Bem, eu não tinha respondido ao mccormick apenas porque este é um offtopic e penso que deveria ser aberto um tópico próprio que o assunto merece, se é que não o há já, pois confesso que tambem não o procurei
por voador » Terça 27 Abr, 2010 9:34 am
mccormick Escreveu:
O facto de a P38 ser já antiga não implica que seja má ou que seja de substituição prioritária. Trata-se de uma arma de utilização secundária, facto que se traduz na perda de importancia de factores como capacidade ou manobrabilidade, já a fiabilidade essa deve estar sempre presente, coisa que a velhinha P38 consegue. A reduzida capacidade face às pistolas mais modernas é sem dúvida um senão mas que também tem de ser encarado do ponto de vista da arma secundária. Sou completamente a favor da substituição da arma em questão uma vez que os militares devem ter ao seu dispor o melhor equipamento possivel. Mas dai a considerar o assunto prioritário ou extremamente necessário vai uma grande distancia...
O senhor como é obvio tem a sua opinião. Mas saiba que uma pistola não é factor de menor importancia em forças do tipo Operações especias, para quedistas e comandos. Basta lembrar que há operações na historia que se ganharam com recurso a pistola e a granada.
Claro que para quem tem a ideia do exercito quadrado tudo em filinha a distancias entre companhias etc com 2 a ft e um a atraz e carros a todos a pistola é de facto secundaria!!
E nas FND eu ja tive de passar pela vergonha de dizerem que eu tinha uma arma de museu (e é) e se podia vender. A um factor para qual as forças armadas tambem servem . Chama-se credibilidade !!!
E quem vai achar que somos crediveis com esta pistola!!!!
Ja tive na bosnia, timor, kosovo e afeganistao e NENHUM pais usa uma pistola tao antiga,
E já agora seria bem de converter o preço de uma unica Pandur que apenas servem para mostrar em exercicios e das quais nunca se tirará proveito real, em pistolas tipo Glock, HK USP, Bereta ou SIG so para dar exemplos (se calhar o preço de uma viatura pagava pistola para 3 brigadas digo eu).
É que nao se trata de dinheiro mas sim da força dos lobbys mesmo !!!!
Revejo-me nestas palavras, pois fui confrontado com as mesmas situações em alguns desses TOs.
Felizmente que num deles estava com uma unidade equipada com melhor material
É claro que em certo tipo de operações é importante ter uma boa pistola, dai o CTOE possuir as belas Sig P228. Contudo a importancia da pistola dilui-se com a presença da Pistola Metralhadora. A guerra mudou muito desde o sec 18 e 19 e dai tambem a perda de importancia da pistola/revolver uma vez que no TO são geralmente mais necessárias arma que permitam o combate enquanto elemento de uma equipa e não como arma de defesa individual. Se me demonstrar uma situação em que a pistola possua alguma vantagem sobre a pistola metralhadora talvez mude de opinião. não digo que não se deva sacrificar uma Pandur para adquirir pistolas, por acaso até as acho necessárias, mas, por exemplo, porque não substituir a GALIL ou as UZI e porque não comprar ACOGS, Steyr TMP, mais misseis stinger, mais LG DE 40 MM, melhor fardamento, melhor equipamento individual de combate ,etc,etc.... talvez coisas mais importantes que substituir a P38 de forma maciça.
Eu não vejo a importancia da pistola em termos de
emprego táctico, pois essa é outra questão, mas não a vejo de modo algum como arma secundária, mas principalmente como arma de defesa pessoal que poderá em ultimo caso ser a ultima (ou a unica) a utilizar.
Em várias situações, foi a unica arma que utilizei e dai ser a unica que me poderia garantir alguma segurança, coisa que a P38 não garante; a Walther não encravar já é uma sorte, pois o acertar no alvo claro que já depende não só da arma mas sobretudo do utilizador.
Quando a maior parte dos países intervenientes em certos TOs esta a optar por armar todos os seus militares com uma pistola de defesa pessoal, moderna e eficaz, exactamente por esse motivo, nós tambem o fazemos, mas com a P38, que já o foi, mas há meio seculo atrás.
Quando usei a SIG, embora não ache a arma precisa (como já referi anteriormente, mas apenas em comparação com outras), senti-me sempre seguro, pois não tinha qualquer duvidas sobre o funcionamento da mesma em qualquer situação, até devido à própria organização da mesma ser mais adequada para uma arma de guerra
No Afeganistão a P38 foi diariamente a minha arma de defesa, incluindo em algumas saidas para o exterior, não em qualquer tipo de missão, mas puramente administrativas e sempre que me lembrava da arma que transportava, "rezava" para não ter necessidade de a utilizar. Por esse mesmo motivo muitas vezes preferia levar a G3 do que a P38 que era a minha arma orgânica.
Cumps