Economia dos EUA

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Re: Economia dos EUA
« Responder #60 em: Abril 05, 2025, 03:40:28 pm »
Powell avisa que impacto das tarifas será "significativamente maior do que o esperado"

O presidente da Fed admite que o relançamento da inflação possa ser mais persistente, mas diz ter tempo para avaliar ajustamentos à política monetária norte-americana.



O impacto económico das novas tarifas anunciadas pelos Estados Unidos (EUA) será, provavelmente, bastante maior do que o esperado inicialmente. O aviso foi feito esta sexta-feira pelo presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, durante um discurso na conferência anual da Society for Advancing Business Editing and Writing (SABEW), em Arlington.

Powell diz que o banco central norte-americano deve certificar-se de que as tarifas não conduzam a um problema de inflação crescente, mas sublinhou: "O nosso papel não é comentar as políticas" da Administração norte-americana. "Embora a incerteza permaneça elevada, está agora a tornar-se claro que o aumento das tarifas será significativamente maior do que o esperado", disse o presidente da Fed. "É provável que o mesmo aconteça com os efeitos económicos, que incluirão uma inflação mais elevada e um crescimento mais lento."

"Embora seja muito provável que as tarifas gerem, pelo menos, um aumento temporário da inflação, também é possível que os efeitos possam ser mais persistentes", disse Powell, num tom mais cauteloso do que aquele revelado a 19 de março, após o último encontro de política monetária da Reserva Federal, quando afirmou esperar que o efeito das tarifas fosse transitório. Na altura, o banco central dos EUA manteve os juros diretores inalterados no intervalo entre 4,25% e 4,5%.

Após o anúncio do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que atiram as tarifas para o nível mais elevado num século, os mercados monetários passaram a incorporar uma possibilidade de 50% de a Fed efetuar quatro reduções de taxas, de 25 pontos-base cada, este ano, um cenário que não era sequer tido em consideração na véspera. Aumentaram também as apostas na flexibilização monetária por parte do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco de Inglaterra. No entanto, o líder da autoridade monetária norte-americana garantiu que há tempo.

"A nossa obrigação consiste em manter as expectativas de inflação a mais longo prazo bem ancoradas e em assegurar que um aumento pontual do nível dos preços não se transforme num problema de inflação permanente", afirmou Powell. "Estamos bem posicionados para aguardar uma maior clareza antes de considerar quaisquer ajustamentos à nossa orientação política".

Minutos antes de Powell começar a falar, Trump resolveu usar a sua rede social, Truth Social, para se dirigir ao presidente da Fed: "Esta seria uma altura perfeita para o presidente da Fed cortar juros", escreveu numa publicação. "Ele está sempre 'atrasado', mas pode agora mudar a sua imagem e rápido. Os preços da energia desceram, as taxas de juro desceram, a inflação desceu, até o preço dos ovos desceu 69% e o emprego aumentou, tudo em dois meses - uma grande vitória para a América. Corta as taxas de juro Jerome e pára de fazer jogos políticos", pode ler-se na publicação do republicano.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/taxas-de-juro/detalhe/powell-avisa-que-impacto-das-tarifas-sera-significativamente-maior-do-que-o-esperado#loadComments

Acho que o cabeça laranja, apesar de o ter nomeado em 2017, nem lhe vai dar ouvidos e ainda o vai culpar quando a economia americana descarrilar!!!!! O homem está a implorar e implicitamente está a afirmar que terá de subir as taxas de juro....... num dos países mais endividados do mundo, tem todos os ingredientes para correr bem!!!!!
 
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Duarte

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Re: Economia dos EUA
« Responder #61 em: Abril 06, 2025, 05:00:08 pm »
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Do you still think that the US is the best place to invest?

It's I think it's probably still the best place, but it's less best than it used to be, because I think that, you know, if you think about the things that made it the best place:

One of them was the rule of law. That may be less the fact today.

One of them was the predictability of outcomes that may be less today.

If people don't like the dollar, don't like investing in the United States, don't want to hold an unlimited number of treasuries.
If we just make people mad and say the U.S. is still a great credit, but I don't want to hold their debts because look how they're treating me, the fiscal situation will be very complicated.


« Última modificação: Abril 06, 2025, 05:08:19 pm por Duarte »
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Re: Economia dos EUA
« Responder #62 em: Abril 08, 2025, 06:12:39 am »
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Re: Economia dos EUA
« Responder #63 em: Abril 08, 2025, 04:27:48 pm »
Peter Navarro VS Musk, quem ganhará esta batalha?

Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Re: Economia dos EUA
« Responder #65 em: Abril 08, 2025, 06:54:10 pm »
Aos economistas do fórum, confirma-se?

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Re: Economia dos EUA
« Responder #66 em: Abril 08, 2025, 07:20:29 pm »
Não é uma pessoa minimamente fiável, mas toda a comunicação social fala do assunto!

Uma guerra comercial tão vincada não vai acabar bem!
 

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Re: Economia dos EUA
« Responder #67 em: Abril 08, 2025, 07:46:38 pm »
Aos economistas do fórum, confirma-se?



O problema da Economia (que não é uma ciência exacta), é de que só quem é da área percebe integralmente ou quase o que se escreve!!!!

O último superavite americano aconteceu em 2000! Desde essa data teve sempre déficites!
No período de Biden continuou a ter déficite, apenas reduziu a magnitude, da Trampa que o Trump deixou!!!!
Trump no 1º mandato fez como o Sócrates, rebentou dinheiro que o país tinha e não tinha e o déficite disparou (próximo das eleições). A seguir o Biden continuou com déficites mais baixos, mas mesmo assim apreciaveis!!!!

Agora o gráfico: (U.S. Deficit by Year):

https://fiscaldata.treasury.gov/americas-finance-guide/national-deficit/
 

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Duarte

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Re: Economia dos EUA
« Responder #68 em: Abril 14, 2025, 02:48:49 am »
Quando as feridas são autoinfligidas  ::)
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In other market disruptions, the common thread has been a challenge we’ve mobilized our efforts around solving. In 2020 it was covid; before that, the housing market and banking system; prior to then, 9/11; and so forth. Those efforts took the form of generally supportive, if not perfect, fiscal and monetary policy founded on the conviction that a vibrant economy and functioning capital markets were essential. That seems to have been upended now, with the tumult we’re seeing—which appears to be directly attributable to policy choices—seeming to serve as a means to an end goal of realigning global trade, reindustrializing, and rightsizing the federal balance sheet. In other words, this time the call is coming from inside the house. If that doesn’t scare you at least a little bit, I’m not sure what would.

https://www.morningstar.com/portfolios/weve-been-through-market-corrections-before-heres-what-were-doing-now
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Re: Economia dos EUA
« Responder #69 em: Abril 14, 2025, 08:31:03 am »
Aos economistas do fórum, confirma-se?



O problema da Economia (que não é uma ciência exacta), é de que só quem é da área percebe integralmente ou quase o que se escreve!!!!
Exactamente, apesar de factualmente o post parecer estar correcto, é bastante impreciso para vender a ideia de que com os Democratas o deficit baixa e com os Republicanos aumenta.

O deficite de facto aumentou $1.54T durante o periodo do Bush filho, mas isto é o valor agregado durante os 2 mandatos, o que é justificado pelas 2 guerras travadas no medio oriente a seguir ao 11 de Setembro. O Obama teve sempre deficites mais altos que o Bush filho, o valor agregado dos 2 mandatos ascendeu a $7T, justificado pela continuaçao das 2 guerras mais a consequencia do subprime com a nacionalizaçao de vário bancos e seguradoras. Ou seja, o deficite no ano em que o Obama deixou a Casa Branca foi metade do que o Bush deixou em 8  :mrgreen:

O Trump teve sempre maiores deficites que no ultimo ano do Obama, e em 2020, devido á pandemia este explodiu, mas de 2021 a 2024 o Biden teve sempre deficites maiores que o Trump á excepçao de 2020.

A conclusao que se tira é que independentemente da cor partidaria da Casa Branca, os gastos do Governo Federal estao fora de controlo.
 

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Re: Economia dos EUA
« Responder #70 em: Abril 17, 2025, 05:15:19 pm »
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Re: Economia dos EUA
« Responder #72 em: Abril 22, 2025, 07:45:47 am »
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« Última modificação: Abril 26, 2025, 04:44:01 pm por Cabeça de Martelo »
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Re: Economia dos EUA
« Responder #74 em: Maio 19, 2025, 10:07:41 am »
Moody’s corta notação da dívida dos EUA citando défices recorrentes e contínua subida da dívida

A maior economia do mundo perde assim a última nota máxima nos seus títulos de dívida, sendo que a agência se diz preocupada com a incapacidade de sucessivas administrações em “reverter a tendência de grandes défices anuais e custos de financiamento crescentes”.



A Moody’s cortou a notação da dívida norte-americana de ‘Aaa’ para ‘Aa1’, uma decisão histórica e motivada, explica a agência, pela contínua subida do endividamento do governo federal e recorrentes défices orçamentais. Há mais de um século que os títulos do Tesouro norte-americano detinham a melhor avaliação possível da Moody’s, que foi a última das três grandes agências a baixar o rating da dívida dos EUA.

A decisão foi anunciada sexta-feira, mas já se fazia adivinhar dada a deterioração de perspetivas sinalizada pela agência em 2023, quando reviu em baixa o outlook norte-americano de ‘estável’ para ‘negativo’. A maior economia do mundo perde assim a última nota máxima nos seus títulos de dívida, isto depois de o S&P ter revisto o rating em 2011 e a Fitch ter feito o mesmo em 2023.

Tal como as suas homólogas, a Moody’s diz-se preocupada com a incapacidade de sucessivas administrações em “reverter a tendência de grandes défices anuais e custos de financiamento crescentes”, apontando a saldos orçamentais negativos em torno de 9% do PIB em 2035. O ano passado fechou com um défice de 6,4%, sendo que 2025 deverá fechar com igual situação orçamental, aponta o Deficit Tracker do Bipartisan Policy Center.

Segundo esta ferramenta, o défice deste ano até abril vai, ainda assim correndo acima do registado em termos homólogos nos dois anos anteriores, superando o bilião de dólares (895,9 mil milhões de euros) nos primeiros quatro meses do ano.

Trump e a sua administração têm colocado frequentemente a tónica na necessidade de cortar custos no governo federal e conter a subida da dívida, embora os seus esforços tenham sido, até agora, de sucesso limitado. A agência liderada por Elon Musk para a eficiência estatal teve inúmeros problemas de reporte, mas parece ter ficado abaixo dos objetivos propostos.

Já a política tarifária, que visava reequilibrar a balança externa e aumentar a receita para compensar os planeados cortes fiscais de Trump e do Partido Republicano, resultou num máximo histórico de receita alfandegária, mas a sua suspensão significa que este aumento deverá ser de pouca duração. Abril contou com cerca de 500 milhões de dólares (446,7 milhões de euros) de entrada diária com as barreiras nas alfândegas, ou seja, 16,3 mil milhões de dólares (14,6 mil milhões de euros) no total do mês.

Esta notícia surge ainda numa altura em que Trump procura pressionar o Congresso a prolongar os cortes fiscais com que avançou em 2017, mas onde encontrou rara resistência dentro do seu partido. Representantes da ala mais extremada republicana na câmara baixa juntaram-se aos democratas na rejeição de ‘Uma Grande e Bela Lei’, nome dado à legislação por sugestão do presidente.

Numa tentativa de fazer passar a lei, o Congresso volta a reunir numa rara sessão noturna de domingo, tendo marcado para as 10h da noite em Washington, DC (3h da manhã de segunda-feira em Lisboa) nova votação. Segundo fontes anónimas revelaram ao ‘Politico’, alguns republicanos mais conservadores estão descontentes com a falta de cortes na despesa ou por não serem terminados benefícios fiscais a famílias de menores rendimentos, pelo que bloquearam a lei.

Em resposta, Trump defendeu na sua conta na rede social X que o partido “tem de se unir” em torno desta “grande e bela lei”.

Este falhanço em conter os gastos é visada também pela Moody’s, que perspetiva uma dívida pública detida pelo governo federal de 134% em 2035 caso se mantenha a atual tendência. O indicador estava, no final de 2024, em 98%. Segundo o Comité para um Orçamento Responsável, as propostas fiscais de Trump acrescentarão 5,2 biliões de dólares (4,7 biliões de euros) ao stock de dívida nacional nos próximos dez anos.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/moodys-corta-notacao-da-divida-dos-eua-citando-defices-recorrentes-e-continua-subida-da-divida/