Já agora, e por curiosidade ...
Todos esses mísseis servem para nos proteger exactamente contra que tipo de ameaça ?
Quando coloco esta questão, refiro-me ao fato de, em inumeras situações, ver propostas de compra disto ou daquilo ou dequeloutro, mas sem uma base objetiva para uma aquisição, sem que se tenha determinado objetivamente qual é a ameaça.
Se vamos comprar armas apenas porque sim, e nem sabemos para quê e contra que potencial inimigo, o que vai acontecer, é o que aconteceu com o rearmamento naval de 1930, que chegado ao fim da década, os oficiais da marinha entenderam que tinham andado a construir barcos que não tinham capacidade para por - exemplo - proteger as vias de navegação, porque não havia meios anti-submarinos nos navios.
Neste momento, existe uma ameaça russa a toda a Europa, mas Portugal fica no outro extremo e nós não passamos do lugar de sonhos do neonazi russo Soloviov que na televisão russa diz que de Lisboa se pode ver a estátua da liberdade.
Os mísseis russos, não atingem Portugal, nem se forem lançados de Kaliningrad. Só poderemos ser atingidos por mísseis lançados de embarcações, que consigam chegar ao Atlantico depois de enfrentar as mais poderosas marinhas do planeta. E isto, é realmente um feito, quando a marinha russa é humilhada por um país que não tem um único barco de guerra digno do nome.
A ameaça espanhola, não é uma coisa do passado e seria sempre um perigo latente, mas que só poderia ser resultado do colapso do país e do sistema democrático. E ainda assim, estando aqui ao lado, era mais facil rápido e barato os espanhois invadirem com tanques que atacarem com mísseis.
Depois temos o problema da Argelia e de Marrocos.
Neste caso há o problema de um qualquer regime extremista islâmico tomar o poder e ameaçar a peninsula, numa eventual reconquist do Al Andalus.
Nesse caso, o alvo preferencial seria sempre a Espanha. Não só porque é maior, mas porque está mais perto.
Neste caso, o mais provavel tipo de arma seriam sistemas como os Shaeed iranianos, os quais podem ser detidos com meios muito mais baratos (mas que não possuimos) como artilharia anti-aérea moderna do estilo do alemão Skynex

Eu diria que esta seria a primeira coisa a fazer. Embora remota, a primeira e mais provavel das ameaças, viria sempre de sistemas de segunda linha, que poderiam de forma eficiente ser contrariados com este tipo de sistema.
Além de que, sistemas deste tipo já deveriam existir há décadas, uma vez que como sabemos, as nossas forças mais pesadas não possuem praticamente qualquer tipo de defesa anti-aérea digna desse nome.