Tens toda a razão que o primeiro critério e compra de equipamento deve ser a necessidade, e a melhor qualidade possível para este tipo de equipamentos, com o melhor custo possível.
Mas neste tipo de compras, também tem que existir o fator estratégico, e a longo prazo. O mais comum è vermos os países adjudicarem compras muitas vezes por razoes estratégias, para desenvolver ou manter a industria local e ter produção local em caso de aperto.
Exemplos
a Espanha adjudica a construção ao estaleiro da Navantia que estava em risco de falência, possivelmente esta construção seria mais barata, com menos problemas se fosse contratado fora.
Os franceses s com sua industria defesa, que quase toda é inferior ao que se faz fora etc…
Existe como já referiam outros aviões para treino superiores e para cas, mas duvido que existem quem os quisesse contruir cá ou transferir conhecimento para Portugal. Como já referido acho que pelo papatango os anglo-saxónicos tem muita dificuldade em fazer parcerias connosco Portugueses ( talvez até com alguma razão, não fiáveis para este tipo de parcerias) pelo teríamos sempre que optar por comprar sem qualquer outro retorno que o de termos o melhor equipamento disponível.
A nossa historia é feita deste tipo de situações tanto a nível civil como militar em todos os sentidos:
Temos as corvetas João Coutinho” e “Baptista de Andrade o projeto básico, a direção da pormenorização do projeto, a fiscalização da elaboração dos planos de fabricação, a fiscalização da execução da obra, a recepção e comissionamento dos navios; e implícito nestas tarefas o seu planeamento e organização foram feitos por nós, apenas a execução foi da Blohm+Voss (Alemanha) e Bazan (Espanha), na altura ( posso estar enganado) nenhum dos estaleiros quis fazer parceria para os construir cá. Alias estas tem a curiosidade de se afirmar que as meko, são projetadas por estes estaleiros com os conhecimentos adquiridos do nosso projeto ou seja fomos que nos que transferimos conhecimento sem qualquer ganho ( isto não sei se é verdade mas foi que fui lendo )
O caso das pandur e tudo que o correu mal.
Ou em termos civis temos também de tudo:
A sorefame, esta lembrei-me, por causa do post do cabeça de martelo, sobre a recuperação de material pela CP. A mesma foi vendida a Bombardier, não só porque o estado não sabe gerir empresas, mas também porque era uma parceria que fazia sentido, poucos anos depois, fechou, não só pela parte da crise mundial neste sector, mas porque o estado não colocou mais qualquer encomenda de material… e hoje em dia precisamos de material circulante, e andamos fazer concursos para que alguém tb se instale um fabrica.
A UMM, que o governo do cavaco silva, optou pelos patrol em vez de proteger a nossas empresas, porque a UMM tinha lançado um protótipo sem qualquer cliente, e o patrol era um dos melhor jeep das alturas.
A fabrica de munições e armamento que o portas fechou, também porque não encontrou qualquer interessado a ficar com ela ou a fazer parcerias estratégias.
Quanto a Embraer, que pode ser visto de duas formas negociatas ( que deve de certeza de existir, alias sempre ouvi historia do PS e aquisição de aviões para a TAP que dava dinheiro a muitos do partido ) ou a nível estratégico!
A nível estratégico ( e isto é sem qualquer conhecimento sobre como foram feitas ou pensadas as coisas e especulação):
A CEIIA quando foi criada, vem de varias parcerias entre diversas universidades e institutos para área do automóvel, por causa do investimento da auto europa, nada tinha em concreto com aeronáutica
Com o processo de intenção de compra do Kc-390, dá-se não só a compra da ogma ( que corria o boatos que podia fechar ) e a parceria com a CEIIA ( que hoje dia, tem um spin-off de lançamento de um avião todo desenhado por eles ( é certo sem qualquer garantia de sucesso ) e a construção de fabrica em Évora ( que apesar já não ser serem da Embraer) ainda a fornecem.
Por exemplo a chegada do simulador para a beja, também não é por acaso, o que se afirma é que a formação dos pilotos das força áreas europeias ( parta o KC) se vai fazer em Portugal em beja ( a tal escola de pilotos em Portugal que se falou?)
Como é obvio a Embraer ganha muito com isso, e não é por acaso que apos a compra e uso de Portugal do kc, as vendas dispararam, e até apos o anuncio da comprar ST isso aconteceu novas encomendas para outros países.
Mas neste caso existiu uma coisa que não acontecia a muito, foi a transferência de conhecimento técnico, entre outras coisas. Talvez por isso a manutenção da compra entre dois governos completamente distintos.
A compra dos ST vem nessa sequencia, os políticos ( alem das negociatas), pensou é preciso aviões de treino. Compra a Embraer, mesmo não sendo os melhores, vai haver algum retorno ( algum trabalho e conhecimento para Ogma) e na “escola de treino” em beja..,, ( pelo menos quero eu acreditar nisso )
Ao mesmo tempo foi anunciado que A OGMA inaugurar uma nova linha de manutenção de motores da Pratt & Whitney, num investimento de 90 milhões de euros., tudo isto pesa, ou deve pesar também a quem decide
Quem nos dera que a Damem, quisesse construir navios em Portugal numa parceria e usa-se a CEIAA para desenvolver produtos.