Não seria de todo inviável que a Marinha pudesse ter 4 aparelhos EH-101 para operações SIFICAP, ASW e transporte, não só para o NavPol, como para resgate e salvamento e ASW, e nu futuro substituir os Linx por NH-90.
Eu sei que dos 12 para a FAP, 2 serão SIFICAP, mas essa valência para mim deveria pertencer à Marinha, e deixavam-se esses dois sem essa configuração, para usos gerais, na FAP.
Acredito que a Marinha poderia e deveria ter 4 EH-101 no NavPol e em terra para operações no mar, vigilância marítima e apoio a embarcações, dispensando a FAP de determinadas tarefas que poderiam ser melhor coordenadas no mar, dentro do mesmo ramo, com apoio naval e aéreo de grande alcance (os EH-101 têm uma autonomia de voo notável).
No tempo de Paulo Portas à frente do MDN chegou a ser estudada a hipótese de se comprarem exactamente mais 4 EH-101 para a Marinha, e aquando da sua deslocação à fábrica da Agusta-Westland, a Itália, para recepcionar oficialmente o 1º aparelho para a FAP houve mesmo conversasões sobre a hipótese de se juntarem mais 4 aparelhos aos 12, para que o custo unitário da encomenda descesse.
Mas a Agusta recusou, e insistiu para que se Portugal quisesse mesmo mais 4 EH-101 (para entrega em 2009) teria que ser uma encomenda de 4 unidades e não de 16 (os 12 + 4), pelo que o custo unitário aumentava muito.
Depois o Governo anterior caiu, e não acredito que essa possibilidade se materialize agora, com Luís Amado na Defesa e com os problemas com o défice.
No entanto, acharia bem.
Aliá, já que Portugal está na calha para a compra de 10 NH-90 para o Exército, e como 10 NH-90 (helis de porte médio, semelhante aos PUMA) são poucos, poderia adoptar esse procedimento para a Marinha e encomendar mais 5 ou 7 para as fragatas, e abandonar a ideia de encomendar mais 2 Linx (como se sabe, dos 5 actuais, 2 estão parados por falta de sobresselentes, pelo que na prática apenas temos hoje 3 Linx operacionais, e mesmo estes, já com muitas horas de voo em cima).
Costuma-se dizer que "à dúzia é mais barato", e portanto acredito que o custo unitário de 17 NH-19 (10 para o Exército e 7 para a Marinha), em vez de 10 unidades, seria mais baixo, e a Marinha poderia para as 5 fragatas e o futuro Navpol, ter uma frota de helis médios novos, e para o NavPol ter uma força própria de EH-101, para que nem sempre fosse necessário utilizar os da FAP.
Imagine-se:
Se um dia o NavPol tiver que ir em missão prolongada para o exterior e levar embarcados 3 EH-101.
E sabendo-se que dos 12 EH-101, 3 permanecerão destacados nos Açores, Portugal continental ficaria apenas com 6 aparelhos.
E se uma catástrofe humanitária houvesse nessa altura?
E se fosse de repente necessários mais que apenas 6 EH-101 para acudir a qualquer situação?
Julgo que faria sentido, e se verbas houver, o Governo não deveria deitar fora essa possibilidade.
Ou então lutar para que essa possibilidade se materializasse.