclinaron la balanza hacia unos valores fascistas capitalizados por la Falange.
Deste xeito, non me explico esa "suposta" enemizade, se incluso tiveron orixe as ideas da Falanxe inicial en Portugal...
Os factos, continuam "Ad Eternum"
Corrixo, os "factos", como queda demostrado, inventaos e manipúlaos vostede "Ad Eternum". Paréceme ben, mentras esteamos aquí Dinivan e mais eu para demostrar que o que di non é certo, vostede diga o que queira, que a Historia xa lle dirá a verdade.
Que vostede confunda "Nazismo" con "Falangismo" é algo natural nos estranxeiros, pero non pretenda vir dando leccións de "Factos" tan falsos como inocentemente argumentados. De cando en vez, unhas verbas do estilo, "creo que...", ou "a mín paréceme que..." non virían mal. Danlle un ton de modestia ás participacións, sempre necesario cando alguén pode contradicilas.
Ora vamos por partes:
A Falange nunca podería ter tido qualquer influência portuguesa, por uma razão simples. A falange era uma organização militarista. O regime português, implantado por Salazar era uma ditadura de raíz civil e rural (Qualquer livro de história sobre o regime 1926-1974 lhe vai dar esta ideia), completamente contrária a militarismos e á industrialização. Não há na falange NADA que possa lembrar o salazarismo. Temos em portugal, a “mocidade portuguesa” e a “legião portuguesa”, que foram criadas, com o objectivo de controlar os excessos militaristas que para Salazar eram perigosos e de evitar.
Franco teve relações amistosas com a Alemanha e com a italia, porque foram estes países, que, considerando que Franco era um seu correligionário, apostaram fortemente na sua vitória. Durante e depois da guerra civil, Portugal aproveitou a vitória de Franco e apoiou-o. Lembro-lhe que antes de 1936, em Portugal aguardava-se uma guerra com Espanha, que era dada como certa, exactamente por causa da viragem á esquerda do regime espanhol.
“Que vostede confunda "Nazismo" con "Falangismo" é algo natural nos estranxeiros”
Eu não confundo nazismo com falangismo, porquanto uma e a outra são coisas diferentes, embora sejam faces da mesma moeda. Um militarismo fanático, daqueles que pensam que são melhores que os outros, apenas porque têm uma arma na mão. São aqueles que acham que a razão da força é maior que a força da razão. Eu acho que eles estão errados.
O ANSCHLUSS de Espanha, relativamente a Portugal, está expresso nas manifestações em Madrid com o famoso “
Y ahora a Portugal” gritado nas praças de Madrid em 1939, e em canções da Falange, onde se conclamava a falange a “Borrar la frontera de España con Portugal... para hacer la España Imperial”.
Isto, meu caro Ferrol, está por toda a Internet. Eu não troco factos, não distorço realidades, não manipulo factos nem invento nada. Absolutamente nada. A única coisa que “invento” naturalmente, são as minhas opiniões. E as minhas opiniões suporto-as com factos e com um pouco de raciocínio dedutivo.
Eu não pretendo impôr a minha vontade ou as minhas ideias a ninguém. Acima de tudo, eu tenho opiniões, e digo o que penso, mesmo quando isso pode parecer “politicamente incorrecto”. Não tenho de facto um costume português que é o de ouvir e calar, para não ser desagradável. Há verdades, caro Ferrol, que são desagradaveis. Eu não sou o responsável. Eu não tenho culpa, que Fraga tenha sido ministro de Franco, que Franco fosse apoiado pelos Nazis, que Franco tenha mudado de “equipa” quando entendeu que a equipa de Hitler ía perder, que Fraga tenha entendido que tinha que aceitar a democracía. Eu não inventei nada disto. São factos da história. Acho que não é necessário nenhum link para isto.
E poña enlaces, home, que o seu máis que intervencións parecen encíclicas papais, que máis parece que fala con Deus que cos homes. Os homes, excepto JLRC, precisamos probas de que o que nos din é certo e non unha mensaxe mesiánica dun iluminado.
Eu, caro Ferrol, tenho este costume antigo que é o de ler livros. Esses livros não estão em grande medida na Internet, pelo que não posso resolver o problema. As minhas opiniões, baseiam-se também na análise dos factos “jornalisticos” e na minha interpretação da realidade. Além disso, eu não estou aqui a escrever as opiniões dos outros e a apresentar a opinião dos outros como argumento. Eu apresento a minha opinião, apenas isso.
E supoño que vai vostede a retirar o de españolismo neonazi
Neste ponto, meu caro Ferrol, eu peço-lhe (e não me leve a mal pelo reparo) que antes de escrever um comentário, leia o texto e o entenda, sob risco de ser você o acusado de estar a distorcer as palavras dos outros. Eu nunca escrevi “españolismo neonazi” eu escrevi “Castelhanismo Neo-Nazi”. Há, meu caro Ferrol um oceano de diferença nesta expressão. Na minha visão da Espanha, eu não tenho a opinião do general Muñoz-Grandes, e acredito que além de uns e de outros (anexionistas), há ainda os espanhois que vêm Portugal, como outro país europeu. É verdade que esses, são em grande parte aqueles que têm uma ideia mais negativa sobre Portugal, mas, enfim, eu vivo com isso, e há muitos outros que também vêm Portugal como um país normal. Para mim, o “Castelhanismo” é a doutrina dos espanhois que acreditam que existe um país, que sob a égide e o domínio de Castela, da sua cultura, dos seus costumes e da sua lingua, deve dominar todos os outros na peninsula. Essa “velha” Castela, logrou esse objectivo na Catalunha, na Galiza e noutros lugares, mas falhou desastradamente em Portugal. Essa velha Castela, nunca nos perdoou, e a meu ver, nunca nos perdoará. Inventa alianças inglesas como justificação para todos os seus fracassos, inventa um Portugal sub-desenvolvido, para explicar que esse subdesenvolvimento existe por causa da recusa dos portugueses em quererem ser castelhanos.
Essa velha Castela, destruiu alguma da diversidade cultural da peninsula ibérica. Essa velha Castela, agiu, como se a peninsula ibérica fosse uma “Grosse Deutschland”, que incluía a Austria, assim como A grande Castela incluiría Portugal.
Portanto, repito, não há porque retirar nada, principalmente, porque não tenho que retirar o que não escreví, e se o tivesse escrito,só o retiraría se não houvesse uma razão para o ter escrito.
A História já está escrita, Ferrol. Mas você leu uma História diferente da minha. Eu não o critico por isso. Você é um produto da Historiografía que Castela impôs á peninsula ibérica. Eu baseio-me naquela que sobreviveu. Eu não o critico por se basear na sua. Eu entendo-a. O que lhe péço, é que da mesma forma que eu o entendo, você faça um esforço para me entender a mim.
E já vão uma data de folhas ...
Cumprimentos