Partindo apenas do ponto de vista da teoria, a aquisição de Mirage-2000 por Marrocos, teria sempre que ser considerada do ponto de vista táctico.
No entanto, o Mirage-2000 é um avião relativamente sofisticado (ler: CARO). Portanto, Marrocos ficaria sempre por (provavelmente) uma pequena esquadra de 8 a 12 aparelhos. Nunca se trataría de substituir todos os seus actuais Mirage.
De qualquer forma, Marrocos nunca tería os seus Mirage-2000 prontos antes de Portugal ter pelo menos, modernizada a esquadra 201, com os 20 F-16 AM/BM.
Pelo que sei, e há aqui melhores conhecedores de estratégias e tácticas, um Mirage-2000 terá alguma superioridade sobre o F-16 MLU (alguma) mas tudo depende das tácticas que permitem enganar o adversário.
Para mim, tais aeronaves teríam como função, garantir a Marrocos algum tipo de capacidade de controlo aéreo. Ou seja, garantir cobertura à operação dos outros aviões em tarefas de apoio terrestre.
Num conflito com Espanha, dependendo da localização de tais Mirage-2000, mesmo apenas oito aviões, obrigariam qualquer estratega sos espanhois a pensar duas vezes. O Mirage-2000 pura e simplezmente negaria ao domínio total dos Espanhois sobre os ares, reduzindo-lhes bastante a capacidade de por exemplo apoiar Ceuta e Melilha com aviões de transporte, ou poderíam impedir um fluxo de mantimentos e apoio logistico a qualquer força no norte de Marrocos.
Qualquer operação tería, antes, que destruir essa ameaça, caso contrário nenhuma operação tería sucesso garantido.
Cumprimentos