http://www.areamilitar.net/imprensa/imprensa.asp?NrNoticia=143Hoje, dia 3 de Agosto de 2005, terá ocorrido na capital da Mauritânia, Nuakchot, na ausência do presidente do país, Maaouya Taya, que viajou para assistir ás exéquias funebres do rei Fahad da Arábia Saudita.
Militares revoltosos cercaram a radio oficial e cortaram ruas na capital do país, ao mesmo tempo que se ouviam tiros nas proximidades do palácio presidencial.
Até ao fim da tarde, ainda não é possível entender exactamente o que se passa, disseram a várias agências internacionais diplomatas em Nuakchot.
Segundo a televisão Árabe Aljazeera a revolta será liderada pelo coronel Walad Abd Al-Aziz que terá tomado o Quartel-General do exército.
As fronteiras foram encerradas e não é possível saír do país, nomeadamente na fronteira com o Senegal.
Tem havido várias tentativas de derrubar o governo da Mauritânia, visto como um governo repressivo, embora seja um dos três únicos países da Liga Árabe que reconhecem oficialmente o estado de Israel.
As boas relações com Israel, são mal vistas por muitos árabes na Mauritânia, e mais de vinte anos no poder, têm desgastado a imagem de Maaouya Taya. A repressão do governo durante este periodo, poderá ter radicalizado os cidadãos moderados, que poderão agora apoiar um regime fundamentalista islâmico.
A possibilidade de se implantar na Mauritânia um regime islâmico, aproxima esta realidade de Portugal. A Mauritânia fica a poucas centenas de quilómetros das ilhas Selvagens, no arquipélago da Madeira.