Os motivos, mais do que técnicos, é que me cheira a flop...
Tás a ver quando as coisas são boas demais, fazem e acontecem, é só maravilhas...
Mesmo tudo aquilo que se apregoa como dados operacionais comprovados, são pouco claros.
É certo que muitas vezes são informações sensíveis, mas noutras alturas também o eram e todos "vimos".
Também considero que nunca tiveram um teste de fogo como por exemplo o RAFALE na Índia, com partes equilibradas e munidas de equipamentos similares. O Irão, por muito que queiram vender essa ideia, não é a Rússia ou a China.
Mesmo nos exercícios internacionais, é sempre tudo muito restrito.
Assim sendo, parece-me que grande parte do "sucesso" comercial advém de muito trabalho diplomático, manutenção de acordos, obrigações operacionais...
Ao mesmo tempo que se parte sempre do princípio que por ser invisível abate qualquer coisa que apareça e depois escapa.
Pelo que sei, o "escapar" já tem que se lhe diga. Da mesma forma que o invisível, a partir do momento que abre as portas e dispara, também...
Ao que parece, os indianos também não "viram" os caças chineses que os abateram. E estes, supostamente, não seriam stealth. Por isso, haverá certamente maneiras de dar a volta à coisa.
Depois tem a disponibilidade, o custo, o custo operacional, as exigências de manutenção e operacionalidade... tudo discutível.
Abraço
Agora estamos a debater como deve ser, porreiro…
Se o F-35 é um flop, é um flop em que a USAF e mais 20 países (até agora) apostaram o futuro. Apenas isto seria suficiente para que o programa tenha que vir a ser um sucesso (já há mais de 3500 encomendas). Pura e simplesmente, é
too big to fail e é uma aposta bem mais segura para o futuro que um eurocanard que nem às 500 encomendas chega (o Typhoon pelo menos vai nas 700)
De resto, todos os pontos que levantas são válidos (embora quem organiza o Red Flag possa discordar de ti, mas enfim…), mas são-no para todos os aviões… ainda não percebi em que é que o Rafale seria melhor ou menos vulnerável que o F-35 em qualquer desses pontos. E acho que estás a tirar as lições erradas do conflito Índia-Paquistão… o que esse conflito revelou foi que os caças 4.5G são muito vulneráveis né guerra aérea moderna. Os Rafale (e outros aviões indianos) foram abatidos por duas razões: 1. Inexplicavelmente, os AWACS indianos pareceram estar ausentes (ou estavam demasiado longe para serem úteis, porque não detetaram os caças paquistaneses), enquanto os Paquistaneses estavam lá e deram à PAF a vantagem no campo da
situational awareness, tendo permitido aos F-10 manter os radares desligados e transmitindo a estes a solução de fogo. 2. Falhas de informação: a IAF pensava que a PAF tinha PL-15 de exportação, quando na realidade tinham a versão chinesa de maior alcance, o que colocou os caças indianos dentro do alcance dos caças paquistaneses.
O stealth por si só não é nenhum escudo de invisibilidade Klingon… o stealth permite-te adquirir soluções de fogo e disparar antes do adversário. Os AWACS paquistaneses detetaram os caças indianos, incluindo Rafale, a 400 Km de distância e foi isso que lhes permitiu coordenar o abate. Não há nenhum radar no mundo que consiga adquirir uma solução de fogo contra um F-35 a 400 Km de distância. Radares de muito baixa frequência, como os dos chineses, podem detetar a presença, mas não conseguem desenvolver soluções de fogo, porque para isso precisam de atualizar a informação muito rapidamente e precisariam de ser de alta frequência (já tivemos essa discussão num dos tópicos das fragata). Ora, acontece que os aviões stealth são desenhados para o serem exatamente nessas frequências, para retardarem o mais possível a aquisição por parte dos radares inimigos. A lição aqui é que o Paquistão provavelmente teria que ter avançado o AWACS mais uns 300 Km para adquirir os alvos e isso é impossível porque seriam demasiado vulneráveis… e antes que seja acusado de especular e não ter provas, que rigorosamente nada do que eu aqui escrevi é especulação minha para defender o F-35, é Física pura e dura, e da Física não há escapatória.
Também poderia continuar com outra vantagem que considero ser ainda maior do F-35, que é a integração de sensores e que os transformam por si só em mini-AWACS, como os israelitas fizeram (já foram aqui postados versos links sobre isso), mas o post já vai longo.
Abraço.