UH-60A Black Hawk na FAP

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Re: UH-60A Black Hawk na FAP
« Responder #765 em: Novembro 16, 2025, 11:22:02 pm »
A questão é que - para além do sistema "pagamento" - em Portugal toda a infraestrutura de cuidados médicos está na posse e gestão do Estado... e isso parece-me um pouco diferente da maioria (salvo Reino Unido)?

Em Portugal temos muita medicina privada. Aliás, já vamos em 1/3 de nós com seguros de saúde privados.
Tanto com fins lucrativos como algumas IPSS. Tanto aquela a que recorremos directamente como casos em que o SNS recorre aos privados.
E o resto dos países "azuis " naquele mapa são mais ou menos iguais.

O Canada é (ou era?) um bocado mais radical: na maioria das provincias a medicina privada não pode (ou não podia?) oferecer tratamentos equivalentes aos do serviço público.
 

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Re: UH-60A Black Hawk na FAP
« Responder #766 em: Novembro 16, 2025, 11:29:52 pm »
Nunca ouvi o MD falar que os BH iam fazer as mesmas missões do INEM ou sequer substituir os Helicópteros do INEM.
Um orgão de comnicação em particular Expresso/sicNoticias precisou de uma capa, encontrou um "especialista" tipo pedra/fuzil e agarrou-se à narrativa como um cão a um osso. Manipulando a narrativa para o que lhe interessava.

«Com recurso ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), estamos a adquirir quatro helicópteros Black Hawk, entregues até ao final de Agosto de 2026, e que serão utilizados no apoio a emergência médica em Portugal»
Nuno Melo, na AR

«Sucede que em relatório o INEM considera exactamente o contrário dizendo: “É uma excelente escolha para operações de evaquação médica devido às suas capacidades excepcionais e versatilidade”»
Nuno Melo, no X.com
https://x.com/NunoMeloMDN/status/1986750954255921515
« Última modificação: Novembro 16, 2025, 11:41:44 pm por AC »
 

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LM

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Re: UH-60A Black Hawk na FAP
« Responder #767 em: Hoje às 12:13:50 am »
A questão é que - para além do sistema "pagamento" - em Portugal toda a infraestrutura de cuidados médicos está na posse e gestão do Estado... e isso parece-me um pouco diferente da maioria (salvo Reino Unido)?

Em Portugal temos muita medicina privada. Aliás, já vamos em 1/3 de nós com seguros de saúde privados.
Tanto com fins lucrativos como algumas IPSS. Tanto aquela a que recorremos directamente como casos em que o SNS recorre aos privados.
E o resto dos países "azuis " naquele mapa são mais ou menos iguais.

O Canada é (ou era?) um bocado mais radical: na maioria das provincias a medicina privada não pode (ou não podia?) oferecer tratamentos equivalentes aos do serviço público.

A questão não é a existência de medicina privada - que cresce devido à ineficiência do SNS - mas se a gestão de praticamente toda (excepto análises e exames) a estrutura de cuidados de saúde tem de estar nas mãos do Estado... desde o pequeno centro saúde ao hospital universitário central, com emprego público. No papel, porque - claro - os profissionais tentam estar, paralelamente, no privado...

No Canadá tenho a ideia - posso estar errado - que o SNS é uma ADSE (ie modelo alemão)... com a gestão nas mãos de privados?
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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AC

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Re: UH-60A Black Hawk na FAP
« Responder #768 em: Hoje às 01:20:08 am »
A questão é que - para além do sistema "pagamento" - em Portugal toda a infraestrutura de cuidados médicos está na posse e gestão do Estado... e isso parece-me um pouco diferente da maioria (salvo Reino Unido)?

Em Portugal temos muita medicina privada. Aliás, já vamos em 1/3 de nós com seguros de saúde privados.
Tanto com fins lucrativos como algumas IPSS. Tanto aquela a que recorremos directamente como casos em que o SNS recorre aos privados.
E o resto dos países "azuis " naquele mapa são mais ou menos iguais.

O Canada é (ou era?) um bocado mais radical: na maioria das provincias a medicina privada não pode (ou não podia?) oferecer tratamentos equivalentes aos do serviço público.
não tens escolha

A questão não é a existência de medicina privada - que cresce devido à ineficiência do SNS - mas se a gestão de praticamente toda (excepto análises e exames) a estrutura de cuidados de saúde tem de estar nas mãos do Estado... desde o pequeno centro saúde ao hospital universitário central, com emprego público. No papel, porque - claro - os profissionais tentam estar, paralelamente, no privado...

No Canadá tenho a ideia - posso estar errado - que o SNS é uma ADSE (ie modelo alemão)... com a gestão nas mãos de privados?

Não, o Canadá não é como a Alemanha.

O modelo alemão é um modelo em que tu és obrigado a contribuir para um fundo/seguro de saúde mas podes escolher o fundo/seguro para onde contribuis: podes escolher entre diversas entidades públicas ou uma entidades privadas sem fins lucrativos ou, se ganhares muito bem (para padrões Alemães) podes escolher entre entidades com fins lucrativos.

O modelo do Canadá e dos outros países azuis é como cá: não tens escolha e és obrigado* a contribuir para um única entidade que é o SNS.
O resto são pormenores: os Governos podem tentar gerir esse bolo dinheiro de dinheiro centralizado de forma mais ou menos centralizada.

Cá temos imensas tentativas de descentralizar: resmas de Hospitais e ULS são E.P.s supostamente com autonomia e já tivemos hospitais PPP.
Além da subcontratação de serviços a privados, que é outra forma de descentralizar.
Mas segue o dinheiro: quando a fonte de financiamento é centralizada, a gestão acaba de ser muito centralizada também.

* Estou a passar ao lado de coisas opcionais como a ADSE e seguros privados.
 

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Re: UH-60A Black Hawk na FAP
« Responder #769 em: Hoje às 01:23:47 am »
A questão é que - para além do sistema "pagamento" - em Portugal toda a infraestrutura de cuidados médicos está na posse e gestão do Estado... e isso parece-me um pouco diferente da maioria (salvo Reino Unido)?

Em Portugal temos muita medicina privada. Aliás, já vamos em 1/3 de nós com seguros de saúde privados.
Tanto com fins lucrativos como algumas IPSS. Tanto aquela a que recorremos directamente como casos em que o SNS recorre aos privados.
E o resto dos países "azuis " naquele mapa são mais ou menos iguais.

O Canada é (ou era?) um bocado mais radical: na maioria das provincias a medicina privada não pode (ou não podia?) oferecer tratamentos equivalentes aos do serviço público.
não tens escolha

A questão não é a existência de medicina privada - que cresce devido à ineficiência do SNS - mas se a gestão de praticamente toda (excepto análises e exames) a estrutura de cuidados de saúde tem de estar nas mãos do Estado... desde o pequeno centro saúde ao hospital universitário central, com emprego público. No papel, porque - claro - os profissionais tentam estar, paralelamente, no privado...

No Canadá tenho a ideia - posso estar errado - que o SNS é uma ADSE (ie modelo alemão)... com a gestão nas mãos de privados?

Não, o Canadá não é como a Alemanha.

O modelo alemão é um modelo em que tu és obrigado a contribuir para um fundo/seguro de saúde mas podes escolher o fundo/seguro para onde contribuis: podes escolher entre diversas entidades públicas ou uma entidades privadas sem fins lucrativos ou, se ganhares muito bem (para padrões Alemães) podes escolher entre entidades com fins lucrativos.

O modelo do Canadá e dos outros países azuis é como cá: não tens escolha e és obrigado* a contribuir, via impostos, para uma única entidade (nacional/regional/etc).
O resto são pormenores: os Governos podem tentar gerir esse bolo dinheiro de dinheiro centralizado de forma mais ou menos centralizada.

Cá temos imensas tentativas de descentralizar: resmas de Hospitais e ULS são E.P.s supostamente com autonomia e já tivemos hospitais PPP.
Além da subcontratação de serviços a privados, que é outra forma de descentralizar.
Mas segue o dinheiro: quando a fonte de financiamento é centralizada, a gestão acaba de ser muito centralizada também.

* Estou a passar ao lado de coisas opcionais como a ADSE e seguros privados.
 

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Re: UH-60A Black Hawk na FAP
« Responder #770 em: Hoje às 09:11:50 am »
Daí estarmos a ver a questão de ângulos diferentes - o meu problema não é descontar obrigatoriamente para um sistema (como a ADSE, que é obrigatório; ou ter uma "ADSE" e meia dúzia de outros sistemas, autorizados e regulados, mas ser obrigatório o desconto para um deles); o meu problema é todos os elementos de prestação de serviços médicos estarem fortemente integrados no Estado - até as PPPs foram abandonadas (mesmo as que funcionavam bem), por "principio ideológico". 
Quidquid latine dictum sit, altum videtur