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Presidênciais 2006

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Miguel

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« Responder #180 em: Dezembro 28, 2005, 11:48:41 am »
Eu julgo ridiculo a candidatura daquele Vieira....

Parece-me ser o palhaço de serviço....

Pessoalmente não me faz rir.
 

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Charlie Jaguar

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« Responder #181 em: Dezembro 28, 2005, 12:37:52 pm »
Citação de: "Miguel"
Eu julgo ridiculo a candidatura daquele Vieira....

Parece-me ser o palhaço de serviço....

Pessoalmente não me faz rir.

Olha Miguel, tiraste-me as palavras da boca.

Só que eu penso isso em relação ao "yes man" Cavaco Silva, o boneco de plasticina, o homem do leme, aquele que não se engana e raramente tem dúvidas (é verdade, não foi ele que meteu ontem a "pata na poça" com aquela história do Secretário de Estado?)  :?
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Rui Elias

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« Responder #182 em: Dezembro 28, 2005, 01:20:56 pm »
Tomkat:

Citar
E confirma-se a razão dos protestos de Gracia Pereira contra a televisão pública (RTP) por não o incluir nos debates televisivos.
Apesar de não vir acrescentar nada à "qualidade" e ao conteúdo dos debates, foram violados os seus direitos constitucionais.


Tem toda a razão:

Em termos jornalísticos seria discutível se a sua presença seria interessante, mas a RTP como TV pública não se deve reger somente por interesse jornalístico ou de audiências, e todos os candidatos devem ser tratados jornalisticamente em pé de igualdade.
 

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Luso

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« Responder #183 em: Dezembro 28, 2005, 02:56:46 pm »
Citação de: "Charlie Jaguar"
Só que eu penso isso em relação ao "yes man" Cavaco Silva, o boneco de plasticina, o homem do leme, aquele que não se engana e raramente tem dúvidas (é verdade, não foi ele que meteu ontem a "pata na poça" com aquela história do Secretário de Estado?)  :?



http://dn.sapo.pt/2005/12/28/opiniao/o_ ... blica.html

"O desprestígio da República

Ele só tinha um caminho decente a seguir após um episódio tão deselegante e grotesco [no debate com Cavaco] o de desistir da sua candidatura. Merecia que o seu partido lhe retirasse o apoio logo naquela noite. Era esse também o único caminho decente que restava ao PS
 
Ele não respeita regras. Ele fez afirmações gravíssimas. Ele destruiu a razoável imagem que tinha com meia dúzia de frases intencionais e malévolas.

Ele não se limitou a ser o único e aliás medíocre entrevistador do seu adversário em 20 de Dezembro. Fez uma figura triste, trapalhona e imperdoável.

Ele reconheceu que se prestou, como Presidente da República, a ouvir reparos críticos de primeiros-ministros estrangeiros ao primeiro-ministro de Portugal, quando este andava a defender os interesses nacionais.

Ele tem da função presidencial um entendimento perverso a opinação de uns amigalhaços de segunda categoria foi posta à frente dos interesses do Estado português. Ele é o homem que diz ter uma grande experiência internacional e ser muito prestigiado no estrangeiro, talvez por se prestar assim à coscuvilhice política de alto (?) nível.

Ele mostrou-se de acordo, na sua qualidade de Chefe do Estado, com o que então lhe disseram os seus interlocutores. Tanto assim que o invocou agora como fundamento das suas afirmações.

Ele aceitava tudo aquilo que ia ouvindo, não se opondo a que assim pudessem ficar diminuídos a credibilidade, o prestígio, o estatuto e o espaço de manobra do primeiro-ministro de Portugal. Não sabemos com quem falou.

Ele, que diz conhecer e respeitar a Constituição, talvez não tenha chegado a trair o interesse nacional, mas traiu certamente a solidariedade institucional. Se algum daqueles fabianos se tivesse jamais atrevido a entabular conversas do mesmo jaez com estadistas como Jacques Delors, Helmut Kohl, Margaret Thachter, John Major, Felipe González ou até son ami Mitterrand, teria levado uma corrida em pêlo. Ele não aprendeu nada com as grandes figuras da política europeia.

Ele teve a desfaçatez de assumir esse comportamento deprimente, não se penitenciando por tal facto, antes tentando utilizar essas situações do passado em seu favor no presente.

Ele continua a pensar que goza de uma absoluta impunidade. Sem nada de melhor para dizer, lançou mão da insinuação não demonstrada em termos que resvalam para a calúnia lesiva para Portugal e para quem representava o País em negociações da mais alta complexidade.

Ele acha que os fins justificam os meios. Ele, habitualmente bem-educado, não recua perante nada, no desespero em que o colocam as sondagens. Ele é que representa um alto risco para a democracia.

Ele escusou-se a revelar a identidade daqueles interlocutores, o que era o mínimo exigível depois de ter descrito perante as câmaras o teor escandaloso das suas conversas.

Ele não teve transparência nem coragem nos seus processos. Afirmou coisas espantosas com toda a arrogância, mas meteu o rabo entre as pernas quando se tratou de esclarecer o auditório sobre quem lhe disse o que se pôs a repetir. Se o seu comportamento tivesse sido divulgado na altura em que assim procedeu, ele não teria tido outro remédio senão o de pedir a demissão do cargo que ocupava.

Ele não foi capaz de explicar por que razão não exerceu então os seus poderes para demitir o primeiro-ministro, se achava que este não valia grande coisa e merecia os comentários desprimorosos que ia ouvindo.

Ele é pateticamente inconsistente nas suas posições. Foi-o quando Presidente. É-o agora que tenta voltar a sê-lo.

Ele, que tanto invoca o conhecimento da História, da Economia e da Política, mostra também a sua rutilante ignorância em matérias nevrálgicas para o País nem sequer se deu ao trabalho de ler, ao menos, o documento da União Europeia intitulado The Portuguese Economy after the Boom, que compara eloquentemente a governação a que ele põe agora tantas reticências e a governação socialista.

Resumindo

Ele assumiu em público ter sido protagonista consciente e voluntário do desprestígio do País, da República e do Governo.

Ele deixou bem claro que se esteve nas tintas para a defesa dos interesses nacionais e para a solidariedade institucional.

Ele fez com que a maioria dos portugueses, a partir de 20 de Dezembro, se sentisse desconfortável com o facto de o ter tido como Presidente durante dez anos, como se viu pelas inúmeras reacções, espontâneas e indignadas do dia seguinte, nos vários fora da rádio e da televisão.

Ele só tinha um caminho decente a seguir depois de um episódio tão deselegante e tão grotesco o de desistir da sua candidatura.

Ele merecia que o seu partido lhe tivesse retirado o apoio logo naquela noite. Era esse também o único caminho decente que restava ao PS.


Vasco Graça Moura"
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Charlie Jaguar

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« Responder #184 em: Dezembro 28, 2005, 03:17:27 pm »
Caro Luso

Eu já sei da sua inclinação para o candidato Cavaco Silva. Mas daí a citar um artigo do apoiante de longa data Vasco Graça Moura... não havia nechechidade!  :wink:
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Miguel

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« Responder #185 em: Dezembro 28, 2005, 03:19:27 pm »
e essa plantação de Kiwis?

 :mrgreen:
 

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Charlie Jaguar

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« Responder #186 em: Dezembro 28, 2005, 03:20:44 pm »
Está para breve, pelo rumo que as coisas estão a levar!  :mrgreen:
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

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Normando

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« Responder #187 em: Dezembro 28, 2005, 03:22:58 pm »
Em relação aos candidatos-não-mediáticos: custaria assim tanto a um dos canais do Estado organizar e transmitir um debateentrevista com os candidatos subalternizados? Dava pelos menos para os eleitores terem uma ideia geral àcerca das sua personalidades e propostas para o exercício do cargo. Eu acho que isto seria respeitar minimamente o princípio da igualdade eleitoral entre candidatos e seria serviço público.
Claro que não incluo aqui o Vieira dos Ena Pá 2000 porque ele não é realmente um candidato presidencial.
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

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Luso

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« Responder #188 em: Dezembro 28, 2005, 03:26:48 pm »
Concordo, Normando. Isso é da mais elementar justiça. E só mostra como a democracia só interessa ao sistema e aos aparelhos.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Luso

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« Responder #189 em: Dezembro 28, 2005, 03:31:06 pm »
Citação de: "Charlie Jaguar"
Caro Luso
Eu já sei da sua inclinação para o candidato Cavaco Silva. :mrgreen:
Também não vejo Cavaco como um Deus. Mas sem sombra de dúvida - pelo menos para mim - que é o candidato menos mau. E por isso vai ter a minha cruzinha.
E se ele começar a porta-se mal também pode crer que aqui estarei para lhe dar pancada. O que é certo é que vou ter que escolher e vou fazê-lo, escolhendo o que por agora me parece o melhor. Direi mesmo que nem tenho opção: os outros nem sequer existem.
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alfsapt

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« Responder #190 em: Dezembro 28, 2005, 03:33:18 pm »
Citação de: "Normando"
Em relação aos candidatos-não-mediáticos: custaria assim tanto a um dos canais do Estado organizar e transmitir um debateentrevista com os candidatos subalternizados? Dava pelos menos para os eleitores terem uma ideia geral àcerca das sua personalidades e propostas para o exercício do cargo. Eu acho que isto seria respeitar minimamente o princípio da igualdade eleitoral entre candidatos e seria serviço público.
Claro que não incluo aqui o Vieira dos Ena Pá 2000 porque ele não é realmente um candidato presidencial.


Realmente nem se pode dizer que existe justiça democrática.
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma."
Padre Antonio Vieira
 

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dremanu

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« Responder #191 em: Dezembro 28, 2005, 03:33:59 pm »
Quanto a mim, nem vale a pena perder tempo a assistir a debates. É só blá blá blá superficial...
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Charlie Jaguar

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« Responder #192 em: Dezembro 28, 2005, 03:36:15 pm »
Citação de: "alfsapt"
Realmente nem se pode dizer que existe justiça democrática.

É verdade, realmente o que parece cada vez mais existir é a justiça mediática.  :|
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Charlie Jaguar

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« Responder #193 em: Dezembro 28, 2005, 03:55:32 pm »
Este artigo de opinião de José António Lima («Expresso», 21 de Dezembro de 2005) sintetiza o que eu penso da prestação de Mário Soares no dabate com Cavaco Silva:

Citar
Como Soares deu um KO a si próprio
 
Mário Soares precisava, no debate final com Cavaco Silva, de ser politicamente contundente mas, também, construtivo e credível. Foi, apenas e só, agressivo no tom e destrutivo nas palavras. Precisava de abrir brechas no distanciamento esfíngico de Cavaco, de o fazer descer do pedestal de superioridade em que tem decorrido a sua campanha. Conseguiu, apenas e só, desgastar-se a si próprio em ataques e indelicadezas sucessivas reforçando a aura de seriedade e respeitabilidade do seu adversário.
 
Mário Soares não fez uma única intervenção, uma única, ao longo de mais de uma hora de debate, com uma ideia para o país, com uma proposta mobilizadora, com uma mensagem positiva. Foi reiteradamente agreste, catastrofista, acintoso, negativista. Obcecado em denegrir e abalar o adversário, esqueceu-se de que estava a falar para os portugueses, perdeu a compostura e o discernimento, transformou uma campanha presidencial num recinto de luta livre, converteu um debate político numa conversa, azeda e ressentida, de vizinha rezingona e maldizente.
 
Soares chamou tudo o que podia chamar a Cavaco. «Não tem competência, não tem temperamento, não tem conversa, não é um social-democrata, é um homem de direita, quer vender gato por lebre, não tem uma formação democrática precisa, não fala, está blindado, deu o poder a outro porque tinha medo de ser julgado e de perder, é um político intermitente, só gosta de panegíricos, só governa em tempo de vacas gordas, é um economista razoável, não é um suprassumo da economia, tem vergonha do partido dele, quando está com outras pessoas ou fala de economia ou cala-se, etc., etc., etc».
 
A diatribe de Soares foi-se tornando, a cada remoque ou intervenção que fazia, mais incómoda para os espectadores, mais patética pela exaltação, mais confrangedora pelo excesso de linguagem e pela gratuitidade dos ataques. Chegou a roçar a inconveniência, como na alusão às conversas com políticos europeus sobre o comportamento de Cavaco quando este era primeiro-ministro.
 
Cavaco nem precisou de ser brilhante para sair claramente por cima deste debate. Bastou-lhe ignorar a má-língua, não baixar ao nível conflituoso e chocarreiro do seu adversário, falar do pensa poder ser o seu papel em Belém e, em sintomático contraste, deixar cair alguns elogios às qualidades do opositor. Enquanto isso, Mário Soares tratava, acusação atrás de acusação, golpe após golpe, de dar um KO a si próprio e de se pôr fora de combate.
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

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« Responder #194 em: Dezembro 28, 2005, 04:10:28 pm »
Não percebi o burburinho gerado após Cavaco ter sugerido, em entrevista ao JN, que o Governo atribuísse a um secretário de estado a tutela dos dossiers respeitantes às empresas estrangeiras instaladas em Portugal. Um PS histérico já antevê um "golpe de estado constitucional"; o porta-voz da candidatura de Mário Soares, Severiano Teixeira, já alertou para o perigo de "instabilidade política" se Cavaco Silva ganhar; Manuel Alegre alertou para os "riscos de governamentalização da Presidência da República"; etc, etc, etc...

Se o PR nem uma sugestão pode fazer, então para que serve ele? O Poder Executivo compete ao Governo; o Poder Legislativo está reservado à AR e ao Governo; o Poder Judicial está atribuído ao MP e aos Tribunais. E o PR fica com quê? Poder Decorativo?...
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