Se não estão interessadas é simples... também não interessam. Ou fazem-nos um favor em vender aviões por MM€?
Por isso existem outras opções, porque nem tudo é G5.
2 GLOBALEYE's e 40 GRIPEN's fazem um figurão...
Com as sobras AA de longo alcance e esperar pelo que nos trará o futuro.
Isso de mendigar para pagar é passado... espero eu.
De qualquer das formas, acredito que a AIRBUS poderá ter uma forte posição neste negócio.
Isso é uma falácia. 2 GlobalEye + 40 Gripen custam-te virtualmente o mesmo que 40 F-35. Não te sobra dinheiro para absolutamente nada, e ias ficar com um caça limitado em vários aspectos. Esses 40 + 2 em muitos contextos têm menos capacidade de combate efectiva que uma frota de 20 caças 5G.
Em termos de capacidades para o país, compensava muito mais comprar 32 F-35 e 2/3 AEW, do que essa ideia dos Gripeiros.
Eu sei que "todos" (a esmagadora maioria, pelo menos) queremos F-35; se bem que não estar na "1ª linha" da aviação de caça uma dúzia de anos e ter Typhoon "com uma suite de sensores aprimorada, EW, IRST de ultima geração, radar AESA assim como um pacote de armas interessante, com Meteor, Taurus KEPD e integração das JDAM, SDB e AMRAAM assim como o AIM-9X"... há coisa piores.
O problema de uma solução "Typhoon para durar 12 anos", é que essa solução custaria pelo menos 50% do valor que seria necessário face a uma frota de F-35 de igual dimensão que durasse 35 anos.
Ou seja, estás a pagar mais por ano, para ter menos capacidade de combate, e para passado esses 12-15 anos ter que investir novamente em caças.
Isto sem contar com os custos de transição, em que cada piloto vai ter que voar centenas de horas numa aeronave diferente para obter todas as certificações, mais as certificações de armamento específico, apenas para uma solução stop-gap.
A ideia por trás de uma solução stop-gap, é esta ser barata e eficaz. Quando compraste as Bartolomeu Dias, estas custaram o equivalente a 25% do custo de 2 fragatas novas Nansen, que não eram fragatas de topo. Esta solução fazia sentido.
Comprar Typhoon em segunda-mão + upgrade, a custarem cerca de 50% do custo de F-35 novos, quando estes F-35 seriam topo de gama, não faz sentido.
É fácil perceber a diferença do "bang for buck" de uma solução stop-gap para a outra.
Até agora apenas tu não conseguiste compreender (ou digerir) os argumentos de mais ninguém, por isso é chover no molhado...
Aliás, nem argumentos, nem factos consumados.
Quais factos? A fantasia dos 36000M para a Defesa nos próximos 20 anos? Ou de que o país têm posses sabe-se lá onde, para adquirir 20 Typhoon + 20 F-35 + entrar no GCAP + comprar os GCAP para substituir os Typhoon num espaço de 20 anos?
Ou serão os "factos" de uma pseudo-redução da dependência dos EUA, que cada vez existe menos nas FA nacionais, através da hipotética operação de 2 caças diferentes com custos de operação elevados, sabendo que isso implica riscos de colapso do ramo por falta de dinheiro e pessoal para as sustentar?
Ou serão os "factos" de que num país em que em 2024 a LPM teve uma fantástica taxa de execução de 55%, em que em 2025 se inventou todos os truques imagináveis para inflacionar a despesa com a Defesa para os 2%, mas que ainda assim, o actual e futuros governos, vão todos concordar, não em gastar 5500M num único modelo de caça, mas sim gastar 7000M em 2 modelos distintos entre 2025 e 2035, e passado 10-15 anos gastar outros 4000-5000M ou mais num 6G?
Os factos permanecem os mesmos. Os argumentos também. Querem olhar para menos dependência dos EUA, tudo bem, mas façam-no com pés e cabeça, e para isso existem N programas onde se pode fazer, sem ter que ir logo ao mais caro e mais complicado de todos.
