Votação

Que aeronave de Apoio Aéreo Próximo para a FAP? Para missões em ambiente não contestado.

AH-1Z
7 (14.9%)
A-29N
13 (27.7%)
UH-60 DAP
20 (42.6%)
AC-295
2 (4.3%)
A-10C ex-USAF
2 (4.3%)
MH-6 Little Bird
1 (2.1%)
OH58D ex-US Army
0 (0%)
H-145 H-Force
2 (4.3%)

Votos totais: 47

Votação encerrada: Junho 02, 2023, 10:29:01 pm

CAS

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papatango

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Re: CAS
« Responder #1860 em: Dezembro 17, 2024, 01:11:37 am »
A quem interessar...
https://emfa.pt/noticia-4866-

Creio que o que interessa no comunicado acima é o seguinte trecho:

Citar
satisfazer as missões de apoio aéreo próximo para operações conjuntas e ou combinadas, garantindo a proteção armada às Forças no terreno e permitindo a sua integração na Força de Reação Imediata ou Forças Nacionais Destacadas em cenários de baixa ameaça, em Teatros de Operação remotos no continente africano

Ou seja, um avião comprado para poder ser enviado para mostrar a uns quantos africanos e dizer que temos força aérea ...  ::)
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 
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Re: CAS
« Responder #1861 em: Dezembro 17, 2024, 07:11:52 am »
É triste demais. Ser lacaio de toda a gente cansa...
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: CAS
« Responder #1862 em: Dezembro 17, 2024, 08:49:27 am »
Faltam saber prazos, armamento previsto, Esquadra e localização...
Quanto a irem para África,  não descartando,  não me parece a prioridade. Serão necessários anos de treino entretanto.
João Pereira
 

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Re: CAS
« Responder #1863 em: Dezembro 17, 2024, 09:13:05 am »
Um pouco mais de luz sobre o tema...

Primeiros Super Tucanos portugueses estarão prontos para voar no começo de 2026

Citar
Segundo o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa, general João Cartaxo Alves, os primeiros aviões estarão aptos para o combate em 2026. “Vamos começar a receber os A-29N no último trimestre de 2025. Serão feitas adaptações e, no começo de 2026, deverão estar completamente operacionais”, afirmou.

E reforço da componente de treino...

Citar
No discurso, durante a assinatura do contrato, o ministro da Defesa indicou a importância da compra dos Super Tucanos. "Três notas fundamentais. A primeira, a necessidade e a obrigação de assegurar a modernização dos equipamentos da Força Aérea Portuguesa. A segunda, a formação de pilotos. A terceira, o upgrade para os padrões da OTAN envolve 30 empresas, que empregam mais de 2 mil pessoas. Estamos colocando a economia da defesa a serviço de Portugal”, disse.

https://www.publico.pt/2024/12/16/publico-brasil/noticia/super-tucanos-portugueses-estarao-prontos-voar-comeco-2026-2115926

São “a arma certa para o alvo certo”, cada hora deles custa 1.000€: estes são os 12 aviões turboélice que Portugal comprou

Citar
A CNN Portugal sabe que estes aviões também podem ser utilizados não só no treino básico mas também no treino avançado dos pilotos da Força Aérea Portuguesa, abrindo a porta para a substituição dos aviões Epsilon, que dão a formação básica, e do programa de treino avançado, que atualmente é feito nos Estados Unidos pelos pilotos portugueses. Estas aeronaves tomariam o lugar dos antigos Alpha Jet da Força Aérea Portuguesa, que deixaram de voar há seis anos.

Um dos fatores que pode ter contribuído para tornar atrativo o A-29N para a Força Aérea é o baixo custo de operação. Embora tenham funções completamente diferentes dos F-16M da Força Aérea portuguesa, o SuperTucano custa pouco mais de mil euros por hora a ser operado. O valor dos caças norte-americano é significativamente superior, com um custo estimado de quase 26 mil euros por hora.
« Última modificação: Dezembro 17, 2024, 09:16:59 am por goncalobmartins »
 
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Re: CAS
« Responder #1864 em: Dezembro 17, 2024, 09:37:23 am »
São “a arma certa para o alvo certo”, cada hora deles custa 1.000€: estes são os 12 aviões turboélice que Portugal comprou

Citar
A CNN Portugal sabe que estes aviões também podem ser utilizados não só no treino básico mas também no treino avançado dos pilotos da Força Aérea Portuguesa, abrindo a porta para a substituição dos aviões Epsilon, que dão a formação básica, e do programa de treino avançado, que atualmente é feito nos Estados Unidos pelos pilotos portugueses. Estas aeronaves tomariam o lugar dos antigos Alpha Jet da Força Aérea Portuguesa, que deixaram de voar há seis anos.

Um dos fatores que pode ter contribuído para tornar atrativo o A-29N para a Força Aérea é o baixo custo de operação. Embora tenham funções completamente diferentes dos F-16M da Força Aérea portuguesa, o SuperTucano custa pouco mais de mil euros por hora a ser operado. O valor dos caças norte-americano é significativamente superior, com um custo estimado de quase 26 mil euros por hora.

Pronto, aí está o argumento apresentado. A partir de agora o sistema de armas F-16 pode considerar-se em perigo. Se não achasse já nada de estranho neste país, e me importasse sequer o suficiente neste momento para me aborrecer, diria que tornar esta retórica corrente e recorrente a partir de agora seria algo de bradar aos céus. Parafraseando o Obélix, "estes portugueses são doidos!"

Caminhamos em passo de corrida para nos tornarmos na Irlanda da NATO. Um dia também iremos destacar 4 Super Tucano no Baltic Air Policing?
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Re: CAS
« Responder #1865 em: Dezembro 17, 2024, 09:59:23 am »
São “a arma certa para o alvo certo”, cada hora deles custa 1.000€: estes são os 12 aviões turboélice que Portugal comprou

Citar
A CNN Portugal sabe que estes aviões também podem ser utilizados não só no treino básico mas também no treino avançado dos pilotos da Força Aérea Portuguesa, abrindo a porta para a substituição dos aviões Epsilon, que dão a formação básica, e do programa de treino avançado, que atualmente é feito nos Estados Unidos pelos pilotos portugueses. Estas aeronaves tomariam o lugar dos antigos Alpha Jet da Força Aérea Portuguesa, que deixaram de voar há seis anos.

Um dos fatores que pode ter contribuído para tornar atrativo o A-29N para a Força Aérea é o baixo custo de operação. Embora tenham funções completamente diferentes dos F-16M da Força Aérea portuguesa, o SuperTucano custa pouco mais de mil euros por hora a ser operado. O valor dos caças norte-americano é significativamente superior, com um custo estimado de quase 26 mil euros por hora.

Pronto, aí está o argumento apresentado. A partir de agora o sistema de armas F-16 pode considerar-se em perigo. Se não achasse já nada de estranho neste país, e me importasse sequer o suficiente neste momento para me aborrecer, diria que tornar esta retórica corrente e recorrente a partir de agora seria algo de bradar aos céus. Parafraseando o Obélix, "estes portugueses são doidos!"

Caminhamos em passo de corrida para nos tornarmos na Irlanda da NATO. Um dia também iremos destacar 4 Super Tucano no Baltic Air Policing?

Eu, reforço que não percebo nada disto, mas vejo este cenário a começar a formar-se...

É descabido este cenário: os A-29N vêm para substituir (treino avançado) os 8 F-16 PAII e PAIII, que por sua vez são doados à Ucrânia, e que por sua vez, juntamente com as lajes são usados como contrapartida somando a gazilion dollars para a compra de 20 F-35?
 

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Re: CAS
« Responder #1866 em: Dezembro 17, 2024, 10:05:22 am »
E em tom de brincadeira, e 100% OFF TOPIC,  já estou a ler a manchete: "Super Tucano da FAP abate indostânico ilegal em motocicleta"

Bomba em trotinete mata general russo. Rússia preocupada com capacidade ucraniana de atingir funcionários de alto nível em Moscovo

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/bomba-em-trotinete-mata-general-russo-russia-preocupada-com-capacidade-ucraniana-de-atingir-funcionarios-de-alto-nivel-em-moscovo?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
 

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Re: CAS
« Responder #1867 em: Dezembro 17, 2024, 10:38:43 am »
São “a arma certa para o alvo certo”, cada hora deles custa 1.000€: estes são os 12 aviões turboélice que Portugal comprou

Citar
A CNN Portugal sabe que estes aviões também podem ser utilizados não só no treino básico mas também no treino avançado dos pilotos da Força Aérea Portuguesa, abrindo a porta para a substituição dos aviões Epsilon, que dão a formação básica, e do programa de treino avançado, que atualmente é feito nos Estados Unidos pelos pilotos portugueses. Estas aeronaves tomariam o lugar dos antigos Alpha Jet da Força Aérea Portuguesa, que deixaram de voar há seis anos.

Um dos fatores que pode ter contribuído para tornar atrativo o A-29N para a Força Aérea é o baixo custo de operação. Embora tenham funções completamente diferentes dos F-16M da Força Aérea portuguesa, o SuperTucano custa pouco mais de mil euros por hora a ser operado. O valor dos caças norte-americano é significativamente superior, com um custo estimado de quase 26 mil euros por hora.

Pronto, aí está o argumento apresentado. A partir de agora o sistema de armas F-16 pode considerar-se em perigo. Se não achasse já nada de estranho neste país, e me importasse sequer o suficiente neste momento para me aborrecer, diria que tornar esta retórica corrente e recorrente a partir de agora seria algo de bradar aos céus. Parafraseando o Obélix, "estes portugueses são doidos!"

Caminhamos em passo de corrida para nos tornarmos na Irlanda da NATO. Um dia também iremos destacar 4 Super Tucano no Baltic Air Policing?

É melhor 5, não vá um deles avariar.....  :mrgreen: :mrgreen:
Cumprimentos,
 
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Re: CAS
« Responder #1868 em: Dezembro 17, 2024, 10:44:48 am »
São “a arma certa para o alvo certo”, cada hora deles custa 1.000€: estes são os 12 aviões turboélice que Portugal comprou

Citar
A CNN Portugal sabe que estes aviões também podem ser utilizados não só no treino básico mas também no treino avançado dos pilotos da Força Aérea Portuguesa, abrindo a porta para a substituição dos aviões Epsilon, que dão a formação básica, e do programa de treino avançado, que atualmente é feito nos Estados Unidos pelos pilotos portugueses. Estas aeronaves tomariam o lugar dos antigos Alpha Jet da Força Aérea Portuguesa, que deixaram de voar há seis anos.

Um dos fatores que pode ter contribuído para tornar atrativo o A-29N para a Força Aérea é o baixo custo de operação. Embora tenham funções completamente diferentes dos F-16M da Força Aérea portuguesa, o SuperTucano custa pouco mais de mil euros por hora a ser operado. O valor dos caças norte-americano é significativamente superior, com um custo estimado de quase 26 mil euros por hora.

Pronto, aí está o argumento apresentado. A partir de agora o sistema de armas F-16 pode considerar-se em perigo. Se não achasse já nada de estranho neste país, e me importasse sequer o suficiente neste momento para me aborrecer, diria que tornar esta retórica corrente e recorrente a partir de agora seria algo de bradar aos céus. Parafraseando o Obélix, "estes portugueses são doidos!"

Caminhamos em passo de corrida para nos tornarmos na Irlanda da NATO. Um dia também iremos destacar 4 Super Tucano no Baltic Air Policing?

Assim de repente,  se substituirem 500h/ano de voo dos F16 em determinados tipos de missão que provavelmente poderão efetuar com a mesma eficiência,  estaremos a falar de 12M€ poupados.
Não sei de quantas horas reais estamos a falar, mas parece-me dinheiro útil para,  por exemplo,  comprar armamento para os F16...
Mais uma vez marramos com extremismos, quando na realidade até poderão ser meios complementares com ganhos substanciais...
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Re: CAS
« Responder #1869 em: Dezembro 17, 2024, 11:24:16 am »
São “a arma certa para o alvo certo”, cada hora deles custa 1.000€: estes são os 12 aviões turboélice que Portugal comprou

Citar
A CNN Portugal sabe que estes aviões também podem ser utilizados não só no treino básico mas também no treino avançado dos pilotos da Força Aérea Portuguesa, abrindo a porta para a substituição dos aviões Epsilon, que dão a formação básica, e do programa de treino avançado, que atualmente é feito nos Estados Unidos pelos pilotos portugueses. Estas aeronaves tomariam o lugar dos antigos Alpha Jet da Força Aérea Portuguesa, que deixaram de voar há seis anos.

Um dos fatores que pode ter contribuído para tornar atrativo o A-29N para a Força Aérea é o baixo custo de operação. Embora tenham funções completamente diferentes dos F-16M da Força Aérea portuguesa, o SuperTucano custa pouco mais de mil euros por hora a ser operado. O valor dos caças norte-americano é significativamente superior, com um custo estimado de quase 26 mil euros por hora.

Pronto, aí está o argumento apresentado. A partir de agora o sistema de armas F-16 pode considerar-se em perigo. Se não achasse já nada de estranho neste país, e me importasse sequer o suficiente neste momento para me aborrecer, diria que tornar esta retórica corrente e recorrente a partir de agora seria algo de bradar aos céus. Parafraseando o Obélix, "estes portugueses são doidos!"

Caminhamos em passo de corrida para nos tornarmos na Irlanda da NATO. Um dia também iremos destacar 4 Super Tucano no Baltic Air Policing?

Eu, reforço que não percebo nada disto, mas vejo este cenário a começar a formar-se...

É descabido este cenário: os A-29N vêm para substituir (treino avançado) os 8 F-16 PAII e PAIII, que por sua vez são doados à Ucrânia, e que por sua vez, juntamente com as lajes são usados como contrapartida somando a gazilion dollars para a compra de 20 F-35?

Acredito mais em que os F16 podem ir para a Ucrânia a troco de nada, ou de coisa nenhuma
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: CAS
« Responder #1870 em: Dezembro 17, 2024, 12:38:53 pm »
Mais uma vez marramos com extremismos, quando na realidade até poderão ser meios complementares com ganhos substanciais...

Aqui ninguém está a marrar contra o que quer que seja, João. E sinceramente desculpa que te diga, mas nos últimos tempos a maneira como te tens adereçado aos outros foristas tem deixado um pouco a desejar. Não leves a mal pois não o escrevo com maldade, antes pelo contrário.

O Super Tucano, já que foi adquirido para CAS, pode e naturalmente irá ser complementar ao F-16; que disso não restem quaisquer dúvidas. O que eu quis alertar é que com estes argumentos para a frente e para trás que a HV do ST é bastante inferior à do Viper, se começa a abrir um perigoso precedente junto de certas pessoas. Com o Alpha-Jet foi a mesma conversa, tinha a HV mais cara de toda a FAP, e enquanto não despacharam o patinho feio (mesmo criando a lacuna que ainda hoje existe) não descansaram.

Nenhum de nós quererá certamente que nos tornemos numa espécie de Irlanda da NATO a patrulhar o seu espaço aéreo com avionetas. Uma coisa será porventura usá-las contra slow movers a baixa altitude (mas até nesse caso a existência de uma plataforma AEW&C faria toda a diferença), outra é CAP. E é um argumento perigoso e pernicioso porque o crónico desinvestimento na nossa única frota de caças continua a existir. Porque se há sistemas de armas relevantes a nível de dissuasão nas nossas Forças Armadas são os submarinos, Leo e F-16, e infelizmente todos nós sabemos como até estes têm sido tratados/cuidados.

A minha posição é conhecida, já aqui a deixei várias vezes, e continuo a achar esta aquisição um erro tremendo que desfalca o orçamento em 200M€ que seriam melhor aproveitados noutros programas. Não há dúvidas de que esta foi uma escolha política, mais uma, e baseada em pressupostos extremamente duvidosos. Praticamente todos os argumentos utilizados para a escolha do Embraer Super Tucano para a Força Aérea Portuguesa são rebatíveis, do treino avançado ao CAS/COIN hoje em dia, e digo isto com a alma tranquila pois sou um dos que sempre apreciou as características da aeronave na missão em que esta se especializou.

Faço votos para que nunca tenham que entrar em combate em África ou onde quer que seja, porque por mais coragem e destreza que os seus pilotos possam demonstrar, o desfecho muito certamente não será positivo. Nos cenários africanos os franceses, por exemplo, destacam Rafale e Mirage 2000, nós queremos enviar meia-dúzia de avionetas... tem tudo para correr bem.  ::)
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

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Re: CAS
« Responder #1871 em: Dezembro 17, 2024, 12:44:21 pm »
Nenhum de nós quererá certamente que nos tornemos numa espécie de Irlanda da NATO a patrulhar o seu espaço aéreo com avionetas. Uma coisa será porventura usá-las contra slow movers a baixa altitude (mas até nesse caso a existência de uma plataforma AEW&C faria toda a diferença), outra é CAP. E é um argumento perigoso e pernicioso porque o crónico desinvestimento na nossa única frota de caças continua a existir. Porque se há sistemas de armas relevantes a nível de dissuasão nas nossas Forças Armadas são os submarinos, Leo e F-16, e infelizmente todos nós sabemos como até estes têm sido tratados/cuidados.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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mafets

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Re: CAS
« Responder #1873 em: Dezembro 17, 2024, 01:30:12 pm »
ST a fazer Treino Básico e a substituir o Epsilon.  A CNN aka Ministério da Defesa no seu melhor... :mrgreen:

Saudações

P.S. Ora a FAB usa em treino básico o (saem mais 12 Tucanos N para a mesa do fundo)...  :mrgreen:



P.S. 2- Os Alpha fartaram-se de fazer CAS e intercepção em vez dos F16. Foi uma loucura de voos (o pessoal não aprende)...  :mrgreen:

« Última modificação: Dezembro 17, 2024, 01:47:47 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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dc

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Re: CAS
« Responder #1874 em: Dezembro 17, 2024, 02:10:39 pm »
Nenhum de nós quererá certamente que nos tornemos numa espécie de Irlanda da NATO a patrulhar o seu espaço aéreo com avionetas. Uma coisa será porventura usá-las contra slow movers a baixa altitude (mas até nesse caso a existência de uma plataforma AEW&C faria toda a diferença), outra é CAP. E é um argumento perigoso e pernicioso porque o crónico desinvestimento na nossa única frota de caças continua a existir. Porque se há sistemas de armas relevantes a nível de dissuasão nas nossas Forças Armadas são os submarinos, Leo e F-16, e infelizmente todos nós sabemos como até estes têm sido tratados/cuidados.

Contra slow-movers não faz sentido, porque obriga a FAP a criar (com custos associados) um segundo QRA apenas para este tipo de ameaça, ameaça que até então é rara de se suceder. Além de obrigar a ter sempre 2 pilotos permanentemente em alerta.

A questão dos pilotos é possivelmente a questão mais importante aqui. Se queres ter STs para treino + STs CAS em África + STs em QRA para slow-movers, é fazer as contas de quantos pilotos precisa a esquadra. Depois é comparar quantos pilotos precisaria a mesma esquadra se ficasse inteiramente dedicada a treino avançado. Depois levanta-se a questão: de onde vêm estes pilotos adicionais?

Assim de repente,  se substituirem 500h/ano de voo dos F16 em determinados tipos de missão que provavelmente poderão efetuar com a mesma eficiência,  estaremos a falar de 12M€ poupados.
Não sei de quantas horas reais estamos a falar, mas parece-me dinheiro útil para,  por exemplo,  comprar armamento para os F16...
Mais uma vez marramos com extremismos, quando na realidade até poderão ser meios complementares com ganhos substanciais...

Meios complementares? Obviamente que sim. Mas isso funcionaria com quase qualquer aquisição de aeronave de combate.
Ganhos substanciais? Não, apenas despesa, porque tens que contar com a compra das aeronaves, custos de sustentação, e custos de formação de pilotos para desempenharem as ditas missões com uma nova aeronave.

De resto, essa retórica das horas de voo não funciona na vida real, porque implica que os pilotos de F-16 da FAP, fazem horas excedentárias para cumprir missões que seja desempenháveis por outro tipo de aeronave.
No entanto não é esse o caso. Sempre se manteve as h/voo das esquadras de F-16 nos mínimos, para poupar dinheiro, fazendo apenas o suficiente para manter certificações dos pilotos. Todas ou quase todas as h/voo que estes pilotos fazem, são essencialmente obrigatórias.

Ao adicionar o ST à equação, não estás a poupar nada, porque os F-16 vão ter que fazer na mesma aquelas horas de voo, só por dizer que serão feitas noutras missões, ou simplesmente a "voar às voltinhas", ao mesmo tempo que se está a gastar dinheiro com os voos de ST (mais os custos de formar pilotos para esta aeronave).

A única forma de haver uma poupança, é reduzindo o nº de pilotos das esquadras de F-16 e/ou nº de F-16 em serviço, o que não pode acontecer (mas não me admirava que fosse esse o plano).

Entretanto, no tema de "complementar", o MQ-9 não só cumpria com muito mais eficácia e segurança as missões de CAS/COIN/ISR em África, como complementava não só os F-16, mas também os P-3 e C-295 VIMAR em missões de patrulha marítima/fiscalização.
Só não faz treino avançado, o que, na minha opinião, saía mais barato fazer no estrangeiro dado o nº de pilotos que formamos por ano.
 
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