Não era preciso Guarda Costeira nenhuma, bastava que a GNR assumisse as funções e fosse dotada de meios, como acontece mais ou menos aqui ao lado com a Guardia Civil.
Não é preciso inventar muito e criar novas estruturas e novos tachos.
Se com uma Guarda Costeira for mais fácil a Marinha aceitar abdicar das responsabilidades costeiras/civis, porque não?
Qualquer que fosse a solução, teria era que garantir forte cooperação com a Marinha, não só nas questões de patrulha e fiscalização, mas também na Busca e Salvamento costeiro.
Nenhum sistema / organização - está no ADN - quer perder funções; a Marinha prefere ter menos fragatas e ter praias para vigiar, Policia Marítima, lanchas costeiras, Autoridade Marítima Nacional...
A GNR - força militarizada - que assuma cada vez mais o litoral... só vejo vantagens; e que haja oficiais de ligação em estruturas conjuntas, treinos, etc.
Atenção que a Marinha abdicar das funções costeiras, não é garantia nenhuma de que houvessem mais fragatas.
Se quisermos passar as responsabilidades para a GNR, convinha então que a Marinha tivesse um orçamento condizente com as funções militares e oceânicas.
Se a Marinha perder a vertente costeira, perder os meios associados, possivelmente perder algum Ponto de Apoio Naval, ganhar com a GNR/GC um concorrente para o recrutamento de guarnições, e ainda perder orçamento (a fatia que hoje está associada às vertentes costeiras, PM, etc), e, a sumar a isto tudo, a despesa continuar a sair do Orçamento de Defesa... não só é caso para dizer "vira o disco e toca o mesmo", como é perfeitamente compreensível a resistência da Marinha.
Depois também é preciso garantir que esta GNR com competências de GC, mantém uma dimensão adequada às necessidades do país, e que não se começa a investir a torto, e a ter mais olhos que barriga.